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Carolina Mendes – MED102 Pulso Venoso - Marlon É uma ferramenta extremamente importante para o exame físico do aparelho cardiovascular, utilizado muito no dia a dia. Quando numa história clínica do paciente a gente desconfia de alguma doença do coração direito, provavelmente o paciente vai ter algum desses sintomas: → Plenitude → Fadiga → Cianose → Edema nos membros inferiores → Ascite → Hepatomegalia → Turgor Jugular Principalmente edema e ascite. Turgor jugular também é uma ferramenta de análise do coração direito. Quando chega um paciente que diz que está inchando (edemaciando), com ascite, pensa em doença do coração direito. Todos esses sintomas lembram doença do coração direito. Quando busca o exame físico, o pulso venoso é o ponto do exame físico cardiovascular que vai passar informação a respeito de doença cardiovascular do coração direito. Cada item o exame físico, tem uma informação pra trazer que outro item não oferece. Então precisa fazer todas as etapas do exame físico cardiovascular para que some as informações e ganhe em riqueza diagnóstica utilizando todas as ferramentas possíveis para análise do coração. Muitas das vezes, antes do paciente apresentar os sintomas de doença do coração direito, o pulso venoso já vai estar alterado. É a manifestação mais precoce e informativa a respeito de doença do coração direito. O pulso venoso é um reflexo da função do coração direito à beira do leito. Nenhuma ferramenta do exame físico cardiovascular traz com tanta informação esse desenho do coração direito como o pulso venoso. No momento da diástole, quando a válvula mitral está aberta, as câmaras praticamente estão se comunicando uma com a outra, VD com AD que se comunica com a veia cava superior, a veia jugular mais em cima. Isso se comporta como se fosse uma câmara única. Toda e qualquer flutuação de volume e pressão que possa existir, por exemplo na artéria pulmonar, isso repercute retrogradamente no ventrículo direito, átrio direito, VCS e veia jugular. → Por que o pulso venoso é tão importante? No exame físico não consegue enxergar o que acontece na artéria pulmonar, no VD, AD, na cava até porque no exame físico não dá para enxergar essas câmeras. Mas a veia jugular é um termômetro de toda e qualquer variação de volume e de pressão que estão acontecendo na artéria pulmonar, VD, AD, e consequentemente na cava superior. Com isso, o exame físico da jugular passa uma informação externa e precisa de tudo que está acontecendo a respeito de pressão e volume dentro das câmaras direitas, se aumentar o volume ou pressão isso vai alterar a dinâmica do fluxo venoso jugular e a gente vai enxergar isso de maneira precoce. A jugular é uma informação positiva a respeito de como anda a funcionabilidade do coração direito. Vamos dizer que tem um paciente com um infarto do ventrículo direito, ele diminui a ejeção de volume, sobra volume no ventrículo, a sobra não deixa o átrio esvaziar, fazendo com que sobre volume no átrio direito, sobra dentro da veia cava e na jugular. Outra doença é a estenose da válvula pulmonar, a válvula não abre, sobrando volume no ventrículo direito que repercute no átrio direito, veia cava superior e jugular, como no caso do infarto. Se sobra volume acaba aumentando a pressão. A melhor veia para ser analisada é a veia que oferece o melhor alinhamento retilíneo com o átrio direito, sem angulações. A transmissão de variação de volume e pressão do átrio direito, não é perfeita em caminhos que tem angulação, isso saído para o lado esquerdo, ou seja, VCS → Veia Inominada → Jugular Interna Esquerda. Carolina Mendes – MED102 Agora no lado direito, o trajeto sai do átrio direito → veia cava superior → Veia Jugular Interna. A veia jugular interna direita é mais alinhada com o átrio direito, tem o caminho praticamente reto. Quando fala de melhor veia para se analisar o pulso venoso, a melhor veia é a jugular interna direita, porque permite o alinhamento entre jugular interna, veia cana e átrio direito. Todo e qualquer