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Parceiros para a Excelência - PAEX PDD MKT 2019 | 2 | Texto 1: O PLANO DE MARKETING, O PLANEJAMENTO DE MARKETING E A ESTRATÉGIA DE MARKETING 1 Plano de marketing é o documento que resume o planejamento, que por sua vez é o processo de intenso raciocínio e coordenação de dados, pessoas, recursos financeiros e materiais cujo foco é a verdadeira satisfação do consumidor. Em outras palavras, visa ajudar o consumidor a se sentir um pouco mais feliz e, em consequência, gerar resultados positivos para a organização e a sociedade. A experiência e a pesquisa mostram que existe não apenas um, mas inúmeros modelos ideais de plano de marketing. A escolha do modelo ideal de plano de marketing depende de vários fatores, como características do ramo em que a empresa opera e de seus clientes; práticas dos concorrentes; hábitos dos principais executivos; cultura organizacional e até mesmo o momento pelo qual ela passa. Embora os modelos possam variar, os aplicados em organizações bem-sucedidas e orientadas para o mercado incluem, pelo menos: • Oportunidade: descrição da situação (dados históricos sobre o mercado, o produto e a concorrência, normalmente como anexo), SWOT (forma concisa de apresentar a descrição da situação e concluir sobre os pontos mais relevantes a serem endereçados pelo plano) e a definição de objetivos/metas. • Estratégias: mostram como a organização utilizará as ferramentas de marketing para atingir os objetivos. Exemplo de uma estrutura de plano de marketing 1 Adaptado de Ambrósio, V. Plano de Marketing: Um Roteiro para a Ação. SP: Pearson, 2011 e McDonald, M.; Wilson, H. Planos de Marketing: Planejamento e Gestão Estratégica. RJ: Elsevier, 2013. | 3 | O modelo apresentado é o mais abrangente possível, para preparar os alunos para entender o impacto sobre sua própria atuação, desenvolver, contribuir ou avaliar qualquer plano de marketing porventura adotado por suas empresas, seja para produtos duráveis ou não duráveis, de consumo ou industriais, tangíveis ou intangíveis (como serviços). Esse roteiro de plano de marketing é organizado em quatro partes fundamentais: oportunidade; marketing estratégico; marketing tático; e ação e controle. Parte I — Oportunidade: Nesta primeira parte são definidas as seções situação, análise SWOT e objetivos. Elas apresentam o objetivo do plano e seu contexto. Aqui se indica, também, a integração do plano de marketing com o plano estratégico da organização. Parte II — Marketing estratégico: Aqui, o planejador depreende o mercado e o contexto em que o plano de marketing será posto em prática. O planejador deve: definir a as estratégias gerais que utilizará para concorrer no mercado e em relação ao Ciclo de Vida do Produto; segmentar o mercado, selecionar seu alvo e posicionar o produto. É a etapa de levantamento de informações, fundamental para o planejamento estratégico de marketing. Essa parte compõe-se de quatro seções: estratégias, segmentação, aspectos legais e posicionamento. Parte III — Marketing tático: O planejador especifica em detalhes as características do produto, o ponto em que será distribuído, a divulgação para o mercado-alvo e seu preço. Quando se referir a um serviço deverá, além disso, detalhar também o que deverá ser feito em matéria de processos e pessoas. Por fim, seja um plano de marketing para produto ou serviço, atualmente não é mais possível ignorar a importância do relacionamento e a necessidade de planejá-lo. Essa parte é a essência do planejamento tático de marketing. Deve-se ter cuidado para que sejam desenvolvidas táticas realistas, que levem em conta o curto, o médio e o longo prazos. A parte sobre marketing tático é formada por sete seções, constituídas pelos 4Ps de Produto (produto, ponto, promoção e preço), por dois dos Ps de Serviços (processos e pessoas) e relacionamento. Parte IV — Ação e controle: Estão incluídas as informações necessárias para a tomada de decisão, bem como para a implementação e o controle da ação decidida. Os elementos fundamentais, ou seções do plano, que permitirão o processo de ação e controle do plano de marketing são a programação das ações, os resultados financeiros com a análise de equilíbrio, a definição das métricas e frequências de controles e o plano de contingência (mixes de marketing alternativos, de acordo com os resultados). | 4 | Texto 2: DESAFIO DA SEGMENTAÇÃO: 11 PERFIS DE CONSUMIDORES BRASILEIROS2 Diante de consumidores cada vez mais interessados em ofertas personalizadas, separar a população brasileira apenas em classes A, B, C e D ou por gênero e faixa etária já não é mais suficiente. As empresas têm hoje o desafio de identificar nichos mais específicos para direcionar de forma certeira produtos e peças de comunicação. Segundo a Serasa Experian, 11 perfis dominantes se sobressaem no país, entre os indivíduos com mais de 18 anos. A complexidade brasileira é grande diante da diversidade de culturas e cenários sociais presentes em todo o vasto território. No estudo Mosaic Brasil, a Serasa Experian identificou grupos encontrados por meio da combinação de dados de renda, condições geográficas, comportamento, cultura, possibilidades locais, política e demais contextos que envolvem cada parcela da população. A segmentação pode auxiliar no processo de definição de público-alvo, identificação de cliente mais rentável, composição de mix de produtos para um determinado target, definição de modelo de comunicação, entre outros. O perfil A é composto pelas Elites Brasileiras, formado por adultos com mais de 30 anos, alta escolaridade, bem-empregados ou donos do próprio negócio e que desfrutam de um alto padrão de vida. Essa parcela compra automóveis de luxo, faz viagens internacionais, frequenta bons restaurantes e valoriza produtos exclusivos. Em geral, não são conservadores – costumam ser muito abertos a novidades. Por outro lado, apresentam tendência ao ceticismo com relação ao desenvolvimento do país. O grupo B, denominado de Experientes Urbanos de Vida Confortável, é formado predominantemente por pessoas de meia-idade, com uma longa trajetória profissional e com estabilidade financeira. Nele, encontram-se moradores de áreas urbanas, maduros, desfrutando de um bom padrão de vida. Possuem mais de 50 anos e alguns já estão aposentados. Aqueles que trabalham não têm muito tempo livre, mas procuram realizar atividades de lazer, principalmente nos fins de semana. Reuniões familiares são mais frequentes e viagens de férias também costumam ser uma das formas de lazer. O perfil C é chamado de Juventude Trabalhadora Urbana e composto por jovens com até 35 anos, em início de carreira, mas ainda buscando aumentar sua escolaridade, que já é superior à dos pais. São otimistas e antenados, com acesso à tecnologia e de olho nas tendências. São modernos, gostam de se divertir e, quando podem, aproveitam para viajar – de preferência para regiões de praia, com amigos ou namorados. O perfil D, de Jovens da Periferia, mora em zonas afastadas das áreas urbanas e conta com poucas oportunidades. As limitações no acesso à educação e na infraestrutura dos bairros onde mora torna mais difícil a rotina, mas muitos viram a vida melhorar e acreditam em um futuro melhor. Em sua maioria solteiros, esses jovens trabalham e contribuem efetivamente com o sustento do lar, geralmente dividido com demais parentes. Destaca-se a presença de mulheres chefes de família. 2 Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 14/10/2014. www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/31940/desafio-da- segmentacao-11-perfis-de-consumidores-brasileiros.html https://modalidadeseconsumo.wordpress.com/2014/10/15/desafio-da-segmentacao-11-perfis-de-consumidores-brasileiros/ https://modalidadeseconsumo.wordpress.com/2014/10/15/desafio-da-segmentacao-11-perfis-de-consumidores-brasileiros/ http://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/31940/desafio-da-segmentacao-11-perfis-de-consumidores-brasileiros.htmlhttp://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/31940/desafio-da-segmentacao-11-perfis-de-consumidores-brasileiros.html | 5 | Já o grupo E, denominado Adultos Urbanos Estabelecidos, é composto por pessoas entre os 30 e 60 anos, com boa escolaridade. Elas conquistaram uma vida profissional e financeira estável, ainda que sem luxos. São consumidores mais cautelosos e pessoas com perfil mais conservador, que valorizam a família e as conquistas que obtiveram, segundo eles, com o próprio esforço. Tradicionais também em relação aos meios de comunicação, vêm aos poucos adquirindo mais confiança na busca por informação e compras pela internet. No perfil F, Envelhecendo no Século XXI, aparecem os aposentados da Classe Média, com hábitos arraigados, fruto do aumento da expectativa de vida. Usufruem hoje de melhores condições, devido à renda da aposentadoria e do maior acesso a serviços de saúde. Ainda assim, sentem nostalgia dos tempos mais simples. A tendência para as próximas décadas é o crescimento desse grupo no Brasil. O grupo G reúne os Donos de Negócio, formado predominantemente por homens, na faixa entre 25 e 55 anos, que têm seu próprio empreendimento. Investiram suas economias e começam a ver o resultado, ainda que com algumas instabilidades. São em sua maioria casados, otimistas, e pensam em deixar um patrimônio para as futuras gerações da família. Esperam que o Brasil cresça e lhes ofereça cada vez mais oportunidades. Almejam um foco do governo em seu segmento, com ações que facilitem o dia a dia do pequeno e médio empreendedor. O grupo H, da Massa Trabalhadora Urbana, é constituído por homens e mulheres casados, com baixa remuneração, ocupando atividades associadas ao