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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Para o desenvolvimento de um trabalho escolar que 
esteja permanentemente de portas abertas para a 
inclusão é interessante pensarmos sobre o momento que 
estamos vivendo hoje em termos de políticas 
educacionais. Ou seja, porque estamos sendo 
convidados a pensar sobre princípios da educação 
inclusiva. Perceber onde estamos e para onde queremos 
ir é fundamental para realizarmos esse percurso. 
Assim, se entendemos que a educação é o ato de 
introduzir os mais jovens em um mundo que os precede 
e está em constante mudança, configura-se um desafio 
constante: olharmos criticamente nossos pensamentos e 
ações para responder à questão: como estou 
apresentando o mundo comum para os recém-chegados 
no espaço público? 
Diferença como valor 
Nessa invenção humana de educar para um mundo 
humano, o adjetivo “inclusiva” talvez soe como 
pleonasmo. Mas podemos entendê-lo como um alerta, 
posto que sua presença qualifica a educação para 
reforçar que seu público-alvo são todas as crianças. 
Todas. Esse é o princípio ético-político fundamental que 
norteia as relações humanas no caminho para atingir 
nossa opção de construir uma sociedade mais justa e 
participativa. Ninguém de fora. 
 
Hoje sabemos e entendemos que todos somos 
diferentes. A diferença é o que, de certa forma, nos 
humaniza. Percebê-la como valor é um processo que se 
estabelece em todas as esferas da vida e que 
legitimamos individual e socialmente. A ideia de 
diferença como valor já está estabelecida desde a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Site 
externo. Ao apontar que o fundamento da liberdade, da 
justiça e da paz no mundo é o reconhecimento da 
dignidade inerente a todos os membros da família 
humana e de seus direitos iguais e inalienáveis. 
Na articulação desses dois princípios pode-se concluir 
que todos têm direito às condições de vida digna e às 
oportunidades de realizar seus projetos de vida. Então 
qual o papel da escola tendo a diferença como valor? 
O papel da escola 
Resumidamente, a escola como instituição social tem 
como tarefa a transmissão e a veiculação de saberes e 
práticas para todos (qualidade social). Por meio das 
relações de diálogo e da criação de vínculos e tendo a 
diversidade como valor, trabalha no sentido de romper 
com a lógica da exclusão e da homogeneização. Ou seja, 
seu papel principal é formar as crianças para a tarefa de 
renovar um mundo que está ainda repleto de situações 
de exclusão. Nessa perspectiva, são pressupostos que o 
processo de aprendizagem de cada criança é singular, 
que toda a criança aprende e que todas são importantes 
para o processo de construção de conhecimento no 
ambiente escolar. A educação inclusiva diz respeito a 
todas e todos! 
Os avanços nos marcos legais são inegáveis e apontam 
para a necessidade de mudar a escola para além de 
modelos “normatizantes” que são geradores de 
exclusão. A Declaração de Salamanca (1994) Site 
externo tem como diretriz que “as escolas regulares com 
orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes 
de combater atitudes discriminatórias e que alunos com 
necessidades educacionais especiais devem ter acesso à 
escola regular”. Na Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência (2006) Site externo, que não 
versa apenas sobre educação e sim sobre todos os 
direitos humanos, é apresentado um novo conceito de 
pessoa com deficiência. Ela diz que “são consideradas 
pessoas com deficiência aquelas que têm impedimentos 
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, 
podem obstruir sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdades de condições com as demais 
pessoas”. 
 
Esses dois exemplos explicitam qual é nossa opção 
enquanto sociedade: que é a escola que deve se abrir 
para atender estudantes com e sem deficiência e não 
somente àqueles que se adaptem a sua estrutura, dado 
que a deficiência é resultante da combinação entre 
barreiras existentes nessa mesma estrutura e 
impedimentos humanos. 
Somos diferentes, temos os mesmos direitos e a escola 
é para todos. Sabemos e concordamos com esses 
princípios. Entretanto, quando estamos envolvidos nas 
tarefas cotidianas na escola, às vezes nos sentimos 
impelidos a repetir repertórios e ferramentas com os 
quais nos sentimos mais seguros, pois fomos forjados a 
partir deles. Nesse sentido, vale dizer que os estudantes 
público-alvo da modalidade de educação especial estão 
em desvantagem porque em nossa formação foram raros 
os momentos que pudemos conviver e estudar com 
pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista 
(TEA) e altas habilidades ou superdotação. 
 
