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Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário

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Os tributos na formação da base de 
cálculo no setor imobiliário
APRESENTAÇÃO
O setor imobiliário tem diversas especificidades. A principal delas é que, em grande parte, a 
atividade de corretagem, compra, venda, permuta e locação é realizada por pessoas físicas. Com 
isso, há a incidência de uma alta carga tributária, exigindo, por parte de todos os profissionais 
que atuam nesse ramo, um grande conhecimento acerca desses tributos. A necessidade de se 
buscar maiores margens de lucros e menores custos e de encontrar uma carga tributária mais 
vantajosa tem feito com que investidores do setor constituam empresas com finalidade 
imobiliária.
A tributação na atividade imobiliária se divide em duas, em razão da finalidade de cada classe 
de tributos e como ajuda na compreensão de toda a carga tributária que envolve a atividade 
imobiliária no Brasil. Compreender a tributação da atividade imobiliária é de suma importância 
para todos os profissionais das ciências sociais aplicadas, pois, além do setor imobiliário ter 
destacada importância, ele também emprega um enorme contingente de mão de obra.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer como incidem os principais impostos 
relacionados à atividade imobiliária, bem como compreender também os principais aspectos 
relacionados aos impostos que incidem sobre a propriedade territorial urbana e rural.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os principais impostos relacionados ao setor imobiliário.•
Relacionar os principais aspectos do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.•
Identificar as características principais do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial 
Urbana.
•
DESAFIO
Os impostos sobre propriedade são regulados por legislações próprias. O Imposto sobre a 
Propriedade Predial e Territorial Urbana, mais conhecido como IPTU, é regulado primeiramente 
pelo Código Tributário Nacional, este, por sua vez, delega à esfera municipal a regulamentação 
de como esse imposto deve ser tratado.
Considere que você é o proprietário de dois imóveis localizados na cidade de São Paulo, cada 
um deles com suas especificidades. 
INFOGRÁFICO
Os tributos incidentes exclusivamente sobre a propriedade de bens imóveis estão descritos no 
Código Tributário Nacional como impostos sobre patrimônio. Assim, ele somente é cobrado de 
quem é proprietário de um determinado bem. Conhecer de forma objetiva como esses tributos 
devem ser cobrados, de quem é sua competência e de quem são suas especificidades são tarefas 
indispensáveis para todos os profissionais de contabilidade.
No Infográfico, conheça um pouco mais sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e 
também sobre o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). 
CONTEÚDO DO LIVRO
Conhecer o setor de incorporação imobiliária engloba entender como as empresas têm seus 
serviços impactados pelos impostos que incidem sobre suas operações. Em especial, tem-se a 
incidência de diferentes impostos dependendo de onde o imóvel está localizado (se na zona rural 
ou na zona urbana). Cada imposto é recolhido de uma forma e para um ente da federação 
distinto.
No Capítulo Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário, da 
obra Contabilidade setorial, você vai aprender sobre os principais impostos que incidem sobre a 
atividade imobiliária no Brasil. Além disso, também vai conhecer as especificidades de 
incidência do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e do Imposto sobre Propriedade 
Predial e Territorial Urbana.
Boa leitura.
CONTABILIDADE 
SETORIAL
Johny Henrique Magalhães Casado
Os tributos na formação 
da base de cálculo no 
setor imobiliário
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever os principais impostos relacionados ao setor imobiliário.
 � Relacionar os principais aspectos do imposto sobre a propriedade 
territorial rural (ITR).
 � Identificar as características principais do imposto sobre a propriedade 
predial e territorial urbana (IPTU).
Introdução
Existem algumas especificidades do setor imobiliário em relação à sua 
carga tributária, em virtude da complexidade que impera no setor, além 
das inúmeras atividades possíveis. Desse modo, faz-se necessária a com-
preensão sobre como os impostos são alocados nesse setor. A necessidade 
de se buscar maiores margens de lucros, menores custos e encontrar uma 
carga tributária mais vantajosa tem feito investidores do setor construírem 
empresas que possuam como finalidade a atividade imobiliária. Assim, 
busca-se, seguindo a legislação, minorar a carga tributária e aumentar a 
eficiência entre as empresas do setor. 
