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Feridas cutâneas em equinos

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Manejo e tratamento de feridas em equinos
Ao falarmos de ferida, devemos tentar mantê-la limpa antes de acontecer, e após o acontecimento. Devemos pensar nas estruturas e biomecânica do aparelho locomotor.
Feridas crônicas e processo infeccioso envolvido (Entender os mecanismos de reparação tecidual)
 Regeneração: trata das lesões de pele parcial onde não há perde tecidual significativa (abrasoes e erosões)
 Reparo: lesões completas de pele (incisões e lacerações), nesse caso, há formação do tecido afuncional, a cicatriz, com objetivo da integridade tecidual, que devolve a homeostase daquele tecido (não já glândulas, não há vida)
 Fases da cicatrização: Inflamatória, proliferativa e remodelamento, onde, todas as fases ocorrem, basicamente, ao mesmo tempo, talvez uma ou outra fase esteja mais perceptível.
Fase inflamatória: há resposta vascular (vasoconstrição, coagulação, citocinas inflamatórias e permeabilidade vascular), para parar o sangramento
Resposta celular (neutrófilos, macrófagos e mastócitos)
Fase proliferativa: há formação do tecido de granulação formado principalmente por fibroblastos e miofibroblasto, resposaveis por produzir matriz extracelular. Esse tec de granulação não tem inervação, sendo completamente insensível. Enquanto isso, os vasos sanguíneos nutrem o tecido 
Fase de remodelamento: Epitalização, inicial em 24 a 48h após o trauma, visível a partir do 5 ou 6 dia, responsável pela manutenção da homeostase 
Fase de contração: tornar a ferida menor, facilitando o acontecimento da epitalização, assim, o epitélio pode trabalhar menor cobrindo a ferida, o principal mecanismo dessa fase de contração são os miofibroblasto
O que tomar como parâmetro na escolha?
Tamanho, profundidade, localização, grau de contaminação, o tempo, o grau de irrigação sanguínea do local de ferimento
Primeira intenção: reconstrução por sutura. Recomendado para feridas recentes, desde que tenha baixo grau de contaminação que possam comprometer algo (6hrs, varia de literatura), o local deve ter pouca mobilidade e pouca tensão (perdas grandes de tecido não pode), os cuidados básicos de limpeza devem ser feitos, porém, as férias exigem menos manejo no período pós operatório. 
>Materiais essenciais: porta agulha, pinça anatômica, fio de sutura (absorvível e inabsorvível) e tesoura
>Materiais não essenciais: sondas (lavagem da ferida ou quando existe produção excessiva de seroma) dreno (tubo de borracha que dentro há uma gaze, serve para absorver o seroma e eliminando essas secreções para fora da ferida, os drenos não devem ser mantidos mais de 48h, se não, se tornam foco de bactérias) e os captons (aumenta o diâmetro da estrutura que esta em contato com a pele, diminuindo a tensão que o fio faz sobre a pele)
Complicações
-Deiscência/necrose: devido o material inadequado (fio, mobilidade, ou fio agressivo), padrão inadequado (quando fechamos a pele em um local com ponto e tensão), tensão inadequada (de mais, abre, de menos, pode entrar bactérias), acúmulo de seroma, contaminação durante a ferida ou por falta de cuidado pós operatório ou excesso de movimentação 
Segunda intenção: cicatrização natural
Fecha naturalmente. Eletivo em áreas com muita movimentação, como, peito e extremidades dos membros (possui pouca dobra, por isso mais tensão); De muitas horas ou muitos dias; Feridas com alto grau de contaminação, com secreção purulenta; Exige maior manejo 
Complicações: contaminação, miíase, granulação exuberante e ferida crônica
Primeira intenção tardia 
A primeira intenção não ocorreu de maneira correta, é feito tratamento do tecido, retirando todo o que estiver necrosado, infeccionado etc, e deixando tecidos sadios (ultilização dos captons)
Tratamento pós intervenção:
-Limpeza: pensar no equilíbrio osmótico
 *primeira intenção: solução fisiológica e antibiótico tópico 
 *segunda intenção: água e sabão neutro/antisséptico, antibiótico tópico e repelente/larvicida. (sprays X curativo!!!!)
Terapia tópica
Primeira intenção: antibiótico regional e sistêmico
 *anti-inflamatório e soro antitetânico: nos da impregnação tecidual
 *perfusão local, o garrote precisa ser deixado por pelo menos 30 minutos, tratando um membro, não ocorre hipoxemia grave, mas é importante que, o paciente esteja sedado (deve ser feito cultura antibiograma, com uso da micacina
Segunda intenção: clorexidine, nitrofurazona, óleo de rícino, própolis, barbatimão, aloe vera
Em feridas com suspeita de contaminação por bactérias anaeróbicas: água oxigenada que pelo caustico causa irritação 
-A glicerina serve de veículo para o iodo, ressecando a ferida
-Sulfato de cobre necrosa o tecido
-Sulfato de zinco para feridas do tipo assaduras 
Proteger a ferida
*materiais aderentes: algodão (evitar colocar em contato com a ferida), gaze (pode entrar em contato pois não deixa resíduo)
*materiais não aderentes: algodão não aderente
*hidrofílico: recomendado para feridas com secreção utilizando polímeros de dextrose e alginato de cálcio 
*Membranas biológicas: placenta, peritônio, a membrana amniótica já foi usada em segunda intenção com curativo a cada 3/4 dias lavando a solução fisiológica para lavagem das membranas, e mergulhar a membrana em 90% de glicerina e depois no soro para reidratação
Conclusão
Existem diversas formas de tratamento, principalmente identificar o estágio da cicatrização e reconhecer o momento de mudar a estratégia 
Em feridas de orelha após miíase: líquido de jeito nenhum, algo pastoso em pequena quantidade, para não correr o risco do calor do corpo derreter a pomada, pomadas de antibióticos em pequena quantidade para fazer um filme sobre a ferida 
*Em neonatos: a pele do potro normalmente é mais flexível 
*O açúcar, pelo seu efeito osmótico, desidrata as bactérias controlando a contaminação e estimulando a granulação. Não podemos exagerar na utilização

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