Dimensões da educação inclusiva 
Como sair dessa situação de repetição? Hoje estão à 
disposição inúmeros instrumentos para auxiliar na trilha 
da educação inclusiva. O Instituto Rodrigo Mendes Site 
externo, por adotar um conceito amplo de diversidade, 
criou uma metodologia de análise dos arranjos e 
situações escolares com foco em barreiras e 
potencialidades para subsidiar e apoiar a organização de 
uma ambiência educacional inclusiva. 
Composta por cinco aspectos estruturantes a serem 
considerados na compreensão de instituições sociais 
complexas como a escola, não pode ser entendida como 
modelo único a ser aplicado, posto que não se filia a um 
pensamento causa-efeito. Pode ser utilizada em 
momentos de planejamento, desenvolvimento e 
avaliação como orientadora na sistematização da análise 
de conjuntura e proposta de novas ações tendo em vista 
a efetivação da educação inclusiva. 
A dimensão das políticas públicas abrange as instâncias 
legislativa, executiva e judiciária, isto é, o conjunto de 
leis, diretrizes e decisões judiciais que buscam 
concretizar o direito à educação inclusiva em um 
determinado país ou território. No estudo sobre a 
realidade da qual fazemos parte, há que analisar qual é 
o conjunto de políticas públicas que organiza a proposta 
educacional. Por exemplo: hoje no Brasil estão 
estabelecidos a Política Nacional de Educação Especial 
na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) Site 
externo e o Plano Nacional de Educação (2014) Site 
externo, além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (1996) Site externo. Essa legislação, originária 
de diferentes órgãos, estabelece as diretrizes que cada 
educador deve conhecer. 
A dimensão da gestão escolar refere-se às diversas 
etapas de planejamento e desenvolvimento das 
atividades de direção de uma instituição de ensino. 
Abrange a construção dos projetos político-
pedagógicos, a elaboração dos planos de ação, a gestão 
dos processos internos da instituição e de suas relações 
com a comunidade. Saber como se organiza a 
instituição da qual fazemos parte é condição para propor 
mudanças e realizar ações de maneira plena. 
A dimensão estratégias pedagógicas refere-se às 
diversas etapas de planejamento e desenvolvimento das 
práticas voltadas ao ensino e à aprendizagem. Abrange 
as atividades do ensino regular, as ações destinadas ao 
atendimento educacional especializado e o processo de 
avaliação de todos os estudantes. Assim, ao estudar 
atentamente os pontos que compõe essa dimensão 
podemos responder à pergunta se de fato estamos 
trabalhando na perspectiva da educação inclusiva. Caso 
a resposta seja negativa, é sempre possível acertar a rota 
e replanejar ações. 
A dimensão famílias refere-se às relações estabelecidas 
entre a escola e as famílias dos educandos. Abrange o 
envolvimento da família com o planejamento e o 
desenvolvimento das atividades escolares e análise das 
relações estabelecidas. Se percebemos que as famílias 
não respondem a nossos chamados, por vezes 
precisamos entender quais são os pressupostos que 
estão na base desse não-diálogo para nos sentirmos mais 
seguros no sentido de propor alterações. 
Por último, a dimensão parceriasrefere-se às relações 
estabelecidas entre a escola e os atores externos à 
instituição que atuam para dar apoio aos processos de 
educação inclusiva. Tais atores podem ser pessoas 
físicas ou jurídicas e abrangem as áreas da educação 
especial, da saúde, da educação não-formal, da 
assistência social e outros. Entender essas alianças ou a 
falta delas é fundamental para que a escola de fato possa 
traçar estratégias na direção de se fortalecer como uma 
instituição que pertence ao território no qual ela está 
geograficamente localizada. 
As áreas de intersecção entre as dimensões indicam a 
interdependência entre elas e são permeadas por temas 
transversais, como conteúdo curricular, formação de 
educadores, infraestrutura, acessibilidade, tecnologia 
assistiva etc. 
Ter essas dimensões como pilares para estudar a escola 
na qual realizamos nosso trabalho cotidiano pode 
auxiliar no distanciamento necessário para que 
consigamos conhecer melhor e reorientar nossas ações, 
qualificando o trabalho institucional para reafirmar 
possibilidades a partir da singularidade de cada pessoa 
em cada contexto, com planejamento e avaliação 
voltados para o bem comum, a construção da autonomia 
e a participação plena. 
Se a educação tem como objetivos desenvolver as 
potencialidades e capacidades, preparar para o exercício 
laboral e para ser cidadã(o), é imprescindível romper 
com os preconceitos e compreender as diferentes 
características como valor e não como problemas a 
serem sanados. Os princípios não são negociáveis. As 
atitudes sim, são passiveis de mudança. Esse é o desafio. 
Atuar no campo educacional a partir dos princípios da 
inclusão é uma chance que os educadores têm de 
reorganizar as escolas com o objetivo de garantir e 
qualificar socialmente o acesso de todas e todos às 
oportunidades educacionais e sociais. Os desafios 
aparecem nas relações entre pessoas diferentes 
convivendo no espaço comum. Fazer a escola para 
todos é aceitar o desafio de reinventar cotidianamente o 
mundo em que vivemos! 
 
