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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E PLANO DE NEGOCIOS II

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Planejamento Estratégico e 
Plano de Negócios
UNIDADE 2
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UNIDADE 2
plANEjAmENto EstrAtégIco E plANo DE NEgócIos
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Prezado(a) aluno(a), que bom estar com você novamente!
Lembra que no capítulo anterior detalhamos o processo do PE através de etapas? 
Vamos relembrar?
 
Figura 1
Fonte: http://sereduc.com/jZUsop
Já que você relembrou sobre a Etapa 1 (figura 1), passaremos neste capítulo, a dar atenção a 
Etapa 2, focando as Diretrizes organizacionais através do estudo de: Negócio, Missão, Visão, 
Objetivos e Valores, elementos imprescindíveis para que qualquer empresa conquiste seu lugar 
de destaque.
Vamos lá?
ESTABELECIMENTO DE DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS – SEGUNDA ETAPA
Quando se detalha as etapas do planejamento, a segunda etapa denominada de Estabelecimento 
das Diretrizes Organizacionais acontece após a identificação dos pontos fortes e pontos fracos, 
as oportunidades e ameaças da empresa, onde a administração se torna mais bem amparada para 
reafirmar ou modificar sua meta organizacional.
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Negócio 
Para o termo negócio, dentro da visão administrativa é dizer o ramo de atuação da empresa. 
Segundo o dicionário, negócio é uma transação comercial entre pessoa e empresa, ainda, trato 
mercantil, comércio.
Para esse estudo, o negócio de uma organização está associado a qual produto e serviço a orga-
nização pretende fornecer, para quais mercados e quais clientes. 
Para Chiavenato e Sapiro (2003), a empresa deve conhecer qual a verdadeira missão que ela re-
presenta no ambiente econômico em que está inserida. Significa conhecer-se para então aprender 
a sentir as necessidades existentes, criar um conjunto de alternativas que consolide o seu espaço 
e o de seus produtos juntos aos seus públicos alvos. 
De acordo com a definição de Tavares (2005, p.88) traz “o negócio de uma organização precisa ser 
definido considerando-se duas dimensões: os desejos ou necessidades que ela pretende satisfa-
zer e a disponibilização de competências e habilidades para satisfazê-los”.
Querido(a) estudante, eu não sei se você já se perguntou, mas quantas vezes não vamos a um 
estabelecimento comercial, independentemente se vamos adquirir um produto ou serviço, mas 
parece que em alguns casos essas empresas não têm a menor condição de “funcionar” visto o 
que elas propõem oferecer e o que realmente oferecem?
Será que você lembra-se de alguma situação em que isso já aconteceu?
Vale ressaltar que é importante saber definir qual o ramo de atuação da empresa para que se 
possa oferecer o que de melhor a empresa tem. Valadares (2002) diz “Negócio, aqui para nossa 
finalidade, é o campo de atuação onde a empresa decide operar (servir, competir) e crescer pela 
oferta de determinados bens e/ou serviços”.
 
VEjA O VÍDEO!
Então, para que você reflita sobre clientes, indico assistir ao vídeo: Clientes são 
diferentes. Com duração de dois minutos e cinquenta e seis segundos. Disponí-
vel no link.
Uma boa dica para reflexão!
Com a finalidade de melhorar seu entendimento, faça oportunamente três perguntas para identi-
ficar e esclarecer qual é o negócio da sua empresa. São elas: 
•	 Quem são meus clientes?
•	 Quais as necessidades dos meus clientes?
•	 O que eles esperam da minha empresa? 
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Que tal conhecer alguns exemplos?
Missão 
Para a existência das empresas, é necessário que haja um objetivo a ser alcançado para direcio-
nar a estratégia, assunto que iniciaremos a seguir. Porém, para que isso seja alcançado, dedica-
remos total atenção à missão da empresa. Baseada na literatura e no que traz Oliveira (2007, p. 
126), missão é a razão de ser da empresa. Nesse ponto procura-se determinar qual o negócio da 
empresa, por que ela existe, ou, ainda, em que tipos de atividades a empresa deverá concentrar-
se no futuro.
 