aumento de pressão e volume do átrio direito vai repercutir na jugular. O átrio direito é como se fosse o centro nervoso do coração direito, porque toda e qualquer variação do coração direito repercute no átrio direito e consequentemente na jugular. A veia visível é a jugular externa, a jugular interna não é visível como desenho de veia, ela é visivel como batimento. É mais profunda, está por baixo da jugular externa. Só de observa a pele mexendo, isso é fruto das variações ora a jugular enche e você vê a pele distendendo e ora a jugular murcha, ela esvazia e você a pele mexendo negativamente, encolhendo. Esse movimento é constante da jugular, porque durante o ciclo cardíaco, fisiologicamente, o átrio direito aumenta a pressão, como na contração atrial e com isso a jugular também sofre uma pressão, na hora que o átrio abre a válvula e relaxa, a pressão dentro do átrio cai e o sangue que estava represado na jugular desde e entra no átrio. A comunicação do átrio direito com a veia cava e a jugular é sem válvula. O objetivo é analisar o que está acontecendo, se essas flutuações vistas na pele estão dentro do que se considera fisiológico ou tem relação com patologia. Técnica do Exame → Paciente à 45 graus → Posiciona-se atrás da cabeça → Pescoço rodado contra lateralmente para esquerda, porque será analisado a jugular interna direita. → Indice a lanterna no pescoço, tangenciando a pele. → Procurar um batimento de pele do pescoço no trajeto da jugular → Trajeto entre o tragus e terço proximal da clavícula. Uma vez vendo o pulso venoso, tem que diferenciar, preicsa diferenciar se pe o pulso de jugular ou de carótida. A carótida está na frente do ECOM, enquanto a jugular está atrás. Normalmente o trajeto é indo em direção a orelha, no tragus, mas passsando por trás do ECOM. Fisiologicamente o represamento de sangue é pequeno, a medida que o paciente vai tendo doença cardíaca, esse batimento vai ficando cada vez mais alto, mais visível. Uma das informações que a gente tem a respeito do que é fisiológico e o que é patológico é a altura dessa coluna, quanto maior a altura de represamento da coluna de jugular, mais chance de isso ser patológico. Existe uma medida para isso. Como eu tenho duas estruturas no pescoço que pulsam no pespoço, precisa entender diante de qual estrutura está: → Pulso Arterial: na frente do ECOM, a onda do pulso arterial é “subiu,desceu”, é uma onda só, uma onda positiva e zera, tem outra positiva e zera. A sensação tátil amplo. O pulso arterial não sofre flutuações com a mudança de decúbito. → Pulso Venoso: atrás do ECOM, a onda do pulso venoso é tremida, sobe tremida e desce tremida, porque na verdade ele tem várias ondas que causam esse tremor, é polifásico (tem ondas positivas e negativas. Tem 6 mmHg, passa uma sensação de baixa percepção tatil. Quando comprimo a base da clavícula, onde está iniciando a pulsatividade venosa, quando coloca o indicador ali e aperta, interrompe a comunicação do atrio direito com a jugular interna e o pulso venoso para de bater. Essa é a maneira de diferenciar o pulso venoso e arterial. O pulso arterial não para de pulsar com a compressão. Carolina Mendes – MED102 Quando o paciente está a zero graus, da pra ver bem o pulso venoso, mas quando está em pe ou sentado desaparece. O exame físico deve ser feito a 45 graus. Porque o paciente não está totalmente deitado, para não ver mais do que queria e nem em pé que não vai ver nada. A 45 graus é um meio termo em que eu consigo ver se tem alguma coisa fisiológica e patológica caso exista. De acordo com a fisiologia ou patologia, vai ter mais ou menos pulsatividade nesse circuito.Se tudo estiver bem, a pulsatividade é baixa. Se o paciente tiver algum problema de coração direito, o represamento e a pulsatividade vai estar muito alta, pode enxergar isso e pode chegar próximo ao lóbulo da orelha e as vezes até passar. Quando pede o paciente para inspirar, a pulsatividade vai cair, você vê menos, ela fica mais embaixo. Isso é um comportamento fisiológico. A altura da coluna (do