O que é Educação Inclusiva? 
Educação Inclusiva pode ser compreendida como uma 
reviravolta institucional que consiste no fim do iguais x 
diferentes, normais x deficientes. 
Educação Inclusiva é uma educação voltada para a 
cidadania global, plena, livre de preconceitos e que 
reconhece e valoriza as diferenças. 
Sim. Valorizar as diferenças é a chave. 
As diferenças sempre existiram. Na educação inclusiva 
elas precisam ser reconhecidas e valorizadas, sem 
preconceito. 
A inclusão prevê a inserção escolar de forma radical, 
completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção, 
devem frequentar as salas de aula do ensino regular. 
Isso mesmo, na educação inclusiva todos os alunos 
devem fazer parte da escola comum. 
Radical? Sem dúvida. 
O radicalismo da inclusão vem do fato de exigir uma 
mudança de paradigma educacional. É o fim da 
subdivisão Ensino Especial x Ensino Regular. As 
escolas inclusivas atendem às diferenças sem 
discriminar, sem trabalhar à parte com alguns alunos, 
sem estabelecer regras específicas para se planejar, para 
aprender, para avaliar. 
O próximo passo é entender que educação especial não 
é educação inclusiva. 
Qual é a diferença entre Educação Especial e Educação 
Inclusiva? 
A diferença está no termo INCLUSIVA. 
Segundo a psicóloga Marina Almeida, no “Manual 
Informativo sobre inclusão: informativo para 
educadores”, podemos definir educação especial e 
educação inclusiva da seguinte forma: 
Conceito de Educação Especial: 
Educação especial é uma modalidade de ensino que visa 
promover o desenvolvimento das potencialidades de 
pessoas portadoras de necessidades especiais, condutas 
típicas ou altas habilidades, e que abrange os diferentes 
níveis e graus do sistema de ensino. 
Ou seja, uma modalidade de ensino para pessoas com 
deficiência ou altas habilidades. 
Conceito de Educação Inclusiva: 
Na escola inclusiva o processo educativo deve ser 
entendido como um processo social, onde todas as 
crianças portadoras de necessidades especiais e de 
distúrbios de aprendizagem têm o direito à 
escolarização o mais próximo possível do normal. 
Ou seja, uma modalidade de ensino para todos. 
 
