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TCC-_FINAL

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A violência no espaço escolar.
 PAZ VASCONCELOS, Gisele
CARVALHO DA SILVA, Juliana
MORAES LOPES DUTRA, Mara Claudete
 MARTELETO, MIRANDA, Flávio 
Resumo: Este artigo trata da violência que ocorre dentro das instituições escolares, qual tem provocado a instigação de profissionais que vivenciam diariamente situações de conflito em seu meio. A violência está presente nos mais diferentes lugares, seja nas ruas, nas famílias, em espaços de trabalho, bares e também nas escolas; pode ser também apresentada nas mais diferentes formas, violência física, psicológica, bullings e violência verbal entre outras. O seguinte artigo fala sobre a violência nas escolas, tema esse que nos últimos tempos tem estado mais presente e tem provocado grandes desafios a toda comunidade escolar. O presente artigo foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas e fala sobra a violência, o conflito. Este artigo busca levar a reflexão de uma prática educativa a qual torne capaz reduzir os efeitos da violência nos espaços escolares e proporcionar uma melhor convivência entre todas as pessoas que ali convivem. 
Palavras-chave: Violência, conflito, Escola.
1.INTRODUÇÃO	Comment by Flávio Miranda Marteleto: Em um artigo científico, no início da introdução está a base teórica para a pergunta de pesquisa que você pretende responder. É preciso que tenha citações e referências abundantes. É da literatura que se tiram os argumentos e justificativas para reforçar a importância do que se está pesquisando. É preciso lembrar que a lógica é que seja explicado o tema e a justificativa do problema de pesquisa, utilizando referências bibliográficas, e que se faça a apresentação do problema, que é a pergunta de pesquisa. Para no final da introdução serem postos os objetivos do trabalho e uma breve descrição da metodologia que explica como foi tentado chegar aos objetivos. Ela deve ter uma página com as justificativas fundamentadas na literatura e meia a uma página para apresentar os objetivos e a metodologia, clara e direta.Seguem dicas sobre como escrever uma introdução de artigo: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742012000400017 Como fazer revisão bibliográfica:https://posgraduando.com/como-fazer-uma-revisao-bibliografica/A estrutura de um artigo de revisão bibliográfica:http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/63/57
A violência contra crianças e adolescente é um fenômeno complexo que tem se mostrado presente inclusive dentro das instituições de ensino, ela afeta dimensões afetivas, familiares e sociais, tendo forte impacto sobre a saúde desses jovens, além de causar grandes prejuízos na aprendizagem e causando até a evasão escolar por parte dos alunos que sofrem com algum tipo de violência.
A escola passou de um lugar seguro para uma área de violência e discriminações em alguns lugares devido ao crescimento populacional e aumento da violência urbana, fazendo com que a violência escolar passasse a ser tratada por algumas políticas públicas como um grave problema social e de saúde. 
A lei número 8.069, estabelecida em 13 de julho de 1990, Estatuo da Criança e do adolescente aponta alguns artigos que falam sobre a proteção e os direitos das crianças e adolescentes, dentre eles o artigo 3º que fala o seguinte:
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016). (BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990). 
Ela fala ainda no artigo 4º que:
 É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990). 
A UNESCO, Organização das nações unidas tem como objetivo de garantir a paz por meio da cooperação intelectual entre as nações; no Brasil a UNESCO possui sede em Brasília, onde trabalha em parceria com o estado para a promoção do acesso universal à educação do país. A educação é uma de suas prioridades, e seu setor busca fortalecer os sistemas educacionais nacionais e responder aos atuais desafios globais com foco especial em igualdade. Ficou encarregada de coordenar a agenda de educação 2030 e tem como finalidade promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. No que se fala sobre a violência para a UNESCO temos o seguinte:
Todas as formas de violência escolar e bullying violam o direito fundamental à educação e, da mesma forma, ambientes de aprendizagem não seguros reduzem a qualidade da educação para todos os estudantes. Nenhum país será capaz de atingir uma educação inclusiva e de qualidade se os estudantes estiverem expostos à violência na escola. A violência escolar e o bullying também podem afetar seriamente a saúde e o bem-estar de crianças e adolescentes, com consequências negativas que persistem até a idade adulta. (UNESCO, 2019). 