Aqui se procura responder à pergunta básica: Aonde se quer chegar com a empresa?
Veja isso!
Agora, conheça a Missão da multinacional – Coca-Cola:
Construir um futuro de sucesso juntamente com a The Coca-cola Company que nos permita:
•	 Proporcionar valor aos nossos acionistas, graças a um crescimento sólido e rentabilida-
de em longo prazo;
•	 Promover o crescimento dos nossos colaboradores, sendo uma empresa aspiracional 
para trabalhar;
•	 Gerar valor para o negócio e para os nossos clientes, sendo uma empresa líder em sus-
tentabilidade;
•	 Contribuir para o bem-estar das comunidades onde operamos, graças as nossas raízes 
locais e ao nosso compromisso social. 
Figura 2
Fonte: http://www.cocacolaiberianpartners.com/pt/visao-e-missao
Segundo Kotler (1998, p. 76), uma declaração de missão bem preparada proporciona um senso 
único de propósito, direção e oportunidade, atuando como uma mão invisível que orienta a orga-
nização e na realização de suas metas. 
Portanto, que tal uma dica para montar a missão de uma empresa?
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Eis as questões que são consideradas:
•	 Qual o meu negócio? 
•	 Quem é o meu cliente? 
•	 Que satisfação ele quer ao comprar meu produto?
Vamos praticar? 
 
PARA PESqUISAR
Pesquise qual a missão da instituição que você estuda. 
Visão
Querido(a) estudante, a palavra Visão, no dicionário, está voltada para o ato de ver. Voltando-se 
para a concepção de empresa, questiono: Como você imagina a sua empresa ou a empresa em que 
você trabalha em 2030? 
Será que ela conseguiu atingir seu objetivo através de novos mercados? 
Será que cresceu a ponto de se tornar uma multinacional?
 
A visão para Oliveira (2005) representa um cenário ou horizonte desejado pela empresa para atua-
ção. Hartmann (1999) alega que a visão da empresa é a expressão de onde se quer fazer chegar 
o negócio refletindo um conjunto de aspirações e crenças. Trata-se de uma direção geral que guia 
a empresa não vinculada a aspectos quantitativos. Já para Hart (1994), a visão é a compilação 
de desejos de uma empresa a respeito do seu futuro. E Costa (2007), diz que o conceito de visão 
é muito amplo, porém pode ser definido como um conceito operacional que tem como objetivo a 
descrição da autoimagem da organização: como ela se enxerga, ou melhor, a maneira pela qual 
ela gostaria de ser vista.
Nessa concepção, a visão tem um vínculo com o amanhã, o futuro. Portanto, Fernandes e Berton 
(2005, p.149) defendem que a visão é a explicitação do que se idealiza para a organização. Nessa 
busca de alcançar o futuro, Tavares (2005) recomenda que após a definição do negócio, o passo 
seguinte é saber como a organização pretende ser vista e reconhecida, através da visão de futuro. 
Sendo assim, a visão é uma projeção do lugar ou espaço esperado que a organização venha a ocu-
par no futuro e, a partir da articulação das aspirações de seus componentes presentes, imaginar 
o tipo de projeto ou caminho necessário para alcançá-lo.
No campo de longo prazo, a relação de visão e futuro se torna fundamental para a continuação 
de qualquer empresa. Para Chiavenato e Sapiro (2003. P. 42) “a visão de negócios mostra uma 
imagem da organização no momento da realização de seus propósitos no futuro. Trata-se não de 
predizer o futuro, mas sim de assegurá-lo no presente”. E finalmente, Costa (2005) indica que 
a visão precisa ser um modelo mental claro, ou seja, que a situação desejável seja plenamente 
possível de ser realizada no futuro e não uma ideia utópica.
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Como a visão deve apontar para o futuro da empresa, ao construir a visão, deve-se levar em con-
sideração a clareza e fundamentos capazes de orientar a evolução da mesma, descrita de forma 
curta e compreensiva, devendo:
•	 Projetar	oportunidades	futuras.
•	 Responder	a	pergunta:	Aonde	a	empresa	quer	chegar?
•	 Delimitar	um	prazo	para	o	objetivo	ser	atingido.
•	 Ser	revista	periodicamente.
Após conhecer a visão da empresa e sua importância, que tal conhecer a visão da empresa Sadia?
“Ser reconhecida por sua competitividade em soluções de agregação de valor e respeito ao cres-
cimento sustentável da cadeia de valor.”
Figura 3
Fonte: http://cdn1.mundodastribos.com/2010/09/Rh-Sadia-Vagas-de-Emprego-1.jpgPARA PESqUISAR
Caro(a) aluno(a), como forma de abranger mais conhecimento sobre a visão da 
empresa, indico você a pesquisar duas empresas e suas respectivas visões para 
ampliar seu entendimento. Boa pesquisa!
Objetivos 
 