Há dois impostos que são exclusivamente cobrados de proprietários 
de imóveis. O primeiro trata-se do imposto sobre a propriedade territorial 
rural, um imposto de competência do Governo Federal, cobrado de 
todos os proprietários de imóveis localizados em zona rural. O segundo 
imposto trata-se do imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana, que possui mesma finalidade do anterior, porém ele incorre sobre 
as propriedades em espaço urbano. A competência de se cobrar o IPTU 
é dos municípios, portanto, é o poder municipal que estipula valores e 
faz a cobrança destes impostos dos contribuintes. 
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
Neste capítulo, você conhecerá os principais impostos que são co-
brados nas atividades imobiliárias. Além disso, conhecerá os principais 
aspectos do imposto sobre a propriedade territorial rural e do imposto 
sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
1 Principais impostos relacionados 
ao setor imobiliário
A compreensão sobre a carga tributária das atividades do setor imobiliário 
passa pela compreensão da legislação que está relacionada ao setor. Por-
tanto, conhecer a legislação que impacta sobre os impostos é indispensável 
para todos que pretendem trabalhar na área. Veja, a seguir, algumas leis 
e regulamentos que devem ser levados em consideração para uma melhor 
compreensão sobre o tema.
 � Lei nº. 12.973, de 13 de maio de 2014: altera a legislação tributária 
federal relativa ao imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ), 
à contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), à contribuição para 
o PIS/Pasep e à contribuição para o financiamento da seguridade social 
(Cofins).
 � Norma brasileira de contabilidade nº. 47, de 25 de novembro de 2016: 
estabelece os princípios que a entidade deve aplicar para apresentar 
informações úteis aos usuários de demonstrações contábeis sobre a 
natureza, o valor, a época e a incerteza de receitas e fluxos de caixa 
provenientes de contrato com cliente.
 � Lei nº. 10.931, de 2 de agosto de 2004: dispõe sobre o patrimônio de 
afetação de incorporações imobiliárias, letra de crédito imobiliário, 
cédula de crédito imobiliário e cédula de crédito bancário.
 � Lei nº. 5.172, de 25 de outubro de 1966: dispõe sobre o Sistema Tri-
butário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis 
à União, aos estados e aos municípios.
Além disso, é importante destacar que, para que se tenha a cobrança dos 
impostos nas atividades imobiliárias, deve ocorrer a correta compreensão 
sobre os elementos dos tributos, como os seguintes:
 � fato gerador;
 � contribuinte ou responsável;
Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário2
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
 � base de cálculo;
 � elementos complementares do tributo.
O fato gerador “[...] é a concretização da hipótese de incidência tributária 
prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária” (FA-
BRETTI, 2017, 156). Segundo a Lei nº. 5.172, de 25 de outubro de 1966, em 
seus artigos 114, 155 e 115, o fato gerador pode ser caracterizado por: 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei 
como necessáriae suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na 
forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não 
configure obrigação principal.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o 
fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de 
fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais 
necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; 
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja 
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável (BRASIL, 
1966, documento on-line).
É possível, ainda, caracterizar o fato gerador como uma obrigação prin-
cipal, que deve sempre ser de natureza pecuniária (i.e., um tributo deve ser 
pago), ou, ainda, uma obrigação acessória, que é um dever administrativo 
da empresa.
A figura do contribuinte ou responsável pode ser compreendida como o 
sujeito passivo da obrigação tributária, que, por sua vez, tem relação direta 
e irrestrita com o fato gerador. Como exemplo, pode-se citar o proprietário 
de um imóvel, responsável por pagar o IPTU deste. Segundo Fabretti (2017, 
p. 156), o responsável é “[...] a pessoa que a lei escolher para responder pela 
obrigação tributária, em substituição ao contribuinte de fato, dada a maior 
complexidade para alcançá-lo”. 
A Lei nº. 5.172, em seu Art. 121, define o contribuinte e o responsável como: 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao paga-
mento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação 
decorra de disposição expressa de lei (BRASIL, 1966, documento on-line).
3Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
Sobre a base de cálculo, tem-se que ela é o “[...] valor sobre o qual é aplicada 
a alíquota (percentual) para apurar o valor do tributo a pagar” (FABRETTI, 
2017, p. 157). Em se tratando dos elementos complementares, estes podem 
ser compreendidos como a alíquota do imposto que é cobrada. A alíquota 
pode ser compreendida como fixa, ad valorem (proporcional) ou específica, 
conforme a seguir.
