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AVC ISQUÉMICO É a manifestação clínica dependente de alterações que ocorreram na circulação cerebral, levando a alguma disfunção neurológica. Quando não há disfunção, apenas as alterações o paciente ainda não teve o AVC. É a primeira causa de incapacidade em todo mundo, sendo que mais de 5 milhões de pessoas morrem. O AVC isquémico em questão, se dá à redução do aporte, ao tecido cerebral, de oxigênio e glicose, portanto pode ser decorrente de uma complicação metabólica grave (como hipoglicemia), condição circulatória devido à asfixia, hemorragia intensa, insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca, trombose. Isquémico - > 80% dos casos A lesão provocada pela falta de sangue arterial em uma área do encéfalo, embora o mesmo corresponda apenas a 2% da massa corporal, necessita de 20% de todo o aporte de oxigênio. Com um fluxo de 57ml/100 g/mim o cérebro absorve 50% do oxigênio e 10% da glicose do sangue arterial. Quando feita a medição do fluxo 18ml/100g/mim já é considerado um estado crítico. Já a morte cerebral é definida com um fluxo de 10ml/100g/mim. Após 20 segundos de interrupção do fluxo sanguíneo cerebral. A atividade eletroencefalográfica cessa devido ao comprometimento do metabolismo energético cerebral da glicose aeróbica com consequente elevação dos níveis de lactato. (glicose anaeróbica) Após 5 minutos com interrupção Observa-se depleção significativa de atp e alterações marcantes no equilíbrio eletrolítico celular. - O potássio é liberado rapidamente do compartimento intracelular - Ocorre acúmulo intracelular de íons de sódio e cálcio - O influxo de sódio resulta em grande aumento no conteúdo de água intracellular (edema citotóxico) - Ocorre liberação de neurotransmissores excitatórios - Produção de radicais livres - Ativação de lipases e proteases (leva à degradação da membrana celular, ou seja a morte cerebral.) Lacunar: Ocorre quando um trombo é formado em um pequeno vaso devido a uma inflamação chamada lipo-hialinose. É comum em pessoas que têm fatores de risco vascular (disfunção endotelial). Vários pequenos trombos em pequenos vasos tem grande consequência para o tecido cerebral, uma vez que ele passa a ser lesionado a nível endotelial, levando o paciente a um quadro de demência. Aterotrombótico: A principal causa é a aterosclerose, doença que causa a formação de placas nos vasos sanguíneos maiores, levando à oclusão do vaso ou à formação de êmbolos. Cardioembólico: Ocorre quando o êmbolo causador da isquemia parte do coração AVC Isquêmico de outra etiologia: É mais comum em indivíduos jovens, pode estar relacionado a coagulopatias e vasculite. A falência das funções propulsoras do coração, em cerca de ¼ dos pacientes que sofrem uma parada cardíaca havendo a reversão da mesma, vão a óbito por disfunção neurológica. Na diretriz de atendimento, o tratamento de ouro é a hipotermia como método de proteção do parênquima. Zona de penumbra isquêmica Situa-se ao redor da área de isquemia, a diminuição do aporte sanguíneo, e a hipóxia, é o suficiente para levar a diminuição da atividade elétrica mas não para despolarizar a membrana neuronal. A MN apresenta uma polarização em repouso, esse potencial é negativo e pode ser mantido com menor aporte de energia e restaurado após o AVC. Portanto é de grande importância tratar a zona de penumbra isquêmica, uma vez que a área totalmente comprometida não sofre reversão, mas essa área adjacente à lesão cerebral além de poder ser restaurada, caso não tratada pode estender a área comprometida. Os aminoácidos excitatórios são liberados automaticamente com a isquemia, portanto é tão importante a hipotermia para ter proteção celular, sem que ela seja estimulada. Diagnostico Avaliação clínica Imagens (tomo, ressonância) Exames complementares Quadro clínico Quadro súbito: perde consciência, paresias ou plegias, alterações na fala, alterações visuais, alterações da sensibilidade. Quadro intermitente ou TIA - AIT (transitório) Confusão mental, perda da memória, paresias ou plegias, alterações na fala, alterações visuais, sonolência, desmaios. A alteração do fluxo não é contínuo, o paciente pode estar tendo micro avc portanto os sintomas vão e voltam. Nesse quadro o AVC ainda não foi consolidado, portanto é de extrema importância a elucidação dos fatores desencadeantes para que se evite o AVC. Exame neurologico: - Tônus: Inspeção, palpação, movimentação e balanços passivos (normotonia/hipertonia/hipotonia) - Motricidade: Manobra de mingazzini, barré - Graduação da força muscular: SEMPRE bilateral No paciente comatoso: Reflexo fotomotor, reflexo consensual, reflexo de tronco cerebral. (pupila) - Paralisia facial central e periférica: O núcleo motor facial divide-se em duas partes: a porção dorsal e a porção ventral. Sendo que a porção dorsal inerva a metade superior de uma lado da face, e recebe influxos supranucleares constituídos por fibras corticais dos hemisférios IPSI e contralateral. Já a porção ventral responsável pela inervação da musculatura da metade inferior da hemiface recebe impulsos nervosos apenas do hemisfério contralateral. MINUTO 32 DA AULA