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2020 
SISTEMA ÚNICO DE 
SAÚDE - PARTE I 
Medicina Preventiva 
 
Página 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Essa obra é uma parceria entre: 
CEO 
Bruno Kosminsky 
 
Diretor Administrativo 
Heitor Medeiros 
 
Diretora Pedagógica 
Aline Barros 
 
Coordenador de Conteúdo 
Victor Dias 
 
Autores 
Pierre Vansant Oliveira Eugenio 
Arlindo Ugulino Netto 
Arthur Lopes 
Bruno Kosminsky 
 
Conselho Editorial 
Arlindo Ugulino Netto 
Pierre Vansant Oliveira Eugenio 
MedResumo
s 
 
Página 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISBN: 978-65-81704-00-1 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à Edições Eu Médico Residente 
É terminantemente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio 
ou processo, sem a expressa autorização do autor e da Edições Eu Médico Residente. 
A violação dos direitos autorais caracteriza crime descrito na legislação em vigor, sem 
prejuízo das sanções civis cabíveis. 
EMR – Eu Médico Residente Ltda. 
CNPJ: 34.730.954/0001-71 
Copyright® 2020 – Todos os direitos reservados 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 4 
Sumário 
1 SISTEMAS DE SAÚDE ........................................................................................................................................................ 5 
1.1 MODELO - ASSISTÊNCIA À SAÚDE ....................................................................................................................... 5 
1.2 MODELO - SEGURO SOCIAL ................................................................................................................................. 5 
1.3 MODELO - SEGURIDADE SOCIAL ......................................................................................................................... 5 
2 LINHA DO TEMPO ............................................................................................................................................................ 5 
2.1 REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930)........................................................................................................................ 5 
2.2 “ERA VARGAS” (1930 – 1964) ............................................................................................................................. 5 
2.3 AUTORITARISMO (1964 – 1984) ........................................................................................................................ 6 
2.4 NOVA REPÚBLICA (1985 - 1988) ........................................................................................................................ 6 
3 EVOLUÇÃO DO SUS .......................................................................................................................................................... 7 
4 PRINCIPAIS DEFINIÇÕES LEGAIS DO SUS ........................................................................................................................ 7 
4.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ...................................................................................................................... 7 
4.2 LEI 8.080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 ............................................................................................................ 8 
4.3 LEI 8.142 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 (LEI COMPLEMENTAR À LEI 8.080) ................................................. 8 
4.4 AS NORMAS OPERACIONAIS................................................................................................................................ 8 
4.4.1 NORMA OPERACIONAL BÁSICA – NOB 91 ........................................................................................... 8 
4.4.2 NORMA OPERACIONAL BÁSICA – NOB 93 ........................................................................................... 9 
4.4.3 NORMA OPERACIONAL BÁSICA – NOB 96 ........................................................................................... 9 
4.4.4 NORMAS OPERACIONAIS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE NOAS 2001 / 2002: ....................................... 10 
4.5 PACTO PELA SAÚDE 2006 .................................................................................................................................. 10 
4.6 DECRETO 7.508/2011 ........................................................................................................................................ 11 
5 PRINCÍPIOS DO SUS ........................................................................................................................................................ 11 
5.1 POR QUE SISTEMA ÚNICO? ............................................................................................................................... 11 
5.2 QUAL É A DOUTRINA DO SUS? .......................................................................................................................... 12 
5.3 QUAIS OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A ORGANIZAÇÃO DO SUS? ..................................................................... 12 
5.4 OUTROS PRINCÍPIOS DO SUS ............................................................................................................................. 13 
6 PARTICIPAÇÃO SOCIAL .................................................................................................................................................. 14 
7 FINANCIAMENTO DO SUS ............................................................................................................................................. 14 
7.1 FINANCIAMENTO TRIPARTITE ........................................................................................................................... 15 
7.2 MUDANÇAS NO FINANCIAMENTO DO SUS ...................................................................................................... 15 
7.3 OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO ...................................................................................................................... 15 
8 PARTICIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA NA SAÚDE .................................................................................................... 16 
8.1 SAÚDE COMPLEMENTAR ................................................................................................................................... 16 
8.2 SAÚDE SUPLEMENTAR ....................................................................................................................................... 16 
9 ANEXO ............................................................................................................................................................................ 17 
10 REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................................. 18 
 
 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 5 
Sistema Único de Saúde 
1 SISTEMAS DE SAÚDE 
• A assistência à saúde nos países apresenta diferentes configurações, refletindo a natureza das relações entre o estado 
e a sociedade. 
• Existem três principais modelos de saúde, havendo uma base comum, com pequenas diferenças aplicadas em cada 
nação. 
 
1.1 MODELO - ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
• Nesse sistema de saúde o governo oferece atendimento à saúde apenas às pessoas consideradas muito pobres, que 
comprovem a impossibilidade de pagamento dos serviços de saúde. Ex.: EUA. 
 
1.2 MODELO - SEGURO SOCIAL 
• O sistema de Seguro Social é caracterizado pela garantia de serviços de saúde mediante a contribuição a um fundo 
ou, usualmente, à previdência. Essa contribuição pode ser realizada pelo empregado, pelo empregador (público ou 
privado) ou por ambos. Ex.: Alemanha. O Brasil seguia o modelo de Seguro Social até a Constituiçãode 1988. 
 
