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15 - Enterobacterias

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15 - En�e��b���er���
● Introdução:
As bactérias da família
Enterobacteriaceae tem como
característica principais:
➔ São bacilos Gram-negativos de
até 3 μm de comprimento;
➔ Fermentam a glicose e ampla
variedade de outros açúcares;
➔ São oxidase-negativo,
catalase-positivos, anaeróbios
facultativos que não formam
esporos;
Além disso, eles crescem bem em
ágar MacConkey porque não são
inibidos pelos sais biliares do meio.
Esses microrganismos entéricos
reduzem nitrato a nitrito, e algumas
espécies, notadamente a Escherichia
coli, fermentam a lactose.
As enterobactérias móveis possuem
flagelos peritríquios.
● Salmonella:
A Salmonella é um gênero da família
Enterobacteriaceae que leva a
doenças alimentares.
Elas são gram-negativas, anaeróbias
facultativas, não formam esporos e
têm forma de bastonetes curtos (1 a 2
um).
Sua distribuição ocorre na natureza
e o homem e os animais são seus
reservatórios.
Pode ter difícil diferenciação pela sua
ação na microbiota intestinal. Além
disso ,pelo seu formato são
indistinguíveis de E coli ao
microscópio.
A doença alimentar causada pela
Salmonella ocorre pela ingestão de
alimentos com doses significativas de
determinadas linhagens de
salmonelas. Elas podem estar em
águas contaminadas por material
fecal de contaminação por
salmonela.
Na maioria das espécies são móveis,
com flagelos peritríquos, com
exceção das espécies S. gallinarum e
S. pullorum , que não são móveis.
➔ Características:
A Salmonella fermenta a glicose,
produzindo ácido e gás, mas não
metaboliza a lactose e a sacarose.
A temperatura de crescimento é de,
mais ou menos, 37°C e a temperatura
mínima para o crescimento é de
cerca de 5°C.
Como esses microorganismos não
formam esporos, são considerados
termossensíveis, podendo ser
destruídos com facilidade a 60°C.
Há apenas duas espécies de
Salmonella, que são:
➔ S. entérica;
➔ S. bongori; que são divididas
em oito grupos.
A Salmonella tem uma estrutura
complexa de lipopolissacarídeos
(LPS), que origina o antígeno O.
➔ Salmonelose:
A infecção por salmonella pode levar
a reação inflamatória por enterite
fibrinopurulenta(inflamação no
intestino).
A bactéria S. typhi e a paratifóide
geram uma resposta generalizada e
produzem febre tifóide ou doenças
semelhantes em humanos.
Outras formas de salmoneloses
produzem sintomas mais
brandos.Quando a pessoa é
infectada pode excretar grandes
quantidades de Salmonella pelas
fezes durante o período da doença.
O número de salmonelas nas fezes
decresce, mas em alguns casos
excepcionais , podem ser
assintomáticos e durar por até três
meses.
Essa infecção pode levar a
consequências crônicas, como
artrites reativas pós-enterites, que
podem continuar por até 3 a 4
semanas após o início dos sintomas
agudos.
Quanto a salmonelas animais,
representadas pela espécie S.
typhimurium, podem produzir
infecções septicêmicas em animais
jovens e que vão se proliferam na
carne pos-mortem, levando a
intoxicações alimentares nos que a
ingerem
A S. typhimurium é caracterizada por
incubação curta (algumas horas) e
quadro de gastrenterite aguda, sem
estado de portador.
A espécie S. typhimurium é
referenciada com S enterica sorovar,
por ter diferente variedade de uma
determinada espécie de bactéria.
Os sintomas característicos de
doenças de origem alimentar
causadas por Salmonella
incluem:
➔ Diarréia;
➔ Náusea;
➔ Dor abdominal;
➔ Febre branda e calafrios;
➔ Fadiga muscular;
➔ Vômitos, dor de cabeça e
fraqueza;
➔ Nervosismo, sonolência;
Além das cascas de ovos, as gemas
também podem ser contaminadas
por S. enteritidis por meio de
infecção transovariana.
