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Hemostasia e Coagulação Sanguínea - Fisiologia

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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
Hemostasia e Coagulação Sanguínea
❖ Hemostasia: é a prevenção de perda sanguínea. Sempre que um vaso é rompido, a hemostasia é
desencadeada por meio de diversos mecanismos: constrição vascular (diminui o diâmetro e o fluxo
sanguíneo), formação de tampão de plaquetas, formação de coágulo sanguíneo e eventual crescimento
de tecido fibroso no coágulo para o fechamento permanente do orifício do vaso;
❖ Hemostasia Primária: apenas o tampão plaquetário é suficiente para estancar o sangramento de uma
lesão pequena;
❖ Hemostasia Secundária: precisa da formação do coágulo para fechar a lesão e evitar o
ressangramento;
Constrição Vascular
❖ É a 1º fase;
❖ Quando ocorre rompimento do vaso e ele sangra, a primeira coisa que acontece é a contração da
musculatura lisa;
❖ Como ocorre:
➢ A lesão gera impulsos nervosos dolorosos e impulsos sensoriais originados do vaso ou dos
tecidos vizinhos traumatizados (reflexos nervosos);
➢ A lesão direta da parede vascular já é suficiente para causar espasmo miogênico local (contratura
da musculatura lisa);
➢ As plaquetas liberam tromboxano A2 e o endotélio lesado libera endotelina que são
vasoconstritores;
❖ Os 3 fatores citados acima, juntos, são suficientes para causar a contração da musculatura lisa;
❖ Vasos menores só precisam da ação das plaquetas (tromboxano A2);
❖ Vasos maiores precisam do espasmo miogênico até a formação do coágulo;
Formação do Tampão Plaquetário
❖ Lesões vasculares pequenas são seladas pelos tampões plaquetários ao invés de coágulos sanguíneos;
❖ Plaquetas
➢ “Trombócitos”;
➢ Não são células, pois elas não possuem núcleos e nem são capazes de se reproduzir;
➢ Elas são fragmentos do citoplasma dos megacariócitos;
➢ Se originam dos megacariócitos na medula óssea (a grande maioria). Cada pedaço do citoplasma
do megacariócito se desprende e dá origem a 1 plaqueta;
➢ Elas possuem meia vida de 10/12 dias mais ou menos;
➢ Os macrófagos, do baço principalmente, fagocitam as plaquetas velhas (hemocaterese);
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
➢ Na membrana da plaqueta há glicoproteínas que impedem a aderência da plaqueta ao
endotélio normal e favorecem a aderência nas áreas lesionadas. Há também fosfolipídeos que
participam da coagulação;
➢ No citoplasma das plaquetas há filamentos contráteis (actina, miosina e trombostenina) que
ajudam a estancar o sangramento;
➢ Possuem retículo endoplasmático e complexo de golgi para a síntese de enzimas e
armazenamento de cálcio (importante para a coagulação sanguínea);
➢ As mitocôndrias e o sistema enzimáticos produzem ATP e ADP;
➢ Os sistemas enzimáticos sintetizam as prostaglandinas;
➢ Possuem o fator estabilizador de fibrina para a coagulação sanguínea e o fator de crescimento
para a reparação vascular;
➢ Elas ficam localizadas nas periferias dos vasos sanguíneos;
➢ Quantidade no sangue: 150.000 a 300.000 por microlitro;
➢ Localização nos órgãos: cerca de 70% na circulação e 30% no baço;
❖ Dengue: causada por vírus e possui 4 sorotipos (den1, den2, den3 e den4). É uma arbovirose pois é
transmitida por um inseto, aedes aegypti. Os anticorpos produzidos contra o vírus da dengue atacam as
plaquetas, por isso o número de plaquetas cai (trombocitopenia: abaixo de 100.000 plaquetas por
microlitro)
❖ Mecanismo do tampão plaquetário: rompe o endotélio, o colágeno fica exposto e ele se liga às
plaquetas, agora elas estão ativas. As plaquetas ativadas liberam os fatores plaquetários que vão atrair
mais plaquetas para que elas comecem a se agregar e formar o tampão;
❖ Fatores que o endotélio lesado libera: fator de Von Willebrand, tromboplastina e endotelina. Esses
fatores são pró-coagulantes, favorecem a coagulação;
❖ Glicoproteína Ib: promove a adesão da plaqueta ao colágeno exposto. Agora as plaquetas liberam os
seus grânulos plaquetários para a adesão plaquetária (plaquetas estão ativadas);
❖ O ácido araquidônico formado na membrana plasmática da plaqueta ativada é transformado em
tromboxano A2 (potente vasoconstritor e agregador plaquetário);
❖ Fatores anticoagulantes do endotélio íntegro: ele produz prostaciclinas e óxido nítrico (vasodilatador)
são substâncias que inibem a agregação plaquetária;
❖ A coagulação ainda é bloqueada pela trombomodulina e por outra molécula semelhante à heparina
(anticoagulante) na superfície luminal da membrana plasmática. Há também as glicoproteínas na
membrana das plaquetas;
❖ A coagulação ou a não coagulação dependem do equilíbrio entre os pró-coagulantes e os
anticoagulantes. Nos vasos sanguíneos os fatores anticoagulantes são os que predominam.