Diante de tal contexto este trabalho se dará por meio de pesquisas bibliográficas onde pretende-se investigar possíveis causas e consequências da violência nas instituições escolares, entender alguns tipos de violência, quais as implicações na vida dos alunos e como as instituições podem contribuir para a construção de uma cultura de paz no ambiente escolar, onde profissionais, alunos e demais envolvidos na comunidade escolar possam criar um ambiente onde impere o diálogo, o respeito e a paz, tratando cada um com respeito independente de suas diferenças, sejam elas sociais, culturais ou de gênero. 
2.VIOLÊNCIA NA ESCOLA: ENTENDENDO O ASSUNTO. 
A violência escolar ocorre em algumas escolas por todo o mundo, entra as causas de sua origem estão as normas sociais e de gênero, fatores estruturais e contextuais mais amplos, tais como a desigualdade de renda, exclusão social, marginalização e conflito. A violência e o bullying acabam violando o direito das crianças e dos adolescentes e tem forte impacto no seu desempenho acadêmico, sua saúde física e mental. 
Quando uma pessoa passa a viver em um ambiente na qual precise apresentar agressividade na maior parte do tempo, convivendo com um stress diário, e já não conseguindo mais controlar os seus sentimentos, esses sentimentos, às vezes, acabam sendo expressados de forma violenta. A violência não se dá através de um único fator ela é fruto de várias situações que podem ser vistas de diversas formas.
	A palavra violência pode ser entendida de várias formas, entre elas a seguinte definição “qualquer força que seja usada contra a vontade, liberdade e até mesmo resistência. Em relação a palavra violentar umas das definições encontradas é: exercer um tipo de violência moral ou física contra alguém, atos de coagir, brigar ou violentar.
Observando os dados sobre homicídios no país, num grupo de pessoas entre 15 e 29 anos, mais que a metade das vítimas são indivíduos com plena capacidade produtiva, em período de formação educacional, na perspectiva de iniciar uma trajetória profissional, mas que por algum motivo a violência acabou com esses projetos. 
Nas escolas pode-se encontrar a violência física que inclui a agressão verbal e o abuso emocional, que aparecem nos atos de isolar,rejeitar, ignorar, difamar, humilhar dentre outros; a violência sexual que inclui assédio sexual, contato corporal indesejado, coerção sexual e estupro e ainda o bullying, um comportamento intencional e agressivo que pode ser físico, verbal ou relacional. Segundo pesquisas as formas mais comuns de bullyimg são os insultos, xingamentos e apelidos; golpes, agressão direta e roubo, ameaças, difamação, exclusão social e isolamento. O bullying também inclui o cyberbullying, que envolve a postagem e envio de mensagens eletrônicas, incluindo textos, fotos ou vídeos, com o objetivo de assediar, ameaçar ou atingir outra pessoa por meio de uma variedade de mídias e plataformas sociais. 
O cyberbullying pode conter postagens contendo informações falsas, mensagens ofensivas, comentários ou fotos constrangedoras, permite que os agressores permaneçam anônimos, podendo atingir a vítima a qualquer hora e em qualquer dia com mensagens e imagens que podem ser rapidamente visualizadas por um grande número de pessoas. 
As causas da violência na escola incluem normas sociais e de gênero e fatores estruturais e contextuais mais amplos, que de uma forma ou outra aparecem em todas as culturas. 
As normas que dão autonomia aos professores sobre os alunos também podem resultar na confirmação do uso da violência para manter a ordem em sala de aula e os alunos que não se conformam em aceitar essas normas são punidos com algum tipo de violência. Assim as próprias escolas podem ensinar os alunos a serem violentos. 
Os alunos que mais sofrem com a violência e o bullying na escola são as que se encontram em situação de vulnerabilidade, devido aos fatores como a pobreza, etnias, deficiências, diferenças culturais ou ainda por serem órfãos ou portadores de alguma doença. Com frequência, as crianças e adolescentes mais vulneráveis e que mais precisam de apoio, são as menos propensas a denunciar as violências ou a procurar ajuda. Entre as razões para não contar a ninguém ou denunciar, estão a falta de confiança nos adultos, em particular professores, o medo de repercussões ou represálias, o sentimento de culpa, a vergonha ou confusão, e o receio de não serem levadas a sério ou de não saberem onde procurar ajuda.