trabalho manual e vivendo em grandes centros urbanos. Formam a massa de trabalhadores com baixa escolaridade e renda, que vivem as vantagens e desvantagens das grandes cidades: o acesso ao consumo e à informação e os problemas de mobilidade e o alto custo de vida. No perfil I, dos Moradores de Áreas Empobrecidas do Sul e do Sudeste, estão adultos, concentrados na faixa etária entre 36 e 70 anos, morando em locais pobres tanto em grandes cidades, como no interior. São trabalhadores com escolaridade e renda baixas, morando em áreas precárias, com difícil acesso a espaços e serviços públicos. Nos últimos anos, viram seu poder de consumo crescer, indo além das necessidades mais imediatas. Já o perfil J, dos Habitantes de Zonas Precárias, é formado por pessoas pobres, habitando áreas de baixo desenvolvimento econômico, em geral no Nordeste e Norte do País. São homens e mulheres que vivem próximos à linha de pobreza e, por isso, dependem de programas sociais. A baixa renda e escolaridade é agravada por estarem em regiões com acesso restrito a serviços públicos. Por último, o grupo K reúne os Habitantes das Áreas Rurais e é formado por homens e mulheres vivendo em setores censitários classificados como rurais. A idade média beira os 50 anos, com baixa escolaridade. Essas pessoas moraram a vida toda em áreas rurais e isso define muito sobre elas: o trabalho para o agronegócio ou em lavoura para consumo próprio, a dificuldade para acessar educação e outros serviços públicos e o amor à terra. | 6 | Texto 3: RFM É UMA SEGMENTAÇÃO SIMPLES E PODEROSA3 RFM utiliza dados do comportamento de compra para criar segmentos em função de quando o cliente identificado comprou e quanto gastou. E assim montar campanhas de melhor retorno. Hoje vou falar de um dos tipos mais simples, mas muito poderoso, de segmentação para se utilizar em sites de comércio eletrônico. Trata-se do RFM, que utiliza dados do comportamento de compra dos clientes para criar os segmentos. A sigla quer dizer: R: Recency, recência em português, relacionada à data da última compra do cliente no site. F: Frequency, ou frequência, é a quantidade de compras que o cliente efetuou no site em um determinado período de tempo. M: Monetary value, valor monetário, pode ser receita total ou a margem de contribuição (caso se tenha este tipo de informação) de cada cliente durante todo o período que está sendo estudado. A origem da utilização do RFM são as ações de marketing direto (malas diretas ou ligações de telemarketing), onde é utilizado para se identificar quais os melhores segmentos para se realizar uma campanha. Ou seja, investir dinheiro somente na abordagem dos clientes que trazem melhor retorno. Existem várias formas de criar os segmentos com base no método RFM e, em algumas, são usadas até 5 faixas para cada um dos 3 critérios (Recência, Frequência e Valor monetário). Ou seja, podem ser gerados até 125 segmentos diferentes (5 x 5 x 5). Eu prefiro uma abordagem mais simples, dividindo em 3 faixas, onde se chega a 27 (3 x 3 x 3) segmentos que, dependendo dos objetivos do trabalho, podem (e devem) ser reduzidos. Em um projeto recente, cheguei a apenas 9 segmentos distintos para serem trabalhados. O retângulo verde é a lista Mestre, composta por toda sua base de dados. Comece a ordenar a lista por Recência (a amarelo), depois por Frequência (a azul) e, por último, por Valor Monetário (cor-de-laranja) 3 Por Alexandre Pajola em Curtas, 23 de fevereiro de 2013. http://webinsider.com.br/2013/02/23/rfm-e-uma-segmentacao-simples-e- poderosa/ http://webinsider.com.br/author/alexandre_pajola/ http://webinsider.com.br/category/diversos/ http://webinsider.com.br/2013/02/23/rfm-e-uma-segmentacao-simples-e-poderosa/ http://webinsider.com.br/2013/02/23/rfm-e-uma-segmentacao-simples-e-poderosa/ http://webinsider.com.br/2013/02/23/rfm-e-uma-segmentacao-simples-e-poderosa/ | 7 | Para realizar uma segmentação RFM é necessário todo o histórico de vendas que estiver disponível. Se o negócio for muito antigo, vale trabalhar somente com os mais recentes, mas é necessário ter um certo volume de informações (pelo menos umas 1.000 transações) para que seja possível identificar segmentos representativos. Quem comprou, quando comprou e quanto gastou As informações necessárias são todos os registros de vendas com ID do cliente, data e valor da venda. Com estas informações em mãos agrupadas por cliente, consegue-se identificar para cada um deles qual a última compra (recência), quantidade de compras (frequência) e valor total gasto (valor monetário). Depois, é necessário realizar uma análise da distribuição para cada um dos critérios, para se criar as faixas em que cada um dos 3 vai ser dividido. Para fazer a divisão, entra um pouco de ciência e de arte: o ideal é começar usando quantis, ou seja, usar uma quebra de 3 faixas (ou 5), cada uma delas terá tamanhos iguais aos chamados, neste caso, tercis (ou quintis). Para alguns casos, é preferível trabalhar com informações de mais fácil entendimento: na recência, por exemplo, utilizar meses ou anos inteiros. Na frequência de compra em e- commerces, pode ocorrer de ter mais de um tercil somente com clientes que fizeram apenas uma compra. Neste caso, recomendo que que todos os clientes nesta situação (até uma compra) formem uma faixa. De qualquer forma, é importante identificar os tercis para se ter uma referência. Depois de se ter as faixas de cada critério, elas devem ser aplicadas aos clientes, de modo que cada um tenha os 3 valores dos critérios (normalmente utilizo letras - A, B, C,… - pois facilita a visualização). Exemplo para o critério de valor monetário: • A: Alto valor • B: Médio valor • C: Baixo valor Com os clientes marcados com os critérios, o próximo passo é fazer a contagem de clientes por segmento. Caso existam segmentos que possuem poucos clientes em relação aos outros, eles devem ser agrupados com aqueles que tem uma ou mais similaridades em comum. Não existe uma regra, cada caso é um caso, e somente analisando um a um que é possível identificar quais podem e devem ser agrupados.Com a marcação pronta, é hora de começar a utilizá-la (é importante saber no que se vai usá-la antes de fazer a segmentação em si, pois ajuda nas decisões de faixas e número de segmentos). Vejam exemplos de usos nos próximos parágrafos. Identificar os clientes para atendimento em uma central de suporte. Tendo uma marcação RFM, assim que um cliente entrar em contato com uma central de suporte, você saberá se ele é um cliente de alta, média ou baixa importância. O atendimento poderá ser, então, priorizado ou repassado para atendentes mais experientes. Em ações de marketing. Segmentação RFM é extremamente útil para realizar ações de relacionamento com a base atual de clientes. Para clientes que não compram há algum tempo, pode ser feita uma abordagem diferente da que se faz para os que compraram http://pt.wikipedia.org/wiki/Quantil | 8 | recentemente. E, depois de realizar a ação, medir qual o retorno em cada segmento, para fazer ajustes mais específicos e pontuais. Se ainda existirem disponíveis outros dados como renda, região, idade, sexo, origem do cliente, pode se identificar se algum segmento RFM com um perfil característico em relação a estes dados e fazer campanhas para captação de novos clientes usando estes mesmos parâmetros. Ver a evolução da quantidade de clientes dos segmentos RFM ao longo de períodos (trimestre, semestre ou ano) para ver qual a tendência de crescimento da base, para se identificar, por exemplo, se está aumentado as vendas de clientes mais antigos ou de clientes mais novos, se está aumentando ou diminuindo clientes que compraram um número X de vezes. Com o RFM, tenha certeza de que irá descobrir coisas muito interessantes sobre a sua base de clientes e poderá tomar ações muito saudáveis para o crescimento do seu negócio. E antes de iniciar um projeto como este, lembre-se de se perguntar: em qual ação (relacionamento, marketing ou suporte) a segmentação RFM será mais útil para minha empresa? | 9 | Texto 4: PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE SEGMENTAÇÃO PARA MERCADOS CONSUMIDORES BASES PARA SEGMENTAÇÃO – Variáveis Geográficas • Países • Estados • Regiões • Municípios • Bairros • Porte da cidade ou região metropolitana • Densidade (urbana, suburbana, rural) • Clima EXEMPLOS Região Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Nordeste, Norte Porte de cidade ou região metropolitana Menos de 4999; de 5mil a 19999; de 20mil a 49999; de 50mil a 99999; de 100mil a 249999; de 250mil a 499999; de 500mil a 999999; de 1milhão a 2999999; de 3milhões a 4999999; e acima de 5milhões Densidade Urbana, suburbana, rural Área Norte, sul | 10 | BASES PARA SEGMENTAÇÃO – Variáveis Demográficas • Idade • Tamanho da família • Ciclo de vida da família • Sexo • Renda • Ocupação • Nível de instrução • Geração • Religião • Etnia • Classe social EXEMPLOS Idade Abaixo de 6; de 6 a 11; de 12 a 19; de 20 a 34; de 35 a 49; de 50 a 64; e acima de 65 Tamanho da família 1 a 2; 3 a 4; e mais de 5 Ciclo de vida da família Jovem solteiro; jovem casado sem filhos; jovem casado filho mais novo com menos de 6 anos; jovem casado filho mais novo com 6 ou mais anos; adulto casado com filhos com menos de 18 anos; adultos casado sem filhos; adulto solteiro; outros Sexo Masculino, feminino Rendimento (em R$/ano) Menos de 12mil; de 12mil a 23.999; de 24mil a 47.999; de 48mil a 95.999; de 96mil a 143.999; de 144mil a 199.999; e acima de 200mil Ocupação Profissionais e técnicos; gerentes, funcionários públicos e empresários; funcionários de escritório e vendedores; artesãos; supervisores; operadores; agricultores; aposentados; estudantes; donas de