Convido	 você	 para	 ler,	 atentamente,	 o	 recorte	 da	 Revista	 de	 Administração	 de	 Empresas,	 São	
Paulo, Jan/Fev 1994, conforme o tema - Objetivos como razão de ser da empresa:
“Não há empresa sem objetivos. As organizações administrativas, segundo Herbert Simont, cons-
tituem-se de sistemas de comportamentos cooperativos, onde se espera que os seus membros 
orientem seu comportamento de acordo com certos fins que são considerados como objetivos da 
organização. Na realidade, o que ocorre é que muitas empresas deixam de externar formalmente 
seus objetivos, embora isso não signifique que não os tenha. Portanto, uma coisa é ter objetivos, 
como condição de sobrevivência, outra é expressá-los”.
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Por objetivo, entende-se que é um ponto concreto que se deseja atingir, tendo, para isso, parâ-
metros para serem alcançados, estes, na sua grande maioria das vezes, está vinculado a um valor 
numérico. Para Bethlem (2004, p.34) o passo inicial do planejamento estratégico é estabelecer 
preliminarmente os objetivos e estratégias que a empresa ou grupo deseja seguir. Na mesma 
visão, Valadares (2002, p. 65) define que objetivo é um alvo ou um ponto que a empresa deseja 
alcançar, atingir o futuro. O mesmo deverá ser quantificado e possuir um prazo para a validação.
Para Oliveira (2011), os objetivos devem ter as seguintes características: serem hierárquicos, 
quantitativos, realistas, consistentes, claros, entendidos e escritos; comunicados, desmembrados 
em objetivos funcionais, motivadores, utilitários, decisórios e operacionais.
 