A violência, assim como a raiva, nasce do sentimento de rejeição, da tristeza, da magoa e da revolta. Segundo Maldonado (2004, p. 37), a frustação crônica quer vai gerando revolta e ódio combinado com a falta de esperança e de perspectiva concretas de construir um futuro melhor, é explosiva. O nascimento do ódio coletivo, proveniente do grupo de excluídos e marginalizados nas grandes cidades, dá origem a episódios de extrema violência	nas grandes cidades, porem “não é com violência que melhor se combate a violência, nem nas relações familiares, nem nas relações sociais e muito menos ainda nas ações do estado”. (MALDONADO, 2004, p. 16)
	O conflito pode ser algo necessário para a sociedade, pois muitas vezes ele é uma forma de interação que pode contribuir nas mudanças de um grupo. O conflito pode ser entendido como a oposição de interesses, ideias e sentimentos; assim como disputa e desentendimento. 
A sociedade tem aceitado a violência como prática social, tanto na cidade quanto nas áreas rurais, assim o ato violento se torna normal para a sociedade encontrar fins em uma disputa intrapessoal. 
Os efeitos da violência escolar em crianças e adolescentes são significativos e podem fazer com que os alunos tenham receio de ir à escola e interferir em sua capacidade de concentração em sala de aula e ainda na participação de atividades escolares, isso pode interferir até no futuro desses alunos na hora de arrumar emprego. Um estudo da unesco nos mostra que:
Um relatório de 2016 do Centros de Controle de Doenças dos EUA (US Centers for Disease Control – CDC),86 enfatizou o impacto da violência escolar na saúde física e mental, e observou que “muitos jovens sofrem danos não fatais. Alguns desses danos são relativamente menores e incluem cortes, hematomas e ossos quebrados. Outros danos, como ferimentos de bala e traumas, são mais sérios e podem levar à deficiência permanente. Nem todos os danos são visíveis. A exposição à violência escolar pode levar a uma série de consequências e comportamentos negativos relacionados à saúde, incluindo abuso de álcool e drogas, bem como ao suicídio. Depressão, ansiedade e vários outros problemas psicológicos, incluindo o medo, podem resultar da violência escolar”. (UNESCO, 2019).
De certa forma a agressão é uma luta pela autopreservação e pela afirmação de um processo construtivo necessário ao desenvolvimento dos jovens. A agressividade é vivida como uma experimentação do ambiente, quando o ambiente não é capaz de acolher a agressividade e devolvê-la transformada se cria um círculo aonde o ambiente precisa ser constantemente testado e destruído. 
Quanto mais um público é prejudicado economicamente e culturalmente, mais é confrontado com o desemprego, mais ele experimenta a exclusão de oportunidades econômicas e de prestígio social, o que acaba por moldar sua autoestima e esperança. É na escola onde o ressentimento social encontra expressão, há uma evidente ligação entre a violência sofrida e aquela praticada pelos jovens contra o ambiente escolar. É necessário sempre entender as mensagens subjacentes aos atos violentos na escola. 
A violência não é uma pratica isolada de alguns é um modelo de ação; mudar esse modelo implica mudar a escola, mas mudar também a sociedade onde está inserida a escola, ou seja, buscar combater a violência na sociedade como um todo. Nesta perspectiva, várias instituições públicas espalhadas pelo Brasil, criaram programas para o incentivo da paz dentro das escolas, no município de Guaporé alguns projetos foram desenvolvidos abordando esse tema.
Ainda segundo a UNESCO, a escola juntamente com outros setores tem a responsabilidade de proteger as crianças e jovens da violência e oferecer um ambiente de aprendizagem seguro para todos, e é na escola que o comportamento violento pode ser mudado e o comportamento não violento aprendido, os conteúdos podem transmitir uma compreensão de igualdade, valores, respeito e solidariedade bem como melhores habilidades de comunicação. As escolas podem também promover uma ação de não violência na comunidade em geral. 