casa; desempregados Nível de instrução Ensino fundamental ou menos; ensino médio incompleto; ensino médio completo; superior incompleto; superior completo; outros Geração Silenciosa, baby-boomers, X, Y, Z Religião Católica, protestante, judaica, muçulmana, evangélica, espírita, outras Etnia Branca, negra, amarela, vermelha Classe social Baixa, baixa-alta, média-baixa, média, média-alta, alta, alta-alta | 11 | BASES PARA SEGMENTAÇÃO – Variáveis Psicográficas • Personalidade • Estilo de vida • Valores • Benefícios procurados vs. problemas resolvidos • Motivações EXEMPLOS Personalidade Compulsiva, gregária, autoritária, ambiciosa, metódicos, impulsivos, intelectuais, outras Estilo de vida Reservados, sociáveis, intelectuais, orientado para cultura, para esportes, para atividades ao ar livre, outros | 12 | BASES PARA SEGMENTAÇÃO – Variáveis Comportamentais Resposta em relação ao produto/mix de marketing: • Papéis de decisão de compra • Ocasiões de uso • Benefícios • Status do usuário • Nível de utilização • Status de fidelidade • Estágio de conhecimento/disposição • Atitude em relação ao produto EXEMPLOS Papéis de decisão de compra Iniciador, comprador, influenciador, decisor, usuário/consumidor Ocasiões de uso Rotina, ocasião especial Benefícios Procurados ou percebidos: Qualidade, serviço, economia, velocidade Status do usuário Não usuário, ex-usuário, usuário potencial, usuário iniciante, usuário regular Nível de utilização Light-user, medium-user, heavy-user Status de fidelidade Nenhuma, média, forte, absoluta; fiéis convictos, divididos, inconstantes, infiéis Estágio de conhecimento/ disposição Desconhece, consciente, informado, interessado, desejoso, pretende comprar Atitude em relação ao produto Entusiasta, positiva, indiferente, negativa, hostil | 13 | PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE SEGMENTAÇÃO PARA MERCADOS EMPRESARIAIS Demográficas Setor Que setores devemos atender? Porte da empresa Devemos atender a empresas de que porte? Localização A que áreas geográficas devemos atender? Operacionais Tecnologia Quais as tecnologias de clientes que devemos focalizar? Status de usuários Devemos servir os heavy-users, os medium-users, os light-users ou os não usuários? Recursos dos clientes Devemos atender a clientes que necessitam de muitos ou de poucos serviços? Abordagens de compras Organização em relação a compras Devemos atender a empresas com organizações de compras altamente centralizadas ou descentralizadas? Estrutura de poder Devemos atender a empresas em que predomina a engenharia, a área financeira e assim por diante? Natureza dos relacionamentos existentes Devemos atender às empresas com as quais temos um relacionamento forte, ou ir atrás das que mais nos interessam? Políticas gerais de compras Devemos atender empresas que preferem leasing? Contratos de serviço? Compras de sistemas/soluções completas? Propostas lacradas? Critérios de compras Devemos atender empresas a empresas que buscam qualidade? Serviço? Preço? Fatores situacionais Urgência Devemos atender a empresas que necessitam de entregas ou serviços rápidos e repentinos? Aplicação específica Devemos focalizar determinadas aplicações de nosso produto em vez de todas as aplicações? Tamanho do pedido Devemos focalizar pedidos grandes ou pequenos? Características pessoais Similaridade comprador/ vendedor Devemos atender a empresas em que os funcionários e os valores sejam similares aos nossos? Atitudes em relação ao risco Devemos atender aos clientes que assumem riscos ou aos que os evitam? Fidelidade Devemos atender a empresas que demonstram alto grau de fidelidade a seus fornecedores? OBS: as variáveis GEOGRÁFICAS, os benefícios procurados e o índice de utilização apresentados na relação de segmentação de mercado consumidor também podem ser utilizados na segmentação de mercados empresariais. | 14 | Texto 5: A BUSCA PELO POSICIONAMENTO DA MARCA4 Para desenvolver um posicionamento eficaz, uma empresa deve analisar seus concorrentes, além de clientes reais e potenciais. Os profissionais de marketing precisamidentificar estratégias, objetivos, pontos fortes e fracos da concorrência. Desenvolver um posicionamento requer a determinação de uma estrutura de referência – por meio da identificação do mercado-alvo e da natureza resultante da concorrência – e as associações ideais da marca quanto aos pontos de paridade e aos pontos de diferença. Os concorrentes mais próximos de uma empresa são aqueles que procuram satisfazer os mesmos clientes e necessidades com produtos semelhantes. Uma empresa também deve prestar atenção aos concorrentes latentes, que podem oferecer novas ou diferentes maneiras de satisfazer as mesmas necessidades. Uma empresa deve identificar concorrentes usando análises tanto setoriais quanto baseadas no mercado. Os pontos de diferença são associações exclusivas a uma marca e que também são fortemente mantidas e favoravelmente avaliadas pelos consumidores. Os pontos de paridade são associações compartilhadas com outras marcas. As associações referentes a pontos de paridade de categoria são aquelas vistas pelos consumidores como necessárias para um produto legítimo e confiável dentro de uma determinada categoria. As associações referentes a pontos de paridade de concorrência destinam-se a anular os pontos de diferença dos concorrentes ou superar os pontos fracos ou as vulnerabilidades percebidas da marca. O segredo da vantagem competitiva é uma relevante diferenciação do produto – os consumidores devem encontrar algo único e significativo com relação a um produto colocado no mercado. Essas diferenças podem se basear diretamente no bem ou no serviço em si ou em outras considerações relacionadas a fatores como funcionários, canais, imagem ou serviços. 4 Kotler, P.; Keller, K.L. Administração de Marketing. SP: Pearson, 2012. p.311. | 15 | Texto 6: DISCIPLINAS DE VALOR PARA O POSICIONAMENTO5 Dois consultores, Michael Treacy e Fred Wiersema, propuseram uma estrutura de posicionamento denominado disciplinas de valor. Essa estrutura parte dos seguintes princípios: 1. Dentro de seu setor, a empresa pode querer ser a líder de produto, a empresa com excelência operacional ou a empresa com a maior proximidade com o cliente; e 2. Em todo mercado existe uma combinação de três tipos de clientes – alguns preferem a empresa com tecnologia mais avançada (liderança de produto), outros desejam desempenho extremamente confiável (excelência operacional) e outros ainda priorizam a presteza no atendimento de suas necessidades individuais (proximidade com o cliente). É difícil que uma empresa consiga ser a melhor nos 3 quesitos ou ao menos em 2 deles. Cada disciplina de valor demanda estratégias gerenciais e investimentos diferentes que muitas vezes se chocam. Assim, o McDonald’s sobressai em excelência operacional, mas não pode se dar ao luxo de diminuir o ritmo do serviço para preparar hambúrgueres especiais para cada cliente. Também não poderia ser líder em novos produtos, uma vez que cada novidade interromperia o funcionamento normal das operações. Mesmo dentro de uma empresa de grande porte, como a GE, cada departamento deve seguir uma disciplina de valor diferente: o grande departamento de eletrodomésticos busca excelência operacional, o departamento de plásticos visa proximidade com o cliente e o departamento de motores de avião enfatiza a liderança de produto. Treacy e Wiersema propõem que a empresa siga 4 regras para o sucesso: 1. Tornar-se a melhor em uma das 3 disciplinas de valor; 2. Alcançar um nível de desempenho adequado nas outras 2 disciplinas; 3. Manter sua posição de destaque na disciplina escolhida, aperfeiçoando-se sempre para não ser derrotada por um concorrente; 4. Tornar-se cada vez mais adequada nas outras 2 disciplinas, tendo em vista que os concorrentes estão sempre elevando as expectativas dos clientes. 5 Adaptado de Michael Treacy e Fred Wiersema, The disciplines of market leaders. Reading: Addison Wesley, 1994. | 16 | Texto 7: ESCREVENDO UMA DECLARAÇÃO DE POSICIONAMENTO Para divulgar uma empresa ou uma marca, os planos de marketing geralmente incluem uma declaração de posicionamento que deve seguir este formato: PARA (grupo-alvo e necessidade-alvo) NOSSA (marca) É (conceito) QUE (ponto de diferença em relação à concorrência). Por exemplo: “PARA profissionais ocupados, que precisam se organizar, O Palm Pilot É um organizador eletrônico QUE permite armazenar arquivos no PC com mais facilidade e confiança do que os produtos da concorrência”. Em alguns casos a declaração de posicionamento é mais detalhada: “PARA consumidores de refrigerante jovens e ativos, com poucas horas disponíveis para dormir, O Mountain Dew É o refrigerante que dá mais energia do que qualquer outro, porque possui um teor mais alto de cafeína. Com Moutain Dew, você fica alerta e realiza suas atividades mesmo sem ter tido uma boa noite de sono”. Observe que o posicionamento primeiro afirma que o produto pertence a determinada categoria (Mountain Dew é um refrigerante) e depois apresenta seu ponto de diferença em relação aos outros membros do grupo (tem mais cafeína). A identificação do produto com uma categoria sugere os pontos de paridade que ele pode ter com outros produtos dessa categoria, mas sua defesa se apoia no ponto de diferença. Às vezes, antes de indicar os pontos de diferença, a empresa posiciona o produto em uma categoria surpreendentemente diferente. | 17 | Texto 8: O POSICIONAMENTO DO SEU NEGÓCIO6 Como se começa um programa de posicionamento? Não é fácil. A tentação é trabalhar na solução sem antes pensar no problema. Melhor pensar sobre sua situação de uma forma organizada antes de saltar para as conclusões. Para ajudá-lo neste processo de pensar, aqui estão 6 perguntas para você fazer a si mesmo, e que podem contribuir para mobilizar sua mente. Não se decepcione. As perguntas são simples de fazer, mas complicadas de responder. Muitas vão mexer no fundo da alma, mas servem para testar sua coragem e suas crenças. 