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GENÉTICA MÉDICA Julya Pavão SÍNDROME DO X FRÁGIL SÍNDROME DO X FRÁGIL · É uma condição genética e hereditária; · Desordem ligada ao cromossomo X; · Caráter dominante; · Afetando: · 1 a cada 2 mil meninos; · 1 a cada 4 mil meninas. · Causa herdada mais comum de incapacidade intelectual; · O principal gene patogênico da síndrome é o gene do retardo mental frágil 1 (FMR1) localizado em Xq27.3; · Nesta região, os cromossomos concentram-se anormalmente durante a meiose, formando um local filamentoso extremamente frágil, levando a repercussões clínicas características da síndrome. · Mutação completa: · Forma mais comum de deficiência intelectual herdada; · Atinge entre 1 a cada 4000 e 1 a cada 7000 homens; · Nas mulheres a incidência é entre 2⁄3 a metade da que atinge homens. · Mutação parcial: · Entre 1 a cada 750 e 1 a cada 850 homens; · Entre 1 a cada 250 e 1 a cada 300 mulheres. · A SXF foi diagnosticada em 3% dos meninos com disfunção neurológica. · Nas pessoas portadoras: · Homens: · Síndrome do Tremor/Ataxia Associada ao X Frágil (FXTAS) · Mulheres: · Menopausa precoce. · Na mutação completa, homens e mulheres são afetados de forma diferentes; · Todos os homens com mutação completa irão apresentar manifestações da Síndrome do X-Frágil; · Ampla variedade de acometimento físico, cognitivo e comportamental; · Apresentação clássica: · Criança com atraso de desenvolvimento global e comportamento típico. · Bebês e meninos jovens: sutis, mas apresentam alterações craniofaciais e do tecido conjuntivo desde bem novos: · Macrocefalia relativa; · Estrabismo; · Íris azuis pálidas; · Hipoplasia da válvula mitral (aparentemente benigno); · Hiperflexibilidade articular (particularmente dos polegares, dedos e pulsos); · Hipotonia; · Pele pastosa sobre o dorso das mãos; · Pés chatos flexíveis. · Adolescentes: características físicas mais claras. · Face longa e estreita com testa proeminente; · Prognatismo; · Orelhas grandes; · Aumento testicular sem alterar a função. · Atraso no desenvolvimento, inaptidão intelectual e de aprendizado são as características mais predominantes; · Nível cognitivo e as habilidades comportamentais adaptativas sofrem declínio após primeira infância; · O declínio também ocorre em outras áreas; · Garotos com Síndrome do X-Frágil, em média: · Sentam sozinhos aos 10 meses; · Andam aos 20,6 meses; · Falam suas primeiras palavras claras aos 20 meses. · Possuem atraso na linguagem: · Habilidades de linguagem expressivas são adquiridas mais lentamente que as habilidades receptivas. · De forma geral, as habilidades verbais não são tão prejudicadas quanto às habilidades matemáticas, visuoespaciais, atenção, função executiva e coordenação visual motora. · O fenótipo comportamental compartilha similaridades com: · Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade; · Ansiedade; · Transtorno do espectro autista. · Autismo: · Entre 18 a 67% dos meninos cumprem os critérios para o transtorno do espectro autista; · Vão apresentar um prejuízo maior na capacidade cognitiva, interação social, linguagem e habilidade comportamental; · Possuem uma chance maior de apresentarem convulsões. · Convulsões: · De 10 a 20% dos meninos desenvolvem convulsões; · Mais comum na infância; · Relativamente fácil de controlar; · Episódios diminuem espontaneamente durante a infância. · O fenótipo da mutação completa na Síndrome do X-Frágil em mulheres é muito mais variável; · Aproximadamente 50% das mulheres com Síndrome do X-Frágil apresentam inteligência normal; · Os outros 50% apresentam, geralmente, um comprometimento comportamental, cognitivo e físico mais brando que os homens; · A implicação cognitiva parece está mais correlacionada com o grau de ativação do cromossomo frágil; · O quadro típico consiste em: · Dificuldades de aprendizado; · Problemas de atenção; · Timidez ou ansiedade social. · Correm risco de apresentar transtorno do espectro da esquizofrenia e distúrbios afetivos. · A transmissão de repetições CGG é estável em indivíduos normais; · A partir de um determinado número de repetições as sequências tornam-se instáveis favorecendo expansões ou contrações; · Estudos de segregação indicam que o número de trinucleotídeos tende a aumentar a cada geração. · A avaliação clínica baseada em possíveis sinais de transtorno não é suficiente para fechar diagnóstico, apesar da tríade (face alongada, orelhas grandes e macroorquidia) estar presente em 90% dos casos. · Análise Citogenética (Cariótipo): · Vantagem: · Indica alterações cromossômicas morfológicas ou numéricas, comumente encontradas em indivíduos com retardo mental e outros distúrbios cognitivos. · Desvantagem: · Apresenta com frequência resultados falso negativo e falso positivo. · Testes de Imunocitoquímica e Imunohistoquímica: · Estudos histoquímicos revelaram que a proteína FMRP é abundante no citoplasma de neurônios do sistema nervoso central e periférico. · PCR: · Amplificação de milhares de cópias de pedaços do gene FMR1 que contém as repetições CGG; · Permite identificar as repetições que já estão expandidas (pré-mutação), as quais o risco de aumentar nas gerações futuras (mutação completa), e consequentemente, causar todos os sintomas relacionados à SXF. · Vantagens: · Alta especificidade e sensibilidade; · Técnica rápida e versátil; · Uso de pequena quantidade de DNA. · Desvantagens: · Teste bastante sensível de análise; · Cuidado na manipulação das amostras (contaminação cruzada). · Para caracterizar alelos expandidos são necessárias condições especiais. · Southern Blotting - RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphisms): · Método utilizado para identificar a mutação completa e pré-mutação, revelando o estado de metilação do gene. · Vantagens: · Confiável para pacientes dos sexos feminino e masculino; · Permite visualizar de forma direta o tamanho das sequências repetitivas. · Desvantagens: · Não identifica de forma precisa as sequências repetitivas de tamanho pequeno; · Custo alto; · Laboriosa; · Requer grande quantidade de DNA de alta qualidade. · Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor o prognóstico, pois é possível atenuar as alterações de fala, linguagem e déficit cognitivo. · Efeitos cognitivos → Déficit intelectual, padrão de fala incomum; · Transtorno do Espectro Autista; · Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); · Características dismórficas → Macrocefalia, orelhas grandes, face longa, testa larga, prognatismo e macrorquidia; · Distúrbios do tecido conjuntivo frouxo → Hipotonia, hiperextensibilidade das articulações, prolapso da valva mitral, hérnias; · Sintomas neurológicos: convulsões, tremor excessivo de início tardio e ataxia; · Menopausa precoce e problemas de fertilidade. · Os mecanismos pelos quais o SXF afeta o desenvolvimento do cérebro e o comportamento ainda não são conhecidos, por isso não dispõe de um tratamento específico → Na maior parte dos casos recebem os mesmos serviços de educação especial e terapêuticos das crianças e adultos com deficiência intelectual; · O tratamento é multidisciplinar → Envolve psicóloga, psicopedagoga, fonoaudióloga, terapeutaocupacional, fisioterapeuta, musicoterapeuta → Ajudam a minimizar os problemas da doença; · A intervenção medicamentosa é muito importante aos indivíduos que apresentam sintomas como: convulsões, hiperatividade, falta de atenção, ansiedade, agressividade, manias ou toques, autismo entre outros. GENÉTICA MÉDICA Julya Pavão SÍNDROME DO X FRÁGIL SÍNDROME DO X FRÁGIL · É uma condição genética e hereditária; · Desordem ligada ao cromossomo X; · Caráter dominante; · Afetando: · 1 a cada 2 mil meninos; · 1 a cada 4 mil meninas. · Causa herdada mais comum de incapacidade intelectual; · O principal gene patogênico da síndrome é o gene do retardo mental frágil 1 (FMR1) localizado em Xq27.3; · Nesta região, os cromossomos concentram - se anormalmente durante a meiose, formando um local filamentoso extremamente frágil, levando a repercussões clínicas características da síndr ome. · Mutação completa:· Forma mais comum de deficiência intelectual herdada; · Atinge entre 1 a cada 4000 e 1 a cada 7000 homens; · Nas mulheres a incidência é entre 2 / 3 a metade da que atinge homens. · Mutação parcial: · Entre 1 a cada 750 e 1 a cada 850 homens; · E ntre 1 a cada 250 e 1 a cada 300 mulheres. · A SXF foi diagnosticada em 3% dos meninos com disfunção neurológica. · Nas pessoas portadoras: · Homens: · Síndrome do Tremor/Ataxia Associada ao X Frágil (FXTAS) · Mulheres : · Menopausa precoce. · Na mutação completa, homens e mulheres são afetados de forma diferentes; · Todos os homens com mutação completa irão apresentar manifestações da Síndrome do X - Frágil; · Ampla variedade de acometimento físico, cognitivo e comportamental; · Apresentação clássica: · Criança com atraso de desenvolvimento global e comportamento típico. · Bebês e meninos jovens: sutis, mas apresentam alterações craniofaciais e do tecido conjuntivo desde bem novos: · Macrocefalia relativa; · Estrabismo;
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