A escola pode criar um ambiente favorável à mudança de atitudes relacionadas a violência e aprendizado de comportamentos não violentos. A educação é essencial na formação e transformação de normas diversas que são muitas vezes as causas da violência, e fornecer aos alunos habilidades para que possam se comunicar, negociar e resolver seus problemas de forma tranquila, promovendo valores que estão se perdendo em nossa sociedade. 
As normas com base na discriminação de gênero que determinam a dominação do homem e a submissão das mulheres, bem como a perpetuação dessas normas por meio da violência, estão presentes, de uma forma ou de outra, em todas as culturas. A desigualdade de gênero e a prevalência da violência contra a mulher na sociedade exacerba o problema. Do mesmo modo, normas sociais que apoiam a autonomia de professores sobre as crianças podem resultar na legitimação do uso da violência para manter a disciplina e o controle. A pressão para se conformar às normas dominantes de gênero também é grande. Jovens que não podem ou escolheram não se conformar a estas normas frequentemente são punidos com violência e bullying nas escolas. As próprias escolas podem ‘ensinar’ as crianças a serem violentas por meio de atitudes, programas e cartilhas discriminatórias. Caso não controlados, a discriminação de gênero e desequilibro nas relações de poder podem encorajar atitudes e práticas que subjugam as crianças, apoiam normas que promovem a desigualdade de gênero e toleram a violência, incluindo o castigo físico (UNESCO 2019).
É fundamental uma gestão escolar sólida com políticas escolares voltadas aos funcionários e estudantes sobre a todo tipo de violência, esse trabalho é fundamental para criar escolas acolhedoras e ambientesde aprendizagem seguros, solidários e inclusivos. 
 Os estudantes e funcionários precisam garantir que as transgressões resultem em sanções, daí a necessidade de a gestão escolar assegurar que as políticas escolares e códigos de conduta existam e sejam colocados em prática. As políticas escolares devem identificar quais são as responsabilidades e ações dos funcionários para que previnam a violência e o bullying e interfiram quando necessário. Nos códigos direcionados aos professores, precisa-se estar claro a violência de forma explícita, onde conte com uma liderança com valores inclusivos e uma liderança participativa além da colaboração entre funcionários, toda a equipe escolar precisa de treinamento e suporte para aumentar a sua visão sobre violência e suas causas, para conseguirem prevenir, identificar e combater sua ocorrência, precisam tambés estar capacitados para empregar técnicas de gestão positivas e não violentas em sala de aula. 
Neste tipo de ambiente os estudantes se apresentam mais preparados para conhecer situações de violência, bem como se sentem mais confiáveis em mencionar incidentes de violências sofridos em seu meio. 
Ainda existem processos reparadores que segundo a UNESCO:
Processos reparadores incluem: um conjunto de princípios ou valores que definem o papel que tais processos terão na comunidade; treinamento de pessoal fundamental utilizando uma abordagem reparadora; fortes estratégias de comunicação; discussões em grupos que ofereçam um fórum para construir confiança e comprometimento para a ação; e presença voluntária em encontros para reunir todos os grupos, enfatizando uma abordagem que envolva toda a escola e toda a comunidade, a fim de obter consenso. Em alguns contextos, as escolas usam abordagens reparadoras como uma alternativa às medidas disciplinares tradicionais, como a suspensão e expulsão, para ajudar a reintegrar os agressores de volta à comunidade escolar em vez de agravar o risco do isolamento e reincidência.174 Tais práticas incluem a mediação entre vítima e agressor, conferência de grupo e círculos apaziguadores e reparadores. Elas podem envolver a resolução de estilos de ensino conflitantes, treinar os estudantes mediadores para resolverem conflitos entre seus colegas e estabelecer associações de pais e professores para desempenharem um papel de apoio no processo de mediação.175 Evidências disponíveis sugerem que tais práticas podem ter efeitos positivos, que incluem: melhora da frequência, ambiente e cultura; maior engajamento da comunidade e pais; diminuição do uso de disciplinas exclusivas; maior coesão entre estudantes; menores níveis de brigas e de bullying. (UNESCO, 2019.)