batimento) vai diminuir e vai ficar menos intenso. Quando você pede para o paciente inspirar, teoricamente você cria uma pressão negativa no tórax, essa pressão negativa intratorácica durante a inspiração, ela é exercida em cima do átrio direito nas câmaras que estão dentro do tórax. A jugular não está no tórax mas se nela tem uma pressão positiva e no tórax tem uma pressão negativa, o sangue vai ser sugado em direção ao átrio direito, então a coluna vai cair. Quando eu analiso o pulso venoso, ele serve para entender a fisiologia ou patologia do coração direito. Agora uma vez definido o que é pulso venoso e pulso arterial, a gente vai tomar algumas informações novas a respeito do pulso venoso. O primeiro passo quando examino o pescoço do paciente é saber se o que eu estou vendo é um pulso nervoso ou arterial. Uma vez definido que é pulso jugular (venoso), o próximo passo é avaliar se esse pulso de jugular que está vendo é fisiológico ou patológico. Um paciente com embolia pulmonar, tem um coagulo impactado na artéria pulmonar que não permite um bom esvaziamento do sangue do ventrículo direito para a artéria pulmonar, consequentemente aumenta pressão e volume dentro ventrículo direito, começa a represar o volume dentro do VD e aumenta a pressão. O átrio direito vai querer desaguar dentro do VD, mas ele não consegue porque o espaço já está preenchido parcialmente, então o átrio direito não consegue desaguar sobrando volume dentro do átrio direito, então aumenta o volume do átrio direito, aumenta a pressão. O átrio direito se comunica com a veia cava superior sem válvula, é um tubo único, todo e qualquer aumento de pressão e volume no átrio direito, repercute com o aumento de pressão na veia cava e consequentemente se comunica diretamente com a jugular interna. Então todo e qualquer aumento de volume e pressão na veia cava superior repercute diretamente com aumento de volume e pressão na veia jugular interna. O pulso venoso é uma informação crucial para o diagnóstico de Insuficiência Cardíaca. A dispneia é uma sinal de insuficiência cardíaca esquerda. O edema é um sinal importante de insuficiência cardíaca direita. Para se fazer diagnóstico de Insuficiência Cardíaca, usa critérios, sendo dois maiores ou um maior e dois menores. Dos critérios maiores, dois estão relacionados com a análise do pulso venoso, um é a própria avaliação do pulso venoso e o outro é o refluxo hepatojugular. Analisei o pescoço do paciente e descobri que estou diante de um pulso venoso. Sendo pulso venoso, a pergunta que fica é se é fisiológico ou patológico? → Como está a altura da coluna venosa? Pega o ponto máximo até onde eu enxergo aquele batimento ocorrendo, onde ele bate mais alto. Onde eu enxergo bem é no ponto mais baixo da coluna venosa, quando vai subindo o batimento vai ficando mais fraco, menos intenso. Carolina Mendes – MED102 Fisiológico – até 4,5cm Patológico – maior ou igual a 5 cm → Como medir a altura do pulso venoso? Cruza uma régua, normalmente são duas, mas pode ser um lápis e uma régua. Tem que ser uma régua milimetrada. Pega o ponto mais alto da pulsatividade que eu estou vendo, pega uma régua para unir com outra. Onde a altura da régua (que está no ponto mais alto da pulsatividade) cruzar em angula reto com a outra régua, que está na vertical, vai ser a altura da coluna venosa. A régua milimetrada (que vai estar na vertical) tem que estar no ângulo de Loui. Tem duas informações para dizer se o pulso é fisiológico ou patológico, a primeira é a medida da altura da coluna venosa e a segunda é a queda da coluna venosa inspiratória. Coluna venosa caiu durante a inspiração: é normal Coluna venosa subiu durante a inspiração é patológico. Paciente com DPOC, tem um volume pulmonar muito aumentado, a pressão pulmonar aumentada e consequentemente a compressão no átrio direito aumentada, tendo um aumento de pressão retrógrada. É muito difícil fazer diagnóstico de doença cardíaca direita em paciente com ventilação mecânica com PIB. Pois não sabe se o que está acontecendo na jugular é fruto da PIB