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1 Fernanda E. Bocutti T6 URINA: filtrado do plasma Formação da urina: 1- FASE 1: Filtragem seletiva de sangue, permitindo a formação do liquido inicial. 2- FASE 2: ocorre reabsorção desse líquido para que o organismo possa recuperar as substâncias que são essenciais, como água e glicose. 3- FASE 3: urina é transportada pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada. Túbulo contorcido proximal: reabsorção do sangue filtrado Alça de Henle: reabsorve água, sódio. Túbulo contorcido distal: absorver solutos e outros minerais que retem água Amostra pediátrica População-alvo: desde RN até 12 anos, 11 meses e 29 dias. Crianças sem controle de esfíncter: coletores plásticos com adesivos: deve ser trocado caso não ocorra micção em até 30 minutos. Crianças com controle de esfíncter: urina de jato médio. Maior parte das ITU após o período neonatal é resultado de infecção ascendente. Infecção do trato urinário Vias de infecção: a) Ascendente (principal) Sexo feminino. Período neonatal: neonatos de parto vaginal cujas mães são portadoras de bactérias uropatogenicas no intestino. Mais rara no sexo masculino pela anatomia. b) Hematogênica Principalmente no período neonatal: ITU grave que pode evoluir com sepse. Escherichia coli: agente bacteriano mais comum de ITU. Responsável por aproximadamente 80% das infecções em crianças. Outros agentes bacterianos gram-negativos: Klebsiella, Enterobacter, Proteus e Cirobacter. Gram-positivos: Staphylococcus saprophyticus, Enterococcus e raramente S. aureus. Primeira urina da manhã Amostra ideal para o exame de urina de rotina (elementos anormais do sedimento – EAS). É mais concentrada e capaz de detectar substâncias químicas e elementos formados, os quais podem não ser observados na amostra aleatória diluída. Preferencialmente coletada no laboratório, ou então, enviada até uma hora para o mesmo. Urinálise 1. EF: avaliação física da urina. cor, cheiro, aspecto e densidade da urina. 2. Exame químico: pesquisa de elementos que normalmente não são encontrados na urina saudável. Ex: glicose, proteínas, urobilinogênio, bilirrubinas, corpos cetônicos, nitrito, sangue e leucócitos. Faz-se também a determinação de PH. 3. Sedimentoscopia: análise minuciosa dos elementos celulares e não celulares encontrados no sedimento urinário. Urinálise – exame físico 1. Aspecto Reflete a transparência da amostra da urina. Pode ser: transparente, opaca, ligeiramente turva, turva, muito turva, leitosa. Aspecto normal: transparente, porem pode apresentar opacidade causada por fosfatos amorfos e carbonatos. Turvação: presença de cristas amorfos, leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias etc. 2. Odor A nomenclatura utilizada para o odor característico é: sui generis. Amostra em repouso: odor de amônio é predominante, devido a degradação da ureia. As causas de alteração do odor: infecções bactérias (odor forte e desagradável), presença de corpos cetônicos do jejum prolongado ou diabéticos (odor adocicado). Elementos anormais do sedimento (EAS) 2 Fernanda E. Bocutti T6 Urinálise – exame físico 1. Cor Cor normal = amarela devido ao urocromo, que é produto do metabolismo endógeno, que em condições normais é produzido constantemente 2. Volume Determina o estado de hidratação. Oliguria: redução do volume. - diarreia, vômitos, transpiração, queimadura, lesão renal grave, diminuição do fluxo sanguíneo para os rins. Anúria: cessação do fluxo urinário. Nictúria: aumento da excreção noturna. Poliúria: aumento do volume urinário diário (diabetes: uso de diurético). Enurese: habito involuntário de urinar durante o sono. Disúria: dor ao urinar. 3. Densidade Medida da densidade das substâncias dissolvidas na amostra. Varia de 1010 a 1025 dependendo da hidratação do paciente. Urinálise – tira reagente de urina A urina deve ser mergulhada na fita antes de centrifugar e aguardar 1 minuto para reagir. 1. Proteínas Capta a albumina. Em situações normais: negativo ou traços de albumina. 2. PH Entre 5,5 – 6,5, podendo ser toleradas variações entre 5-8. Variações do PH: desiquilíbrio ácido-base, mudança na concentração de determinados solutos, dietas especificas, casos de nefrolitiase (a depender da composição do cálculo). 3. Glicose DM: desde que esteja com valores bastante elevados de glicemia. Comprometimento tubular. 4. Corpos cetônicos ou cetonas: Resultado da metabolização incompleta de ácidos graxos que acontece quando o indivíduo não apresenta a quantidade adequada de carboidratos para gerar energia. Cetoacidose diabética, desnutrição entre outros. 5. Bilirrubina Normalmente não é excretada pela urina, mas sim pelas fezes. Na colestase, a bilirrubina se concentra na corrente sanguínea e há excreção renal, caracterizando bilirrubinúria (urina cor de Coca-Cola). 6. Urobilinogênio Resultado do metabolismo bacteriano da bilirrubina no intestino, sendo grande parte eliminada nas fezes e outra reabsorvida fisiologicamente e excretada na urina. Valores aumentados: constipação, excesso de bactérias intestinais ou hemólise excessiva. 7. Nitrito Nitrato convertido em nitrito pela ação de bactérias gram negativa. Sugere presença de bactérias, mas não é o suficiente para confirmas: precisa de urocultura ou urina do tipo 2. 3 Fernanda E. Bocutti T6 8. Hemoglobina (hemoglobinúria) Uma situação clínica que levaria à hemoglobinúria com ausência de hematúria seria a hemólise intravascular – pois apenas os componentes das hemácias seriam eliminados. Sedimentoscopia Observação, identificação e quantificação dos elementos no sedimento urinário. Após o exame físico e químico, deve centrifugar cerca de 10mL de urina em um tubo por 5 minutos. Após centrifugar, deixa-se no tubo apenas 1mL de sedimento. Cola-se 20 microlitros do sedimento em uma lâmina e assim faz-se a análise do sedimento. Para o exame quantitativo: observar 10 campos. 1. Leucócitos: Principalmente neutrófilos. Inflamação do trato geniturinário. - piócitos: leucócitos mortos encontrados no sedimento urinário. 2. Hemácias: hemorragia no trato urinário 3. Cilindros: são elementos do sedimento urinário formados pelas muco proteínas de TAMM-HORSFALL. Formados nos túbulos renais. Sua presença pode estar relacionada com doença renal. São estruturas cilíndricas formadas por concentração de material celular. Causada por fatores como a queda do PH urinário. 4. Cristais: formados pela precipitação de sais presentes na urina devido a variação de ph temperatura e da concentração urinaria. 5. Muco: estão presentes em baixas quantidades na urina normal, mas podem estar em altas quantidades quando há irritação do trato urinário ou inflamação. 6. Bactérias: a presença de bactérias acompanhada por piócitos é indicativa de ITU. 7. Leveduras: mais frequente em pacientes diabéticos, assim como também podem estar presentes na urina resultante de contaminação de origem cutânea ou vaginal. A cândida albicans é a mais comum. 4 Fernanda E. Bocutti T6 ITU Achados mais comuns: Piúria (> 5 piócitos/campo). Lembrar que existe piuria sem ITU. Cilindros leucocitários. Nitrito + (positivo)
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