1.3 MODELO - SEGURIDADE SOCIAL 
• Nesse modelo, a saúde faz parte de um conceito mais amplo, que visa promover o bem-estar de todos os cidadãos, 
garantindo uma sociedade justa, livre e solidária. Como define a Constituição Federal, a saúde não possui restrição de 
beneficiários e o seu acesso também não exige contribuição dos beneficiários. Ex.: Países Nórdicos e Inglaterra, onde 
é denominado como “Welfare State”. Como veremos adiante, este é o atual modelo seguido no Brasil. 
2 LINHA DO TEMPO 
2.1 REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930) 
• Antigamente, há cerca de 100 anos, no Brasil, o atendimento médico era domiciliar, na forma de prestação de serviço 
remunerado. Pessoas com pouca aquisição financeira não tinham assistência médica e dependiam de escassas casas 
de beneficência (Santas Casas) e entidades filantrópicas. 
• O Modelo Assistencial Sanitarista era o que marcava a República Velha, caracterizada como a “Época das Campanhas”, 
que se baseava em mutirões isolados para tratar doenças emergentes. 
• Na década de 20 foram criadas as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP). Essas visavam garantir pensão em caso 
de algum acidente ou afastamento do trabalho por doença, além de uma futura aposentadoria. 
 
2.2 “ERA VARGAS” (1930 – 1964) 
• Na década de 30, com a presidência de Getúlio Vargas, houve influência de várias correntes estrangeiras no que diz 
respeito à assistência médica para a população. Vargas se viu, então, entre duas opções a serem seguidas: 
− Corrente europeia: preventiva, que disseminava a ideia de que a medicina do futuro se baseava na construção de postos 
de saúde voltados para à prevenção da doença. 
− Corrente americana: curativa, que pregava a ideia de que a medicina do futuro deveria ser baseada na construção de 
hospitais, com finalidade de combater a doença já instalada. 
 
 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 6 
• Os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) foram criados no Estado Novo de Getúlio Vargas. Eles podem ser 
vistos como resposta, por parte do Estado, às lutas e reivindicações dos trabalhadores no contexto de consolidação 
dos processos de industrialização e urbanização brasileiros. Acentua-se o componente de assistência médica, em 
parte por meio de serviços próprios, mas, principalmente por meio da compra de serviços do setor privado. 
• Nessa época, já se iniciava a transição demográfica (envelhecimento populacional), marcada pelo surgimento da 
morbidade moderna, com aumento das doenças crônicas não-transmissíveis (transição epidemiológica). 
 
2.3 AUTORITARISMO 
(1964 – 1984) 
• Nessa época, a transição demográfica já era muito mais notável. 
• Criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que resultou da unificação dos IAPs no contexto do regime 
autoritário de 1964, vencendo as resistências à tal unificação por parte das categorias profissionais que tinham 
institutos mais ricos. O INPS consolida o componente assistencial, com marcada opção de compra de serviços 
assistenciais do setor privado, concretizando o modelo assistencial hospitalocêntrico, curativista e médico-centrado. 
• Posteriormente foi criado o Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social (SINPAS) e, dentro dele, o Instituto 
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), em 1974, que passa a ser o grande órgão 
governamental prestador da assistência médica – basicamente às custas de compra de serviços médico-hospitalares 
e especializados do setor privado. 
 
2.4 NOVA REPÚBLICA 
(1985 - 1988) 
• A realização da VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS), com intensa participação social, deu-se logo após o fim da 
ditadura militar, em 1986. Ela consagrou uma concepção ampliada de saúde e o princípio da saúde como direito 
universal e como dever do Estado, atributos que seriam plenamente incorporados na Constituição de 1988. A VIII CNS 
foi o grande marco na história das conferências de saúde no Brasil. Foi a primeira vez que a população participou das 
discussões da conferência. Suas propostas foram contempladas tanto no texto da Constituição Federal/1988, como 
nas Leis Orgânicas da Saúde - 8.080/90 e 8.142/90. Participaram dessa conferência mais de 4 mil delegados, 
impulsionados pelo movimento da Reforma Sanitária, os quais propuseram a criação de uma ação institucional 
correspondente ao conceito ampliado de saúde, que envolve promoção, proteção e recuperação. 
• Em 1987 foram criados Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS), que tinham como principais 
diretrizes: universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde; integralidade dos cuidados assistenciais; 
descentralização das ações de saúde; implementação de distritos sanitários. Trata-se de um momento marcante, pois, 
pela primeira vez, o Governo Federal começou a repassar recursos para os estados e municípios ampliarem suas redes 
de serviços, prenunciando a municipalização que viria com o SUS. As Secretarias Estaduais de Saúde foram muito 
importantes nesse movimento de descentralização e aproximação com os municípios, que recebiam recursos 
financeiros federais de acordo com uma programação de aproveitamento máximo de capacidade física instalada. 
Podemos localizar nos SUDS os antecedentes mais imediatos da criação do SUS. 
• Em 1988 foi aprovada a “Constituição Cidadã”, que estabelece a saúde como “Direito de todos e dever do Estado” e 
apresenta, na sua Seção II, como pontos básicos: “as necessidades individuais e coletivas são consideradas de 
interesse público e seu atendimento é um dever do Estado; a assistência médico-sanitária integral passa a ter caráter 
universal, e destina-se a assegurar a todos os cidadãos acesso aos serviços de saúde; esses serviços devem ser 
hierarquizados segundo parâmetros técnicos e a sua gestão deve ser descentralizada”. Estabelece, ainda, que o 
custeio do Sistema deverá ser essencialmente de recursos governamentais da União, estados e municípios, e as ações 
governamentais submetidas a órgãos colegiados oficiais, os Conselhos de Saúde, na representação paritária de 
usuários e prestadores de serviços. 
 