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
Coagulação do Sangue
❖ Começa a partir do tampão plaquetário;
❖ Se a lesão for grave: em 15 segundos o coágulo irá se formar;
❖ Se o trauma for pequeno: em 1 a 2 minutos;
❖ Se a abertura não for muito grande de 3 a 6 minutos toda ela será ocupada pelo coágulo;
❖ Após 20 minutos a 1 hora o coágulo se retrai para obstruir a lesão;
❖ Coágulo: componente do tampão + fibrina;
❖ Fibrinogênio: é uma proteína produzida no fígado, ele circula na corrente sanguínea e precisa ser
ativado para virar fibrina;
❖ Protrombina: é uma proteína instável formada no fígado. Ela é fundamental para a coagulação
sanguínea, sua falta de produção por um único dia faz a concentração plasmática cair a ponto de não ser
suficiente para uma coagulação normal. Para sua ativação, o fígado precisa de vitamina K. Desse modo,
a falta de vitamina K e a doença hepática podem reduzir a níveis tão baixos a concentração plasmática
de protrombina que teremos uma tendência a sangramentos;
❖ O fator ativador da protrombina na presença de cálcio vai quebrar a protrombina em trombina (é uma
enzima que facilita a agregação plaquetária);
❖ Na presença de cálcio a trombina vai fazer a conversão do fibrinogênio em fibrina;
❖ Via extrínseca (do lado de fora): é iniciada através do trauma da parede vascular e dos tecidos vizinhos
com liberação do fator tecidual;
❖ Via intrínseca (do lado de dentro): é iniciada com trauma nos componentes que estão no espaço
intravascular;
❖ Essas duas vias convergem para uma via comum, o objetivo delas é a formação do fator ativador da
protrombina;
❖ Mecanismo geral: formação do ativador de protrombina, conversão da protrombina em trombina e do
fibrinogênio em fibrina;
❖ Via Extrínseca: trauma vascular em contato com o sangue;
➢ Há liberação de fatores teciduais/tromboplastina tecidual que vão agir no fator VII;
➢ O fator VII é ativado e vira VIIa ativado. Na presença de cálcio ele vai agir no fator X e vai ativá-lo
em fator Xa;
➢ O fator X se junta aos fatores teciduais, fator V e cálcio, eles formam o complexo ativador de
protrombina;
➢ Esse complexo ativador de protrombina na presença de cálcio começa o ponto comum -
protrombina é convertida em trombina, ela converte o fibrinogênio em fibrina que forma os
polímeros de fibrina/coágulo;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ A trombina exerce um feedback positivo no fator V, ela ativa ele para que mais trombina seja
formada;
❖ Via Intrínseca: trauma ao próprio sangue ou exposição do sangue ao colágeno.
➢ Começa com o fator XII. Quando ele é exposto ao trauma ele é ativado (fator XIIa), age no fator XI
e ativa ele - fator XIa;
➢ Na presença de cálcio o fator XIa ativa o fator IX em XIa;
➢ O fator IXa age no fator VIII, que com a ação da trombina ativa o fator X em Xa;
➢ O fator Xa ativa o fator da protrombina. A protrombina é convertida em trombina, ela converte o
fibrinogênio em fibrina que forma os polímeros de fibrina;
❖ Sem o fator VIII ou por falta de plaquetas esta etapa da coagulação é deficiente;
❖ Hemofilia A: por deficiência do fator VIII, a coagulação vai ser deficiente, vai ter alguma alteração. É a
mais comum;
❖ Trombocitopenia: também altera a coagulação por deficiência de plaquetas;
❖ Fator plaquetário 3: é um fosfolipídio plaquetário que ajuda na conversão da protrombina em trombina
na via intrínseca;
❖ Na via intrínseca há mais fatores plaquetários envolvidos doque na via extrínseca;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Coágulo: é composto por malha de fibrina, células sanguíneas, plaquetas e plasma;
❖ O coágulo pode ser invadido por fibroblastos e formar tecido conjuntivo ou pode ser dissolvido por ação
de enzimas;
❖ Trombo é o coágulo que se desenvolve na parede do vaso.
❖ Êmbolo é quando esse coágulo ou pedaços dele se soltam e pode chegar aos pulmões, cérebro e
coração (perigo);
Fatores Anticoagulantes da Superfície Endotelial
❖ Uniformidade da superfície das células endoteliais;
❖ O glicocálice do endotélio repele plaquetas e fatores de coagulação;
❖ Trombomodulina: é uma proteína ligada a membrana endotelial que liga a trombina retirando ela do
processo e ativa a proteína C, que atua como anticoagulante (ela inativa os fatores Va e VIIIa);
❖ Ação da antitrombina da fibrina e da antitrombina III: removem as trombinas do organismo
❖ Heparina: é um potente anticoagulante, que está em baixa concentração no sangue. É utilizada como
agente farmacológico para prevenção da coagulação intravascular. Ela se liga à antitrombina III e esta se
torna 100 a 1000 vezes mais potente em retirar a trombina livre do sangue. Retira também os fatores XII,
XI, X e IX ativados;
❖ Plasmina: digere as fibras de fibrina, fibrinogênio, fator V, fator VIII, protrombina e fator XII. Causa
destruição do coágulo e pode causar hipocoagulabilidade do sangue (diminuição de todos os processos
de coagulação). Ela circula no plasma como plasminogênio;
❖ Os tecidos lesados e o endotélio vascular liberam o ativador de plasminogênio tecidual para a remoção
dos restos inúteis do coágulo;
❖ Vitamina K: é importante para a síntese da protrombina, fator VII, IX, X e proteínca C;
Quais as condições mais comuns que causam sangramento excessivo em humanos ?
❖ Deficiência de Vitamina K;
❖ Hemofilia: é mais comum em homens por ter um padrão de herança ligado ao X. Ocorre pela deficiência
do fator VIII e em alguns casos por deficiência do fator IX;
❖ Trombocitopenia: causada pela baixa concentração de plaquetas. Abaixo de 10.000 é fatal;
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