A bactéria proveniente do ânus
percorre o corpo até colonizar os
ovários. Depois, a S. enteritidis infecta
o ovo antes da formação da casca
protetora.
Um ovo não-fecundado infectado
pode levar a produtos derivados de
ovos contaminados, e os que forem
fecundados resultam em uma ave
enferma, com infecção sistêmica
que vai levar a carcaças
contaminadas.
As espécies S. typhi e S. paratyphi A,
B e C produzem a febre tifóide e
doenças parecidas em humanos.
Essa febre é uma doença que causa
risco de vida, onde o microrganismo
se multiplica no tecido submucoso
do epitélio do íleo e se espalha no
corpo por meio dos macrófagos.
Depois disso, vários órgãos internos,
como o baço e o fígado, ficam
infectados.
A bactéria infecta a vesícula biliar, o
fígado e o intestino, utilizando a bile
como meio de transporte. Se ela não
progride além da vesícula biliar,
então a febre tifóide não se
desenvolverá.
● E. coli:
A Escherichia coli tem como
características principais:
➔ Anaeróbios facultativos;
➔ Atingem a microbiota intestinal
de animais de sangue quente;
➔ São antígenos somáticos O,
antígenos flagelares H,
antígenos capsulares K;
➔ Fazem a Fermentam a glicose
com produção de ácido e gás, e
a maioria fermenta a lactose
com produção de ácido e gás.
➔ Fermentam também a lactose;
➔ Promove formação de colônias
cor de rosa no Ágar
MacConkey;
➔ Promove também colônias com
brilho metálico em ágar
EMB(Eosina-Miosina-Blue).
A presença de E coli nos alimentos
significa contaminação de origem
fecal.
➔ Diagnóstico:
Em caso de suspeita em animais
vivos, o material fecal, amostra de
sangue do animal deve ser enviado
para laboratório para diagnóstico da
infecção.
Em animais mortos,o conteúdo
intestinal, amostras de lesões
teciduais e , em ruminantes, o
conteúdo do abomaso de fetos
abortados devem ser submetidos a
exame laboratorial.
- Cultura: Deve ser feita em
placas de petri e caldos de
enriquecimento, e serão
inoculadas de forma aeróbia a
37°C por até 48 horas.
As subculturas são feitas com
caldo de enriquecimento em 24
e 48 horas.
Critérios para identificação dos
isolados:
1. Em água
verde-brilhante(cultivo):
Colônias e os meios são
vermelhos, que mostra
alcalinidade, em concentro
preto, que mostra produção de
H2S em ágar XLD.
2. Em colônias
suspeitas(subcultivo):
É feito por meio seletivo para
ágar-TSI e caldo lisina
descarboxilase. Nelas devem
ser examinadas após 18 horas
de incubação a 37°C para
estabelecer a identidade
bioquímica como salmonella.
A Escherichia coli é um
microorganismo indicadores, quando
presentes nos alimentos , vão indicar
a ocorrência de contaminação
existente de origem fecal. Esses
indicadores podem ser:
1. COLIFORMES TOTAIS: São
bactérias da família
Enterobacteriaceae que são
capazes de fermentar a lactose
com formação de gás em
incubação de 35-37ºC* por 48
horas.
Fazem parte desse grupo:
Escherichia, Enterobacter,
Citrobacter e Klebsiella. Dentre
eles, só a Escherichia tem
habitat apenas intestinal, por
isso os outros não são
indicativos de contaminação
somente fecal.
2. COLIFORMES FECAIS: São
bactérias da família
Enterobacteriaceae e podem
fermentar a lactose com
formação de gás em incubação
de 44 – 45.5°C por 48 horas.
Estes indicam contaminação
fecal recente em 35.5ºC.
