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6 1 Drenagem torácica brait pdf

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DEFINIÇÃO 
A drenagem torácica cosiste na inserção de um dreno na 
cavidade torácica ou mediastínica. Conectada à um 
sistema de drenagem, utilizado para reexpandir o pulmão 
envolvido e remover o excesso de ar, líquido e sangue 
O pneumotórax constituí a principal indicação para a 
drenagempleural. O pneumotórax hipertensivo é a 
presença de ar sob pressão no espaço pleural, com 
desconforto respiratório e repercussões hemodinâmicas, 
devendo ter diagnóstico clínico imediato e tratamento de 
emergência, com drenagem e alívio da pressão através de 
punção. 
INDICAÇÕES 
Os ferimentos penetrantes no tórax são resolvidos em sua 
maioria, apenas pela sua drenagem torácica, devendo ser 
quantificado e qualificado, o débito obtido no sistema 
coletor. 
O hemotórax deve ser drenado instantaneamente; a 
perda rápida > 1000 ml ou o débito continuado > 200 ml/ 
hora nas primeiras 4 horas, pode indicar necessidade de 
toracostomia. 
Após análise de líquido pleural, a caracterização de 
empiema pleural, quilotórax ou derrame pleural 
sintomático e recorrente, indicam a drenagem 
terapêutica 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Algumas situações aumentmam o risco de complicações 
associadas a drenagem de tórax, devendo ser avaliado o 
risco benefício do procedimento. 
• Coagulopatias e uso de anticoagulantes orais → 
aumentam o risco de sangramento 
• Suspeita de lesão neoplásica ou infecto-inflamatórias 
com aderências no local da drenagem → deve-se 
realizar uma tomografia, pois uma disseção 
traumática durante a inserção do dreno pode ter 
graves consequências 
MATERIAIS PARA A TORACOCENTESE: 
• Anti-séptico tópico 
• Gase estéril 
• Campo estéril fenestrado 
• Luvas estéreis 
• EPIs 
• Seringa estéreis 
• Agulhas para infiltração 
• Agulha de punção tipo Abocath 14 a 16G 
• Anestésico lidocaína a 2% 
• Bisturi cmo lâmina 11 ou 15 
• Pinça hemostática curva 
• Tubo de toracostomia de 24 a 40 french 
• Sistema de drenagem fechado em selo d’agua 
• Material de sutura 
• Esparadrapo 
• Solução fisiológica 
PREPARO DO SISTEMA COLETOR: 
Verificar a capacidade do frasco coletor escolhido e 
colocar a solução fisiológica ou água destilada estéril no 
frasco coletor, de modo a atingir a marca do nível liquido 
mínimo obrigatório para que seja formado o selo d’agua 
conforme a capacidade do reservatório Feche a tampa do 
frasco coletor de modo correto e firme. 
Após instalado o dreno na cavidade torácica, corte a ponta 
chanfrada do tubo e o conector do sistema de drenagem, 
conectando firmemente e sem vasamento do tubo ao 
conector. Reveja se a extremidade do tbo no interior do 
frasco ficou submersa, cerca de 2 cm abaixo do nível 
líquido mínimo obrigatório. 
Marque na etiqueta o nível, a data e a hora. Verificar se 
existe oscilação ou borbulhamento no nível líquido. 
DRENAGEM TORÁCICA POR PUNÇÃO 
Indicado antes da toracostomia com tubo, para o 
tratamento provisório rápido do pneumotórax 
hipertensivo. 
O diagnóstico de pneumotórax hipertensivo deve ser 
rápido, não devendo esperar RX de tórax: estase jugular, 
desconforto resp., ausencia de murmurios vesiculares, 
hipertimpanismo a percussão do tórax e instabilidade 
hemodinâmica caracterizam o quadro. 
• Coloque os EPIs e realiza a antissepsia rapidamente 
• Abordagem classica é a anterior, na linha média 
clavicular, no 2º EIC (porém em 2018 isso mudou) 
• Puncionar sob a margem superior da costela com o 
gelco calibre 14 acoplado a uma seringa contendo 
aproximadamente 10 ml de SF, aspirando 
continuamente. 