 
 
 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
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3 EVOLUÇÃO DO SUS 
• O SUS foi criado pelo texto constitucional de 1988, mas não foi aplicado nesse ano! Na verdade, nesse ano, “o SUS nasceu, 
mas não sabia como faria para implantar os seus Princípios, nem sabia como e com o que iria pagar para fazer isso”. O SUS 
era, portanto, apenas uma teoria em 88: foi somente a partir do dia 19/09/1990 (o Presidente da República era Collor), 
quando foi implantada a Lei 8.080, que ele passou a ser implantado e todo o seu funcionamento foi detalhado. A Lei 8080 
dispõe, portanto, do funcionamento do SUS (essa lei fala das atividades e obrigações de cada setor e gestão). 
• A consagração constitucional do SUS trouxe a previsão da necessidade de novas legislações por meio das leis 8080 e 8142, 
ambas citadas em 1990, que conjuntamente, formam as “Leis Orgânicas da Saúde”. 
4 PRINCIPAIS DEFINIÇÕES LEGAIS DO SUS 
4.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
• A Constituição de 88 redefine o conceito de saúde no Brasil: para se ter saúde, é preciso ter acesso a um conjunto de fatores, 
como alimentação, moradia, emprego, lazer, educação etc. Obs: os artigos da constituição referentes à saúde (196-200) 
estarão em anexo no final do texto. 
• Seu artigo 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, garantido mediante políticas sociais e econômicas 
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. Neste artigo, é definido a universalidade da cobertura do SUS. 
• Uma das mais relevantes inovações do texto constitucional de 1988 foi a definição da Seguridade Social como conceito 
organizador da proteção social brasileira. 
 
Seguridade Social 
• A seguridade social compreendeum conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
• Não podemos confundir o conceito de seguridade social com os conceitos de Previdência Social e Assistência Social. 
1. Saúde 
− Quando a Constituição fala de “Saúde”, está se referindo a um conjunto de ações do Estado destinado à redução do risco de doenças e 
suas consequências. 
2. Assistência Social 
− A Assistência Social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, 
à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade Social. 
3. Previdência Social 
− Funciona como um seguro, que tem o objetivo de proteger seus segurados de eventos como morte, invalidez, reclusão e desemprego, os 
chamados “riscos sociais”. Por isso que o INSS é uma instituição importante para a Previdência Social. 
− A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção aos que vierem a afastar-se do 
emprego por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou 
morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
 
 
 ATENÇÃO 
Dos três elementos da Seguridade Social, a Previdência é a única que possui natureza contributiva. Ou seja, só receberão os 
benefícios da Previdência aqueles que realizaram a devida contribuição. 
 
 
 
 
 
Seguridade Social 
Saúde Previdência Assistência Social 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
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• O financiamento da Seguridade Social é previsto no art. 195 da Constituição Federal como um dever imposto a toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de contribuições sociais. 
• Na relação de custeio da Seguridade Social, aplica-se o princípio de que todos que compõem a sociedade devem colaborar para a 
cobertura dos riscos provenientes da perda ou redução da capacidade de trabalho ou dos meios de subsistência. 
 
 
4.2 LEI 8.080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 
• A Criação do Sistema Único de Saúde (SUS) deu-se através da Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que “dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes” do SUS. Detalha: os objetivos e atribuições; os princípios e diretrizes; a primeira Lei Orgânica; a 
organização, direção e gestão, a competência e atribuições de cada nível (federal, estadual e municipal); a participação 
complementar do sistema privado; recursos humanos; financiamento, gestão financeira, planejamento e orçamento. 
• A Lei dispõe também sobre o funcionamento do SUS. Em resumo, cabe à direção/esfera: 
− Nacional: definir/formular políticas, normas, regras etc. 
− Estadual: coordenar/controlar. 
− Municipal: executar/pôr em prática. 
OBS.: A Direção Nacional pode intervir também, sobretudo na vigilância de portos, aeroportos e fronteiras, ou situações 
inusitadas, em que as direções Estadual e Municipal não consigam controlar. 
OBS.: O Setor Privado pode atuar de forma livre e complementar. 
 
4.3 LEI 8.142 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 
(LEI COMPLEMENTAR À LEI 8.080) 
• Dispõe sobre a participação da comunidade, da gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos 
financeiros. Institui os Conselhos de Saúde e confere legitimidade aos organismos de representação de governos estaduais 
(CONASS – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde) e municipais (CONASEMS – Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde). Finalmente estava criado o arcabouço jurídico do Sistema Único de Saúde, mas novas 
lutas e aprimoramentos ainda seriam necessários. 
 
