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NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO · Cirurgia · Aumento sua taxa metabólica basal; · Aumenta síntese de proteínas de fase aguda – para defender organismo contra infecção ; · Um balanço negativo de nitrogênio – quanto maior o grau da cirurgia, maior balanço nitrogenado negativo ; · Aumento da gliconeogênese . · Objetivos · Prevenir ou minimizar os fatores de risco nutricional que possível, bem como a deterioração do estado nutricional; · Assegurar as ingestões energéticas e proteicas suficientes por via oral; · Estimular uma recuperação (cicatrização) mais rapida com a imunomodulação (tem que ter dia, quantidade e hora de uso – não pode usar errado, senão aumenta risco de morte), a melhora do estresse oxidativo, o qual facilita a melhora dos resultados pós-operatório; · Cirurgia em geral: dieta hipercalórica, hiperprotéica em geral, com poucas exceções (pacientes obesos, encefalopatia hepática, doença renal). · Necessidades calóricas, proteicas e de nutrientes: Necessidades Cirurgia de médio e grande porte Estresse elevado Calorias 25-30kcal/kg/dia 20-25kcal/kg/dia Proteínas 1,5-1,2 g/kg/dia 1,2-2,0 g/kg/dia Relação kcal não preteica / g de N 120:1 70:1 a 100:1 Nutrientes específicos Lipídio Até 1g/kg/dia 15-30% do VET Glicose 3 mg/kg/min · Paciente com risco ou com sepse – baixar calorias – quanto mais calorias, piora situação metabólica – mais células inflamatórias; · Dietas industrializadas : · proporção 120 calorias carbo/lipídio – tem-se 1g de N – cirurgia de grande porte · paciente com risco – 70:1 ate 100:1 · importante para a síntese de proteínas · parenteral – 3 mg/kg/min de glicose · Necessidades calóricas, proteicas e de nutrientes – pacientes obesos: Necessidades IMC 30-40 kg/m² IMC igual ou maior que 40 Proteína 2 g/kg IDEAL / dia 2,5 g/kg IDEAL/ dia Calorias 11-14 kcal/kg ATUAL/dia ou 22-25 kcal/kg IDEAL/dia 11-14 kcal/kg ATUAL/dia ou 22-25 kcal/kg IDEAL/dia · Fatores de risco p paciente complicar ou morrer em cirugia de médio e grande porte 1. Hipermetabolismo · Aumento da liberação de citocinas e mediadores inflamatórios · Gliconeogênese – pelo aumento da proteólise muscular · Infeccoes e febre · Terapia com corticoesteroides · Aumento dos níveis de epinefrina, cortisol e glucagon – intolerancia a glicose · Gravidade da lesão · Aumento da perda de nutrientes por feridas, drenos, fistulas, diarreias 2. Dificuldade na alimentação · Alteração no nível de consistência · Risco de broncoaspiração · Problemas gastrintestinais (estase, vomito) · Hipoalimentação permissiva (fornecimento calórico reduzido para promover melhores resultados na sobrevida de pacientes em alto nível de estresse metabólico) · Anorexia, imobilização, traqueostomia · Dificuldade na determinação das necessidades calórico-proteica 3. Obesidade: · Obesidade previa, com alteração na mobilização de gordura e maior taxa de oxidação de proteínas e de carboidratos do que nos não obesos · Hiperalimentação · Maior susceptibilidade ao desenvolvimento de ulceras de decúbito – acamados 4. Desnutrição: · Doenças crônicas previas – câncer, renal, hepática, pâncreas · Má absorção crônica · Ingestão alimentar deficiente – anorexia, disfagia, obstrução intestinal · Hipercatabolismo anterior · Riscos nutricionais: àRisco nutricional grave: · Nutrir no pré-operatório durante 10-14 dias ESPEN / 7 -10 dias ASPEN · Risco de abrir costura no pós-operatório · Recomendado – cirurgias eletivas: 2h jejum para líquido e 4h para sólidos à evitar broncoaspiração · Jejum grande (12h, 24h) – aumenta risco de desnutrição - cicatrização retarda · Anestesia local e anegeusia – não precisa de jejum · Nutrição pré e pós-operatório PROVA àCirurgia que não envolve TGI – jejum de 2/4h · Geralmente não interferem no TGI · Via de acesso nutricional à oral à ruídos hidroaéreos · Consistência da dieta à tipo de anestesia, ANP àCirurgia que envolvem TGI – jejum 24/72h · Dieta especifica para o tipo de cirurgia · Manipulação dos órgãos do TGI · Redução movimentos peristálticos 24-72h · Dietas à particularidades àDieta no pós, só quando o paciente tiver sem efeitos da anestesia àCirurgia de cabeça e pescoço · Indicação – traumas, infecções, tumores -Trauma e tumor – sonda, não da para líquidos -Infecções – dieta liquida · Dieta pré e pós: -Consistência, calorias, proteínas, equilíbrio nutricional, macro/micro adequados -Oral, liquida e/ou sonda à conforme aceitação · Orientações gerais: -Alimentos líquidos ou textura macia (sem lactose, pastosa, branda), úmidos para fácil mastigação e deglutição. -Fracionadas, refeições pequenas, densidade calórica e hiperprotéica -Não usar cítricos · Toda dieta para cirurgia deve ser fracionada o máximo em refeições pequenas, densidade calórica máxima que puder · Cirurgia de esôfago àIndicação – megaesôfago, estenoses e tumores -Estenose ou tumor - Alto risco de desnutrição – sonda a nível de estomago ou intestino (mais comum) -CA – liquida, hiperprotéica e hipercalórica -Megaesofago · I semilíquida, pastosa · II liquida/semilíquida · III sonda àTipos de cirurgia – cardiomiotomia a heller com terapia antirefluxo (fundoaplicatura); Esofagectomia total. · Dieta pré-operatória: · Dieta livre – consistência conforme aceitação, volume e macro/micro adequados · Véspera da cirurgia – líquidos claros + lavagem (750 ml de refresco ou chá + manitol), seguida de jejum de 8-12h antes da cirurgia. · Manitol – limpar esôfago, estomago e intestino · Dieta pós-operatório: · Fracionada sempre – 6/8x · Cardiomiotomia à Heller – liquida de prova à liquida total à pastosa à branda à livre · Características – fracionada, volume diminuído, conforme aceitação · Esofagectomia total – · SNE – começar com 50mL (frasco), começar com 25-30 (bomba) – dieta polimérica · Aumento gradativo, em 24h, conforme aceitação ate atingir as necessidades nutricionais. · Via oral – ausência de complicações · Liquida de prova à liquida total à pastosa à branda à livre · Cirurgia de estomago · Tipos de cirurgias · Gastrectomia total – iniciar com 25ml · Gastrectomia parcial ou subtotal – pode começar 50-100ml · Bilroth I – gastroduodenoanastomose · Bilroth II – gastrojejunoanastomose · Dieta pré-operatoria: · Consistência, volume, macro/micro adequados · Dieta branda sem irritantes gástricos, conforme aceitação, jejum de 8-12h antes da cirurgia · Dieta pós-operatória · Gastrectomia total · SNE – iniciar com 50ml (3/3h ou BIC) à liquida de prova à branda (sem sacarose/semi lactose), fracionada, volume reduzido por 30 dias · Gastrectomia subtotal · Via oral – liquida de prova, evoluindo ate branda, sem sacarose, sem lactose por 30 dias, conforme aceitação · Sem lactose e sem sacarose à Dumpling – causada pela presença lactose e carbo simples – dieta hipercalórica, carbo complexo (chegada rapida de CHO SIMPLES ao jejuno proximal, levando à uma hiperinsulinemia com consequente hipoglicemia abrupta. Sintomas – tontura, desmaio, sudorese). - whey hospitalar ou hidrolisada - mais indicada para cirurgia - ate 1 mês - sucos naturais – evitar polpas - ate 1 mês - grão feijão – dificulta a digestão - após 1 mês – testar para ver se apresenta dumping - suplemento polivitamínico-mineral, proteína em pó – para o resto da vida (cirurgia estomago e esôfago) – com 3 dias inicia o liquido, após 1 mês, iniciar comprimido - pq suplementar B12 e ferro? Estomago reduz fator intrínseco – não absorve B12 / anemia – HCl reduzido não transforma · Cirurgia de intestino delgado: · ESPEN – a função do delgado volta ao normal 6-8h após a cirurgia com capacidade moderada de absorção, mesmo na ausência de peristaltismo. · NE no pós-operatório precoce é segura e benéfica, deve ser colocada durante a cirurgia. · Ressecções intestinais – podem causar má absorção dependendo da extensão e segmento · Duodeno – não altera a digestão/absorção · Ressecção do duodeno – liquida de prova (CHO complexo), sem sacarose e sem lactose ate 30 dias, normal e polivitamínicos · Jejuno – pode levar a redução de dissacaridases à digestão/absorção de