PARA REfLETIR
Portanto, escolhi os objetivos do Banco Bradesco para que você, caro(a) aluno(a), reflita sobre o 
que acabamos de conversar:
O Bradesco, no mercado nacional, mantém o objetivo de ampliar a já destacada posição que ocupa 
entre as instituições financeiras privadas e assegurar sua liderança no setor de seguros. Nesse 
contexto, manterá o incentivo em investimentos e na democratização do crédito, expandindo a 
oferta de produtos, serviços e soluções, promovendo, prioritariamente, a inclusão bancária e a 
mobilidade	social,	por	meio	de	sua	ampla	Rede	de	Atendimento,	presente	em	todas	as	regiões	do	
País, que inclui Agências, Postos Bancários, Correspondentes Bradesco Expresso, equipamentos 
de autoatendimento, e também através dos Canais de Conveniência, como o Internet Banking, 
Bradesco Celular e Fone Fácil.
Na área financeira, sob a perspectiva de uma política monetária rigorosa, o Banco continuará 
buscando o crescimento da carteira de crédito, com ênfase no crédito imobiliário, crédito ao 
consumo e empréstimos consignados em folha de salário, além de forte atuação em previdência 
complementar aberta e na expansão dos serviços oferecidos à crescente população economica-
mente ativa. Para tanto, seguirá adotando critérios eficazes de segurança que incluem rigorosa 
avaliação dos processos de concessão e eficiente cobrança diária de valores vencidos, por meio 
do	Programa	de	Recuperação	de	Créditos	Vencidos	–	PRCV.	O	foco	estratégico	na	difusão	segura	
e nos resultados dos negócios, de que são exemplos o banco de investimento, corporate, private 
banking e a gestão de recursos de terceiros, além dos investimentos no mercado de cartões, 
consórcios, seguros, previdência e capitalização, igualmente relevantes, permanecerão ativas na 
organização.
Figura 4
Fonte: http://productioneventos.com.br/wp-content/uploads/2014/06/BRADESCO.jpg
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VISITE A PáGINA
Leia o conteúdo da estratégia empresarial da empresa, acessando o seguinte 
link. 
Prezado(a) estudante, a partir da leitura dos Objetivos do Bradesco, foi visto os princípios que 
regem essa etapa das Diretrizes organizacionais, importante para o PE. Percebe-se que o objetivo 
está diretamente relacionado com as metas propostas ao alcance da empresa.
Portanto, Meta, passa a ser um fracionamento do objetivo, pois o quantitativo tem uma maior im-
portância nesse momento. A meta tem como característica de precisar de valor e data e, o prazo 
de conclusão se torna mais próximo que o objetivo. Essa situação é encontrada, certamente por 
você, no cotidiano, quando identificamos situações como essa:
•	 O Banco Nacional, no seu Plano Estratégico para o período de 89/93, de acordo com a 
revista Exame de 13/12/1989, definiu como objetivo:
“Ser um dos 3 melhores bancos atuando no Brasil”.
Já a TAM, em reportagem do JB de 11/06/1991, definiu como objetivo:
“TAM planeja voar mais alto”. 
“Aumentar o faturamento de US$ 80 milhões (1990), pra 110 milhões (1991)”.
Portanto, nada impede que esses índices sejam constantes, a ponto de sempre favorecer a empre-
sa ou mantê-la no topo do ranking de sua atuação. É nesse momento em que a empresa visualiza 
a aproximação de um “momento crítico”, momento em que vai enfrentar dificuldades ou crise, em 
que a opção mais viável é buscar no mercado empresas que tenham seus pontos fortes menores 
que os seus como forma de minimizar seus pontos fracos, mantendo sua presença no mercado 
que já possui.
Valores 
O termo valores, dentro do entendimento da administração, é um conjunto de sentimentos que 
estruturam ou pretendem estruturar a cultura e a prática da organização. Os valores nascem 
agregados à missão, como uma relação ou forma mais elaborada, como crenças ou políticas orga-
nizacionais. Os valores representam um conjunto de crenças essenciais ou princípios morais que 
informam as pessoas como devem reger os seus comportamentos na organização. Vergara (2004).
Para Pereira (2010), valores são todos aqueles elementos em que acreditamos e, em que os mem-
bros da organização veem como norteadores do seu comportamento. Trata-se da noção do que é 
certo ou errado. Eles representam também os princípios éticos, termo muito difundido nos dias 
atuais, que norteiam todas as ações da empresa. Os valores, de uma forma geral, são compostos 
de regras morais que representam os atos dos que fazem a empresa.
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Se estes, os valores, forem definidos de forma clara, irão ajudar a empresa, seja que natureza for 
a decidir e reagir em caso de qualquer situação que não esteja programada. Para Vasconcellos 
Filho e Pagnoncelli (2001), a Declaração de Valores trazem alguns benefícios. São eles:
•	 Cria um diferencial competitivo perante o mercado;
•	 Baliza o processo decisório da organização;
•	 Orienta o comportamento da organização;
•	 Baliza o processo de formulação estratégica;
•	 Orienta o recrutamento e seleção de pessoas para a organização;
•	 Fundamenta o resultado e a avaliação da organização.
É bom destacar que os valores são orientadores da gestão estratégica. Se forem bem conhecidos 
podem promover a reflexão que orienta a atitude das pessoas, influenciando seu comportamen-
to no dia a dia da empresa, levando ao cumprimento das atividades e tarefas. Tal afirmativa se 
justifica no que diz Scott, Jaffe e Tobe (1998), onde a troca e discussão sobre os valores se torna 
crucial para clarificar os limites do comportamento e da responsabilidade pessoal, pois quanto 
mais a empresa conseguir transmitir e utilizar seus valores, mais forte ela se torna.
E você, caro(a) aluno(a)? Conhece e aplica os valores na sua empresa?
Para que você tenha maior entendimento, divulgo algumas dicas para estabelecer os valores na 
empresa:
•	 Defina as posturas e atitudes das pessoas;
•	 Utilize no máximo cinco valores;
•	 Devem ser independentes do ramo de atividade;
•	 Devem ser correntes com a identidade da empresa.
Conheça agora os valores da empresa o Boticário:
•	 Integridade; 
•	 Paixão pela evolução e desafios;
•	 Comprometimento com os resultados; 
•	 Valorização das pessoas e das relações.
Figura 5
Fonte: http://assets.b9.com.br/wp-content/uploads/2011/03/head.jpg
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Caro(a) aluno(a), você já deve ter ouvido falar no termo “colchade retalho”, termo usado como 
metáfora de um ajuntamento de partes. Dessa forma, dentro da concepção do PE, a intenção 
estratégica se define, nesse contexto por ser fundamental na ideologia central de qualquer em-
presa, onde os alicerces da estratégia, já estudados acima – Negócio, Missão, Visão e Valores. 
No livro, Feitas para Durar: Práticas bem-sucedidas de empresas visionárias, de J. Collins e J. Por-
ras	–	Editora	Rocco,	consta	a	seguinte	afirmativa:	“Nossas	pesquisas	mostraram	que	um	elemento	
fundamental para o funcionamento perfeito de uma empresa visionária é uma ideologia central 
– valores centrais e um objetivo além de simplesmente ganhar dinheiro – que orienta e inspira 
as pessoas em toda a organização e permanece praticamente inalterada durante muito tempo”.
Nesse sentido, que tal parar um pouquinho e dedicar-se à interpretação do fluxograma abaixo, 
como forma de abranger as concepções de um PE através de estratégias 
competitivas para atuação e permanência no mercado.
 