Segundo a UNESCO, seis são as ações são prioritárias para conter a violência escolar; como fortalecer a liderança, promover conscientização sobre a violência escolar, estabelecer parcerias e promover a participação de crianças e jovens, capacitar a equipe de funcionários e estudantes, estabelecer sistemas de denúncia e reforçar os dados e as evidências. 
Existem algumas ações capazes de prevenir e reduzir a prática de violência nas escolas, Os educandos e seus familiares dever ver a escola como um lugar seguro, uma maneira disso acontecer, é manter canais de comunicação e diálogo sempre abertos, o que ajuda na construção de um vínculo de confiança. Ao se sentirem seguros e acolhidos no ambiente escolar, família e alunos se sentirão mais confortáveis para buscar ajuda sempre que necessário.
Ainda segundo o relatório sobre violência escolar da UNESCO de 2018 encontramos o seguinte sobre o trabalho do setor da educação: 
O setor de educação, em seu trabalho conjunto com outros setores e partes interessadas, tem a responsabilidade de proteger as crianças e jovens da violência e oferecer um ambiente de aprendizagem seguro e inclusivo para todos os estudantes. A escola também é um lugar onde o comportamento violento pode ser modificado e o comportamento não violento aprendido; tanto o ambiente de aprendizagem quanto o conteúdo educativo podem transmitir uma compreensão dos direitos humanos, igualdade de gênero, valores de respeito e solidariedade e habilidades para se comunicar, negociar e resolver os problemas pacificamente. Além disso, as escolas sem violência também podem promover a não violência na comunidade em geral. (UNESCO,2019).
Perceber a violência no ambiente escolar e reconhecer os conflitos como elementos dinâmicos do espaço escolar implica uma ação que pode ser realizada pela satisfação das necessidades dos alunos criando um ambiente de diálogo e com cooperação, que pode ser realizada pela satisfação das necessidades dos educandos, uma estratégia cabível, seriam as programações no tempo de folga dos alunos, com atividades que envolvam toda a comunidade buscando a mediação de conflitos e práticas de negociação. 
Alguns exemplos são citados no relatório da UNESCO como iniciativas e ações tomadas por diversos países para prevenir e combater os problemas presentes nas escolas com a violência. As pesquisas mostram que as respostas com base em uma abordagem que envolve todo a escola, bem como intervenções que previnem e combatem a violência podem fazer toda a diferença. Esse tipo de abordagem promove também a melhora do desempenho acadêmico e aperfeiçoa as habilidades sociais e bem-estar das crianças, essa abordagem apresenta todos os elementos a seguir, liderança, ambiente escolar, capacidade, parcerias, serviço e apoio e evidências. (UNESCO,2019).
Liderança inclui: desenvolver e colocar em prática leis e políticas nacionais que protejam as crianças e adolescentes da violência escolar e do bullying nas escolas; e alocar recursos adequados para combater esse problema.
 Ambiente escolar inclui: criar um ambiente de aprendizagem seguro e inclusivo; forte gestão; desenvolver e colocar em prática políticas e códigos de conduta escolares e garantir que os funcionários que os violem sejam penalizados. 
 Capacidade inclui: treinamento e suporte para professores e outros funcionários, garantindo que tenham o conhecimento e habilidades necessários para colocar em prática programas de prevenção à violência e respondam aos incidentes de violência escolar e ao bullying; desenvolver o potencial das crianças e adolescentes; desenvolver conhecimento, atitudes e habilidades apropriados à prevenção da violência entre crianças e adolescentes.
 Parcerias inclui: promover a conscientização sobre o impacto negativo da violência escolar e do bullying; colaboração com outros setores em âmbito nacional ou local; parcerias com professores e sindicados de professores, trabalho com famílias e comunidades; participação ativa de crianças e adolescentes. 
Serviços e apoio inclui: fornecer mecanismos de denúncia e informação acessíveis, confidenciais e sensíveis às crianças; disponibilizar orientação e apoio; e encaminhamento a serviços de saúde, entre outros. 