Educação Especial e Inclusiva 
Não existem alunos sem deficiência na educação 
especial. Já na educação inclusiva todos os alunos com 
e sem deficiência tem a oportunidade de conviverem e 
aprenderem juntos. É o que Mantoan chamou de 
cidadania global, plena, livre de preconceitos e que 
reconhece e valoriza as diferenças. 
A inclusão promove a diversidade. 
A ideia da inclusão é mais do que somente garantir o 
acesso à entrada de alunos e alunas nas instituições de 
ensino. O objetivo é eliminar obstáculos que limitam a 
aprendizagem e participação discente no processo 
educativo. 
Agora, um ponto importante. 
Você deve ter notado que a Marina Almeida usou o 
termo “pessoas portadoras de necessidades especiais”. 
Isso porque o artigo dela foi escrito em 2002. De alguns 
anos para cá a comunidade acadêmica (o governo 
brasileiro também) tem se posicionado em relação à 
terminologia. 
Seria “pessoa portadora de necessidade especial” ou 
“pessoa com deficiência”? Qual o correto? Para você 
não errar, vamos explicar isso no próximo tópico. 
Qual o termo correto para deficientes? 
Desde 2006 o termo correto é PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA. 
Não use pessoa portadora de necessidades especiais, 
pessoa com necessidades especiais, ou qualquer outro 
termo. 
O termo “pessoas portadoras de necessidades 
especiais” está em desuso. 
No texto aprovado pela Convenção Internacional para 
Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das 
Pessoas com Deficiência, em 2006, estabeleceu a 
terminologia mais apropriada: pessoas com 
deficiência. Vamos entender o motivo. 
Há uma associação negativa com a palavra “deficiente”, 
pois denota incapacidade ou inadequação à sociedade. 
A pessoa não é deficiente, ela tem uma deficiência. 
Não usar o termo necessidades especiais. 
É importante combatermos expressões que tentem 
atenuar as diferenças, tais como: “pessoas como 
capacidades especiais”, “pessoas especiais “e as mais 
famosas de todas: pessoas com necessidades especiais”. 
As diferenças têm de ser valorizadas, respeitando-se as 
necessidades de cada pessoa. 
 
Não usar o termo portador. 
A condição de ter deficiência faz parte da pessoa. A 
pessoa não porta uma deficiência ela “tem uma 
deficiência”. 
A realidade da Educação Inclusiva no Brasil 
Quem é o Público Alvo da Educação Especial? 
O PNE considera público alvo da Educação especial na 
perspectiva da Educação inclusiva, educandos com 
deficiência (intelectual, física, auditiva, visual e 
múltipla), transtorno global do desenvolvimento (TGD) 
e altas habilidades. 
Repare que citei o termo “TGD”. A partir de 2013, com 
o DSM-V, o termo TGD está sendo substituído por 
Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou apenas 
Autismo. 
Se o aluno apresentar necessidade específica, 
decorrente de suas características ou condições, poderá 
requerer, além dos princípios comuns da Educação na 
diversidade, recursos diferenciados: 
O estudante poderá beneficiar-se dos apoios de caráter 
especializado, de acordo com suas necessidades. No 
caso de: 
Deficiência Visual e Auditiva: o ensino de linguagens e 
códigos específicos de comunicação e sinalização (ex: 
LIBRAS, Braille); 
Deficiência Intelectual: mediação para o 
desenvolvimento de estratégias de pensamento (Ex: 
comunicação alternativa); 
Deficiência Física: adaptações do material e do 
ambiente físico (ex: cadeiras, tecnologia assistiva); 
Transtorno Global do Desenvolvimento (autismo): 
estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do 
comportamento (ex: ABA, TEACCH, comunicação 
alternativa); 
Altas Habilidades: ampliação dos recursos educacionais 
e/ou aceleração de conteúdos. 
O que faz um professor de apoio? 
Esse profissionalacompanha o aluno com deficiência 
na sala de aula comum, ajudando a fazer uma ponte 
entre o AEE e a escola. 
No caso de um aluno com deficiência visual, por 
exemplo, o professor de apoio irá ajudar o aluno com o 
braille dentro da sala de aula comum. 
 
