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Vacinas

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1 Fernanda E. Bocutti T6 
 
Polimorfismo – proteínas iguais que tem diferenças de 
pessoa para pessoa 
MHC Classe 1 e MHC Classe 2 – proteínas que mais tem 
polimorfismo no nosso corpo 
Imunidade Inata (não específica, não tem memória) 
Imunidade adaptativa (específica, tem memória) – específica 
para cada microrganismo – Linfócito B (baço) e T (timo) – 
Humoral e celular 
Humoral – produz anticorpos 
Celular (CD4 e CD8) 
CD4 (fagocitaria) – secreta citocinas para que as APC’s 
estourem o antígeno nas células 
CD8 (citotóxico) – liberam granzimas para fazer a lise das 
células com vírus dentro 
A melhor vacina (eficaz e protetiva) é a que atua na 
imunidade humoral, CD4 e CD8 
MHC Classe 1 (intracelular)– CD8 
MHC Classe 2 (algo fagocitado) – CD4 
Ativação do sistema imune por infecção natural por 
Covid-19 
- Microrganismo pode entrar na célula por: 
Fagocitose (feita por APC’s) 
Por receptor (chave-fechadura) – vírus entra por receptor 
ligante 
Principal proteína de superfície do Covid – Proteína S – Só 
entra se tiver receptor ECA 
Estrutura de proteína 
Desnaturada – não tem função 
4 tipos de estrutura 
1. Sequência de aminoácidos 
2. Estrutura secundária 
3. Estrutura terciária 
4. Estrutura quaternária 
Anticorpos (estrutura quaternária) são proteínas 
IgA – mucosas (2Y) 
IgG – 2ª resposta (parece um Y) 
IgM – 1ª resposta (5Y) 
FAB - porção que reconhece o patógeno antígeno – tudo o 
que é conhecido pelos anticorpos 
Epítopo – parte que o anticorpo conhece 
Qual a melhor tecnologia vacinal? 
- Não tem!!! Toda vacina tem vantagens e desvantagens 
Cada estratégia vacinal traz em si o ônus e o bônus 
Vacina Atenuada 
- São produzidas a partir da modificação de um 
microrganismo patogênico, via atenuação de sua virulência 
- Tradicionalmente, os processos de atenuação se baseiam 
na passagem seriadas do microrganismo por culturas, em 
diferentes condições de temperatura, em células de 
diferentes animais, selecionando populações mutantes 
menos virulentas 
- A sua habilidade de replicação é mantida, porém é 
eliminada a capacidade de gerar a doença 
- Gera uma resposta do sistema imunológico semelhante à 
infecção natural 
- É feita passagem seriada em cultura celular 
- Atualmente, com a evolução da biologia molecular, a 
atenuação pode ser feita modificando o material genético do 
patógeno, a fim de produzir uma mutação que diminui sua 
virulência. 
- Exemplos de vacina atenuada e comercializada: febre 
amarela (1ª), poliomielite-VOP, caxumba e sarampo (10 anos 
para atenuar), rubéola. 
- Covid-19: não tem ainda vacina atenuada no mercado 
Vantagem 
Dose pequena, pois o microrganismo tem capacidade de 
replicação. 
Ativa Humoral e Celular (CD4 e CD8), conferindo uma 
resposta robusta, mais efetiva. 
Vacinas 
 