• Quando o ar for aspirado, a presença de bolhas 
identifica a punção da pleura. Neste momento avance 
o cateter completamente e remova a seringa e a 
agulha 
• O cateter deve ser removido após realizar a 
toracostomia com o tubo 
DRENAGEM TORÁCICA COM TUBO 
• Em todas as circunstâncias, estabeleça um acesso 
venoso, monitore com ECG contínuamente e com 
oximetria de pulso 
• Coloque o paciente na posição supina e com o braço 
ipsilateral estendido 
• Com os equipamentos de proteção individual 
adequados e estéreis, realize antissepsia local e 
coloque os campos estéreis 
• O local de inserção do dreno encontra-se no 4-6º 
espaço intercostal, na linha axilar média. 
• Localizado o ponto da incisão, realize a anestesia local, 
infiltrando profundamente o tecido subcutâneo 
subjacente 
• Faça uma incisão com o bisturi, de aproximadamente 
3 cm na pele e tecido subcutâneo, no 5º espaço 
intercostal 
• A incisão é paralela ao espaço intercostal 
• Com a pinça hemostática curva na mão direita, 
espanda a junção do tecido subcutâneo e da 
musculatura da parede torácica 
• Através da ferida incisional, infiltre a musculatura e a 
pleura, avançando a agulha com aspiração da seringa, 
até a confirmação da presença de ar ou fluído no 
espaço pleural 
• Com a pinça hemostática curva na mão direita, 
sustente sua ponta na margem superior da 5ª costela, 
com a concavidade da pinça virada para o espaço 
pleural 
• A dissecção intercostal deve ser superior a borda da 
costela inferior → evitando lesão do feixe vasculo 
nervoso 
• Progredir dissecando com a pinça atravees da 
muscularura até o espaço pleural 
• Introduza o dedo indicador esquerdo dentro do 
espaço pleural, deslize ele 360 graus para assegurar a 
ausência de aderencias entre a pleura visceral e 
parietal → a palpação da macies da pleura confirma 
que você atingiu o espaço intrapleural 
• Estime a posição do tubo no tórax, devendo a ponta 
dele se situar no ápice pleural, e o último orifício do 
tubo permanecer 2 cm dentro da cavidade pleural 
• Pince o tubo com um kelly até o ponto em que ele 
deve ser inserido 
• Com auxílio da pinça hemostática curva, insira o tubo 
de toracostomia 
• Avance com o tubo até que seja encontrada 
resistência, aproximadamente 15 cm, ou até a 
marcação prévia 
• Conecte o tubo de toracostomia com o sistema de 
drenagem em selo d’agua e solte a pinça kelly 
• Faça um ponto de sutura através da ferida em cada 
lado do tubo e amarre cada ponto para fechar a ferida 
• Amarre o fio de sutura ao redor do rubo, para fixa-lo 
• Suture pontos axionais para fechar a ferida 
• Fixe o tubo torácico e o sistema de drenagem ao 
tronco do paciente 
• Coloque um curativo sobre o local da toracostomia 
• A permeabilidade do tubo torácico é comprovada pela 
presença de movimentos de oscilação da coluna de 
água no sistema de drenagem 
• O caracter e o volume da drenagem pleural devem ser 
avaliados frequentemente 
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A DRENAGEM 
Podem ocorrer no momento da incersção do dreno ou 
durante sua permanência. As principais são: 
• Hemorragia: lesão de vasos intercostais, sangramento 
do sítio de inserção do dreno 
• Lesão de nervo intercostal (intensa dor local) 
• Laceração ou punção de visceras sólidas (pulmão ou 
fígado) 
• Posicionamento incorreto do dreno 
• Obstrução do dreno 
• Enfisema subcutâneo 
• Recorrencia do pneumotórax 
• Infecções: pneumonia e empiema 
*Pneumotorax hipertensivo: é quando tem ar entre as pleuras, 
gerando um desbalanço do mediastino → hipotenção, 
abafamento de bulhas, ausencia de murmurios vesiculares e 
hipertimpanismo do tórax → deve ser realizada a toracocentese 
(2º espaço intercostal na linha hemiclavicular (isso até 2018), 
entretanto o ATLS mudou para o 5º espaço intercostal na linha 
axilar média (mesmo local do dreno).

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