➔ Patogênia:
As linhagens patogênicas de E.
coli são divididas pelos sintomas
clínicos com os mecanismos de
patogenicidade nos grupos:
1. EPEC;
2. EIEC;
3. ETEC;
4. EHEC;
5. EAggEC;
6. FEEC - sem comprovação
científica;
COLIBACILOSE NOS ANIMAIS –
ADAPTADO DE QUINN, 2005
1. EPEC:
➔ É a E. coli enteropatogênica
clássica (EPEC) que causa os
principais sintomas da diarréia
aquosa e a gastroenterite nas
crianças.
➔ Podem ter diversos tipos, como:
O26, O55, O86, O111, O114, O119,
O125, O126, O127, O128 ab, O142
e O158.
➔ As crianças recém nascidas e
lactentes jovens são os mais
afetados.
➔ Outros sintomas são:causa
vômitos, dores abdominais,
febre e diarréia aquosa
contendo muco, mas não
sangue.
➔ Tem duração de 6 horas a 3
dias;
➔ Patogenicidade: O
microrganismo coloniza as
microvilosidades de todo o
intestino, para formar lesão,
que é característica de ligação
ou desaparecimento nas
bordas da microvilosidade.
➔ A EFEC faz a destruição das
microvilosidades intestinais;
➔ No Brasil a EPEC é responsável
por 30% dos casos de diarréia
aguda em crianças pobres com
idade inferior a 6 meses.
Crianças com idade superior a
1 ano não são afetadas.
As criançassão mais propícias a ter
infecções por EPEC.
As EPECs tem capacidade de gerar
adesão na mucosa e destruição das
microvilosidades. O microrganismo
coloniza as microvilosidades de todo
o intestino para produzir a lesão
característica de "ligação e
desaparecimento" das bordas das
microvilosidades, dando forma de
escova e tem modelo de adesão de
forma DIFUSA.
A E. coli enteropatogênica (EPEC)
causa diarréia aquosa em crianças, e
ainda pode levar a vômitos, febre e
diarréia aquosa contendo muco, mas
não sangue.
2. EIEC
➔ E. coli enteroinvasiva (EIEC)
causa febre e diarréias
volumosa contendo muco e
sangue;
➔ As cepas de EIEC são capazes
de adentrar as células epiteliais
e causar manifestações clínicas
parecidas com a Shigella
(DISENTERIA);
➔ Sorogrupos: O21, O28 ac, O29,
O112c, O124, O136, O143, O144,
O152, O164, O167, O173;
➔ Sintomas: disenteria (passagem
frequente e muitas vezes
dolorosa de pequenas
quantidades de fezes que
contêm sangue, pus e muco),
cólicas abdominais, febre, mal
estar.
➔ Patogênese: A cepa invade e se
multiplica e invade também as
células vizinhas. A dose para
transmitir a infecção é alta,
varia de 106 a 108 células.
➔ Contaminação: Ocorre por
água e alimentos
contaminados.
➔ Transmissão: A via de
transmissão mais comum é a
interpessoal.
3. ETEC:
➔ E. coli enterotoxigênica (ETEC) é
conhecida como causadora da
diarreia dos viajantes.
➔ A ETEC pode produzir
enterotoxinas;
➔ Essa infecção causa diarréia
aquosa, parecendo uma água
esbranquiçada, e faz febres
baixas;
➔ Quando está em sua forma
grave, pode parecer cólera que
leva a desidratação.
➔ Patogênese: O microrganismo
coloniza as proximidades do
intestino delgado, e são
capazes de produzir
enterotoxinas. A dose para
transmitir a infecção também é
alta, de 106 a 108 células;
➔ De um modo geral, a infecção é
branda e restritiva;
➔ Contaminação: consumo de
água e alimentos
contaminados.
A bactéria penetra pelas fímbrias,
que são fatores de colonização que
ajudam o microorganismo a "driblar"
o sistema imune e propiciar a
colonização.
Depois de penetrado, o
microrganismo produz enterotoxina
termolábil (LT) e/ou enterotoxina
termoestável (ST), que causa diarréia,
normalmente, em crianças e viajantes
que vêm de países desenvolvidos e
vão para países em desenvolvimento.