 � Fixa: determinada em lei por um valor fixo, em moeda ou por unidades 
de moeda fiscal.
 � Ad valorem: a lei estabelece um percentual que, quando aplicado sobre 
a base de cálculo, torna-se o valor da operação, determinando o valor 
do montante do tributo devido.
 � Específicas: determinado valor em moeda nacional sobre uma unidade 
de medida (metros, quilos, litros, toneladas, etc.).
Os elementos complementares possuem, ainda, duas outras importantes 
definições. A primeira apresenta o conceito de alíquota adicional, uma vez, 
“[...] além do imposto devido, apurado pela aplicação da alíquota sobre a 
base de cálculo, às vezes a lei determina o pagamento de mais um valor, 
sob o nome de adicional, que incide sobre determinada base de cálculo 
que ela fixar” (FABRETTI, 2017, p. 158). O prazo de pagamento também é 
considerado como um elemento complementar. Segundo Fabretti (2017, p. 
158), ele “[...] pode ser fixado pelo ente competente para arrecadar o tributo, 
por lei ordinária. Na prática, há casos em que a lei ordinária expressamente 
delega ao Chefe do Executivo a competência para fixar os prazos por meio 
de decreto”.
As empresas do setor imobiliário devem recolher os mesmos impostos que 
as demais empresas, ou seja, não impõem à atividade imobiliária nenhum tipo 
de condicionante especial em relação à sua carga tributária. O Quadro 1, a 
seguir, apresenta os impostos pagos pelas empresas em geral de acordo com 
o tipo de competência.
Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário4
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
Competência 
federal
 � Imposto de importação (II)
 � Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
 � Imposto sobre operações financeiras (IOF)
 � Imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ)
 � Imposto de renda pessoa física (IRPF);
 � Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR)
 � Contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS)
 � Contribuição de intervenção no domínio econômico (Cide)
 � Contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL)
 � Instituto nacional da seguridade nacional (INSS)
 � Fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS);
 � Programa de integração social e programa de formação do 
patrimônio do servidor público (PIS/PASEP)
Competência 
estadual
 � Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS)
 � Imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCMD)
 � Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA)
Competência 
municipal
 � Imposto sobre transmissão de bens inter vivos (ITBI)
 � Imposto sobre serviços (ISS) 
 � Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
Quadro 1. Impostos pagos pelas empresas em geral de acordo com o tipo de competência
No ano de 2004, foi aprovada a Lei nº. 10.931, responsável por implementar o 
regime especial de tributação (RET) às empresas de incorporações imobiliárias 
(IOB, 2006). Antes de abordar do que trata a lei, faz-se necessário explanar 
sobre os conceitos de incorporador e incorporação imobiliária: 
Incorporador: a pessoa física ou jurídica que, embora não efetuando a cons-
trução, compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno objetivando 
a vinculação de tais frações a unidades autônomas, em edificações a serem 
construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente 
aceite propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a 
termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, 
a certo prazo, preço e determinadas condições, das obras concluídas; 
Incorporação imobiliária: a atividade exercida com o intuito de promover e re-
alizar a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de 
edificações compostas de unidades autônomas (IOB, 2006, documento on-line).
5Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
Segundo a lei que instituiu o RET, as empresas adotantes dele deverão 
obrigar o contribuinte a realizar os seguintes procedimentos (BRASIL, 2004).
 � Regra 1: o pagamento dos tributos e contribuições nessa modalidade 
será considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, 
direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela 
incorporadora.
 � Regra 2: as receitas, os custos e as despesas próprios da incorporação 
sujeita à tributação em referência não deverão ser computados na apura-
ção das bases de cálculo dos referidos tributos e contribuições devidos 
pela incorporadora, em virtude de suas outras atividades empresariais, 
inclusive incorporações não afetadas.
 � Regra 3: para essa finalidade, os custos e despesas indiretos pagos 
pela incorporadora no mês deverão ser apropriados a cada incorpo-
ração na mesma proporção representada pelos custos diretos próprios 
da incorporação, em relação ao custo direto total da incorporadora, 
assim entendido como a soma de todos os custos diretos de todas as 
incorporações e o de outras atividades exercidas pela incorporadora.