De acordo com a Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional) já havia previsto a figura 
dos profissionais especializados nos seguintes termos: 
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos 
educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: 
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e 
organização específicos, para atender às suas 
necessidades; 
(…) 
III – professores com especialização adequada em nível 
médio ou superior, para atendimento especializado, bem 
como professores do ensino regular capacitados para a 
integração desses educandos nas classes comuns; 
Por isso é importante que o professor de apoio tenha 
uma formação profissional específica para as 
necessidades do aluno que irá atender. 
Se o aluno é autista, esse professor de apoio deve 
entender de autismo e métodos de intervenção como o 
ABA, por exemplo. 
Ou seja, a educação inclusiva não é a escola comum 
sozinha, mas uma parceria entre a escola comum, o 
professor de apoio e o atendimento educacional 
especializado: 
Projeto Político Pedagógico na Perspectiva da 
Inclusão 
O projeto político pedagógico – PPP – de uma escola é 
o instrumento orientador, que define as relações da 
escola com a comunidade na qual está inserida e vai 
atender. 
É o projeto pedagógico que orienta as atividades 
escolares revelando a concepção da escola e as 
intenções da equipe de educadores. 
Com base no projeto pedagógico a escola organiza seu 
trabalho; garante apoio administrativo, técnico e 
científico às necessidades da Educação inclusiva; 
planeja suas ações; possibilita a existência de propostas 
curriculares diversificadas e abertas; flexibiliza seu 
funcionamento; atende à diversidade do alunado; 
estabelece redes de apoio, que proporcionam a ação de 
profissionais especializados, para favorecer o processo 
educacional. 
Não basta que a escola receba a matrícula de alunos com 
deficiência, é preciso que ofereça condições para a 
operacionalização desse projeto pedagógico inclusivo. 
A inclusão deve garantir a todas as crianças e jovens o 
acesso à aprendizagem por meio de todas as 
possibilidades de desenvolvimento que a escolarização 
oferece. 
As mudanças são imprescindíveis, dentre elas a 
acessibilidade da infraestrutura; a introdução de 
recursos e de tecnologias assistivas; a oferta de 
profissionais de apoio, formas de avaliação, currículo 
adaptado entre outras coisas. 
É na sala de aula que acontece a concretização do 
projeto pedagógico – elaborado nos diversos níveis do 
sistema educacional. 
Vários fatores podem influenciar a dinâmica da sala de 
aula e a eficácia do processo de ensino e aprendizagem. 
Planejamentos que contemplem regulações 
organizativas diversas, com possibilidades de 
adequações ou flexibilizações têm sido uma das 
alternativas mais discutidas como opção para o 
rompimento com estratégias e práticas limitadas e 
limitantes. 
Dentre todos os fatores, parece unânime entre os 
especialistas, que a formação de professores para a 
inclusão é primordial. 
Os 3 maiores desafios da Educação Inclusiva 
1º) Fortalecer a formação dos professores: para entender 
a inclusão, os direitos do aluno e os deveres da escola e 
do Estado, estabelecendo assim alvo, uma meta a ser 
alcançada, tanto para o professor quanto para a escola. 
Todos precisam entender porque a diversidade é 
importante, que é sim possível incluir e onde, quando, 
como, com que e com quem devemos ajudar nossos 
alunos. 
2º) Criar uma rede de apoio: entre alunos, docentes, 
gestores escolares, famílias e profissionais 
especializados (fisioterapeutas, psicopedagogos, 
psicólogos, fonoaudiólogos, médicos etc). Todos 
devem estar envolvidos no processo, trabalhando como 
uma equipe para proporcionar ao aluno a melhor 
experiência escolar (e de vida) que ele possa ter. 
3º) Reestruturação: eliminação das barreiras 
arquitetônicas (físicas) e barreiras no currículo 
(pedagógicas), como propostas curriculares 
diversificadas, flexíveis e abertas. Para isso é preciso 
entender também as possibilidades das tecnologias 
assistivas. 
São muitos os desafios da educação inclusiva que 
precisam ser enfrentados, mas as iniciativas e as 
alternativas realizadas pelos educadores são 
fundamentais. 
Qual é a diferença entre Educação Especial e 
Inclusiva? 
A diferença está no termo INCLUSIVA. 
Na educação especial, o ensino é totalmente voltado 
para alunos com deficiência. Já na educação inclusiva, 
todos os alunos com e sem deficiência têm a 
oportunidade de conviverem e aprenderem juntos. 
A ideia da inclusão é mais do que somente garantir o 
acesso à entrada de alunos nas instituições de ensino. O 
objetivo é eliminar obstáculos que limitam a 
aprendizagem e participação no processo educativo. 
No caso das instituições especializadas, os professores 
possuem formação complementar e, em geral, há 
equipamentos para atender algumas demandas dos 
alunos. 
Assim, os objetivos da educação especial são os 
mesmos da educação em geral. O que difere, entretanto, 
é o atendimento, que passa a ser de acordo com as 
necessidades individuais de cada aluno. 
 
Vale lembrar que a diversidade, em si, não caracteriza 
uma Educação Inclusiva. Uma escola pode ser um 
espaço diverso, que acolhe crianças com diferentes 
vivências e realidades, mas ela só será inclusiva se 
desenvolver um senso de pertencimento e de 
participação entre os seus alunos.

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