ou se é disfunção cardíaca direita. O pulso venoso patológico, vamos imaginar que estou diante de um coração doente, que enfartou o ventrículo direito e tem uma sobra de volume que vai repercutir retrogradamente. Na hora que for medir a pressão na jugular, na altura da coluna, vai estar aumentado, por exemplo 7 cm. Então partindo do princípio que esse paciente é patológico. O que vai acontecer na hora que eu peço para o paciente inspirar? Dentro do tórax a pressão vai ficar negativa, a pressão vai cair dentro das câmaras. A tendência natural é que quando eu crio uma pressão negativa no átrio direito, todo o sistema de jugular que drena o sangue da cabeça, puxe o sangue da cabeça para dentro do átrio direito. Na hora que o sangue tenta entrar, o espaço físico já está preenchido por um volume patológico, vai começar a represar para trás. A cava e a jugular vão ficar repletas de sangue que deveriam entrar vindo da cabeça e não entrou no átrio direito. Ao invés de cair a coluna, ela vai aumentar mais ainda. Esse comportamento do pulso venoso de aumentar durante a inspiração é chamado de Sinal de Kussmaul. É o aumento da coluna venosa durante a inspiração = patologia. As vezes o paciente não tem uma coluna muito grande, mas na hora que faz o comportamento respiratório e a coluna sobe, já sabe que é patológico. Das duas informações que temos, a medida da coluna que é patológico e o comportamento respiratório que pode ser patológico, a mais importante é o comportamento respiratório, é mais fidedigno. O refluxo hepatojugular é uma manobra que não faz com frequência, porque é dolorosa. O paciente que tem insuficiência cardíaca, tem o fígado aumentado e eu vou fazer uma compressão no abdome do paciente, envolta do umbigo, espalma a mão e aperta jogando o peso do corpo em cima da mão. Isso vai gerar uma diminuição da amplitude respiratória. Quando não consegue concluir o que é fisiológico ou patológico do pulso venoso com a análise da coluna, faz a manobra de refluxo hepatojugular. Tem três momentos: - Pré-manobra - Manobra (30s de compressão) - Pós-manobra A hora que eu aperto o abdome, eu trago mais volume do fígado em direção ao átrio direito, se eu trago mais volume, o átrio direito agora tem uma pressão aumentada, se a pressão dentro do átrio Carolina Mendes – MED102 aumentou, a coluna venosa que estava analisando, aumenta durante os 30 segundos de manobra. Esse coração é bom. Pela lei de Frank-Starling, esse coração direito consegue dentro dos 30 segundos se esvaziar, o que vai acontecer é que a coluna vai descer a vai voltar para altura normal dela. A manobra de refluxo hepatojugular fisiológica, a coluna sobre durante os 30 segundos da manobra e volta ao normal. No patológico, já tem um coração doente, que tem sobra de volume que represa na jugular, ou seja a coluna já está alta, na hora que eu aperto o abdome, trago mais volume para dentro do átrio direito, que aumenta a pressão e o volume dentro do átrio direito. Mas na hora que entra nos 30 segundos de manobra, a coluna que já estava alta, aumenta ainda mais, porque trouxe mais volume e a jugular não consegue descer seu volume para dentro do átrio direito. Esse coração, é doente. Nãotem reserva de Frank- Starling, durante a manobra o coração não consegue se ver livre desse volume. Ele só vai e ver livre disso, quando retirar a mão do abdome e esse volume todo que jogou para dentro do átrio direito, sai e o átrio se esvazia, fica com espaço vazio e a coluna diminui para a medida pré- manobra. Durante um refluxo hepatojugular patológico, a coluna sobe durante a manobra e só volta ao que era pré manobra, ao retirar a mão. Quais são as patologias não cardíacas que causam problemas no coração direito e acaba aumentando a pressão do átrio direito? → Problemas pulmonares: aumento da pressão intrapulmonar e intratorácica ∙ DPOC ∙ Crise bronco-espasmo: represa muito ar, aumenta a pressão intrapulmonar que comprime o átrio direto ∙ Pneumotórax: ar dentro do espaço pleural, gera um aumento da pressão sobre o átrio direito, esse aumento