De cada imóvel comercializado sob a condição do RET pela incorporadora 
deverá ser recolhido um tributo de 4% das receitas mensais recebidas. Esse 
valor compreenderá os seguintes impostos: IRPJ; CSL; PIS/PASEP; e Cofins.
Por exemplo, imagine uma empresa incorporadora que tenha recebido, em um de-
terminado mês, o valor de R$ 200.000,00 a títulos de receitas de uma incorporação 
submetida à condição da RET. Nesse caso, ela deverá recolher os 4% referentes aos 
impostos, ou seja, o valor de R$ 8.000,00 sobre aquela receita. 
Quando aempresa recolher os impostos por meio do regime especial, estes deverão 
ser distribuídos aos entes da federação que são responsáveis por recolher cada um 
deles. A lei apresenta que essa divisão será efetuada considerando-se os seguintes 
percentuais: 
 � IRPJ: 1,26%.
 � CSL: 0,66%.
 � Contribuição para o PIS/PASEP: 0,37%.
 � COFINS: 1,71%.
A lei n°. 12.844/2013 apresentou a divisão dos tributos estabelecendo esses percen-
tuais, que totalizam 4% de tributação total.
Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário6
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
2 Principais aspectos do ITR 
A Lei nº. 9.393, de 19 de dezembro de 1996, é responsável por apresentar o ITR e 
todas as regras de recolhimento desse imposto. Primeiramente, há de se considerar 
dois aspectos principais sobre esse imposto. O primeiro é que ele é de competência 
federal, ou seja, é a União que faz o recolhimento do imposto. O segundo aspecto 
é que ele é cobrado anualmente. Além disso, é importante considerar que o ITR 
somente incide sobre os imóveis localizados nas zonas rurais dos municípios.
A Lei apresenta, ainda, as condições para os imóveis estarem imunes de 
recolherem o ITR. Segundo ela, as pequenas glebas rurais que são utilizadas 
apenas para a subsistência da família proprietária estão isentas de recolher o 
ITR. Além disso, o proprietário que não possua outro imóvel está imune de 
recolher o ITR desde que este possua tamanho inferior a: 
I – 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental 
ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;
II – 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas 
ou na Amazônia Oriental;
III – 30 ha, se localizado em qualquer outro município (BRASIL, 1996, 
documento on-line). 
Lembre-se de que cada hectare de terra possui 10 mil metros quadrados. 
São apresentadas, ainda, as condições para que um imóvel, mesmo quando 
localizado na área rural, seja isento de recolher o ITR. Para ser isento, o imóvel 
deverá apresentar uma das duas condições apresentadas a seguir (BRASIL, 1996).
a) Imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, 
caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, 
cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
 ■ seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
 ■ a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites esta-
belecidos no artigo anterior;
 ■ o assentado não possua outro imóvel.
b) Conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total 
observe os limites fixados no parágrafo único do artigo anterior, desde 
que, cumulativamente, o proprietário:
 ■ explore-o só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
 ■ não possua imóvel urbano.
7Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
Segundo as normas que regulam o recolhimento do ITR (BRASIL, 1996), 
o contribuinte desse imposto é o título de seu domínio útil ou o seu possuidor a 
qualquer título. A apuração do imposto deverá ser efetuada pelo contribuinte, 
seguindo sempre os dispostos apresentados pela Secretaria da Receita Federal. 
Para isso, ele deverá calcular o valor da terra nua tributável (VTNt) do tamanho 
real do imóvel, subtraídos os seguintes itens: (a) construções, instalações e 
benfeitorias; (b) culturas permanentes e temporárias; (c) pastagens cultivadas 
e melhoradas; (d) florestas plantadas.
Após o cálculo do VTNt, o contribuinte deverá multiplicar esse valor pela 
alíquota correspondente, que considera a área total do imóvel e o seu grau de 
utilização (a relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área 
aproveitável). O Quadro 2, a seguir, apresenta os graus de utilização de acordo 
com o tamanho da propriedade. 
Fonte: Adaptado de Brasil (1996).