Figura 6 - Fluxograma
Fonte: http://sereduc.com/xaoY1r
VISITE A PáGINA
Que tal acessar o seguinte link e ler várias experiências de Diretrizes? 
Confira a matéria: A importância de diretrizes para uma organização. 
Boa leitura!
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fORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA - ETAPA 3 
De acordo com Litter (2000), o processo de formulação da estratégia de uma empresa, representa 
o mapa de informações antecipadas, para a empresa competir no mercado. 
Segundo Wright (2000), a formulação das estratégias ocorre em três níveis organizacionais: 
•	 Nível empresarial: Em que negócios ou setores a empresa deveria estar atuando?
•	 Nível da unidade de negócios: Como deveria uma empresa competir em cada um de seus 
negócios ou setores em que escolheu atuar?
•	 Nível funcional: Como deve atuar cada área funcional da empresa?
Para iniciarmos o estudo de estratégia, dentro da visão de Planejamento Estratégico, o significado 
do termo “estratégia” está vinculado a um significado militar cuja indicação é a ação de comandar 
ou conduzir exércitos em tempo de guerra, ou seja, um esforço de guerra. Ghemawat (2005).
Com o tempo, esse termo evoluiu, traduzindo-se na concepção de gestão, que, no Dicionário Au-
rélio, tem por definição o ato de gerir derivado da administração, administrar, governar ou dirigir 
negócios. A gestão usa este termo militar para fazer uma associação entre a atividade do general 
e a do gestor da organização, o que representa um instrumento importante de gestão empresarial 
num mercado competitivo e turbulento, pois a estratégia representa, como objetivo, preparar a 
organização para enfrentar o ambiente hostil da atualidade, utilizando, para isso, as competên-
cias, qualificações e recursos internos da empresa de maneira sistematizada e objetiva. Dess, 
Lumpkin; Eisner (2007).
Conceito de Estratégia 
[...] A estratégia é a ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar, preferencial-
mente desafios e metas estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu am-
biente. É importante procurar substabelecer estratégias alternativas para facilitar as alterações 
dos	caminhos	ou	ações	de	acordo	com	as	necessidades	(OLIVEIRA,	2007,	p.53).
Para que se entenda do que vem a ser estratégia e aplicado a Estratégia Empresarial, esta deve 
ser especificada pela junção do produto/serviço que a empresa tem como objetivo de atingir seu 
mercado. Por se tratar de um assunto muito debatido no meio empresarial, não existe, necessaria-
mente, uma regra para se aplicar estratégias, porém se torna mister para qualquer gestor defini-la 
e implantá-la no ambiente em que atua, já que seu sucesso depende da estratégia positiva ou 
negativa em que se aplique, garantindo ou não resultado satisfatório, traduzidos pela vantagem 
competitiva diante do concorrente.
Ainda sobre estratégia, quando se estimula recursos da empresa visando atingir os objetivos em 
longo prazo, temos como Estratégia Empresarial a aglutinação das finalidades, metas, diretrizes, 
objetivos e planos que atingem tais objetivos, onde a definição das atividades em que se encontra 
a empresa (negócio) e que tipo de empresa é ou deseja ser (missão).
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Prezado(a) estudante, na unidade 1 abordamos sobre Gestão Estratégica como Pilar do Planeja-
mento Estratégico, chegamos a dar exemplos de duas empresas que utilizaram-se de estratégias 
para diferenciar-se no mercado.
Não poderíamos deixar de intensificar o tema estratégia nesse estudo, pois o intuito é ampliar 
seu conhecimento sobre o assunto e, já que a estratégia é um ponto muito importante nessa análi-
se da prática de gestão e as concepções que elevam o nível profissional do administrador, escolhi 
uma tabela em que vários autores dão sua contribuição na conceituação de estratégia, visto que 
sua atuação não depende apenas de um conceito, mas da mesclagem que vários conceitos podem 
aprofundar sua compreensão.
Vamos ver?
 