1ª Qual a posição que você tem? Posicionar é pensar ao contrário. Em vez de começar com você mesmo, comece pensando no que pensa o outro. Em lugar de perguntar o que você é, pergunte qual a posição que você ocupa na mente dos outros. Mudar mentalidades nesta nossa sociedade supersaturada de comunicações é uma tarefa extremamente difícil. É muito mais fácil trabalhar com o que já existe dentro da mente das pessoas. Ao determinar o estado em que se encontra a mente do seu comprador potencial, é importante não permitir que o Ego da empresa interfira. Quem lhe responde a pergunta “Qual é a posição que temos?” é o mercado e não o seu diretor de marketing. Se isto exigir alguns dólares em pesquisas, paciência. Gaste o dinheiro. É melhor saber exatamente qual é a situação agora do que descobrir quando for tarde demais para poder fazer alguma coisa. Não seja mesquinho. Olhe para a floresta, e não para as árvores. Muitos produtos hoje têm posições fracas ou inexistentes nas mentes dos clientes em perspectiva. O que você tem que fazer é encontrar um jeito de penetrar na mente alocando seu produto, serviço ou ideia no que já existir lá dentro. 2ª Qual a posição que você quer ter? É aqui que você entra com sua bola de cristal e tenta imaginar a posição que você quer ter, numa perspectiva de longo prazo. A palavra-chave é ter. Fazem-se muitos programas que não se concretizam nunca pela simples razão de se querer ter uma posição que outra empresa já tem. Às vezes você pode querer demais. Querer ter uma posição demasiado grande. Uma posição que simplesmente não cabe na mente dos outros em relação a quem está no negócio. E, mesmo se pudesse, não aguentaria as investidas dos concorrentes contra um produto destinado por suas próprias características a ocupar um espaço relativamentepequeno. Isso faria você cair fatalmente naquela armadilha de “para todos”. Em vez de se dirigir a todos, acaba não se dirigindo a ninguém. 6 Al Ries e Jack Trout. Posicionamento: como a mídia faz a sua cabeça. SP: Pioneira, 1989. | 18 | 3ª A quem você deve enfrentar? Se a posição que você quer ter exige um corpo-a-corpo com um líder do mercado, é melhor esquecê-la. Mais vale contornar um obstáculo do que investir contra ele. Pense. E procure escolher uma posição que não tenha ninguém grudado. Você deve dedicar tanto tempo pensando na situação sob o ponto de vista do concorrente quanto você gasta pensando na situação sob sua própria perspectiva. Os clientes não compram, escolhem. Entre as marcas de automóveis. Entre as marcas de cerveja. Entre as marcas de computadores. Entre as marcas de serviços. O mérito, ou a falta de mérito, de sua marca é menos importante do que a posição que você tem entre as escolhas possíveis. Muitas vezes, para criar uma posição viável, você tem de reposicionar uma outra marca, ou uma categoria inteira de produtos. Como o Tylenol fez com a aspirina, por exemplo. Veja o que acontece quando você não leva em consideração o concorrente. A Bristol-Myers gastou US$35 milhões para lançar o Nuprin e a American Home Products gastou 40 para lançar o Advil. Os dois produtos continham ibuprofen, um analgésico novo para os EUA. Mas as duas campanhas falharam em reposicionar o Tylenol, o remédio que dominava o mercado das pessoas sofrendo de dor de cabeça. Como resultado, nenhum dos dois produtos conseguiu mais do que umas migalhas deste mercado. Engalfinhar-se com os concorrentes é habitualmente a pior coisa que você pode fazer para conquistar um mercado. 4ª Você tem dinheiro suficiente? Um obstáculo enorme contra um posicionamento de sucesso é tentar o impossível. É preciso dinheiro para se conquistar um espaço na mente. É preciso dinheiro para se estabelecer numa posição. É preciso dinheiro para se manter numa posição conquistada. A concorrência hoje em dia não e brinquedo. Existe uma proliferação desenfreada de produtos e empresas do tipo “eu também” se matando para conseguir uma vaga na mente do comprador. E todas sabem que o conhecido é querido, e fazem um barulho danado. No espaço de um ano, mais de 200.000 mensagens publicitárias assaltam a mente de cada cidadão. Quando você considera que um comercial na TV de 30 seg custando US$500mil representa apenas uma dessas 200mil mensagens, as suas chances de sucesso nessa empreitada não podem deixar de ser, pelo menos, duvidosas. Se você não gasta o suficiente para se fazer ouvido no meio dessa barulhada infernal, você está encorajando seus concorrentes que gastam mais do que você em comunicação a se manterem imbatíveis. Sem chances para o seu negócio. E uma forma de contornar essa dificuldade tremenda é reduzir a área geográfica de se problema. Introduzindo seus novos produtos ou suas novas ideias mercado por mercado em vez de querer se lançar em bases nacionais ou internacionais. Com um número limitado de dólares à disposição, melhor gastar demais em uma cidade, do que gastar de menos em várias. Se tiver sucesso num lugar, passe para outro. E vá em frente. Tudo, claro, dependendo de você ter escolhido o lugar certo para começar. | 19 | 5ª Você aguenta a parada? Veja nossa sociedade supercomunicativa como um cadinho. Onde tudo se mistura e se transforma. Uma ideia substitui outra numa sucessão alucinante. Para lidar com as mudanças, é importante ter uma perspectiva de longo prazo. Para estabelecer a sua posição de força e aguenta-la. O posicionamento é um conceito cumulativo. Algo que se beneficia de uma atividade pensada para durar bastante. Durar muito. O máximo possível. E você tem que aguentar firme, um ano depois do outro. Há quanto tempo você ouve “X custa tanto, Y custa tanto... a experiência Z não tem preço! Para todas as outras coisas use MasterCard”? As empresas de sucesso raramente mudam aquilo que deu certo. Devido às mudanças, as empresas têm hoje de pensar em termos de estratégia muito mais do que no passado. Com raras exceções, uma empresa não deve nunca modificar a sua estratégia básica de posicionamento de sucesso. Só muda as táticas, essas manobras em curto prazo que se destinam a implementar em longo prazo a estratégia fundamental. O truque está em sustentar essa estratégia básica e melhorá-la. Encontrando novos meios de dramatizá-la. Novos meios de evitar a repetição e a chatice. Ter uma posição na mente é como ter uma propriedade que vale muito dinheiro. Se você resolve desfazer-se dela, pode ficar certo de que nunca mais conseguirá outra igual. A armadilha do aumento de linha de produtos é um bom exemplo. O que você está fazendo, no duro, quando aumenta a linha dos seus produtos é enfraquecer a sua posição básica. E uma vez perdida, você está no mato sem cachorro. 6ª Você se comporta de acordo com sua posição? O pessoal de criação muitas vezes resiste em aceitar uma campanha de posicionamento porque acredita que o posicionamento restringe a criatividade. E quer saber de uma coisa? Restringe mesmo. O conceito de posicionamento limita a criatividade, sem a menor dúvida. Uma das grandes tragédias da comunicação consiste em observar uma empresa mergulhar fundo num planejamento, passo a passo, com mapas e gráficos, e depois transferir a estratégia da execução para pessoal da criação. E a estratégia desaparece numa nuvem de técnicas criativas, e nunca mais ninguém será capaz de reconhecê-la como era antes. A empresa obteria resultados muito melhores se tivesse se limitado a utilizar “flip-charts” para apresentação da sua estratégia do que encomendar à criação anúncios de milhares de dólares. “Avis is only Nr.2 in rent-a-cars, so why go with us? We try harder!” Isto não parece anúncio. Mais parece apresentação de estratégia de marketing. Na verdade, as duas coisas. Os anúncios que você veicula estão de acordo com a posição que sua empresa tem no mercado? A criatividade, por si mesma, não vale nada. Só quando se subordina a um objetivo muito claro de posicionamento a criatividade pode dar a sua contribuição de maneira positiva. | 20 | Texto 9: POSICIONAMENTO SEGUNDO RIES & TROUT7 O posicionamento é o primeiro sistema de pensamento que enfrenta, para valer, o difícil problema de se fazer ouvir nesta nossa sociedade (cada vez mais) saturada de comunicação. 1. Muita gente não compreende direito o papel da comunicação nos negócios de hoje. Nesta nossa sociedade saturada de comunicação, comunica-se muito pouco. E a empresa precisa criar uma posição na mente do cliente potencial. Uma posição que leve na consideração devida não apenas os pontos fortes e fracos da própria empresa, como o dos concorrentes. 2. Existem empresas demais, produtos demais, e barulho demais em torno do marketing. 3. A maneira mais fácil de chegar à mente de uma pessoa é ser o primeiro. Se não puder ser o primeiro, você tem de posicionar-se contra o produto que chegou ali primeiro. 4. Para lidar com esta nossa sociedade saturada de comunicação, as pessoas aprenderam a classificar os produtos em escadinhas mentais. Antes de tentar posicionar alguma coisa, procure saber o lugar que ela ocupa na escadinha mental correspondente. 5. Um concorrente não tem nenhuma chance de investir contra posições que estejam solidamente conquistadas e estabelecidas na mente dos consumidores. Muitas empresas esquecem deste princípio básico e sofrem as consequências. 6. Para ser um líder, você tem que chegar primeiro na mente do comprador em perspectiva – e, depois, seguir as estratégias para ficar lá dentro. 