Área total do imóvel 
(em hectares)
Grau de utilização (GU) (em percentual)
Até 50 1,00 0,70 0,40 0,20 0,03
Maior que 50 até 200 2,00 1,40 0,80 0,40 0,07
Maior que 200 até 500 3,30 2,30 1,30 0,60 0,10
Maior que 500 até 1.000 4,70 3,30 1,90 0,85 0,15
Maior que 1.000 até 5.000 8,60 6,00 3,40 1,60 0,30
Acima de 5.000 20,00 12,00 6,40 3,00 0,45
Quadro 2. Grau de utilização versus tamanho do imóvel
Como exemplo, pode-se considerar um imóvel localizado na área rural 
da cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo. Esse imóvel 
possui 150 hectares e um grau de utilização calculado de 80%, portanto, 
considerando-se o Quadro 2, ele teria de recolher a alíquota de 1,4% de ITR. 
Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário8
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
3 Características principais do IPTU
O Código Tributário Nacional apresenta as principais regras de cobrança do 
IPTU, pois, como esse imposto é de competência dos municípios, a cobrança 
dele é regulada por lei municipal, de modo que cada cidade tenha um regu-
lamente próprio. 
O IPTU tem como fato gerador a propriedade de um imóvel localizado 
em zona urbana ou municipal, e seu contribuinte é o proprietário do imóvel, 
o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título.
Segundo o Código Tributário Nacional, em seu At. 32: 
A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expan-
são urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, 
destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados 
fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior (BRASIL, 1966, 
documento on-line).
No entanto, um município somente poderá cobrar IPTU de um imóvel se 
ele estiver localizado em uma área considerada como zona urbana, definida 
por meio de lei municipal. Para isso, essa zona urbana precisa atender a, pelo 
menos, dois dos requisitos apresentados pelo Código Tributário Nacional 
(BRASIL, 1966, documento on-line):
I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II – abastecimento de água;
III – sistema de esgotos sanitários;
IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar;
V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de três qui-
lômetros do imóvel considerado.
A base do cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel atribuído pelo poder 
público sobre o preço daquele bem. 
9Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
BRASIL. Lei nº. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional 
e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. 
Brasília, 1966. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm. 
Acesso em: 26 jan. 2020.
BRASIL. Lei nº. 9.393, de 19 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Imposto sobre a Pro-
priedade Territorial Rural - ITR, sobre pagamento da dívida representada por Títulos 
da Dívida Agrária e dá outras providências. Brasília, 1996. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9393.htm. Acesso em: 26 jan. 2020.
BRASIL. Lei nº. 10.931, de 2 de agosto de 2004. Dispõe sobre o patrimônio de afetação de 
incorporações imobiliárias, Letra de Crédito Imobiliário, Cédula de Crédito Imobiliário, 
Cédula de Crédito Bancário, altera o Decreto-Lei nº 911, de 1º de outubro de 1969, as Leis 
nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, nº 4.728, de 14 de julho de 1965, e nº 10.406, de 10 
de janeiro de 2002, e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.931.htm. Acesso em: 26 jan. 2020.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
IOB. IRPJ/CSL/PIS-PASEP/COFINS: atividades imobiliárias - compra e venda, loteamento, 
incorporação e construção de imóveis. [S. l.: s .n.], 2006. Disponível em: http://www.
iob.com.br/sitedocliente/downloads/suplementos/suplemento-ir-282006.pdf. Acesso 
em: 26 jan. 2020.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todostestados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Os tributos na formação da base de cálculo no setor imobiliário10
Identificação interna do documento VSRDOHFG4V-HWLKTP1
 
DICA DO PROFESSOR
Conhecer sobre como os principais impostos são contabilizados na atividade imobiliária se faz 
necessário, em virtude das especificidades que esta atividade impõe. Diversos procedimentos, 
legislações e normas contábeis precisam ser respeitadas e seguidas para que os impostos possam 
ser calculados corretamente.
Nesta Dica do Professor, veja como as diferentes empresas do ramo imobiliário podem optar 
pelos regimes tributários, como simples nacional, lucro presumido e lucro real e quais as 
vantagens que elas obtêm com cada um deles.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Segundo Fabretti (2017, p. 156), o fato gerador “é a concretização da hipótese de 
incidência tributária prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação 
tributária”.
Considerando o fato gerador do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial 
Urbana, assinale a alternativa correta.
A) O IPTU tem como fato gerador a propriedade de bem imóvel localizado em zona urbana 
ou municipal.
B) O IPTU tem como fato gerador a propriedade de bem móvel localizado em zona rural.