A toxina lábil (LT) é inativada pelo
aquecimento em 60ºC por 30 min. Já
a toxina estável (ST) consegue
suportar 100Cº por até 30 min.
É importante lembrar que essas
toxinas não causam danos aos
tecidos.
A produção de toxinas tipo LT-I, ST-I,
ST-II, assim como os fatores de
colonização passam por codificação
por plasmídeos.
Outro ponto importante, é que a
produção de LT-II passa por
codificação pelos genes
cromossômicos.
4. EHEC:
➔ A E. coli entero-hemorrágica
(EHEC) causa, principalmente, a
colite hemorrágica;
➔ A Colite hemorrágica é um tipo
de gastroenterite, onde cepas
da E. coli infectam o intestino
grosso, produzindo uma toxina
(toxina de Shiga), levando a
diarréia sanguinolenta;
➔ Essa linhagem EHEC causa
diarréia sanguinolenta, colite
hemorrágica, síndrome urêmica
hemolítica e púrpura
trombótica trombocitopênica;
➔ Esse grupo inclui a E. coli
verotoxigênica(VTEC), também é
conhecida como E. coli
produtora de shigatoxina
(STEC) e os sorotipos O157,
O26:H11;
➔ A E. coli O157:H7 se diferenciam
das demais linhagens de E. coli
por crescer pouco ou até
mesmo não cresce a 44 °C,
além de não fazer fermentação
com sorbitol e não produz a
beta-glicuronidase;
➔ Há ainda outros sorotipos de
E. coli que são produtores de
verocitotoxinas, porém, os
exames de rotina para esses
microrganismos ainda não são
realizados;
➔ Patogênese - colite
hemorrágica:
- Principais sintomas: dores
abdominais muito fortes,
diarreia aguda e diarreia
sanguinolenta, porém, os
infectados não desenvolvem
quadro febril;
- O Período de incubação dura
em torno de 4 dias, já a
duração da doença é de 2 a 9
dias.
- A enterocolite poderá evoluir
para Síndrome urêmica
hemolítica - HUS, é um
distúrbio sério que ocorre em
crianças e ocorre a formação
de pequenos coágulos de
sangue por todo o corpo,
bloqueando o fluxo de sangue
para órgãos vitais como o
cérebro, o coração e os rins.
5. EAggEC:
➔ A E. coli enteroagregativa
(EAggEC) leva a casos de
diarréia aquosa frequente, e
ocorre principalmente em
crianças, durando em torno de
14 dias;
➔ A EAggEC se alinha em fileiras,
nos tecidos celulares e também
em lâminas. Esse formato é
definido como "empilhamento
como tijolos";
➔ O acordo nesse formato parece
ocorrer no cólon e não visto
nas regiões do íleo e no
duodeno;
➔ Essa linhagem tem ocorrência
em alimentos e também tem
casos de surtos de origem
animal, porém sem casos
relatos;
● Diagnóstico:
Para fazer ter um bom diagnóstico , é
preciso coletar espécimes, incluindo:
➔ Amostras fecais de animais
com doença entérica,
➔ Espécimes teciduais de casos
de septicemia,
➔ Leite vindo de animais com
relatos de mastite;
➔ Amostras de fluxo urinário
➔ Suaves cervicais de casos
suspeitos de piometra ou
metrite.
Os espécimes devem ser cultivados
em ágar-sangue e ágar MacConkey
são incubados de forma aeróbia por
24 a 48 horas a 37°C.
A identificação dos isolamentos é
definido por critérios, como:
➔ As colônias em ágar-sangue
são acinzentadas, redondas,
brilhantes e com odor
característico;
➔ As colônias podem ser
hemolíticas ou não-hemolíticas;
➔ As colônias em ágar
MacConkey são de cor rosa
forte;
➔ As colônias de algumas
linhagens de E. coli têm brilho
metálico em ágar EMB;
O Perfil bioquímico completo pode
ser importante para identificação de
isolamentos de mastite por coliforme
ou de cistite.
Os testes que podem ser feitos são:
teste de aglutinação em lâmina,
ELISA e PCR.