7. O que dá certo para um líder não dá certo necessariamente para quem o segue. Quem se encontra na posição do “Eu também” tem que encontrar um espaço vazio na mente que não esteja ocupado por qualquer outro.8. Se não sobraram espaços vazios, você tem que criar um, reposicionando a concorrência. 9. A mais importante decisão de Marketing que você tem que fazer é escolher o nome do produto. O nome sozinho tem um poder imenso numa sociedade supercomunicativa. Empresas com nomes compridos ou complicados têm tratado de resumi-los usando apenas as iniciais. Esta estratégia raramente dá certo. 10. Pegar carona na aba de uma marca bem conhecida e aumentar a linha de produtos são estratégias que raramente funcionam. Há casos, entretanto, em que os aumentos nas linhas de produtos dão certo. Vale debater quando usar o nome da empresa e quando usar um nome novo. 11. Para ter sucesso no posicionamento, você tem que ter a atitude mental certa. Você tem que se tornar uma pessoa que pensa de fora para dentro e não de dentro para fora. E isto exige paciência, coragem e força de caráter. 7 Al Ries e Jack Trout. Posicionamento: como a mídia faz a sua cabeça. SP: Pioneira, 1989. | 21 | Texto 10: POSICIONAMENTO E O VAREJO NO BRASIL8 Lojistas e profissionais do varejo tem percebido que não é apenas o preço que encanta o consumidor e que, quando bem posicionados em termos de estratégia e foco, desenvolvendo produtos e serviços que agradem ao seu consumidor, o preço passa a ser um fator secundário e o lojista passa a ver lucros maiores. Mas é difícil se posicionar no mercado brasileiro apenas buscando passar valores ao consumidor. No mundo do varejo, estar na mídia com propagandas apenas institucionais é perder mercado. A comunicação cada vez mais vem buscando dosar o equilíbrio entre uma mensagem institucional (que adiciona valor à marca) e uma mensagem promocional (que cita preços e ofertas). O valor vem sendo criado principalmente pela criação de serviços. Cada vez mais, não existe venda de produtos sem a venda de serviços. De entregas rápidas, assistência técnica, até mesmo passando pela criação de serviços que independem de comprar ou não alguma mercadoria, como cursos ou espaços de lazer, os varejistas têm almejado se diferenciar no mercado apostando em segmentos específicos de público, como idosos, jovens ou mulheres, ou em novos hábitos de consumo, buscando acompanhar o ritmo de vida de seus consumidores. Só que esse mercado vem mudando rapidamente através do posicionamento estratégico dos varejistas, que vem procurando saber se comunicar de maneira adequada com seu consumidor. Algumas bandeiras de supermercado, tem criado empresas secundárias, de modo a se estabelecer em diferentes regiões de uma cidade, buscando atender os diferentes perfis de clientes que possam ser encontrados. Atende-se desde um cliente de classe C em uma bandeira, até mesmo um cliente de classe A, utilizando-se de outra bandeira. Com mix de produtos, serviços e ambiente de loja completamente diferentes, buscam interagir e criar uma sinergia junto ao seu público consumidor. 8 Adaptado de Caio Camargo. Marketing de Varejo. www.administradores.com.br/artigos/negocios/marketing-de-varejo/31470/ http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/marketing-de-varejo/31470/ | 22 | Texto 11: PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE DIFERENCIAÇÃO Produtos Serviços Pessoal Canal Imagem Forma Facilidade de pedido Competência Cobertura Símbolos Características Entrega Cortesia Especialidade Mídia Desempenho Instalação Credibilidade Desempenho Atmosfera Conformidade Treinamento do cliente Confiabilidade Eventos Durabilidade Orientação ao cliente Capacidade de Confiabilidade Manutenção e reparo resposta Facilidade de reparo Serviços diversos Comunicação Estilo Design ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE POSICIONAMENTO Estratégia de posicionamento Exemplo para parques temáticos Por atributo Uma empresa se posiciona com base em um atributo, como tamanho ou tempo de existência. A Disneyland pode se anunciar como o maior parque temático do mundo. Por benefício O produto é posicionado como líder em um certo benefício. A Knott’s Berry Farm pode se posicionar como o parque temático que oferece uma experiência fantasiosa de como viver no Velho Oeste. Por aplicação ou utilização Posicionamento do produto como o melhor para algum uso ou aplicação. O Japanese Deer Park pode se posicionar para o turista que tem apenas uma hora para se divertir. Por usuário Posicionamento do produto como o melhor para algum grupo de usuários. A Magic Mountain pode se anunciar como o melhor para “aqueles que procuram por emoção”. Por concorrente Alega-se que o produto é de algum modo melhor do que o do concorrente. Por exemplo, o Lion Country Safari pode anunciar que possui mais animais do que o Japanese Deer Park. Por categoria de produtos O produto é posicionado como líder em uma determinada categoria de produtos. O Marineland of the Pacific pode se posicionar não como “um parque temático para recreação”, mas como uma “instituição educacional”. Por qualidade ou preço O produto é posicionado como o que oferece o melhor valor. O Busch Gardens pode se posicionar como o que oferece o “melhor valor” para o dinheiro. | 23 | TEXTO 12 – O MARKETING MIX Introdução9 O Marketing Mix pode ser definido como a combinação de elementos variáveis que compõe as atividades de Marketing. O conceito se baseia nos estudos de Neil Borden, que usou este termo pela primeira vez em 1949. Borden afirma que o termo lhe veio à cabeça ao ler os estudos de outro autor de sua época (James Culliton), que chamava os executivos de mixers, já que a sua função era a de materializar receitas, seja misturando os ingredientes, mudando suas quantidades ou inventando novos elementos. A partir de então, a expressão Marketing Mix ou Composto de Marketing, como é conhecida no Brasil, passou a ser a teoria mais aceita para planejar atividades de Marketing. Atualmente, o Marketing Mix é considerado como base fundamental para o Marketing tático / operacional. Jerome McCarthy, professor da Universidade de Michigan, aprimorou a Teoria de Borden e definiu os 4 grandes grupos de atividades que representariam os ingredientes do composto e os separou em: 1. Product; 2. Price; 3. Promotion; 4. Place. Atualmente, o composto de Marketing é conhecido internacionalmente como “Os 4 Ps do Marketing”. Por esse motivo, diversos países trataram de traduzir os 4 grupos para o seu idioma em palavras que mantivessem a grafia iniciada por “P”. Dessa forma, no Brasil as atividades passaram a ser: Produto, Preço, Promoção e Praça (ou Ponto-de-Venda). Componentes do Mix de Marketing10 De acordo com Churchill & Peter (2000, p.20), um composto de marketing, ou marketing mix, é a combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização. A figura 1 mostra essas ferramentas formando um mix de ofertas de produtos e serviços, preços, utilizando um composto promocional e canais de distribuição para alcançar os clientes-alvo, com as variáveis específicas sob cada P. 9 Adaptado de Serrano, D. Os 4 Ps do Marketing. 09/12/2006. Fonte: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/4_Ps_do_Marketing.htm 10 Tuleski, Y.M. Mix de Marketing: 4 P´s (Produto, Preço, Promoção e Praça). 11/05/2009. Fonte: http://www.cedet.com.br/index.php?/Tutoriais/Marketing/mix-de-marketing-4-pas-produto-preco-promocao-e- praca.html http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/4_Ps_do_Marketing.htm | 24 | Figura 1 - Mix de marketing Primeiro “P”: Produto Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida e que satisfaça necessidades e desejos de um mercado. É o conjunto de atributos, funções e benefícios que os clientes compram. Produto inclui não só o bem ou o serviço, mas também marcas, embalagens, serviços aos clientese outras características. O produto não é, necessariamente, algo palpável ou físico: eles podem consistir de atributos tangíveis (físicos), mas também de intangíveis, como aqueles associados aos serviços; ou, ainda, uma combinação de tangíveis e intangíveis. (Griffin, 2001, p.228). Além de produto ou serviço, ele também pode ser uma pessoa, um local, uma organização, ideias etc. A Sadia, fabricante de alimentos, sabendo que as mulheres atualmente estão mais ocupadas, pois estão no mercado de trabalho e têm pouco tempo para se dedicar ao marido e aos filhos, passou a oferecer uma linha de produtos congelados. Mas ela não ofereceu sua linha de produto salientando suas qualidades. Ela sugeriu o benefício da liberdade, que é algo que as mulheres se vangloriam nos dias de hoje. Nesse caso, fica explícito que o conceito de liberdade é muito mais valorizado do que o produto em si, e as consumidoras que desejam liberdade em seus casamentos compram o produto orgulhosas de sua situação, em lugar de sentirem- se culpadas. O produto deve, obrigatoriamente, ser aquele desejado pelo cliente, estar dentro das suas expectativas e satisfazer suas necessidades. | 25 | Figura 2 – Níveis do produto No desenvolvimento de produtos, devem ser observados cinco níveis: • Benefício-núcleo: é um benefício fundamental que o consumidor deseja ou precisa. • Produto básico: é aquele que o consumidor compra. Nele estão definidos os benefícios básicos dos produtos. • Produto real ou esperado: é um conjunto das características que os consumidores geralmente esperam, incluindo cores, sabores, tamanhos, embalagens e marcas. • Produto ampliado: oferece serviços e benefícios adicionais • Produto potencial: é constituído por todas as ampliações e modificações que esses produtos podem sofrer no futuro. É a provável evolução do produto. Das quatro variáveis do marketing mix, podemos considerar o produto