 Evidência inclui: implementação de amplo conjunto de dados; monitoramento e avaliação rigorosos para acompanhar o progresso e os resultados; e pesquisa para estabelecer uma base de informações para a elaboração de programas e intervenções. 
O que se busca com todas essas ações, é a difusão de uma ética de solidariedade, onde impere o respeito ao outro independente de suas características ou de sua posição social, onde todos os membros da equipe escolar possam participar, observando sempre as leis que amparam os educandos, inclusive leis que proíbem o castigo físico nas escolas, conforme nos informa o documento da UNESCO:
Estudos de observação sugerem que as leis que proíbem o castigo físico nas escolas podem reduzir o uso do castigo violento contra as crianças e modificar atitudes. Por exemplo, uma revisão sistemática mostrou que as restrições ao castigo físico previstas nas legislações de 24 países estavam estreitamente associadas a um menor uso e defesa desta prática como método disciplinar.124 O Estudo Global das Nações Unidas sobre a Violência contra as Crianças observou um nítido recuo com relação às práticas de castigo físico nas escolasem todas as regiões, especialmente na Europa. O progresso global é monitorado pela Iniciativa Global pelo Fim do Castigo Físico contra Crianças.125 Um número crescente de países tem adotado legislações que proíbem o castigo físico nas escolas, embora alguns deles ainda não contem com uma legislação ou elas não sejam postas em prática.(UNESCO,2019). 
Para criar escolas acolhedoras e com ambientes seguros de aprendizagem é necessário a criação de políticas escolares que incluam toda a equipe escolar e tratem sobre a violência e o bullying, criando propostas para transformar a escola em um lugar acolhedor e seguro, onde o educando tenha vontade de estar e queira aprender. Professores e funcionários devem ser treinados para saber como trabalhar com as situações de violência em seu meio, os alunos devem participar da elaboração de estratégias para o trabalho ser mais efetivo. 
Pesquisa mostram que as melhores iniciativas são aquelas onde alunos e professores trabalham juntos para desenvolver e implementar estratégias para tornar a escola segura. 
Segundo a Unesco, algumas ações se fazem prioritárias para superar e combater os desafios encontrados na escola, como fortalecer a liderança e compromisso para eliminar a violência escolar e o bullying; promover a conscientização sobre a violência contra as crianças, os benefícios das escolas sem violência e o impacto prejudicial da violência escolar e o bullying; estabelecer parcerias, incluindo a participação de crianças e adolescentes para combater a violência escolar e o bullying; capacitar a equipe educacional e os estudantes a prevenir e combater a violência escolar e o bullying; estabelecer sistemas para denunciar a violência escolar e o bullying e fornecer suporte e serviços e melhorar os dados e evidências sobre as causas, natureza, extensão e impacto da violência escolar e do bullying e suas respostas efetivas.
CONCLUSÃO	Comment by Flávio Miranda Marteleto: A estrutura do trabalho está encaminhada, mas ainda é muito curto. Além disso, cuidado para não rechear de referências de livros e trabalhos antigos, o que torna a sua argumentação defasada. Livros costumeiramente, são publicados baseados em referências pelo menos 3 anos defasadas da sua publicação, pois são um apanhado geral do que havia sido produzido até o ano da publicação. Se for 2ª, 3ª ou edições mais antigas, pior ainda. Minha sugestão é a de que se pesquise mais ARTIGOS CIENTÍFICOS recentes sobre o tema, para que se tenha certeza de que nenhum aspecto sugerido já não tenha sido observado. ACRESCENTE à sua discussão para torná-la mais rica! O scholar.google.com.br é uma boa ferramenta para pesquisa. Não precisa substituir as referências, apenas acrescentar.Veja como fazer: https://www.youtube.com/watch?v=bU676A_X_aICHEQUE SEMRPE PARA VER SE TUDO QUE FOI CITADO ESTÁ LISTADO E TUDO QUE ESTÁ LISTADO FOI CITADO NO TEXTO!Veja como listar https://blog.mettzer.com/referencias-abnt/
Com este artigo pretendeu se expor alguns aspectos sobre a violência encontrada na sociedade, bem como apresentar alguns fatores e causas que contribuem para a sua prática. A violência, assim como a raiva, pode nascer do sentimento de rejeição, da tristeza, da magoa e da revolta. Quando ocorre um sentimento de ódio ou revolta de forma coletiva em um grupo, se dá origem a episódios de violência.