2 Fernanda E. Bocutti T6 
Intracelular: apresentação MCH Classe I / Linfócito T CD8 / 
Lise celular. Fagocitose pelas APCs: apresentação MCH 
Classe II / Linfócito T CD4 / Linfócito B / Plasmócito / 
Anticorpo. 
Desvantagem 
Armazenamento correto para manter a capacidade de 
replicação 
Não pode ser usada em grávidas e imunodeprimidos pois 
pode causar a doença 
Pode ocorrer reversão da virulência 
Pode levar muito tempo (anos) para atenuar um 
microrganismo 
Vacina inativada 
- São produzidas a partir da inativação (morte) de culturas 
de vírus e bactérias cultivadas em laboratório, seja por calor 
ou por substâncias químicas 
- Deva-se manter o máximo possível a similaridade 
estrutural com microrganismo vivo para manter a 
antigenicidade 
- Deve-se tentar manter os epítopos 
- O formaldeído é uma das substâncias químicas mais 
comuns a serem utilizadas na inativação, conferindo rigidez 
estrutural. 
- O β-propiolactona modifica a estrutura dos ácidos 
nucleicos e induz cortes no material genético viral. 
- Exemplos de vacina inativada e comercializada: a 
CoronaVac, a poliomielite-VIP 
Vantagem 
- Pode ser utilizada em grávidas e imunodeprimidos 
- Vantagem: não há risco de reversão de virulência, mais 
segura 
- Vírus causando sérios problemas de saúde pública, o 
desenvolvimento de vacinas inativadas é uma excelente 
opção, pois além de gerarem imunidade protetora, tem uma 
produção relativamente rápida, além de ser uma tecnologia 
muito bem conhecida que podemos levar para qualquer 
público. 
Desvantagem 
- Dose maior pois não há replicação do microrganismo 
- Não há ativação da I, Celular CD8, pois microrganismo que 
naturalmente era intracelular quando vivo, agora inativado 
não consegue entrar na célula 
- APC’s fagocitam os microrganismos ativando apenas 
celular CD4 e Humoral 
- Reposta imune menor, precisa ter reforço vacinal. A 
primeira dose apenas sensibiliza o organismo, enquanto a 
segunda e/ou terceira desenvolvem uma resposta imune 
protetiva 
- Precisa de adjuvantes (ex: hidróxido de alumínio) para 
ajudar a estimular a resposta imune 
- Precisa ser feito em laboratórios de biossegurança nível 3, 
que requer um alto investimento e pessoas bem treinadas 
para trabalharem nesses espaços 
Vacina de Subunidade (proteína e peptídeo) 
- O foco é desenvolver vacinas utilizando apenas uma parte 
dos microrganismos. 
- Dessa forma, surgem alguns desafios para identificar qual 
parte do patógeno pode ser utilizada. 
- Pode ter certeza, esse é um grande desafio, pois cada 
microrganismo tem suas peculiaridades, o que requer muita 
atenção. 
- Essas partículas antigênicas podem ser diversas, desde 
proteínas, peptídeos, polissacarídeos, ou a combinação de 
mais de uma partícula, para induzir uma resposta 
imunológica protetora, específica para um microrganismo ou 
até mesmo vacinas multivalentes, para combater múltiplos 
patógenos. 
- Desenvolver o antígeno mantendo seus epítopos 
- Expressão de proteína recombinante 
Vantagem 
- Quando conseguido a estrutura correta, produz resposta 
mais específica/ precisa 
Desvantagem 
- Precisa de adjuvantes para ajudar a estimular a resposta 
imune 
 