4.4 AS NORMAS OPERACIONAIS 
• O processo de implantação do SUS foi orientado por instrumentos chamados Normas Operacionais, instituídas por meio de 
portarias ministeriais. 
• Essas normas definem as competências de cada esfera do governo e as condições necessárias para que Estados e Municípios 
possam assumir a responsabilidade e prerrogativas dentro do Sistema. 
• Entre os objetivos das Normas Operacionais, temos: 
− Induzir e estimular mudanças; 
− Aprofundar e reorientar a implementação do SUS; 
− Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais; 
− Regular as relações entre seus gestores (prefeitos e/ou secretários de saúde); 
− Normatizar o SUS. 
 
4.4.1 Norma Operacional Básica – NOB 91 
• É uma norma que, apesar de regulamentar o SUS com seus novos princípios, mantém os princípios até então vigentes, como 
repasse de verbas por produtividade e centralização. Isso porque essa NOB ainda centraliza a gestão no nível federal: os 
municípios comportam-se como prestadores! Prestadores públicos e privados receberiam dinheiro do Ministério da Saúde 
de acordo com a produção. Ela volta, portanto, aos conceitos arcaicos da saúde no Brasil. 
• A NOB 91 seria, praticamente, um “retrocesso”: ela volta a centralizar a gestão na esfera federal! Mas seria por um tempo 
provisório, enquanto os Municípios se adequariam a essa nova realidade. 
 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 9 
OBS1: A NOB 91 tratava também dos repasses dos recursos do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Estaduais e Municipais 
de Saúde, estabelecendo critérios a serem cumpridos para a habilitação – criação dos Conselhos Municipais de Saúde; 
criação do Fundo Municipal de Saúde; Apresentação do Plano Municipal de Saúde -, além da criação dos Sistemas de 
Informação Hospitalar (SIH/SUS) e do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS). 
OBS2.: Houve a edição de uma Norma Operacional Básica em 1992 (NOB 92), porém ela não trouxe alterações significativas. 
 
4.4.2 Norma Operacional Básica – NOB 93 
• A NOB 93 inicia o processo de descentralização (tirando o poder da esfera federal), pregando a municipalização da gestão 
em saúde: 
− Habilita municípios como gestores (“municipalização”, iniciando o processo de descentralização); 
− Gestão: Incipiente / Parcial / Semiplena; 
− Transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência em gestão semiplena (o município 
assume a completa gestão da prestação de serviços da rede pública em seu território, exceto as unidades hospitalares 
sob gestão estadual). 
 
OBS.: Desta forma, por mais que o SUS fosse “Universalizado”, os hospitais só atendiam se o paciente mostrasse um 
comprovante de residência, já que o município só receberia o repasse se atendesse pacientes de sua cidade. Pensando 
nisso, para evitar “brigas” entre esferas de governo (Município e Estado), foram criadas, também pela NOB 93, as 
Comissões Intergestoras. 
• As Comissões Intergestoras surgem como espaços de negociação, pactuação e articulação, com a importância de 
gerar a integração entre gestores para o melhor gerenciamento do processo da descentralização. São elas: 
− Comissão Intergestores Bipartite (de âmbito estadual): é integrada paritariamente por dirigentes da Secretaria do 
Estadual (SES) e do órgão de representação dos Secretários Municipais de Saúde (COSEMS). 
− Comissão Intergestores Tripartite (de âmbito nacional): é integrada paritariamente por representantes do Ministério da 
Saúde (MS), por órgãos dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e dos Secretários Municipais de Saúde 
(CONASEMS). 
 
 
 
4.4.3 Norma Operacional Básica – NOB 96 
• Três anos após a NOB 93, foi criada a NOB 96, que trouxe alterações importantes. Ela determinou, de fato, a 
municipalização, promovendo um avanço no processo de descentralização, criando condições de gestão para os 
municípios e estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos eredefinindo competências de Estados e Municípios. Enquanto o NOB-91 dava poder à esfera Federal e a NOB-93 
iniciava a descentralização, a NOB 96 definiu e consolidou, de fato, a municipalização. 
• A NOB 96 deu poder pleno ao município, oferecendo duas opções: ou ele optaria pela Gestão Plena da Atenção Básica 
(somente Atenção Básica) ou ele optaria pela Gestão Plena do Sistema Municipal (além da Atenção Básica, garantir 
também a Média e a Alta Complexidade). A norma também trouxe dois modelos de gestão aos Estados. Eles poderiam 
se habilitar em: Gestão Avançada do Sistema Estadual ou Gestão Plena do Sistema Estadual. 
• A NOB 96 também criou o Piso da Atenção Básica (PAB): recursos destinados aos procedimentos da atenção básica. 
Funcionava repassando um valor financeiro fixo, fundo a fundo, de forma regular e automática, com base em valor 
nacional per capita para a população coberta. Foram definidas uma parte fixa e uma parte variável do PAB (o modelo 
de financiamento foi posteriormente modificado e organizado em dois grandes blocos). 
 
Municípios Estados 
• COMISSÕES INTERGESTORES BIPARTITE (CIB): 
Municípios Estados União 
• COMISSÕES INTERGESTORES TRIPARTITE (CIT): 
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OBS.: O Programa de Saúde da Família, em teoria, foi criado no Brasil em 1993, sendo colocado em prática em 94. Mas 
somente após a implementação do Poder/Gestão Plena pelo Município e pelo Piso de Atenção Básica (PAB) para cada 
município, com a NOB 96, é que as unidades de saúde realmente começaram a se espalhar pelo Brasil. 
 