como sendo a mais crítica no processo decisório. Além disso, é necessário usar todas as demais ferramentas do marketing mix para posicioná-lo de forma correta, de forma que as estratégias alcancem seus objetivos. Segundo “P”: Preço Preço é a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso de um produto e/ou serviço. O consumidor, ao comprar um produto, paga o preço e recebe os benefícios oferecidos por ele. O preço é apenas uma parte do custo total com que os clientes arcam numa troca, que também inclui diversas outras variáveis. O preço é o único componente do mix de marketing que gera receita e é um dos principais elementos na determinação da participação de mercado de uma empresa e de sua rentabilidade. A determinação do preço de um produto ou serviço nem sempre é uma tarefa simples. É preciso considerar que, quando bem posicionado, o preço de um produto ou serviço é fator primordial ao sucesso do plano de marketing. Ao se elaborar a estratégia de preço de um produto, deve-se considerar o seguinte: ele deve ser suficientemente alto para proporcionar lucro a quem o está produzindo ou comercializando. O cliente procurará um preço justo, que não deve ser nem muito elevado, | 26 | de modo que o cliente ache que não vale a pena comprá-lo, nem tão baixo que o leve a pensar que há algo de errado com o produto. Os profissionais de marketing precisam estar atentos para utilizar a estratégia de pricing correta, evitando problemas. Ao definirem o preço, devem tomar cuidado com 4 questões importantes: • Se a comercialização do produto será suficientemente lucrativa; • Se o preço é flexível e pode ser mudado com facilidade; • Se a compra será feita e, caso seja, quanto os consumidores comprarão; • É o preço que gera a demanda, e não o contrário. Se o preço do produto é baixo, geralmente a demanda é mais alta e vice-versa. Analisando essas informações, fica o questionamento: qual é o preço ideal de um produto? O preço ideal de um produto é simplesmente aquele que o cliente julga justo e que, ao mesmo tempo, é suficientemente lucrativo para a empresa. Terceiro “P”: Praça O “P” de “praça” também é conhecido como ponto-de-venda ou canal de distribuição e pode ser descrito como uma rede organizada de órgãos e instituições que, combinados, executam todas as funções necessárias para ligar os fabricantes aos usuários ou consumidores finais a fim de viabilizar a compra de um produto ou o uso de um serviço. De uma forma mais simples, distribuição em marketing significa disponibilizar o produto ou serviço ao cliente da forma mais fácil e conveniente para ser adquirido. O produto desejado, com um preço justo, deve estar acessível ao cliente, isto é, num local onde ele possa comprá-lo no momento em que desejar. Quer um produto seja música, um automóvel, uma garrafa de Coca-Cola, um computador pessoal, um relógio, um pão de forma ou qualquer outra coisa, de alguma forma ele precisará ser posto à disposição de, literalmente, bilhões de pessoas. (Rosenbloom, 2001, p. 296). As decisões de canais de distribuição afetam e são afetadas diretamente pelas outras decisões da empresa e envolvem compromissos de longo prazo. Apesar de ser tão importante, a distribuição ainda é um tema que interessa pouco a algumas empresas, se comparado aos demais P’s. Por outro lado, existem empresas que administram de forma eficaz a distribuição de seus produtos, o que acaba sendo seu maior diferencial competitivo. São várias as formas de distribuição. Dentre as principais estão: • Distribuição direta: Ocorre quando o produtor do serviço ou produto vende diretamente ao consumidor. Exemplo: algumas empresas utilizam-se das chamadas “lojas da fábrica”, nas quais fabricantes de produtos vendem diretamente aos consumidores. Também pode-se citar os prestadores de serviços, os quais executam, eles mesmos, o serviço para o consumidor, como os dentistas e os cabeleireiros. • Distribuição Indireta: Ocorre quando o produto ou serviço utiliza-se de intermediários para levar o produto ou serviço até o consumidor. Exemplo: quase a totalidade dos produtos | 27 | encontrados nos supermercados não é fabricada por eles. Os supermercados são intermediários entre o fabricante e o consumidor. Quarto “P”: Promoção Muitas vezes, propaganda é confundida com marketing. Isso ocorre principalmente pelo fato de que o composto promocional é a parte do marketing mais visível para as pessoas, de uma forma geral. Há um provérbio popular que diz “A propaganda é a alma do negócio” e, realmente, ele tem razão, pois se o produto não for divulgado aos clientes, eles não saberão da sua existência e não poderão adquiri-lo. O composto promocional é formado por cinco principais ferramentas: propaganda, promoção de vendas, relações públicas e publicidade, força de vendas (ou venda pessoal) e marketing direto. Propaganda - A propaganda desempenha papel fundamental na criação de valor para o cliente. Além de transmitir informações sobre os produtos e sobre a empresa, a propaganda cria o desejo de comprá-los e influencia na escolha do consumidor. É importante, pois ajuda o consumidor a criar ou aumentar a percepção dos atributos dos produtos e dos pontos fortes da empresa. É necessária, também, porque tem a capacidade de informar um grande número de clientes ou potenciais clientes ao mesmo tempo. Promoção de Vendas - As ferramentas de promoção de vendas mais comuns são cupons, concursos, prêmios, entre outras. Possuem três características distintas: de comunicação, que visa atrair a atenção dos consumidores; de incentivo, que visa estimular a experimentação ou o aumento do consumo; e de convite, que objetiva convidar para uma transação imediata. Dois exemplos de promoção de vendas: o primeiro é o preenchimento de um cupom nos postos Ipiranga para um sorteio em que os premiados ganharãoCross Fox e 1 ano de combustível grátis. O segundo é a promoção de vendas d’O Boticário, veiculada na televisão, na qual todos os consumidores que comprassem um valor superior a x reais estavam automaticamente concorrendo a carros, vales-produto e meio milhão de reais. Exemplos como esses têm como principal objetivo alavancar vendas, fazer com que os consumidores sejam atraídos pelas promoções e optem por comprar a marca em promoção, e não a dos concorrentes. Entretanto, são necessários alguns cuidados: • Promoções prolongadas ou recorrentes interferem na percepção de valor do produto ou serviço; • A promoção é um incentivo de curto prazo, não contribuindo para formação positiva da imagem da marca, do produto/serviço ou da empresa; • As promoções muitas vezes apenas antecipam as vendas, em lugar de aumentá-las. | 28 | Relações Públicas - Trata-se do desenvolvimento de “boa-vontade” no mercado, uma atitude positiva do consumidor, utilizando apelos como histórias da empresa ou da criação de produtos reconhecidos no mercado. Pode valer-se de institutos sociais, obras de caridade de que a empresa participa, eventos oferecidos ou patrocinados pela empresa, entre outros. Publicidade - Toda comunicação que não é paga pela veiculação. Por exemplo, quando um artigo sobre um produto é publicado em um jornal ou revista, as características do produto são comunicadas ao público sem ônus para a empresa. Força de Vendas - É a ferramenta mais eficaz em B2B e nos estágios finais do processo de compra, particularmente no desenvolvimento da preferência, convicção e ação do consumidor. A venda pessoal envolve relacionamento ao vivo, imediato e interativo com o consumidor, permitindo uma relação duradoura. Marketing Direto - É uma forma de comunicação direta, dirigida a quem pretendemos informar sobre um produto ou serviço. Quanto mais personalizada a mensagem, maior será o impacto do destinatário ao recebê-la. A identificação do potencial de retorno do marketing direto é fácil de ser percebida. Basta imaginar a quantidade de ações de marketing em massa que se recebe diariamente sem ser parte do público-alvo a que elas se destinavam: Quantas vezes você ouviu apelos para que comprasse um determinado CD quando você detesta aquele estilo de música? Ou quantas propagandas de cerveja existem para que você compre determinada marca em detrimento de outra, e você não toma bebidas alcoólicas? Este é um dos principais motivos pelo qual o marketing direto vem obtendo sucesso e crescimento no Brasil e no mundo, nos últimos tempos. Ele identifica quem a empresa deve atingir e direciona sua estratégia de marketing até essas pessoas, que são seu alvo. São algumas ferramentas do marketing direto: • Telemarketing: trata-se da utilização do telefone como ferramenta de marketing. Ele pode ser utilizado como forma de vender, comunicar, pesquisar ou prospectar clientes. • Catálogo: ao mesmo tempo em que comunica a existência e os atributos de um produto, o catálogo é também uma forma de distribuição direta. • Internet: utilização da rede mundial de computadores para comunicação e interligação virtual entre fornecedores e consumidores, com muitos casos de sucesso. Considerações Finais Para disputar o jogo competitivo, a empresa precisa analisar os consumidores, selecionar os mercados-alvo e utilizar as ferramentas do marketing mix para satisfazer as necessidades ou os desejos do consumidor. Acima de tudo, os administradores de marketing devem elaborar estratégias de marketing que se adaptem à posição e aos recursos da empresa face a seus concorrentes e, depois, gerenciar e adaptar de maneira eficaz essas estratégias para as alterações do ambiente. Com base nisso, estruturar um bom composto de marketing é uma estratégia de vantagem competitiva para a empresa. | 29 | Outra questão importante com relação ao marketing mix é que o ambiente de negócios e do mercado