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AMAMENTAÇÃO O ideal é manter o aleitamento materno até os dois anos de idade do lactente, no entanto, não há um tempo máximo para manter o aleitamento, essa deve ser uma decisão da mãe. ✓ Crianças em idade pré-escolar que ainda estão em aleitamento materno pode ser prejudicial para ela, devido ao apego à mãe. → TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO - O lábio inferior do bebê deve estar evertido (para fora); - As narinas devem estar livres, ou seja, não podem estar em contato com o peito; - O bebê deve abocanhar toda a aréola (mamilo + aréola deve estar dentro da boca do bebê); - Posição do bebê: ✓ Queixo apoiado na mama e barriga encostada na mãe; ✓ Cabeça e tronco alinhados; ✓ Mama apoiada com dedos longe do mamilo. - O correto é esvaziar uma mama para depois oferecer a outra na próxima mamada; ✓ É preciso estimular homogeneamente ambas as mamas (isso evita que uma mama acumule mais leite do que a outra e o leite fique empedrado); ✓ O leite empedrado pode favorecer o aparecimento de mastite; ✓ O leite do começo da mamada não é o mesmo do final → no começo da mamada o leite é mais ralo e no final ele é mais gorduroso, o que confere maior saciedade e nutrientes ao bebê. OBS.: na consulta de puericultura deve-se pedir para que a mãe amamente o filho na frente do médico para verificar se a técnica de amamentação está adequada. → DIFICULDADES MAIS COMUNS NA AMAMENTAÇÃO CÓLICA AO AMAMENTAR: Durante o ato de amamentar haverá a liberação de ocitocina pela mãe e isso ocasionará cólicas durante os primeiros dias. Essa cólica é benéfica ao corpo e decorre da involução uterina pós-parto, ou seja, ajuda o útero a se contrair até atingir seu tamanho normal antes da gestação. Uma discreta dor ou desconforto no início da mamada pode ser considerado normal, desde que a dor não seja intensa ou que não haja lesões mamilares. INGURGITAÇÃO DAS MAMAS: O ingurgitamento mamário, conhecido como leite empedrado, pode ocorrer pela produção exagerada de leite e seu acúmulo nas mamas, podendo ele ser patológico ou não. O leite acumulado pode causar calor local, hiperemia, mama endurecida e dor. ✓ O ingurgitamento das mamas pode favorecer o aparecimento de mastite. Três componentes estão presentes no ingurgitamento: congestão/vascularização; acúmulo de leite; edema (devido à congestão e obstrução linfática). Pode ocorrer devido ao: ✓ Bloqueio dos ductos lactíferos: devido à presença de nódulos mamários sensíveis e dolorosos; ✓ A produção de leite não é muito coordenada no início da amamentação (a mãe produz mais leite do que é consumido). MASTITE: A mastite se caracteriza por uma infecção que pode acometer as mamas no início da amamentação, podendo levar ao aparecimento de fissuras e sangramento. Se não tratada, a mastite pode ser porta de entrada para uma infecção bacteriana. Quando a mãe apresenta um quadro de mastite ela deve optar por ordenhar o leite para evitar o surgimento de uma infecção secundária e abcesso. Em caso de abcesso/infecção, deve-se fazer o repouso da mama acometida, ordenha e uso de antibiótico (cafaloxina, clindamicina). ✓ Mastite não contraindica a amamentação. ✓ Tomar banho de sol pode auxiliar na cicatrização mais rápida da mama. DEMORA PARA A DESCIDA DO LEITE: Algumas mulheres podem levar até três dias para ter a descida do leite, por conta disso, muitas vezes a maternidade oferece um complemento após três dias para que o bebê não entre em hipoglicemia. ✓ O maior estímulo para a descida do leite é a sucção do bebê. BAIXO GANHO DE PESO PONDERAL DO RN: Na maioria das vezes isso ocorre devido a uma dificuldade de a mãe se adaptar com o bebê e amamentação → falta de orientação adequada para a mãe. Pede-se à mãe que amamente durante a consulta para verificar a técnica de amamentação. Além disso, o bebê deve ser pesado antes e depois da mamada para verificar a quantidade de leite que ele está ingerindo. É preciso avaliar, também, a presença de alguma doença na mãe ou no bebê e pesá-lo a cada dia. Se após essas medidas o bebê ainda estiver ganhando pouco peso → realizar suplementação. ✓ A suplementação deve ser feita com o auxilio de um copo, nunca usar mamadeira, porque pode gerar confusão no bebê e dificultar a sucção da mama. → BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO - Redução da mortalidade infantil em crianças menores de 5 anos; - Amamentação na primeira hora de vida pode ser um fator de proteção contra mortes neonatais; - Atende perfeitamente às necessidades do lactente; - Contém substâncias protetoras e imunomoduladoras; - Estimula o desenvolvimento do sistema imune, maturação do sistema digestório e neurológico; - Efeito protetor e dose dependente na redução do risco de obesidade na fase adulta; - Fácil de ser digerido, provoca menos cólica; - A sucção ajuda no desenvolvimento dos dentes; - Ajuda na contração uterina e controle de sangramento; - Protege a mãe de câncer de útero e ovário; - Protege a mãe do desenvolvimento de síndrome metabólica; - Auxilia no desenvolvimento cognitivo; - Evita nova gestação: nos primeiros seis meses após o parto a amamentação é um método anticoncepcional com 98% de eficácia; - Protege a mãe contra doenças do coração; - Previne contra doenças diarreicas. MANEJO CLÍNICO DA AMAMENTAÇÃO: - Prolactina: produção de leite; regulado pelo estímulo da sucção. - Ocitocina: ejeção de leite; influência de fatores emocionais maternos. - Primeira mamada: logo após o parto; consolidação do reflexo da sucção; abreviação do tempo de apojadura. CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO: - Homogêneo quanto a sua composição; - Desnutrição grave: afeta qualidade e quantidade; - Primeiros dias: colostro + proteínas – lipídeos – rico em imunoglobulinas (IgA). PRODUÇÃO DO LEITE MATERNO: A produção do leite depende do quanto está sendo consumido e retirado da mama, sendo que a maior parte do leite é produzida quando a criança está dormindo. ✓ Leite anterior: mais transparente/ralo, rico em água e anticorpos. ✓ Leite posterior: mais esbranquiçado ou amarelado, rico em gordura, maior saciedade.
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