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Lesões Musculares

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Lesões musculares ocorrem em virtude da unidade 
musculo tendínea (UMT) perder resistência, 
flexibilidade e/ou tolerância de suportar as forças 
aplicadas sobre ela. 
As causas podem ser por fatores extrínsecos 
como no caso de contusões ou por fatores intrínsecos 
como as distensões (mecânicas) e as contraturas 
(metabólica). 
 
Contusão 
Trauma direto resultando em ruptura de fibras e 
capilares, com sangramento no músculo, seguido por 
reação inflamatória. 
Contratura 
Processo lesivo que ocorre por alterações 
metabólicas em resposta a atividade intensa que pode 
desencadear falhas na excitabilidade muscular e no 
mecanismo contrátil. *fadiga. 
Distensão 
As distensões musculares podem ser classificadas 
de acordo com a sua gravidade como segue: 
 
 
 
Distensão leve (Grau I) 
 Esse tipo de distensão envolve a ruptura de 
algumas fibras musculares com edema e desconforto 
menores. As lesões de Grau I são associadas a perda 
mínima ou nenhuma de força e restrição de movimento. 
Sensibilidade local pode estar presente, e aumenta 
quando o estresse é aplicado à estrutura. Os 
pacientes com distensão de Grau I em geral podem 
continuar as atividades normais tanto quanto possível, 
mas devem ser monitorados para evitar exacerbação 
da lesão. 
• Não há ruptura total da UMT 
• Edema localizado 
• Pequena dor localizada à movimentação 
• Não há grande perda de FM e ADM. 
Distensão moderada (Grau II) 
Esse tipo de distensão envolve maior dano ao 
músculo e perda visível de força. Pacientes com lesão 
de Grau II frequentemente evitam exercer a atividade 
que provoca a dor. Dor moderada a grave está 
presente, ao lado de alguma perda de função e de 
estabilidade articular. As distensões de Grau II em 
geral requerem 3 a 28 dias de reabilitação. Ruptura 
macroscópica 
• Equimose 
• Dor persistente e difusa a palpação 
• Claudicação 
• Perda da resistência muscular e diminuição da 
ADM 
 
Distensão grave (Grau III) 
Esse tipo de distensão envolve ruptura que se 
estende sobre todo o ventre muscular. As distensões 
de Grau III são caracterizadas por dor grave ou perda 
de função. Se a dor aumenta quando o estresse é 
aplicado à estrutura, há comprometimento da 
integridade resultante do tecido. Embora as 
distensões musculares de Grau I e II sejam tratadas de 
maneira conservadora, a intervenção cirúrgica muitas 
vezes é necessária para lesões de Grau III. A cura das 
distensões de Grau III pode requerer de três semanas 
a três meses de reabilitação. 
• Ruptura total ou de vários feixes de fibras 
• Hematoma 
• Dor intensa e persistente 
• Claudicação ou apoio impossível 
• Depressão local (gap muscular) 
• Pode ser acompanhada de estalido audível. 
Diagnostico por imagem 
Grau I: edema sem ruptura 
Grau II: ruptura de ate 50% das fibras 
Grau III: ruptura com extensão maior que 50% das 
fibras 
Incidência 
Atletas (profissionais e ocasionais): 50% futebol 
Músculos: dos membros inferiores 
• Ísquio-tibiais 
• Quadríceps 
• Tríceps sural 
• Adutores 
Locais que mais ocorrem a lesão 
Nas junções miotendínea (JMT) é a mais comum. 
Ventre muscular, tendão e junção osso-tendão. 
 
Cicatrização muscular 
O músculo esquelético possui consideráveis 
capacidades regenerativas e o processo de sua 
regeneração após a lesão constitui uma cascata de 
eventos bem-estudados. A capacidade de 
regeneração está primariamente baseada no tipo e na 
extensão da lesão. O processo essencial da 
regeneração muscular é semelhante, seja qual for a 
causa da lesão, embora o resultado e o tempo de 
regeneração variem de acordo com o tipo, a gravidade 
e a extensão da lesão. De forma mais ampla, existem 
três fases no processo de cicatrização de músculos 
lesionados: a fase destrutiva, a fase de reparo e a fase 
de remodelamento. 
 