vai represar lá em cima. ∙ Hidrotórax: o paciente fez um derrame pleural imenso, que aumentou a pressão intratorácica, comprime o átrio direito e represa sempre para trás. ∙ Ascite volumosa: à medida que a ascite vai aumentando, o diafragma vai subindo cada vez mais, comprimindo o pulmão, a pressão pulmonar aumenta que comprime o átrio direito e represa sangue dentro da jugular. Ondas do Átrio Direito Imagine que eu estou com um aparelho medindo as variações de pressão dentro do átrio direito, todo e qualquer aumento ou diminuição de volume e pressão são percebidos por esse aparelho, que nada mais é que a jugular interna, que a ferramenta que eu tenho a beira do leito para enxergar isso. Existe um momento do ciclo cardíaco em que o átrio gera uma contração vigorosa, aumenta a pressão, vai represar mais sangue na jugular. Esse represamento gera uma onda positiva durante a contração atrial, conhecida como Onda A, que é a maior onda do pulso venoso. Logo depois que o átrio contrai, ele começa a relaxar, a pressão dentro dele começa a cair e a jugular começa a se esvaziar e ai na pele, na avaliação da jugular, eu vejo a pele colabando, no desenho eu vejo uma onda negativa, chamada de colapso X ou descendente X, que é desdente do relaxamento do átrio. Depois que o átrio relaxa muito, ele vai recebendo sangue e sua pressão vai subindo, ao ponto que a jugular não consegue se esvaziar tanto e começa a represar dentro da jugular. Esse represamento gera uma onda positiva chamada de Onda V. Depois que esse átrio está cheio, bem represado de volume dentro dele, o que vai acontecer é que a válvula tricúspide vai se abrir e o volume do átrio se esvazia e a jugular vai drenar para dentro do átrio e forma uma onda negativa como descendente ou colapso Y, que é a onda de esvaziamento atrial. Esses quatro momentos, geram 4 ondas, duas positivas e duas negativas que são os tremores que a gente enxerga no pulso venoso. Carolina Mendes – MED102 O pulso venoso está aumentado, o normal é 4,5. Tem um represamento dentro do átrio direito e da jugular muito grande, é um sinal que o coração direito não está funcionando muito bem. Com essa história clínica, já se começa a pensar em insuficiência cardíaca. O paciente apresenta dois critérios maiores de insuficiência cardíaca – dispneia paroxística noturna e a turgência jugular. Outra situação, é o tamponamento cardíaco usado na emergência e para fazer o diagnóstico, usa o pulso venoso. O pericárdio são duas laminas amarelas e o saco pericárdico é um espaço que não tem quase que nada. O aumento do liquido entre as laminas, comprime intensamente o coração, essa membrana é elástica mas até um ponto e que ela não consegue distender mais. Quando isso ocorre, o pericárdio vai começar a comprimir o coração pelo liquido pericárdico, isso acontece na pericardite que costuma evoluir com derrame pericárdico que pode aumentar muito e fazer o que a gente chama de tamponamento pericárdico. O coração começa a ficar comprimido e essa compressão fecha o coração, ele não consegue se abrir para encher na diástole. A primeira câmara a se fechar é o átrio direito porque é a pressão mais baixa que tem, então o átrio direito começa a não receber volume, consequentemente nem o ventrículo direito, nem o pulmão, nem o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, e o paciente entra em choque. O tamponamento cardíaco se caracteriza entre outras coisas, o paciente está hipotenso ou em choque. As bulhas ficam muito baixa porque o liquido não deixa você ouvir o batimento. Esse paciente fica taquicárdico e o pulso venoso é patológico. Porque na hora que o átrio direito fica apertado a jugular fica repleta de sangue. Então esse paciente vai ter: turgor jugular, taquicardia, hipotensão, choque e bulhas hipofonéticas. Tríade de Beck: taquicardia, choque e bulhas hipofonéticas. A maior causa de tamponamento pericárdico no Brasil é a tuberculose. O que eu faço com paciente tamponado? Tem que drenar, tem que usar uma agulha para tirar o líquido ou sangue para aliviar o coração.