Teoria Queer

Prévia do material em texto

DOCUMENTÁRIO: QUEER
Disparador: Qual o papel de teorias que problematizam as normatizações sociais na construção de uma sociedade pautada no respeito e na justiça social? 
 Na Pós-Modernidade, o corpo como símbolo passou a tornar-se uma marca de seu tempo, o reconhecimento desse corpo como instrumento de mídia e de expressão passou a ocorrer de maneira mais significativa (Amaral, 2011). No entanto, alguns preconceitos e reservas no que se refere ao que é visto como anormal, ao diferente, ainda permanecem enraizados na sociedade. Aquilo que não condiz com o que a maioria se identifica deve ser excluído e apagado da vida das pessoas. Nesse contexto marginalizante das diferenças, o corpo que se apresenta de maneira diferente do usual, que é perpassado por uma sexualidade peculiar, também sobre essa separação do todo. 
 Teorias que abordam essas mudanças tão pertinentes e que podem ser observadas com certa facilidade na sociedade em que vivemos tem um papel de grande importância na alteração do pensamento social. Ao encarar essas diferenças de uma ótica humanista, que leva em consideração a essência dos indivíduos, a sua subjetividade, as teorias desenvolvidas trazem uma visibilidade e um ponto de vista positivo sobre todas essas mudanças. 
 A Teoria Queer é uma dessas teorias que podemos considerar “revolucionária” por trazer a possibilidade de reconfiguração das formas de poder e das convenções sociais, no tocante ao corpo e a sexualidade. Esta teoria aborda de maneira pertinente os usos e percepções do corpo que são marginalizados, apenas por que fogem da normatização heterossexual vigente (Amaral, 2011). Encarar conceitos antes vistos como fixos, maniqueístas, como flexíveis auxilia na desconstrução das identidades. Mas não com ênfase na neutralização das suas individualidades ou da importância do debate sobre, e sim na real afirmação das diferenças e da necessidade do reconhecimento destas como reais e a pertinência de existir um respeito a esses sujeitos.
 Portanto, teorias que avaliam as alterações observadas na sociedade pós-moderna e as encaram com respeito, também o estimulando, são necessárias para a desconstrução de preconceitos. O ideal de uma real justiça social pautada na igualdade e equidade de todos poderá ser encarada como uma situação possível de torna-se realidade quando essas teorias humanizadas passarem a ser reconhecidas não apenas no meio acadêmico, mas que também possam haver repercussões na sociedade como um todo. Problematizando e indo contra ideais embasados no preconceito, o futuro poderá ser mais justo e poderemos alcançar uma comunidade que encara o diferente como algo novo, capaz de trazer novos pensamentos e experiências construtivos para todos. 
REFERÊNCIAS
Amaral, M.E.P. Domingos, A.A. (Re)modelando o corpo midiático: relações de representação e teoria queer na contemporaneidade. In: II SIMPÓSIO GÊNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS, 2011, Londrina. Anais...
QUEERS. Produção e Direção de Rodrigo Marttins. Campina Grande: 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=C6p5Dt3LyJM&t=674s>.