C) O IPTU tem como fato gerador o uso de propriedade imóvel localizado em zona urbana ou 
municipal.
O IPTU tem como fato gerador o aluguel de bem imóvel localizado em zona urbana ou D) 
municipal.
E) O IPTU tem como fato gerador sublocação de bem imóvel localizado em zona rural.
2) No ano de 2004, foi aprovada a Lei n.º 10.931, responsável por implementar o regime 
especial de tributação (RET) às empresas de incorporações imobiliárias (IOB, 2006).
Analisando o fragmento de texto apresentado, assinale a alternativa que apresenta os 
impostos e a alíquota recolhidos pelas empresas adotantes do RET no Brasil.
A) IRPJ – 2,2%, CSL – 1,15%, Contribuição para o PIS/Pasep – 0,65% e Cofins – 3%.
B) ICMS – 2,2%, CSL – 1,15%, Contribuição para o PIS/Pasep – 0,65% e IPTU – 3%.
C) IRPJ – 5,2%, CSL – 1,15%, IPTU – 0,65% e Cofins – 3%.
D) ITR – 2,2%, CSL – 1,15%, Contribuição para o PIS/Pasep – 0,65% e IPTU– 3%.
E) IRPJ – 4,2%, CSL – 1,15%, Contribuição para o PIS/Pasep – 0,85% e ITR – 3%.
3) O IPTU é um imposto de competência municipal, portanto, ele deve ser regulado por 
legislação própria do município onde se localiza o imóvel. Assinale a alternativa que 
representa a base de cálculo do IPTU.
A) Valor de construção do imóvel.
B) Valor ajustado do imóvel no ano da cobrança do imóvel.
C) Valor de mercado pago a prazo.
D) Média do valor de mercado de imóveis no mesmo bairro.
E) Valor venal.
4) O “grau de utilização é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada pela 
atividade rural e a área aproveitável do imóvel; constitui critério, juntamente com a 
área total do imóvel rural, para a determinação das alíquotas” (BRASIL, 2019, p. 1). 
Esse grau de utilização é utilizado para calcular um dos impostos que incidem sobre a 
atividade imobiliária, assinale a alternativa que representa esse imposto.
A) IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
B) ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de 
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
C) ISS – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza.
D) IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
E) ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.
5) O cálculo da terra nua precede o cálculo do ITR, portanto, é dever do responsável 
calcular tal imposto e saber efetuar tal cálculo. O Valor da Terra Nua (VTN) é o 
valor de mercado do imóvel rural, excluídos os valores de mercado a alguns itens que 
são desconsiderados
Assinale a alternativa que representa um item que pode ser desconsiderado no 
momento do cálculo.
A) Construções, instalações e benfeitorias.
B) Culturas permanentes e temporárias.
C) Pastagens cultivadas e melhoradas.
D) Florestas plantadas.
E) Terras disponíveis para plantação.
NA PRÁTICA
O cálculo do Imposto territorial rural (ITR) é de extrema relevância, uma vez que pode impactar 
diretamente na atividade rural desenvolvida em uma determinada propriedade. Algumas 
considerações devem ser feitas, pois a legislação apresenta uma série de informações que podem 
imunizar ou isentar propriedades do pagamento desse imposto.
Veja quais são as propriedades que podem desconsiderar o pagamento do ITR e quais itens 
devem ser considerados no momento de cálculo desse imposto.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Código Tributário Nacional
O Código Tributário Nacional (CTN) apresenta um compêndio completo sobre toda as 
legislações fiscais que tratam dos principais impostos no Brasil. Acesse o link e conheça o livro 
com todo o CTN reunido pela editora do Senado Federal.
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Cadastro Rural
O Cadastro Rural é o site do Governo Federal que reúne as principais informações acerca de 
como deve ser calculado o ITR. Acesse e conheça todas as particularidades sobre o tema. 
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O IPTU e a tributação indutora como instrumento para o desenvolvimento sustentável
O IPTU como instrumento do desenvolvimento sustentável é o tema da dissertação escrita por 
Ana Luisa Sousa Faria. Nela, é apresentado como esse imposto pode ser utilizado como 
instrumento de proteção e desenvolvimento do meio ambiente artificial, para que este atinja o 
patamar da sustentabilidade.
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