4.4.4 Normas Operacionais de Assistência à Saúde 
NOAS 2001 / 2002: 
• Foram editadas as Normas Operacionais de Assistência à Saúde, cuja ênfase maior é no processo de regionalização do SUS, 
a partir de uma avaliação de que a municipalização da gestão do sistema de saúde, regulamentada e consolidada pelas 
normas operacionais, estava sendo insuficiente para a configuração do sistema de saúde, por não permitir uma definição 
mais clara dos mecanismos regionais de organização da prestação de serviços. 
• É uma norma que se articula em torno da ampliação das responsabilidades dos municípios na garantia de acesso aos serviços 
da atenção básica e da regionalização. Tinha como objetivo “promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso 
da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção”. 
• Disto, a NOAS tenta trazer de volta o princípio da equidade tanto nos recursos como no acesso à saúde, com a criação de: 
− Regionalização Organizada: 
✓ Foi criado o Plano Diretor de Regionalização (PDR), além da Programação Pactuada e Integrada (PPI), para ordenar 
o processo de regionalização da assistência em cada Estado e no Distrito Federal, baseado nas prioridades de 
intervenção coerentes com a necessidade de cada população e garantia de acesso a todos os níveis de atenção; 
✓ Acesso à saúde o mais próximo da residência: nesse período, os estados brasileiros criaram as suas regiões de saúde, 
que têm por objetivo assegurar aos usuários do SUS o maior acesso possível, em qualquer nível de complexidade, 
aos serviços de saúde; 
✓ Instituição dos “Municípios de Referência” (os quais passam a ganhar recursos de “média complexidade”). 
− Ampliação da Atenção Ambulatorial / Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada (GPAB-A): fez-se uma “ampliação do 
PAB”, de modo que o município receberia mais verba para evitar o uso dos serviços de referência de forma demasiada 
e/ou desnecessária. 
OBS.: Em outras palavras, com as NOAS, foram estabelecidas “Cidades Referências em Saúde”, que prestavam serviços de 
média complexidade para um conjunto de cidades vizinhas (para evitar “confusão”, as cidades vizinhas receberiam renda 
apenas da baixa complexidade, enquanto que os Municípios de Referência receberiam a renda para Média 
Complexidade; Para evitar o uso exagerado (e uma eventual sobrecarga desses serviços), foi instituída também a 
Ampliação da Atenção Ambulatorial, para que os municípios que só exerciam a atenção básica pudessem “segurar mais” 
seus pacientes antes de mandar para os Municípios de Referência. 
OBS.: Diferentemente do que acontece com a verba para atendimentos de média complexidade, o repasse dos recursos para 
o atendimento da Alta Complexidade é algo tão burocrático que ainda hoje ela não é repassada de forma regular e 
automática, apenas através do preenchimento de guias de Autorização para Procedimentos de Alta Complexidade 
(APAC). 
 
4.5 PACTO PELA SAÚDE 2006 
• Após uma Tripartite em 26 de janeiro de 2006, foram definidos pactos para fortalecer alguns enfoques do SUS que estavam 
negligenciados. 
• Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os gestores do SUS assumem o compromisso público, da construção 
de um Pacto pela Saúde – 2006, anualmente revisado, que tenha como base os princípios constitucionais do SUS, com 
ênfase nas necessidades de saúde da população e que implicará o exercício simultâneo de definição de prioridades 
articuladas e integradas sob três pactos: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS. 
• Pacto pela VIDA: veio estabelecer as prioridades em saúde. Foram estabelecidas algumas prioridades, que devem ser 
revistas anualmente, entre elas: Saúde do Idoso; Saúde da Mulher; Redução da Mortalidade Infantil; Doenças emergentes 
e endemias (dengue, hanseníase, BK - tuberculose - , malária e influenza-H5N1); Foco na Promoção da saúde (qualidade de 
vida); Atenção Básica à Saúde, servindo como porta de entrada em geral, mantendo o PSF (Programa Saúde da Família) 
como modelo de atenção; Saúde Mental; foram criados os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); Saúde do Homem; Saúde 
do trabalhador; Pessoas com deficiência; Pessoas em risco de violência; Hepatite e AIDS foram adicionadas às “Doenças 
emergentes e endemias”; Saúde Oral/Bucal (“Programa Brasil Sorridente”). 
 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 11 
• Pacto em DEFESA do SUS: defender e reafirmar os Princípios do SUS. 
− Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade de mostrar a saúde como direito de 
cidadania; garantir a longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde etc. 
− Elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS. 
− Tentar atrair mais investimentos ao SUS / Aprovar a EC no 29 (que tinha sido criada em 2000, mas ainda não tinha sido 
implementada), que representou uma importante conquista da sociedade para a construção do SUS, pois estabeleceu 
a vinculação de recursos nas três esferas de governo para um processo de financiamento mais estável do SUS. 
• Pacto de GESTÃO do SUS: reafirmar a função de cada esfera - é um acordo interfederativo articulado entre as 3 esferas de 
gestão do SUS, em que foram pactuadas responsabilidades no campo de gestão e da atenção à saúde, que propõe um 
“choque de descentralização”, acompanhado da desburocratização dos processos normativos. Em resumo, são objetivos: 
− Fortalecer as responsabilidades de cada Município, Estado e do Governo Federal; 
− Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS; 
− Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS. 
 