 
 
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Tabela 1
Fonte: Adaptado de Mainardes et al. (2011, pag. 282-284) e ampliado pelo autor.
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 
A Administração Estratégica é determinada como um processo sucessivo e interativo que visa 
manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado a seu ambiente. 
Para Fernandes e Berton (2005), a administração estratégica é o processo de planejar, executar e 
controlar, conduzindo a organização por meio de uma estratégia ampla, abrangendo as áreas de 
marketing, operações, recursos humanos e finanças. De acordo com Tavares (2005), o processo de 
gestão estratégica, o mesmo se dá a partir da delimitação do negócio, formulação da missão e do 
inventário de competências distintivas da organização.
Para Tavares (2010), a finalidade da gestão estratégica consiste em estabelecer um elo entre o 
futuro e o presente, entre o ambiente externo e a organização. Visa assegurar a sobrevivência e 
o crescimento da empresa e acompanhar se as atividades estão sendo adequadamente desempe-
nhadas. Ela tem o sentido de ajudar a implementação do PE, auxiliando nas mudanças organiza-
cionais, se houver. 
Portanto, é importante ressaltar o que traz Chiavenato e Sapiro (2009), o gestor estratégico deverá 
saber liderar com todo o processo planejado, saber conduzir as atividades, comunicar e orientar 
a todos de forma clara e objetiva. Assim, irá alcançar excelência na execução do PE. A eficácia 
do PE dependerá da sua execução. Daí a importância da gestão estratégica nas organizações, 
porquanto não basta apenas formular a estratégia; é preciso fazê-la funcionar.
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Como forma de auxiliar o gestor estratégico, este pode se amparar nas características que elas 
possuem, das quais Pagnoncelli e vasconcellos Filho (2001) indicam como as principais:
•	 Devem se basear no resultado da análise do ambiente;
•	 Devem criar vantagem competitiva;
•	 Devem ser viáveis e compatíveis com os recursos;
•	 Devem ser corentes entre si;
•	 Devem buscar o compromisso das pessoas envolvidas;
•	 Devem ter o grau de risco limitado pela empresa;
•	 Devem ser fundamentadas nos princípios da empresa;
•	 Devem ser criativas e inovadoras.
Nesse caso, pode-se afirmar que as estratégias empresariais são de extrema importância, para 
que a empresa, através do seu gestor saiba como agir na atualidade, de concorrência acirrada, e 
o uso do planejamento estratégico faça com que a empresa encontre seu caminho, seu mercado 
e consequentemente sobreviva!
 