Fase destrutiva 
As fibras musculares e suas bainhas de tecido 
conjuntivo são totalmente rompidas, surgindo um 
espaço entre as extremidades das fibras musculares 
rompidas quando elas se retraem. Essa fase é 
caracterizada pela necrose do tecido muscular, 
degeneração e infiltração pelos leucócitos PMN 
durante a formação de hematomas e edemas no local 
da lesão. 
Fase de reparo 
A fase de reparo envolve geralmente as seguintes 
etapas: 
Formação de hematoma: O espaço entre as 
extremidades rompidas das fibras é preenchido 
inicialmente por hematoma. Durante o primeiro dia, 
este é invadido por células inflamatórias, incluindo 
fagócitos, que começam a desfazer o coágulo 
sanguíneo. 
Formação da matriz: O sangue derivado do 
encadeamento cruzado de fibronectina e fibrina forma 
a matriz primária, que age como suporte e local de 
ancoragem para a invasão de fibroblastos. A matriz 
dá a força inicial para o tecido da lesão suportar as 
forças aplicadas sobre ele. Os fibroblastos iniciam a 
síntese de proteínas da matriz extra-celular. 
Formação de colágeno: A produção de colágeno do 
Tipo I pelos fibroblastos aumenta a resistência à 
tensão do músculo lesionado. A proliferação excessiva 
de fibroblastos pode levar à formação de tecido 
cicatricial denso, criando uma barreira mecânica que 
restringe ou retarda consideravelmente a regeneração 
completa das fibras musculares. Durante a primeira 
semana de cicatrização, o local da lesão é o ponto mais 
fraco da unidade miotendínea. Essa fase inclui a 
regeneração do músculo estriado, a produção de 
cicatriz do tecido conjuntivo e o crescimento capilar 
interno. A regeneração das miofibras tem início com a 
ativação das células-satélite, localizadas entre a 
lâmina basal e a membrana plasmática de cada 
miofibra. As células-satélite, células mioblásticas 
precursoras, proliferam-se para reconstituir a área 
lesionada. Durante a regeneração muscular, presume-
se que as substâncias tróficas liberadas pelo músculo 
lesionado ativem essas células. Diferente das 
miofibras multinucleadas, essas células mononucleares 
mantêm o potencial miotótico e respondem aos sinais 
celulares, entrando no ciclo celular a fim de 
proporcionar o substrato para a regeneração e 
crescimento muscular. As células-satélite proliferam-
se e diferenciam-se em miotubos multinucleares e, por 
fim, em miofibras, que amadurecem e aumentam de 
comprimento e diâmetro para cobrir a lesão muscular. 
Muitos desses mioblastos são capazes de fundir-se 
com as fibras necróticas existentes e podem evitar a 
degeneração completa das fibras musculares. O 
estágio final no processo regenerativo envolve a 
integração dos elementos neurais e a formação de uma 
junção neuromuscular funcional. Se a continuidade da 
fibra muscular não é interrompida e a inervação, o 
suprimento vascular e a matriz extracelular estejam 
intactos, o músculo se regenera sem perda da 
arquitetura e da função normal do tecido. 
Fase de remodelamento 
Nessa fase, o músculo regenerado amadurece e 
contrai-se com a reorganização do tecido cicatricial. 
Há, muitas vezes, restauração incompleta da 
capacidade funcional do músculo lesionado. A 
patologia dos danos musculoesqueléticos varia 
dependendo da causa inicial. Os danos musculares 
podem se desenvolver durante a imobilidade 
prolongada por hospitalização. Uma das consequências 
potenciais da lesão muscular ou da inatividade é a 
atrofia. A quantidade de atrofia muscular depende do 
uso antes do repouso e da função do músculo. 
Músculos antigravidade (como o quadríceps) tendem a 
ter atrofia maior do que os músculos antagonistas 
(como os isquiotibiais). As pesquisas têm evidenciado 
que uma simples série de exercícios protege contra o 
dano muscular, com os efeitos presentes entre seis 
semanas e nove meses. A resistência muscular aos 
danos resulta de mudanças morfológicas excêntricas 
induzidas pelo exercício no número de sarcômeros 
conectados em série. Esse achado serve de apoio ao 
início de um programa de recondicionamento com 
avanço gradual de atividades de intensidade mais 
baixa, com ações excêntricas mínimas para proteger 
contra o dano muscular. 
 
 
Tratamento 
Lesão parcial: tratamento conservador(fisioterapia) 
Lesão completa: tratamento cirúrgico (sutura e 
imobilização).

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