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HEPATITES

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HEPATITE A
Enterovírus
Transmissão: ingestão de alimentos ou água
contaminada com o vírus, que é eliminado nas fezes.
Mais prevalente em locais com menor nível
socioeconômico ou higiênico, principalmente nas faixas
etárias pediátricas.
Período de incubação: 2 a 4 semanas.
Quadro clínico: febre, mal-estar geral, inapetência,
náuseas e vômitos. Mais raramente icterícia, acolia fecal e
colúria. Intolerância a odores intensos (comida e cigarro).
Cura após 2 a 3 semanas ou recidiva dos sintomas. Os
casos de hepatite fulminante associados à infecção pelo
VHA são considerados relativamente incomuns (1/1.000 a
1/10.000). Regra geral, quando a hepatite A incide em
pacientes portadores de infecção crônica pelo vírus da
hepatite B (VHB) ou C (VHC), tende a ocorrer
desequilíbrio clínico e piora dos parâmetros associados à
função hepática.
Diagnóstico: hemograma (inespecífico) → bilirrubinas e
transaminases elevadas (lise de hepatócitos).
Tratamento: repouso, evitar alimentos gordurosos e
álcool.
Vacina: vírus inativado, duas doses (1 ano e 6 meses
após). Preconizada para crianças, adultos que viajarão
para locais com alta incidência, homens que fazem sexo
com homens, pacientes com doenças crônicas no fígado.
HEPATITE E
Material genético pequena, RNA, quatro a cinco genótipos
com distribuição entre animais (porcos e aves), além dos
seres humanos.
Transmissão: fezes, água ou alimentos contaminados →
consumo de carne suína.
Quadro clínico: a ocorrência de infecção em gestantes é
particularmente preocupante, pois, por motivos ainda não
totalmente esclarecidos, ao incidir nesse grupo durante o
terceiro trimestre da gravidez a doença assume caráter
mais grave, resultando em cerca de 30% de letalidade.
Diagnóstico: exames gerais (hemograma, transaminases
e bilirrubinas), a sorologia para VHE ou a pesquisa do
RNA viral por reação em cadeia da polimerase (PCR) em
tempo real. Essas pesquisas devem ser incluídas na
investigação de elevação das transaminases em pacientes
submetidos a transplantes de órgãos sólidos.
Tratamento: ribavirina nos casos mais graves. redução
das doses dos fármacos imunossupressores durante o
período de doença ativa. Ainda não existem vacinas
preventivas disponíveis.
HEPATITE B
Vírus HBV.
Vírus envelope.
DNA dupla fita circular.
Estável e muito eficiente (alta infectividade): 100x mais
infectante que o HIV.
Sobrevive até 1 semana fora do organismo.
Incubação: 45 a 180 dias.
Transmissão:
- Transmissão sexual.
- Transfusão de sangue.
- Agulhas contaminadas (drogas, tatuagem,
piercing).
- Consultório odontológico.
- Manicure.
- Materno – fetal → gestação, parto e leite.
Patogênese: o vírus HBV quando entra na corrente
sanguínea pode já ativar a ação do sistema imune, ou
pode se direcionar aos hepatócitos, desencadeando uma
neutralização do vírus ou a destruição dos hepatócitos
pelo sistema imune.
Evolução:
- Aguda: curta duração, menor carga viral e
geralmente em pessoas de maior idade.
- Crônica: duração de mais de 6 meses, maior
carga viral, RN e infância.
Sintomas: maioria é assintomático no início. Semelhantes
às outras hepatites. 1 a 6 meses após a infecção.
Diagnóstico:
Um ou mais dos seguintes exames:
- HBsAG – reagente.
- Anti–HBc – reagente.
- Anti-Hbe – reagente.
- DNA do HBV detectável.
Vacina: 3 doses.
- Inicial – 1º mês – 6º meses após a primeira dose.
- 95% da população produz anticorpos.
- Anti-HBSAg e avaliar soroconversão: após 1-2
meses da última dose.
Tratamento:
- Suprimir a replicação viral.
- Evitar a progressão para cirrose.
- Interromper a propagação da doença.
Algumas medicações que são usadas, mas nem sempre
são indicadas:
Interferon: sem resistência viral. Uso por tempo
determinado. Via subcutânea. Muitos efeitos colaterais.
Análogos nucleotídeos/nucleotídeos: via oral. Poucos
efeitos colaterais. Risco de resistência. Uso por tempo
indeterminado.
HEPATITE C
Vírus HCV: Responsável por mais de 90% das hepatites
pós-operatória.
Vírus RNA envelopado.
Homem – único hospedeiro.
Alta capacidade mutagênica.
Incubação 15 a 150 dias.
Sobrevive 16h – 4 dias em ambientes externos.
Transmissão: 1 semana antes dos sintomas até presença
de RNA viral circulante.
Patogênese: destruição dos hepatócitos pelo vírus.
Destruição dos hepatócitos pelo sistema imune. Sistema
imune ineficiente.
Transmissão:
- Via parenteral (principal)
- Via sexual
- Materno – fetal.
Não existe imunoglobulina, nem vacina.
Diagnóstico:
- Sorologia: anti-HCV e RNA HCV detectável.
- 4-20 semanas após contágio.
- ALT
- AST
- Bilirrubinas aumentadas.
- INR (avalia o risco de sangramento) >1,5.
Sintomas: nenhum sinal ou sintoma (70% dos casos).
Sinais e sintomas clássicos das hepatites.
Tratamento:
- Fase aguda: sintomático, repouso.
- Fase crônica: grau de acometimento hepático,
interferon/análogos nucleotídeos e nucleosídeos.
HEPATITE D
Hepatite D ou delta.
Vírus de RNA incompleto → infecção pelo vírus B (só
corre se o indivíduo já tiver sido infectado previamente
pela hepatite B antes).
Mais patogênico e infeccioso de todos os vírus
hepatotrópicos.
Transmissão: via parenteral.
- Semelhante à hepatite B
Evolução:
Precisa ter tido hepatite B previamente, se infecta pelo
vírus D, que vai até o hepatócito e começa a se proliferar,
rápida progressão da doença, e podendo evoluir para uma
cirrose ou uma hepatite fulminante, e também tem a
capacidade alta de formar carcinoma hepatocelular.
OBS: vírus da hepatite B e C não tem nenhuma relação,
entretanto, o vírus D só infecta o hepatócito se tiver havido
uma infecção prévia do vírus da hepatite B. ademais, se
houver infecção do vírus da hepatite B + vírus da hepatite
C, ele é tão patogênico quanto o da hepatite D
(coinfecção).
Diagnóstico:
- Anti – HVD total (IgG e IgM).
- Anti-HBc.
- HBSAg
Tratamento: Podendo ser usado: interferon e análogos
nucleotídeos/nucleosídeos.
Vai depender:
- Sinais histológicos de inflamação do fígado.
- Sintomas.
- Replicação viral ativa

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