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Victória Portela Pereira Sífilis Geral Clínica Diagnóstico Tratamento Notificação compulsória (sexual e congênita) HPV, clamídia, gonococo e treponema houve uma explosão de casos no mundo Metas agressivas da OMS até 2030: redução em 90% e aumento da cobertura vacinal do HPV HIV muda o curso da doença Pandemia global com aumento dos casos em todas as regiões e em todos as faixas etárias e grupos, e até neonatal Complicações da forma neonatal: abortamento, prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoce ou tardias e/ou morte do RN Enfermidade sistêmica que pode ter disseminação hematogênica, com cronicidade (SNC, CV e visão) Agente facilitador de HIV – presença de TCD4 e CD8, monócitos ativados, macrófagos e células dendríticas com receptores do vírus Sem vacina e com reinfecção Agente infeccioso: Treponema pallidum Espiroqueta, 100% sensível à penicilina Alta patogenicidade Pode ser identificada por pesquisa direta (Campo escuro) Não cresce em cultura Importante, ao diagnóstico, colher demais sorologias. Idealmente convocar parceiros, se possível Obs: gestantes com VDRL ≥ 1:8 já podem ser tratadas sem confirmação prévia de teste treponemico. Primária o Cancro (PI 10-90 dias) em qualquer topografia, depende do acometimento sexual: indolor, adenomegalia genital associada, ulcerada, base exsudativa o Tende a desaparecer em 4 semanas, sem deixar cicatrizes Secundária – decorre da disseminação hematogênica o Toda erupção cutânea sem causa determinada deve ser investigada para sífilis (roséola, placas mucosas, siiflides papulosas, condiloma plano) o P1: 1-6 meses o Rash, podendo ser maculopapular, principalmente palmoplantar o Febre, adenomegalias, alopecia, sd mono-like, madarose, rouquidão o 30-40% dos casos com acometimento de SNC o Pode entrar em período de latência, onde não haverá sintomas: precoce – menos de 1 ano da infecção, tardia - > 1 ano Terciária o Pode ocorrer de 2-30 anos após a infecção primária o Decorre de uma reação inflamatória o Acometimento de SNC (tabes dorsalis), sistema cardiovascular (principalmente acometimento da aorta) o Cutâneas: lesões gomosas e nodulares, de caréter destruitivo o Ósseas: periostite, osteíte gomosa ou esclerosante, artrites, sinovites e nódulos justa-articulares; o CV: estenose de coronárias, aortite, aneurisma de aorta, o Neurológicas: meningite, gomas no cérebro/medula, atrofia NO, lesão VII PC, manifestações psiquiátricas, tabes dorsalis, quadros demenciais Neurossífilis o Durante disseminação hematogênica pode invadir SNC, a qual pode ser clareada ou então meningite persistente ou neurossífilis assintomática recente. Muito comum em pacientes HIV+ o Neurossifilis sintomática recente: meningite sintomática, lesão meningovascular o Neurossifilis sintomática tardia: paresia global, tabes dorsalis o Pode aparecer em qualquer fase de infecção pelo treponema, apesar de ser em estágio mais tardios. NÃO sendo a mesma coisa que terciária Obs: uveíte é a principal clínica ocular As lesões inciiais apresentam maior taxa de contágio, por maior presença de treponemas Testes diretos o Campo escuro: baixo rendimento (se negativo, NÃO afasta diagnóstico, demandando sorologia). Tende a ser o PO Testes imunológicos o Treponêmicos: FTA-abs, THPA, teste rápido 1º a positivar Marca contato com a bactéria Positivo para vida toda o Não treponêmicos: VDRL e RPR Mensura atividade da doença Titulável (qnt maior denominador, maior atividade) Usado para monitorar a infecção Podemos triar um paciente com teste rápido treponêmico (pronto em 30 min); se positivo, demanda complementação com VDRL S 94,5% e E 93% Não marcam atividade, apesar de fácil execução Indicação de tto ao teste rápido positivo sem confirmar VDRL: gestantes, casos de violência sexual, chance de perda de seguimento, sinais/sintomas de sífilis 1ª e 2ª ainda assim colher VDRL Quando colher LCR? o Na presença de sintomas neurológicos, queda errática de VDRL (não cair o esperado pós tto), ocular, HIV+ e CD < 350 ou VDRL > 1/32 Diagnóstico neurossífilis o VDRL reagente no LCR; o VDRL não reagente mas com alterações bq no LCR sem outra causa e/ou presença de sinais e sintomas não explicados por outra doença Até então não tem histórico de resistência à penicilina pelo Treponema Prestar atenção em caso de alergias o Doxiciclina e azitromicina são as escolhas em caso de alergia, porém tem resistência descrita Cuidado com reinfecção – aumente de 2 títulos de VDRL no seguimento Controle do tratamento – queda de 2 títulos de VDRL em 6 meses Sífilis 1ª, 2ª e latente precoce o Escolha: Pen G benzatina 2,4 milhões UI, IM, DU (1,2 milhões UI em cada glúteo) o Alternativo: doxiciclina 100 mg, VO, 2x/dia, por 14 dias (CI gravidez); ceftriaxona 1-2 g/dia, IM ou IV por 10-14 dias; Latente tardia o Escolha: Pen G benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x/sem, por 3 sem o Alternativo: doxiciclina 100 mg, VO, 2x/dia, por 4 sem (28 dias); ceftriaxona 2g/dia, IM ou IV por 10- 14 dias; Neurossífilis o Escolha: Pen G cristalina 3-4 milhões UI, IV, 4/4h, por 10-14 dias o Alternativa: ceftriaxona 2g/dia, IV, por 10-14 dias o Desaconselhado: Pen G procaína, 2,4 milhões UI, IM, diário + Probenecide 500 mg, VO, 4x/dia, por 10-14 dias Retratamento o Ausência de redução da titulação em 2 diluições no intervalo de 6 meses ou 12 meses após tratamento adequado o Queda do título, porém com persistência ou recorrência dos sinais e sintomas Sorofast: cai a titulação esperada, mas VDRL ainda permanece alto e estável NÃO precisa retratar Obs: lembrar que pode ter alergia cruzada entre penicilina e cefalosporina, sendo melhor usar a doxiciclina Victória Portela Pereira Entretanto, se <, deve ser realizado teste treponêmico o Alterações BQ LCR: celularidade > 25 céls, ou proteínas > 150 Reação de Jarisch-Herxheimer o Quadro febril após tratamento que ocorre devido a lise dos treponemas pela droga, liberando produtos tóxicos ou sensibilizados para hospedeiro (tremor, calafrios, exacerbação das lesões cutâneas) o Mais comumente descrita em associação ao tratamento penicilínico o Tratamento: antitérmicos o De evolução benigna, importante NÃO suspender tratamento
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