3 Fernanda E. Bocutti T6 
- Armazenamento correto para manter a estrutura da 
proteína 
- Não há ativação da I. celular CD8, a proteína vacinal não 
entra sozinha na célula 
- APC’s fagocitam a proteína vacinal ativando apenas I 
celular CD4 e l. humoral 
 - Alto custo de produção 
- São extremamente trabalhosas e requerem enorme 
exigência científica, desde os profissionais, até os 
equipamentos usados e possível produção em larga escala. 
- Saber escolher os melhores plasmídeo para clonar e 
expressar uma proteína de algum patógeno. 
- Saber trabalhar com proteína, pois cada proteína tem 
suas características que precisam ser bem avaliadas, 
garantindo uma estrutura (epítopo) correta da proteína 
vacinal para poder ser reconhecida como estranho pelo 
sistema imunológico, induzindo uma resposta precisa, 
robusta, e que gere memória. 
- Saber técnicas de purificação dos antígenos produzidos e 
na produção em escala industrial 
- Por essas e outras razões, uma consequência foi o 
“afastamento” dessa tecnologia para gerar vacinas 
licenciadas para o ser humano. 
- Porém, a enorme demanda exigida com elas gerou um 
grande avanço no conhecimento científico, que levou ao 
desenvolvimento de outros tipos de vacina (VLPs, Vetor-viral, 
DNA, RNA). 
- Exemplos de vacina de subunidade e comercializada: 
antitetânica, meningite bacteriana (Haemophilus influenzae 
tipo b). 
Vacina de VLP’s (vírus like particles) 
- Simplificadamente, são estruturas multiprotéicas (junção 
de várias proteínas recombinantes) com capacidade de se 
automontar e gerar partículas que imitam o próprio vírus, 
seja na forma, na antigenicidade, na composição estrutural, 
e no tamanho. 
- Ou seja, parecem o vírus, mas não são. Não contém o 
material genético. 
- Exemplo de vacina de VLPs e comercializada: HPV, e 
Hepatite B. 
Vantagem 
- Atraem muito bem o sistema imunológico, pois carregam 
as características aparentes dos vírus, levando a uma 
resposta robusta, tanto Celular (CD4 e CD8), quanto Humoral- Utilizam proteínas específicas (ex: proteínas de 
superfície), levando a uma resposta mais precisa 
- Estrutura mais estável, mais fácil seu armazenamento 
- Não têm conteúdo genético interno, não sendo possível 
causar a doença, mais segura 
- Pode ser utilizada em grávidas e imunodeprimidos. 
- Não precisa de adjuvantes. 
Desvantagem 
- Dose maior, não tem capacidade de replicação. 
- Tecnologia mais cara 
Vacina de vetor-viral 
- São vírus (conhecidos e que não causam doenças graves 
ao ser humano) utilizados para carregar parte do genoma 
de outro patógeno. 
- Conseguem entrar na célula, se replicar (ou não – 
modificação genética), e produzir a proteína específica do 
patógeno e estimular uma resposta imune 
- Exemplo de vacina de vetor-viral e comercializada: 
AstraZeneca (não replicante; macaco), Janssen (não 
replicante; humano), Ebola (não replicante, primeira vacina de 
vetor-viral licenciada, 2019). 
- Exemplo de vetor-viral: Adenovírus de humano (26) ou de 
macaco, podem ser manipulados geneticamente. A escolha é 
de extrema importância. 
- Na população há uma baixa frequência de anticorpos 
específicos para o Adenovírus 26 
Vantagem 
- Ativação celular (CD4 e CD8) e Humoral, resposta robusta. 
Desvantagem 
- Se tiver imunidade prévia, o vetor-viral pode ser combatido 
antes de entrar na célula e ativar o sistema imune. 
Vetor-replicante 
 
4 Fernanda E. Bocutti T6 
- Vantagem: dose menor, resposta mais duradoura 
- Desvantagem: menor segurança, mais efeitos colaterais 
Vetor não-replicante 
- Desvantagem: dose maior, resposta menos duradoura 
- Vantagem: mais segura, menos efeitos colaterais 
 
Vacina de DNA 
- Construção de um DNA recombinante plasmidial circular 
contendo sequências genéticas de interesse que serão 
expressas em proteínas antigênicas pela célula do indivíduo, 
estimulando seu sistema imune. 
- O DNA não é permeável a célula, portanto sozinho não 
consegue atingir o meio intracelular. 
- Há necessidade de produzir poros na membrana celular 
por eletroporação (gene-gun). 
Vantagem 
- Ativação tanto celular (CD4 e CD8) quanto humoral 
- Não existe o problema de imunidade prévia 
- Não há ainda vacina de DNA comercializada/licenciada para 
humanos 
Desvantagem 
- Necessidade de eletroporação 
- Em estudos com animais, apresentou menor resposta 
imune que a vacina vetor-viral 
Vacina RNAm 
- Tecnologia existente desde 1990 (ou seja, mais de 30 
anos). 
- Dificuldade de delivery. 
- RNA é uma molécula instável. 
- Alta concentração de enzimas RNAses nos fluidos 
corporais. 
- Atualmente, avanço das nanotecnologias (esfera lipídica) 
- RNAm contendo sequências genéticas de interesse que 
serão expressas em proteínas antigênicas pela célula do 
indivíduo, estimulando seu sistema imune. 
- Exemplo de vacina de RNAm e comercializada: Pfizer, e 
Moderna. 
Vantagem 
- Ativação tanto Celular (CD4 e CD8) quanto Humoral. 
- Não existe o problema de imunidade prévia. 
- Não possui a faze de transcrição gênica, apenas tradução 
de proteína, diminuindo mutação 
Desvantagem 
- A esfera lipídica não tem especificidade, podendo entrar 
em qualquer tipo celular; aumenta efeitos colaterais

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