 
VEjA O VÍDEO!
Querido(a) aluno(a), após esse ponto, deixo como dica, uma experiência muito 
edificante, através do vídeo - Gestão estratégica: passo a passo, com duração 
de quatro minutos e trinta e nove segundos.
 
IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA - ETAPA 4 
A implementação da estratégia consiste na fase em que o planejamento vai se concretizar. 
Consiste no processo pelo qual as estratégias são postas em ação. 
Significa também formular, implementar, monitorar e renovar a estratégia competitiva da empre-
sa, possibilitando um retorno sobre o investimento acima do que é praticado pelos concorrentesou da média praticada pelo mercado em que a empresa atua. Trata-se de uma maneira em que 
o gestor deve resolver os problemas, ampliando o controle (etapa a seguir), que segundo J. D. 
Hunger, indica que a gestão estratégica é o conjunto de decisões e ações estratégicas, que deter-
minam o desempenho de uma empresa em longo prazo. 
A partir dessas alegações acima, entende-se porque um modelo de estratégia se adéqua aos ob-
jetivos de uma empresa e não tem, ao mesmo tempo, nenhuma função para outra. 
No contexto das tentativas de implementação, pode-se interpretar de uma forma, numa situação, 
ou interpretações pessoais podem interferir na implementação, a ponto desses modelos serem 
determinantes para a prática ou não.
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Por isso, para Wenham (1985), não há um significado universal aceito sobre a implementação da 
estratégia. Porém, o autor destaca os aspectos comuns presentes nas definições feitas por tantos 
outros autores:
•	 Um resultado esperado (ou mais de um).
•	 Ações elaboradas para o alcance dos resultados.
Para tanto, um bom motivo para refletir e tentar aplicar!
CONTROLE – ETAPA 5 
Figura 7
Fonte: http://sereduc.com/2dkfCR
A função do controle, na concepção do Planejamento, é acompanhar a atuação no sistema por 
meio de comparação entre as situações alcançadas e as presumidas, especialmente, quanto a 
seus objetivos e desafios, e da avaliação das estratégias e políticas seguidas pela empresa, ou 
seja, tem como função “assegurar que o desempenho real possibilite o alcance dos padrões que 
foram, anteriormente, estabelecidos”. Oliveira, (2004, p. 265). Seguindo nesse raciocínio, Certo 
e Peter (1993, p. 196) indicam que controlar significa monitorar, avaliar e melhorar as diversas 
atividades que ocorrem dentro de uma organização.
Maximiano (2006) indica que o monitoramento “consiste em acompanhar e avaliar a execução 
da estratégia”. Portanto, o monitoramento deve ser realizado com base nos mesmos indicadores 
utilizados na hora de se elaborar o planejamento estratégico. Nesse sentido, o gestor, na etapa 
de controle, é que se dá conta de que as coisas não estão correndo bem, de acordo com o que foi 
planejado. E como o objetivo é garantir que os objetivos sejam atingidos, busca-se responder à 
questão, segundo Bateman (2000): “Nossos resultados estão consistentes com nossos objetivos?” 
Para isso, o autor define as atividades específicas de controle, que são:
•	 Estabelecer padrões de desempenho que indiquem o progresso rumo aos objetivos de 
longo prazo;
•	 Monitorar o desempenho de pessoas e unidades pela coleta de dados de seu desempe-
nho;
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•	 Fornecer feedback as pessoas, sobre seu progresso e desempenho;
•	 Identificar problemas através da comparação entre dados de desempenho e os padrões 
estabelecidos;
•	 Por último, executar ações para corrigir problemas.
Pensando bem, é bom sempre estar atento ao que se planeja!
 
VEjA O VÍDEO!
Para concluir, indico um vídeo para você fazer uma reflexão! O vídeo é Foco na 
tarefa X Foco nos resultados, com duração de seis minutos e quarenta e quatro 
segundos. Disponível no link.
 
 
ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL
Na próxima unidade, você irá conhecer a Análise SWOT.
Não se esqueça de realizar as atividades disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – 
AVA, pois elas têm caráter avaliativo.
Bons estudos!

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