 
 
 ATENÇÃO 
Fazem parte do Pacto pela Saúde de 2006: 
− Pacto pela Vida; 
− Pacto em Defesa do SUS; 
− Pacto de Gestão do SUS. 
 
4.6 DECRETO 7.508/2011 
• O Decreto 7.508 traz regulamentações sobre: 
− Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - Dispõe sobre a colaboração entre as esferas de governo, com a 
finalidade de organizar e integrar as ações de saúde. 
− Diretrizes sobre Regiões de Saúde. 
− Diretrizes sobre Redes de Atenção à Saúde. 
− Define Portas de Entrada ao SUS. 
• A organização das Regiões de Saúde e Redes de Atenção à Saúde, bem como as portas de entrada, serão abordadas em SUS 
Parte II. 
5 PRINCÍPIOS DO SUS 
5.1 POR QUE SISTEMA ÚNICO?• Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a 
responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal. Assim, o SUS não é um serviço 
ou uma instituição, mas um sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para 
um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo tempo, às atividades de promoção, 
proteção e recuperação da saúde. 
• O surgimento do SUS vem com o objetivo de solucionar os antigos problemas do sistema de saúde brasileiro: 
 
Problemas antes do SUS Princípios do SUS (as soluções) 
Acesso restrito 
Ênfase na cura 
Universalização 
Integralidade / Equidade 
Ministérios (dicotomia) 
Medicina ditatorial 
Descentralização / Regionalização / Hierarquização 
Participação social (através dos Conselhos e Conferências de Saúde) 
 
 
Medicina Preventiva 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 12 
5.2 QUAL É A DOUTRINA DO SUS? 
• Princípios Éticos / Doutrinários: Conforme nossa descrição sobre os princípios dos SUS, identificamos três elementos que 
compõem a base cognitiva, ideativa e filosófica do sistema brasileiro e que foi inscrita na Constituição Federal de 1988: 
− UNIVERSALIZAÇÃO: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar esse direito, sendo 
que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, 
ou outras características sociais ou pessoais. 
− EQUIDADE: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos 
serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar 
desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. 
− INTEGRALIDADE: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, 
é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a 
reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, 
para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de 
vida dos indivíduos. 
 
 
 DICA 
Apesar de ser um princípio do SUS, a equidade não está presente nas leis! 
 
 
 ATENÇÃO 
Os princípios éticos/doutrinários do SUS são a UNIVERSALIDADE, EQUIDADE e INTEGRALIDADE. 
 
5.3 QUAIS OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A ORGANIZAÇÃO DO SUS? 
• Princípios Organizacionais / Operativos: - Os princípios que permitem a operacionalização das ações de saúde baseadas nas 
doutrinas citadas anteriormente são: 
− REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO - Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica 
crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isso implica na 
capacidade dos serviços em oferecer, a uma determinada população, todas as modalidades de assistência, bem como o 
acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas). 
O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção (UBS e UPA) que devem 
estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais, 
deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica (atenção secundária e terciária). A rede 
de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conhecimento maior dos problemas de 
saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, 
educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. 
− RESOLUBILIDADE - É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de 
impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da 
sua competência. Em suma, o SUS precisa resolver todos os problemas de saúde da população, seja no nível primário, 
secundário ou terciário. 
− DESCENTRALIZAÇÃO - É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde 
entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que, quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance 
haverá de acerto. Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o 
que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de 
abrangência nacional será de responsabilidade federal. Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos 
vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde - é o que se chama municipalização 
da saúde. Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente 
voltadas aos seus cidadãos. 
 
 
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 13 
− PARTICIPAÇÃO SOCIAL - É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, 
participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde 
o federal até o local. Essa participação deve dar-se através dos Conselhos e Conferências de Saúde, com representação 
paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Deve ser também considerado como 
elemento do processo participativo, o dever de as instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários 
para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde. 
− COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO - A Constituição definiu que, quando por insuficiência do setor público, 
for necessária a contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições: 
1. A celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ou seja, interesse público prevalecendo sobre o 
particular; 
2. A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem, assim, 
os princípios da universalidade, equidade etc., como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando 
contratado, atua em nome deste; 
3. A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição 
definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região, deverá estar claramente 
estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em 
que lugar. Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos, conforme determina a 
Constituição. 
Assim, cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e, na sequência, complementar a rede assistencial 
com o setor privado, com os mesmos concertos de regionalização, hierarquização e universalização. Torna-se 
fundamental o estabelecimento de normas e procedimentos a serem cumpridos pelos conveniados e 
contratados, os quais devem constar, em anexo, dos convênios e contratos. 
 
5.4 OUTROS PRINCÍPIOS DO SUS 
− Igualdade da assistência à saúde. 
− Preservação da autonomia das pessoas. 
− Direito à informação. 
− Divulgação de informações sobre os serviços de saúde. 
− Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades. 
− Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. 
− Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos na prestação de serviços de assistência à saúde 
da população. 
− Organização dos serviços e atendimento público. 
 
 
 DICA 
Entenda bem todos os princípios do SUS, pois são temas recorrentes nas provas. 
 