é extremamente dinâmico. Rápidas mudanças podem facilmente tornar obsoletos os princípios vencedores de ontem na conduta dos negócios. Neste contexto, o marketing e a definição correta do marketing mix têm uma importância fundamental para o sucesso da empresa em um ambiente competitivo. Cada época exige que a administração da empresa pense criticamente em seus objetivos, estratégias e táticas. Por isso, a análise constante e infinita do mercado, a atualização dos segmentos mais atrativos, a avaliação das forças e fraquezas da empresa e dos concorrentes e, consequentemente, a definição de planos de marketing anuais com planos de ação totalmente direcionados para atender às necessidades e aos desejos dos clientes é de vital importância para a manutenção saudável da empresa nos seus mercados de atuação. Com certeza, uma empresa que não se dedica a estar sempre se reciclando e fazendo as mudanças necessárias para atender ao dinamismo que mercado pede, está fadada a começar a perder market share em um curto período tempo. O plano de marketing é um processo fundamental para todos os profissionais de marketing. E os 4P’s ou mix de marketing são uma linguagem conhecida e entendida universalmente pelos profissionais da área e resumem, de forma bastante simples e concisa, o coração do marketing da empresa que nada mais é do que sua estratégia e seu plano de ação para atingir seus resultados. | 30 | TEXTO 13 – O FUTURO DO MARKETING CHEGOU11 Em 1999, Kotler escreveu um artigo que se chamava “Marketing no Ano 2005”. No texto, que se encontra a seguir, ele faz um exercício de “futurologia”, prevendo o que ele acreditava que aconteceria com o marketing na primeira década do século XXI: “Por enquanto, devemos reconhecer que o marketing será muito diferente na primeira década do século XXI. Aqui, acrescentarei minhas ideias sobre os rumos do marketing no novo milênio. Farei isso olhando ‘em retrospecto’. Estamos em 2005. Eis os principais avanços nos mercados físico e virtual: A intermediação de atacadistas e varejistas sofreu uma redução considerável, devido ao comércio eletrônico. Virtualmente todos os produtos estão agora disponíveis sem que seja necessário ir à loja! O cliente pode acessar imagens de qualquer produto na Internet, ler as especificações, pesquisar o melhor preço e as melhores condições entre os fornecedores online, dar um clique no pedido e fazer o pagamento via Internet. Desapareceram os onerosos catálogos impressos. A compra de empresa para empresa por meio da Internet aumentou ainda mais do que as compras de consumidores individuais online. Compradores de empresas utilizam a Internet para procurar pelos itens mais rotineiros, anunciar suas necessidades, aguardar propostas de vendas ou simplesmente para surfar pelos sites que marcam como favoritos. Os lojistas de varejo viram o fluxo de clientes diminuir muito em seus estabelecimentos. Como resposta, mais varejistas empreendedores estão instalando cinemas e outras formas de lazer em seus estabelecimentos comerciais. Muitas livrarias, minimercados, supermercados e lojas de roupa agora incluem uma lanchonete e abrem espaço para pequenos shows e palestras. Essencialmente, essas lojas estão oferecendo uma ‘experiência’, em vez de uma variedade de produtos. A maioria das empresas desenvolveu bancos de dados privados contendo preciosas informações sobre preferências, necessidades e exigências de cada um de seus clientes. Tais empresas utilizam essas informações para fazer uma ‘customização em massa’ de seus produtos. Um número cada vez maior de empresas apresenta plataformas de produtos online nas quais os clientes podem projetar as especificações que desejam. Muitas empresas do setor automobilístico, de computadores, de eletrodomésticos e alimentício convidam os clientes a visitar sua home-page e ajudar a projetar o seu produto, serviço, sistema ou programa,indicando suas preferências em um formulário. O produto resultante dessas modificações é então exibido na tela. As empresas estão conseguindo reter mais os seus clientes, encontrando maneiras criativas de superar suas expectativas. Em função disso, os concorrentes acham cada vez mais difícil 11 Kotler, P. Marketing para Século XXI: Como Criar, Conquistar e Dominar Mercados”. p.26-29. | 31 | conquistar novos clientes. Consequentemente, a maioria das empresas despende tempo imaginando como vender mais produtos e serviços a seus clientes existentes. As empresas estão se concentrando em desenvolver sua carteira de clientes em vez de obter maior participação de mercado. Muitas já descobriram novas maneiras de aumentar suas vendas horizontal (cross-selling) e verticalmente (up-selling). As empresas estão aplicando as mais eficazes técnicas de data-mining (ou mineração de dados) para extrair de seus data- warehouses informações que lhes permitam conhecer melhor os seus clientes. As empresas finalmente conseguiram fazer com que seus departamentos de contabilidade gerassem dados reais sobre lucratividade de cada segmento de mercado, cliente, produto, canal e unidade geográfica. E estão agora concentrando sua atenção nos produtos, canais e clientes mais lucrativos, formulando pacotes de recompensas para estes últimos. As empresas mudaram de uma perspectiva de transação para uma perspectiva de desenvolvimento da fidelidade do cliente. Muitas se transferiram para a ideia de fornecimento vitalício para o cliente, na qual elas se comprometem a fornecer um produto regularmente consumido (por exemplo, café ou refrigerantes) a um preço mais baixo por unidade. Elas podem se dar ao luxo de gerar menos lucro por transação em troca de um contrato de compra de longo prazo. A maioria das empresas agora terceiriza mais de 60% de suas atividades e necessidades. Algumas terceirizam 100%, tornando-se empresas virtuais com patrimônio muito reduzido e, portanto, com índices de retorno extraordinários. As empresas que terceirizam estão desfrutando de um negócio em franca expansão. No caso de fabricantes de equipamentos, a maioria prefere trabalhar com um único parceiro fornecedor, que projete e entregue sistemas completos (na indústria automobilística, um sistema de freios, um sistema de assentos etc.) em parceria com o fabricante que detém a marca. As empresas, em sua maioria, fazem hoje parte de uma rede, dependendo bastante de alianças estratégicas com outras empresas. Muitos dos profissionais de vendas de campo são franqueados, e não funcionários da empresa. A empresa os equipa com as modernas ferramentas de automação de vendas, inclusive recursos para desenvolver apresentações multimídia individualizadas, assim como produtos, serviços ou contratos customizados. Grande parte dos compradores tem demonstrado claramente preferir se encontrar com vendedores nas telas do computador do que pessoalmente em seu escritório. Um número cada vez maior de vendas vem ocorrendo por meio eletrônico: comprador e vendedor se reúnem na tela do computador em tempo real. Os profissionais de vendas estão viajando menos e as companhias aéreas estão encolhendo. Os profissionais de vendas mais eficazes são bem-informados, confiáveis, agradáveis e bons ouvintes. A propaganda em massa na TV diminuiu sensivelmente devido à existência de 500 canais diferentes. Os jornais e revistas impressas também diminuíram em número. Por outro lado, os profissionais de marketing podem agora alcançar com mais eficácia seus mercados-alvo, anunciando em revistas e grupos de discussão especializados. | 32 | As empresas não são capazes de sustentar suas vantagens competitivas (salvo patentes, direitos autorais, localizações privilegiadas, informações privadas etc.). Os concorrentes copiam rapidamente qualquer vantagem utilizando o benchmarking e a engenharia reversa, ‘queimando etapas’ no processo de desenvolvimento. As empresas acreditam que a única vantagem sustentável está na capacidade de aprender e mudar com maior rapidez.” Em 2006, o próprio Kotler comentou o texto que havia escrito antes12, cujo resumo é apresentado a seguir: Podemos dizer com certa segurança que “o mercado não é mais o que era antes”. Ele está radicalmente diferente em virtude de forças sociais importantes e algumas vezes interligadas que criaram novos comportamentos, oportunidades e desafios: • Mudança tecnológica: a revolução digital criou uma Era da Informação. A Era Industrial caracterizou-se pela produção e pelo consumo em massa, por lojas abarrotadas de mercadorias, por anúncios onipresentes e por grandes descontos. A Era da Informação promete levar a níveis de produção mais precisos, a comunicações mais direcionadas e a uma determinação de preços em bases mais consistentes. • Globalização: os avanços tecnológicos no transporte, na expedição e na comunicação tornaram mais fácil, para as empresas, fazer negócios em outros países e, para os consumidores, comprar produtos e serviços de empresas estrangeiras. • Desregulamentação: muitos países desregulamentaram alguns setores para aumentar a concorrência e as oportunidades de crescimento. Nos USA, as empresas de telefonia de longa distância agora podem concorrer em mercados locais e as telefônicas locais podem oferecer serviços de longa distância. Da mesma maneira, companhias de energia elétrica podem entrar em outros mercados locais. • Privatização: muitos países privatizaram suas empresas estatais para aumentar sua eficiência, como ocorreu com a British Airways e a British Telecom no Reino Unido. • Aumento do poder do cliente: os clientes esperam maior qualidade e mais serviço, além de certo grau de customização. Eles têm cada vez menos tempo para gastar e querem mais conveniência. Percebem menos diferenças reais entre os produtos e mostram menos fidelidade