CHO, reduzidaabsorção de Aa à íleo assume as funções · Ressecção do jejuno – igual a dieta de duodeno · Grande prejuízo na nutrição à perda do íleo · Íleo – diarreia, má absorção lipídica e vitaminas lipossolúveis e B12 · Ressecção do íleo – liquida de prova total sem sacarose e sem lactose, branda SIG, constipante, aumento de líquidos, polivitamínicos + B12, uso de fibras solúveis + glutamina. · Nutrição no pré e pós-operatório – SINDROME INTESTINO CURTO - SIC · Dietas hipogordurosas, ricas em CHO complexo e fibras solúveis com restrição de oxalato, estão mais indicadas diante da presença anatômica e funcional, parcial ou total, do colon. · 20% de gordura com o limite de 40g de TCM/dia · 30% das calorias totais com TCM · Devem receber pelo menos 100% da RDC de micronutrientes · Íleo terminal ausente – pode ocorrer deficiência de vitamina A, D, E e B12 · Se colon ausente – uso de antibiótico de amplo espectro – vitamina K – 1mg/dia · Falta de vitamina D + perdas e baixa ingestão de cálcio – pode causar hipocalemia e osteomalácia, risco de fraturas. · Cirurgia intestino grosso: · Indicação – megacolon, volvo, doença do intestino irritável, diverticulite · Tipos de cirurgia · Hemicolectomia direta · Colectomia transversal · Colectomia esquerda · Sigmoidectomia · Colectomia total · Colostomia · Ileostomia · Dieta pré-operatória · Líquidos claros + lavagem intestinal (750ml de refresco ou chá + manitol) · Dieta pós-operatório · Com perda da válvula íleo-cecal (VIC) – lado direito – constipante · Sem perda da VIC – laxante · VIC – controla perda de fezes solidas · Hemicolectomia direita e colectomia total · Dieta via oral liquida de prova à evoluir consistência conforme aceitação (liquida total – semilíquida – pastosa – branda). Constipante, aumento líquidos, suplementar K, Na e outros. · Colectomia transversal, colectomia esquerda e sigmoidectomia · Dieta via oral liquida de prova à evoluir consistência conforme aceitação (liquida total – semilíquida – pastosa – branda). Laxante, aumento de líquidos. · Diverticulectomia · Pré-operatória – pobre em resíduos · Pós-operatória – dieta normal laxante · Vólvulo de sigmoide · Pré-operatória – pobre em resíduos · Pós-operatória – dieta norma laxante · Colostomia · Pré-operatória – líquidos claros + lavagem intestinal (750ml de refresco ou chá + manitol) · Pós-operatória – conforme consistência das fezes, evitar constipação/diarreia · Evitar alimentos que possam aumentar a produção de gases, após teste individual: · Bebidas alcoolicas, refrigerantes carbonatados, feijão, milho, ervilha, grão-de-bico, couve-flor, repolho, beterraba, pepino, brócolis, batata doce, pimentao, cebola, alho, doces e frituras e qualquer alimento que, quando testado, produza gases. · Evitar alimentos que possam produzir mau odor nas fezes: · Peixe, carnes em conservas, ovo cozido · Ileostomia · Pré-operatória – líquidos claros + lavagem intestinal (750ml de refresco ou chá + manitol) · Pós-operatória – conforme aceitação, constipante, aumento de líquidos, suplementar K e Na. Evoluir de acordo com consistência das fezes. à INTESTINO – ALIMENTAÇÃO SIMBIÓTICA à FARINHA DE LINHAÇA – RICA EM OMEGA 3, LAXANTE - figado · Cirurgia do fígado: · Indicação – cisto, abscesso, câncer, falência hepatica etc. · Tipos de cirurgia – hepatectomia · Dieta pré-operatória – conforme aceitação, hipolipidica em falência hepatica · Dieta pós-operatória – liquida de prova e progredir conforme aceitação · Cirurgia de vesícula biliar: · Indicação – calculo, câncer, lama biliar etc. · Tipos de cirurgia – colescistectomia convencional ou colelape · Dieta pré-operatório – hipolipidica de consistência conforme aceitação · Dieta pós-operatória – liquida de prova à hipolipidica por 30 dias, baixa caloria, IMC menor ou igual a 25kg/m² · Considerações finais: · Conduta nutricional adequada é fundamental no tratamento cirúrgico · Reduz morbimortalidade · Diminui o tempo de internamento · Diminui infecção da ferida operatória
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