 
Medicina PreventivaSISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 14 
6 PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
 
• Gestão Participativa em Saúde: Compreende todos os mecanismos de deliberação e de gestão compartilhados, com ênfase no 
controle social, valorizando e fortalecendo os mecanismos instituídos para controle social no SUS, incluindo os Conselhos e as 
Conferências de Saúde, instrumentos essenciais na formulação da Política Estadual e Municipal de Saúde, também firmar pactos 
com as demais esferas de governo, visando a implementação da Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa. 
• Conselhos de Saúde: Os Conselhos de Saúde são órgãos colegiados (reúnem grupos de diferentes representações) deliberativos 
(podem tomar decisões) permanentes do SUS, existentes em cada esfera de governo (municipais, estaduais e nacionais) e 
integrantes da estrutura básica do sistema de saúde. 
− Composição PARITÁRIA: 
✓ Metade: Profissionais de Saúde (25%); Prestadores de serviço (12,5%); Gestores (12,5%). 
✓ Metade: Usuários (50%). 
− Controlam os gastos e a execução da saúde. 
− Reúnem-se mensalmente (pois eles devem avaliar, todo mês, a aplicação dos gastos em saúde). 
− Os conselhos estaduais e municipais de saúde são representados no Conselho Nacional de Saúde através do CONASS (Conselho 
Nacional de Secretários de Saúde) e do CONASEMS (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde), respectivamente. 
 
 
 
• Conferências de Saúde: 
− Têm composição semelhante aos conselhos de saúde. 
− Convocadas pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, pelo Conselho de Saúde, as Conferências têm como objetivos principais 
avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos três níveis de gestão: municipal, estadual 
e federal. Isso significa dizer que as deliberações das Conferências devem servir para orientar os governos na elaboração dos planos 
de saúde e na definição de ações que sejam prioritárias nos âmbitos estadual, municipal e nacional. De acordo com a Lei nº 8.142, 
de 28 de dezembro de 1990, as Conferências Nacionais de Saúde devem ocorrer a cada quatro anos, com a representação dos 
vários segmentos sociais. 
• Comitês Técnicos: 
− São espaços de caráter técnico e consultivo que apoiam a gestão do SUS na formulação, implantação e monitoramento de políticas 
públicas de saúde. Podem ser formados com a participação da gestão federal, estadual e municipal (da saúde e outros ministérios 
ou secretarias de governo), movimentos sociais e/ou entidades representativas e representantes de Conselhos de Saúde (nacional, 
estadual ou municipal). 
 
 
 ATENÇÃO 
A participação social é assunto MUITO abordado nas provas! 
 
 
7 FINANCIAMENTO DO SUS 
• De acordo com a Lei 8.080/1990, art. 36. “O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) 
será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades 
da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito 
Federal e da União”. 
 
Trabalhadores de Saúde 
Representantes de instituições 
prestadoras de serviço e 
gestores. 
Usuários 
50%
25%
25%
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
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7.1 FINANCIAMENTO TRIPARTITE 
• O financiamento do SUS e a origem dos recursos financeiros realizam-se da seguinte forma: 
− Municípios e Distrito Federal: 15% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de 
que tratam os arts. 158 e 159 (Emenda 29/2000). 
− Estados e Distrito Federal: 12% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de 
que tratam os arts. 157 e 159, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios (Emenda 
29/2000). 
− União: A Emenda do Teto dos Gastos Públicos (EC 95/2016), instituiu o Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos 
Fiscal e da Seguridade Social da União com vigência de 20 anos. Com isso, a regra de investimento em saúde pela União 
mudou novamente. Em 2018, a União aplicará o montante de execução financeira do exercício de 2017, corrigido apenas 
pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). E assim será pelos próximos 20 anos. 
 
7.2 MUDANÇAS NO FINANCIAMENTO DO SUS 
• Portaria 3.992/2017: 
− Fusão dos antigos seis blocos de financiamento do SUS em apenas dois - custeio e investimento; 
− Estabelecimento das transferências de recursos financeiros em apenas duas contas-correntes; 
− Separação do fluxo orçamentário do fluxo financeiro, promovendo uma certa flexibilidade na utilização dos recursos 
financeiros. 
 
7.3 OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO 
• As mudanças trazidas pela Portaria 3.992/2017 e pela Lei Complementar 141/2012 definem que o SUS terá apenas 
dois importantes blocos de financiamento: Bloco de Custeio e o Bloco de Investimento. 
• Bloco de custeio das ações e dos serviços públicos de saúde: Composto pelos recursos oriundos dos programas, das 
estratégias e das ações que integravam os blocos de atenção básica, assistência farmacêutica, média e alta 
complexidade ambulatorial e hospitalar, vigilância em saúde e gestão. Todos os incentivos que integravam o Bloco de 
Atenção Básica, agora fazem parte do BLOCO DE CUSTEIO. 
 
 
Figura 1 – Blocos de Financiamento. ACS (Agente Comunitário de Saúde). ESF (estratégia Saúde da Família). NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da 
Família). ESB (Equipe de Saúde Bucal) 
Fonte: Financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), CNS 2018. 
 
 
 
ATENÇÃO BÁSICA 
Assistência Farmacêutica 
Média e Alta Complexidade 
Vigilância em Saúde 
Gestão do SUS 
CUSTEIO 
PAB 
FIXO 
PAB 
Variável 
ACS 
ESF 
ESB 
NASF 
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
Página 16 
• Bloco de investimento na rede de serviços públicos de saúde: Composto pelos recursos destinados a obras novas, 
reformas, ampliações e adequações de unidades já existentes, bem como os recursos destinados à aquisição de 
equipamentos e mobiliários. Os projetos que já possuem repasse financeiro permanecerão com suas contas próprias 
até a conclusão da execução e da prestação de contas. 
• Prestação de contas dos recursos federais: A prestação de contas dos recursos federais recebidos será por meio do 
Relatório Anual de Gestão (RAG) e obedecerá à vinculação com o Programa de Trabalho do Orçamento da União, que 
deu origem aos repasses. 
 