à marca. Podem obter muita informação sobre produtos na Internet e em outras fontes, o que lhes permite um processo de compra mais inteligente. Além disso, estão mostrando maior sensibilidade ao preço em sua busca por valor. • Customização: a empresa é capaz de produzir individualmente bens diferenciados, sejam eles pedidos feitos pessoalmente, por telefone ou online. Ao se tornarem online, as empresas essencialmente propiciam aos clientes a elaboração de seus próprios bens de consumo. Elas 12 KOTLER; KELLER. Administração de Marketing. Prentice-Hall, 2006. p. 11-12. | 33 | também têm a capacidade de interagir pessoalmente com cada cliente, personalizando mensagens, serviços e o próprio relacionamento. • Concorrência ampliada: fabricantes de produtos de marca enfrentam intensa concorrência de marcas domésticas e estrangeiras, o que resulta em aumento nos custos de promoção e em redução das margens de lucro. Além disso, são fustigados por varejistas poderosos que comandam o limitado espaço de exposição e que estão lançando marcas próprias para concorrer com as marcas tradicionais. • Convergência setorial: as fronteiras entre setores tornam-se cada vez mais indistintas à medida que as empresas se dão conta de que há novas oportunidades na interseção entre 2 ou mais setores. Informática/eletrônicos + entretenimento; farmacêuticas + cosméticos + alimentos; comunicação + transmissão de dados + informação/entretenimento. • Transformação no varejo: pequenos varejistas estão sucumbindo ao poder crescente das grandes redes de varejo e dos category killers. Varejistas que possuem lojas físicas enfrentam a concorrência crescente de empresas de venda por catálogo, de mala direta, propaganda de resposta direta, programas de venda pela TV e e-commerce pela Internet. Reagindo a isso, varejistas empreendedores estão incorporando atrações a suas lojas, como cafés, palestras, demonstrações e shows. Em vez de um sortimentode produtos, eles estão vendendo uma ‘experiência’. • Desintermediação: o sucesso fantástico das primeiras ponto.com, que reduziram ou excluíram a intermediação na entrega de produtos e serviços, instilou o terror no coração de muitos fabricantes e varejistas bem estabelecidos. Em resposta a essa desintermediação, muitas empresas tradicionais iniciaram uma reintermediação e tornaram-se um misto de estabelecimento físico e online, agregando serviços online a suas ofertas normais. Muitos concorrentes ‘mistos’ mostraram-se mais poderosos que as empresas puramente digitais, pois dispunham de maior variedade de recursos com que trabalhar, além de marcas fortes e bem estabelecidas. | 34 | TEXTO 14 – PARA O MARKETING DE SERVIÇOS, 4P’s NÃO SÃO SUFICIENTES...13 O marketing mix tradicional, representado pelo mnemônico dos 4 P’s, não se adequa a serviços. Existe uma gama de contatos entre a empresa de serviços e seu cliente que se situam fora da função tradicional de marketing, conforme definida pelos 4P’s do marketing mix. Apesar disso, essas interações comprador-vendedor são implicações de marketing, pois influenciam o comportamento futuro de compra dos clientes e na comunicação boca-a-boca. Por isso, devem ser responsabilidade dos profissionais de marketing e, portanto, gerenciados. Será que acrescentar mais alguns P’s ao modelo tradicional resolve? Essa questão é uma polêmica entre os acadêmicos. Alguns criticam a proposta por conter limitações relacionadas ao não reconhecimento da importância das interações existentes nos encontros de serviço e pelo fato de não esclarecer a forma como os 4 P’s devem ser encarados no marketing de serviços. Outros defendem o papel crítico que os modelos têm no processo de aprendizagem: oferecem clareza onde existe complexidade e tornam os fenômenos (de marketing, neste caso) mais facilmente compreensíveis por oferecer visualizações claras para conceitos abstratos. O fato é que, quando se reconhece as limitações e se consegue identificar os conceitos ausentes, a simplicidade e facilidade de memorização dos modelos realmente auxilia a criar um quadro referencial para os profissionais de marketing de serviços que, muitas vezes, sequer reconhecem as diferenças, cuidados e responsabilidades específicas que o marketing de empresas deste tipo possui. Uma simplificação que auxilia é o modelo para estruturar programas de marketing em empresas de serviços proposto por Magrath. Empresas de serviços devem considerar a adição de outros 3P’s ao modelo tradicional: Pessoal, Processo e Premissas físicas integram-se aos 4P’s originais, expandindo o composto de marketing para 7P’s. Quando empresas de serviço tentam desenvolver programas e estratégias de marketing baseados nos 4P’s, sempre surge a dificuldade de adaptar o modelo à natureza de suas operações. Os 3P’s adicionais de Pessoal, Processo e Premissas físicas são inter-relacionados e representam elementos de marketing vitais no gerenciamento de empresas de serviço. O P relativo a Pessoal é importante porque são pessoas, normalmente, as principais executoras do serviço e, portanto, corresponsáveis (além do próprio cliente) pela sua característica de heterogeneidade. São as pessoas que: • Criam e entrega o serviço ao cliente, sendo responsáveis por manter uma consistência aceitável do mesmo; • São responsáveis pela execução dos serviços, pois eles podem ser definidos como esforços ou ações intangíveis; • Representam “a cara” da empresa para a qual trabalham perante o cliente, pois são as responsáveis pela maior parte dos contatos entre os consumidores e as empresas. Assim, o P de Pessoal pode ser sintetizado da seguinte forma: 13 Adaptado de Magrath, A.J. When Marketing Services, 4P’s Are Not Enough. Business Horizons, May- June/1986 e de Grönroos, C. Marketing: Gerenciamento e Serviços. 1995. | 35 | • Principais características desejadas e/ou obtidas das pessoas: cortesia; presteza; destreza/habilidade; entusiasmo e calma; iniciativa e criatividade; limpeza, linguajar e postura; imagem consciente de qualidade. • Cuidados e ações a serem empreendidas pelas empresas de serviço para obter tais características: seleção e recrutamento; treinamento; supervisão próxima; motivação; ouvir quem está mais próximo do cliente. O P de Premissas físicas é importante devido a, principalmente, necessidade de tangibilização que os serviços têm. As Premissas físicas: • Precisam ser adequadamente projetadas para facilitar a entrega do serviço de qualidade e para desenvolver a promoção e a publicidade do composto de marketing tradicional; • Não são importantes apenas pela sua parte visível, com a qual o cliente tem contato, mas também pelos recursos e locações que disponibiliza para a operacionalização das partes ocultas do serviço, para que seja corretamente fornecido. Principais características a serem buscadas pelas empresas de serviços para o P de Premissas físicas: conveniência, ambiente, eficiência em picos, acesso, visibilidade, sinalização, atratividade, espaço/privacidade, decoração, natureza da clientela, “praticidade”, intimidade, limpeza, “personalidade”, automação e cumprimento de regulamentações (como disposições do Corpo de Bombeiros, por exemplo). O último P adicional, de processo, têm sua importância justifica pelas características de perecibilidade e simultaneidade entre produção e consumo dos serviços. Por isso: • É a correta definição e gerenciamento dos processos de operacionalização dos serviços que garantem sua disponibilidade e sua qualidade consistente; • Uma vez que os serviços não podem ser estocados, é o gerenciamento de processos o responsável por lidar com os picos da demanda e encontra os meios de equilibrá-los em relação à oferta; • Os processos devem ser definidos de forma a otimizar os níveis de serviço oferecidos em relação às diferentes necessidades dos clientes. As principais características do P de Processo, os requisitos necessários ao seu adequado gerenciamento e algumas de suas consequências são: programação de horários, rotinas, supervisão de atividades, formulários, pré-preparação, plano de contingências, políticas escritas, tratamento das reclamações, planejamento, fluxo de atividades, mecanização/ automação dos serviços, manipulação dos pedidos, vantagem estratégica e mais valor, expectativa e conveniência para o cliente. Por tudo isso, o planejamento e a execução do marketing em empresas prestadoras de serviços devem cuidar de todos os 7P’s, sendo que os 3P’s adicionais são cruciais para o sucesso em serviços, pois têm grande influência na linha de produtos, nas possibilidades promocionais, no estabelecimento de preços e na distribuição física real. Não podemos nos esquecer de que serviços são “compras de confiança”, pois os clientes são solicitados a acreditar nas promessas dos profissionais de marketing de serviços, pois não | 36 | conseguem avaliar objetivamente os serviços antes de comprá-los. Daí a importância da compreensão do modelo de marketing mix proposto, mais abrangente. | 37 | TEXTO 15 - A CHAVE DO SERVIÇO AO CLIENTE14 O mau serviço é a principal causa da perda de clientes. De acordo com a AMA - American Management Association (Associação de Gestão dos Estados Unidos), 68% dos clientes abandonam sua relação comercial com uma empresa o fazem porque o serviço é deficiente. Outro dado: 90% dos compradores perdidos não tentam se comunicar com a empresa para explicar o que aconteceu. E pior de tudo: um cliente insatisfeito comenta com 10 pessoas seu descontentamento. O cliente satisfeito, no entanto, divulga sua experiência somente com outros cinco indivíduos. O guru Tom Peters diz que substituir US$ 1 de um cliente perdido, custa US$ 10. Estas cinco medidas evitam os erros mais frequentes do serviço ao cliente: