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Avaliação do mediastino


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HELOÁ SANTOS – MED99 
RADIOLOGIA – P2. 
Avaliação do mediastino 
Mediastino: 
• Espaço que contém todas as vísceras torácicas exceto os pulmões; 
• Encontra-se na linha média do tórax entre a pleura de cada pulmão e se estende do 
esterno até a coluna vertebral; 
• É tudo que se encontra entre a pleura medial D e E. 
 
Trajeto do sangue: Cava >> AD >> VD>> artérias pulmonares >> pulmões >> veias pulmonares >> 
AE >> VE >> aorta. 
Anatomia radiográfica 
 
Aumento do AD: 
• PA: 
 Coração globalizado – deixa o contorno cardíaco direito com um formato de “bola”. 
 Hilo estreito 
• Perfil: 
 Sem expressão. 
Causas: 
• Aumento da pressão no ventrículo direito (hipertensão pulmonar ou cor pulmonale); 
• Doença valvular (regurgitação tricúspide, estenose tricúspide, anomalia de Ebstein); 
• Defeito do septo atrial. 
Esquema em perfil: vê-se 
VD, VE e arco da aorta. 
 
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Aumento do VD: 
• PA: 
 Borda do coração esquerdo sobe e fica arredondada – desloca a borda do VE para 
cima; 
 Ângulo cardiofrênico esquerdo mais agudo. 
• Perfil: 
 Ventrículo direito cresce para frente, em direção ao esterno. 
Causas: 
• Estenose valvar pulmonar 
• Hipertensão arterial pulmonar 
• Defeito do septo atrial (ASD) 
• Defeito do septo ventricular (VSD) 
• Regurgitação tricúspide 
• Cardiomiopatia dilatada 
• Drenagem venosa pulmonar anômala 
• Tetralogia de Fallot 
https://radiopaedia.org/articles/congenital-pulmonary-stenosis
https://radiopaedia.org/articles/pulmonary-hypertension-1
https://radiopaedia.org/articles/atrial-septal-defect-2
https://radiopaedia.org/articles/ventricular-septal-defect-1
https://radiopaedia.org/articles/tricuspid-regurgitation
https://radiopaedia.org/articles/dilated-cardiomyopathy
https://radiopaedia.org/articles/total-anomalous-pulmonary-venous-return
https://radiopaedia.org/articles/tetralogy-of-fallot
https://radiopaedia.org/articles/tetralogy-of-fallot
 
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RADIOLOGIA – P2. 
 
 
 
Tetralogia de Fallot – consiste em: 
• CIV – comunicação interventricular; 
• Estenose da artéria pulmonar; 
• Hipertrofia de VD; 
• Dextroposição da aorta – arco aórtico para o lado direito. 
 
 
 
 
 
 
 
PA: VD quando aumenta, 
empurra o VE para cima, o 
contorno cardíaco fica mais 
arredondado, tendo um ângulo 
cardiofrênico mais agudo. 
Perfil: VD cresce em diração ao 
esterno. 
Contorno cardíaco esquerdo mais arredondado e 
ângulo cardiofrênico esquerdo mais agudo, pois 
aumentou o VD e empurrou o VE para cima. Tem 
esse aspecto em bota, comum da Tetralogia de 
Fallot. 
 
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Aumento do AE: 
• PA: 
 Sinal da bailarina: cresce para cima determinando alargamento do ângulo subcarinal. 
O AE quando cresce ele pressiona a carina, aumentando a distância entre os brônquios 
fontes, ou seja, afasta o brônquio fonte D do E. 
 Duplo contorno cardíaco à esquerda, pois aumentou o AE, então terá o contorno do 
AE e do VE. 
• Perfil: 
 Átrio esquerdo cresce no sentido posterior, empurrando o esôfago. 
 
 
PA: aumenta o espaço entre 
o brônquio fonte D e E. 
Perfil: AE pressiona o 
esôfago posteriormente. 
 
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Aumento de VE: 
• PA: 
 Ápice cardíaco fica arredondado e verticalizado, pois o coração cresce para a esquerda 
e para baixo. 
• Perfil: 
 Ventrículo esquerdo ocupando o espaço retrocardíaco mais inferior. 
Causas: 
• HAS grave 
• Estenose aórtica 
Visualização desse sinal da 
bailarina: afastamento do 
brônquio fonte D do E. 
O AE promovendo a 
compressão do esôfago. 
FORCEM MUITO O OLHO QUE DA 
PRA VER. 
 
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PA: contorno do VE mais 
arredondado, para a E e mais 
para baixo. 
Perfil: ocupação do espaço 
retrocardíaco inferior. 
PA: contorno cardíaco mais 
para a esquerda e mais 
verticalizado. 
 
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Anatomia tomográfica 
 
 
 
 
Ao. descendente 
Ao. ascendente 
Corte axial 
VE 
AE 
AD 
VD 
IMAGEM SAGITAL 
IMAGEM CORONAL 
Ao. ascendente 
Ao. descendente 
Traqueia Esôfago 
Campo pulmonar E Campo pulmonar D 
Corpo vertebral 
Arcos costais - bolinha 
 
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Divisão mediastinal: 
 Anterior: entre a borda posterior do esterno e anterior ao pericárdio. 
 Médio: entre os folhetos do pericárdio. 
 Posterior: posterior ao pericárdio até a superfície anterior das vértebras torácicas. 
 É dividido em superior e inferior a partir de D4 (+/- nível da carina). 
Volume cardíaco total 
Paredes das câmaras cardíacas 
 
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Mediastino anterior: 
• O mediastino anterior contém as seguintes estruturas: timo (mais comum em crianças e 
depois regride), linfonodos, gordura, aorta ascendente, artéria pulmonar, nervos frênicos. 
• Os quatro T formam o mnemônico para massas mediastinais anteriores: 
 Timoma 
 Teratoma (célula germinativa) 
 Tireóide 
 Terrível Linfoma 
 
 
 
 
 
 
Massa expansiva mais adjacente à traqueia, em PA não sabe a localização 
correta dessa massa. Quando faz o Perfil, observa-se que ela está localizada na 
região anterior, sendo um diagnóstico diferencial dos 4Ts. 
 
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Bócio 
 
Timoma 
 
Teratoma 
 
O caso acima era Bócio. Tireoide que 
cresceu, insinuando para o mediastino 
e dando a imagem acima, que podemos 
achar que é pulmonar, mas é 
mediastinal. Pelo perfil percebemos 
que está no mediastino anterior, então 
uma das possibilidades que devemos 
pensar é o bócio. Percebe-se na 
imagem ao lado que ele desloca a 
traqueia para a direita. 
Tumor de densidade de partes moles, 
que foi visto depois que era um 
timoma. 
Mais evidente é o teratoma. Possui 
densidades diferentes, de partes 
moles, de gordura e partes de 
ossificação no meio. 
 
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Linfoma 
 
Mediastino médio: 
• O mediastino médio contém as seguintes estruturas: linfonodos, traqueia, esôfago, veia 
ázigos, veia cava, coração e arco aórtico. 
• A maioria das massas mediastinais médias serão: 
 Cistos de duplicação esofágica 
 Cistos broncogênicos 
 Cistos pericárdicos 
 Linfonodomegalia 
 As anomalias do arco aórtico 
 
 
 
Conglomerado (massa) linfonodal. As 
áreas no centro mais claras, são áreas 
que foram necrosando, degenerando, 
ou seja, já é um conteúdo líquido de 
necrose. 
Em PA vê-se uma formação 
expansiva, imagem 
arredondada. 
Em perfil, vê-se que essa 
massa está ocupando o 
mediastino médio e, a partir 
disso, faz-se uma tomografia 
para diferenciar qual é a 
doença. 
 
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Cisto de duplicação esofágica 
 
Cisto broncogênico 
 
Cisto pericárdico 
 
 
 
 
Como se fosse uma “bolsinha” do 
lado do esôfago, onde foi 
acumulado líquido e a luz do 
esôfago continua com passagem. 
Luz do esôfago 
É parecido com o cisto de 
duplicação esofágica, tem a 
mesma fisiopatogênese, só que no 
caso, acontece a partir do 
brônquio. 
Quando avaliar a densidade vai 
perceber que é líquido. 
 
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Linfonodomegalias 
 
Aneurisma aórtico 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grande massa linfonodal 
Aneurisma do arco aórtico. 
Simula uma massa do 
mediastino médio. 
Traqueia 
Esôfago 
 
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Dissecção aórtica 
 
 
Mediastino posterior: 
• O mediastino posterior contém as seguintes estruturas: gânglios simpáticos, raízes nervosas, 
linfonodos, aorta torácica descendente, vasos pequenos e as vértebras. 
• A maioria das massas no mediastino posterior serão: 
Aspecto de uma vaso com 
duas luzes. Dependendo da 
extensão pode simular uma 
massa de mediastino 
médio. 
Corte sagital para demonstrar o 
quanto essa dissecção
aórtica é 
extensa. Acomete arco aórtico e 
vai até na aorta abdominal. 
 
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 Originadas nos gânglios simpáticos (por exemplo, neuroblastoma); 
 Originadas das raízes nervosas (por exemplo, schwannoma ou neurofibroma); 
 Megaesôfago; 
 Linfonodomegalias; 
 Aneurisma aorta torácica descendente. 
 
Neuroblastoma 
Neuroblastomas surgem do sistema nervoso simpático; 
A doença intra-abdominal (dois terços dos casos) é mais prevalente do que a doença intratorácica. Os 
sites específicos incluem: 
• Glândulas adrenais: local de origem mais comum, 35% 
• Retroperitoneo: 30-35% 
• Mediastino posterior: 20% 
• Pescoço: 1-5% 
• Pelve: 2-3% 
 
 
 
Em PA, sabe-se que tem 
alguma coisa localizada na 
região do coração. Já em 
perfil, observa-se que essa 
opacidade está no 
mediastino posterior. 
 
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Schwannoma 
 
Localizado adjacente aos 
corpos vertebrais – 
tumor de raiz nervosa.

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