 
Figura 2 – Blocos de Custeio e de Investimentos. Fonte: Financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), CNS 2018. 
8 PARTICIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA NA SAÚDE 
• O Estado possui o dever de garantir a saúde da população, o que faz por meio do Sistema Único de Saúde. A 
Constituição Federal reconhece à iniciativa privada, a liberdade de desenvolver ações e serviços privados de saúde. A 
atuação da iniciativa privada na área da saúde pode ser suplementar ou complementar. 
 
8.1 SAÚDE COMPLEMENTAR 
• A atuação da iniciativa privada na área da saúde será considerada complementar quando for desenvolvida nos termos 
do art. 199 da CF, que prevê que as instituições privadas poderão participar de forma complementar ao Sistema Único 
de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
• O Estado utiliza-se da iniciativa privada para aumentar e complementar a sua atuação em benefício da saúde da 
população, ao firmar convênios e contratos com diversas pessoas jurídicas de direito privado que realizam ações e 
serviços de saúde. Por firmarem contratos ou convênios com o Sistema Único de Saúde, integram esse Sistema e 
submetem-se a todas as suas diretrizes, princípios e objetivos, notadamente a gratuidade, integralidade e 
universalidade. 
 
8.2 SAÚDE SUPLEMENTAR 
• As ações e serviços privados de saúdetambém podem ser prestados por meio de planos de saúde, oferecidos por 
operadoras de planos de saúde, no campo que se convencionou nomear de saúde suplementar. 
• A saúde suplementar é o setor que abriga os serviços privados de saúde prestados exclusivamente na esfera privada. 
Representa uma relação jurídica entre prestador de serviço privado de saúde e consumidor, organizada por meio de 
planos de saúde, conforme previsto nas Leis Federais 9.961, de 28 de janeiro de 2000, e 9.656/1998. 
 
 
BLOCO CUSTEIO 
Atenção Básica 
Assistência Farmacêutica 
Média e Alta Complexidade 
Vigilância em Saúde 
Gestão do SUS 
BLOCO INVESTIMENTO 
Atenção Básica 
Atenção Especializada 
Vigilância em Saúde 
 
Desenvolvimento em Tecnologia 
Gestão do SUS 
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
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9 ANEXO 
Constituição Federal (Artigos 196 a 200) 
Seção II 
DA SAÚDE 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos 
da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de 
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um 
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - Atendimento Integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - Participação da comunidade. 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade 
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado 
para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000). 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos 
de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000). 
I - No caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000). 
II - No caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 
e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas 
aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000). 
III - No caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 
156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, 
de 2000). 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000). 
I - Os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000). 
II - Os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das 
disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000). 
III - As normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital 
e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000). 
IV - As normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 
2000). 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de 
combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006). 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde 
e agente de combate às endemias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) (Vide Medida provisória nº 297. 
de 2006) Regulamento. 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que 
exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o 
cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 51, de 2006). 
 
 
 
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - PARTE I 
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Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem 
fins lucrativos. 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no 
País, salvo nos casos previstos em lei. 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias 
humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e 
seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da 
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II - Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
III - Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
VI - Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e 
águas para consumo humano; 
VII - Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
10 REFERÊNCIAS 
✓ https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-do-sus 
✓ https://www.saude.gov.br/participacao-e-controle-social/gestao-participativa-em-saude 
✓ https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/Financiamento%20do%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20(SUS)%
20(2018).pdf 
✓ https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/Recursos%20financeiros%20no%20SUS%20(2014).pdf 
✓ http://revistas.unifoa.edu.br/index.php/cadernos/article/view/1791 
✓ https://www.camara.leg.br/radio/programas/305610-especial-sus-20-anos-1-conheca-alguns-sistemas-de-saude-em-vigor-em-
outros-paises-0533/ 
✓ https://ares.unasus.gov.br/acervo/bitstream/ARES/471/3/OS%20SISTEMAS%20DE%20SA%C3%9ADE%20NO%20BRASIL%20E%20
NO%20MUNDO.pdf 
 
 
https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-do-sus
https://www.saude.gov.br/participacao-e-controle-social/gestao-participativa-em-saude
https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/Financiamento%20do%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20(SUS)%20(2018).pdf
https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/Financiamento%20do%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20(SUS)%20(2018).pdfhttps://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/Recursos%20financeiros%20no%20SUS%20(2014).pdf
http://revistas.unifoa.edu.br/index.php/cadernos/article/view/1791
https://www.camara.leg.br/radio/programas/305610-especial-sus-20-anos-1-conheca-alguns-sistemas-de-saude-em-vigor-em-outros-paises-0533/
https://www.camara.leg.br/radio/programas/305610-especial-sus-20-anos-1-conheca-alguns-sistemas-de-saude-em-vigor-em-outros-paises-0533/
 
 
 
 
 
 
@eumedicoresidente @medresumosoficial 
MedResumo
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