O ser humano no decorrer da sua vida se depara com inúmeras dificuldades e conflitos, na maioria das vezes tem início ainda na infância, motivo esse que acaba gerando alguns episódios de crises no decorrer da vida, muitas vezes na escola que podem se desenvolver sentimentos como a rejeição, que pode ser associada a solidão e a baixa estima. Na escola muitas vezes é aonde surgem os primeiros sentimentos de rejeição e acaba gerando comportamentos agressivos entre os alunos. Portanto pode se ressaltar a importância de se estabelecer um bom relacionamento entre professores e alunos para que se tenha uma boa convivência. 
Na escola a violência se origina em diferentes fatores, incluindo as desigualdades sociais, de gênero dentre outros, a escola deve ser um espaço de formação social, afetividade e aprendizado, assim se faz necessário uma formação globalizada desses adolescentes envolvendo toda a comunidade escolar, inclusive a família adotando medidas que possam modificar também a realidade desses alunos.
Para podermos ter uma escola sem violência, é importante encontrar medidas que se apresentem a comunidade escolar como um sistema que crie um espaço seguro para seus membros.
A violência tem impacto direto na educação e na aprendizagem dos alunos e também no desenvolvimento do trabalho pedagógico dos professores. Por isso a importância de medidas para uma convivência pautada no respeito mútuo e na paz tanto dentro do ambiente escolar quanto fora dele. 
Ações que trabalhem com os familiares dos alunos, paralelamente para que se crie e efetive uma cultura de paz, valorizando cada ser humano independente de suas condições financeiras, credos religiosos, aparência física e tantas outras coisas que despertam a violência e a falta de respeito pelo próximo.
Muitos estudos têm se desenvolvido durante os últimos anos relacionado ao tema violência na escola, cabe a cada instituição estudar métodos que possam ser desenvolvidos dentro de cada instituição para auxiliar no desenvolvimento de uma proposta onde seja possível criar um ambiente mais harmonioso, onde as pessoas aprendam a respeitar o seu próximo independente de qualquer coisa. Onde seja possível trabalhar questões humanas que reflitam sobro o lugar de cada pessoa em nosso meio, que possibilite um estudo das diferentes etnias e suas contribuições para o mundo de hoje, que trabalhe as diferenças físicas e sociais, onde cada estudo leve a reflexão dos alunos para o respeito e a consideração pelo seu próximo.
Referencias:
Atlas de violência 2020, Instituto de pesquisa econômica aplicada, Governo Federal,2020. Disponível em : https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/200826_ri_atlas_da_violencia.pdf. Acesso em 01/06/2021. 
BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf. Acesso em 01/06/2021. 
DOSSIÊ: VIOLÊNCIA EM CONTEXTO ESCOLAR E ESCOLA EM CONTEXTO. A violência na escola e os dilemas do controle social: uma proposta dialógica Rev. bras. segur. pública | São Paulo v. 13, n. 2, 106-125 ago/set 2019. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/1113-Texto%20do%20artigo-4017-1-10-20191220%20(2).pdf. Acesso em 31/05/2021. 
Lidiane Maria da silva . Violencia escolar, tcc universidade federal de alagoas. Disponível em: http://www.repositorio.ufal.br/bitstream/riufal/5795/1/Viol%C3%AAncia%20escolar.pdf. Acesso em 25/05/2021. 
Violência escolar e bullying: relatório sobre a situação mundial. Disponível em: https://prceu.usp.br/wp-content/uploads/2020/10/2018-UNESCO-Relatorio-Violencia-Escolar-e-Bullying.pdf. Acesso em 25/05/2021. 
XXIII seminário de iniciação científica da UEFS semana nacional de científica e tecnológica - 2019 fatores associados à prática de violência na escola. universidade estadual de Feira de santana. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/6533-25067-1-PB.pdf. Acesso em 29/06/2021.

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