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Estrutura e Função da Membrana Plasmática

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ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
Histologia 
-Citoplasma 
-Núcleo 
-Membrana Plasmática 
 
 
Membrana plasmática 
 
 Composta por duas camadas de moléculas de 
fosfolipídios(bicamada lipídica),as membranas 
também contém outros lipídios como glicolipídios 
e colesterol. 
 As membranas apresentam moléculas 
proteicas que se inserem parcial ou 
totalmente na membrana, essas proteínas 
podem fazer a troca de íons na célula e outras 
atuam como receptores de hormônio, podem 
também exercer outras funções de (canais de 
transporte). 
 Uma função importante da membrana 
plasmática é a manutenção da constância do 
meio intracelular, que é diferente do líquido extra 
celular. 
 As proteínas da membrana podem ser divididas 
em grupos: 
 -Proteínas integrais estão diretamente 
incorporadas na estrutura da membrana. Ex: 
proteínas transmembrana. Essas por sua vez se 
dividem em proteínas de passagem única e 
proteínas de passagem múltipla. 
- Proteínas periféricas estão apenas fracamente 
associadas à membrana. 
 Distribuição das proteínas em mosaico na 
bicamada lipídica da membrana plasmática deu 
origem ao modelo do mosaico fluido. 
 As proteínas da membrana são sintetizadas no 
retículo endoplasmático granuloso, completadas 
no complexo de Golgi e transportadas para a 
superfície celular em vesículas. 
 A superfície externa da membrana é recoberta 
por tuna camada mal delimitada, rica em hidratos 
de carbono, o glicocálice que participa do 
reconhecimento entre as células e da união das 
células umas com as outras e com as moléculas 
extracelulares. 
 Tipos de trocas entre o meio extracelular e a 
membrana: 
Difusão passiva: Quando essa travessia não 
consome energia. 
Transporte ativo: Quando consome energia 
Transporte facilitado: Quando a transferência 
se realiza com a participação de proteínas 
carreadoras localizadas na membrana, mas sem 
gasto energético. 
 A entrada na célula de macromoléculas e de 
partículas maiores ocorre em bloco, por meio de 
processos que envolvem modificações visíveis na 
membrana plasmática. Essa entrada de material 
em quantidade denomina-se endocitose. 
Há três variedades de endocitose: pinocitose de 
fase fluida, endocitose mediada por 
receptores e fagocitose. 
 Pinocitose de fase fluida: se formam pequenas 
invaginações da membrana, que envolvem o 
fluido extracelular e as substancias nele contidas. 
As vesículas de pinocitose são puxadas para a 
profundidade do citoplasma e, na maioria das 
vezes, fundem-se com lisossomos. 
 Endocitose mediada por receptores: A 
superfície celular contém receptores para 
diversas moléculas, como hormônios proteicos e 
lipoprotelnas de baixa densidade (LDL, low 
 ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
density lipoproteins). Esses receptores podem 
estar espalhados por toda a superfície da célula 
ou localizados em áreas restritas, denominadas 
fossetas cobertas. A molécula que tem grande 
afinidade para determinado receptor é o seu 
ligante. A união do ligante com o receptor ativa 
moléculas do citoesqueleto; caso os receptores 
estejam afastados, eles são movimentados na 
bicamada lipídica, concentrando-se em pequena 
área da membrana. A cobertura da fosseta, que 
se localiza na face citoplasmática da membrana, 
compõe-se de várias proteínas, principalmente 
clatrina. A clatrina e proteínas associadas 
formam uma malha de hexágonos e pentágonos. 
Arrastadas pelos filamentos do citoesqueleto, as 
fossetas cobertas se destacam da membrana 
plasmática e formam as vesículas cobertas. 
 As vesículas cobertas, logo que penetram no 
citoplasma, perdem o revestimento de clatrina e 
se fundem com os endossomos, um sistema de 
vesículas e túbulos localizados no citosol. Em 
conjunto, eles formam o compartimento 
endossomal. A membrana de todos os 
endossomos contém bombas de H• que, 
acionadas pela energia de ATP, acidificam o 
interior dessa organela (cisternas endossomais). 
Bombas são proteínas transmembrana 
transportadoras de íons ou moléculas. As 
moléculas de clatrina que se separam das 
vesículas cobertas são levadas para a face 
interna da membrana plasmática, sendo 
reutilizadas. 
 As moléculas contidas nos endossomos podem 
seguir mais de uma via. Os receptores separam-
se de seus ligantes em razão da acidez do 
endossamo e podem retornar à superfície celular 
para serem reutilizados. Um exemplo são os 
receptores para as lipoprotelnas de baixa 
densidade ou LDL (ricas em colesterol), que são 
utilizados diversas vezes. Os ligantes, 
geralmente, são transferidos para os 
endossomos mais profundamente situados no 
citoplasma (late endosomes). Em contrapartida, 
em alguns casos o ligante é devolvido ao meio 
extracelular para ser utilizado novamente. 
Algumas vezes, o complexo do ligante com o 
receptor passa dos endossomos para os 
lisossomos, nos quais são destruídos pelas 
enzimas lisossomais. 
Fagocitose: A fagocitose é um processo que 
depende da ligação da partícula com 
receptores da superfície celular. O ligante 
aderido ao receptor promove modificações na 
camada citoplasmática localizada logo abaixo da 
membrana, denominada camada cortical. Por 
exemplo, quando uma bactéria invasora se 
prende à membrana do macrófago, esta célula 
emite prolongamentos laminares, chamados 
pseudópodos, que se estendem sobre a bactéria 
e acabam por englobá-la em um vacúolo 
intracelular, o fagossomo. 
 O complexo ligantereceptor desencadeia um 
processo mediado por Ca2• que ativa a proteína 
gelsolina e transforma o gel cortical em um sol, 
tomando possível que a célula emita os 
pseudópodos da fagocitose. As bordas dos 
pseudópodos se fundem, formando o fagossomo. 
 Exocitose consiste na fusão de vesículas 
citoplasmáticas com a membrana plasmática e na 
expulsão do conteúdo da vesícula para fora da 
célula, sem que haja ruptura da superfície celular. 
Assim, na exocitose a superfície celular ganha 
membrana, e na endocitose, perde. As porções 
de membrana retiradas pela endocitose retomam 
à membrana plasmática pela exocitose, 
formando-se um fluxo de membrana. 
-Captação de sinais 
 As células dos organismos multicelulares se 
comunicam para organizar o crescimento dos 
tecidos e a proliferação mitótica e coordenar as 
funções dos diversos órgãos. 
Muitas células podem estabelecer junções 
comunicantes que possibilitam a troca de íons e 
pequenas moléculas entre células contíguas. 
Pelos canais das junções comunicantes, 
moléculas sinalizadoras passam diretamente de 
uma célula para a outra, sem atravessar o meio 
extracelular. 
Tipos de sinalização: 
sinalização endócrina: as moléculas 
sinalizadoras são chamadas hormônios e 
chegam às células-alvo transportadas pelo 
sangue. 
Sinalização parácrina: as moléculas agem 
apenas no local, atuando em células que estão 
próximas, sendo rapidamente inativadas. 
sinalização autócrina: Quando a secreção 
parácrina atua sobre o mesmo tipo celular que a 
sintetizou. 
 ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
Existe também a comunicação sináptica, que é 
exclusiva do tecido nervoso. 
As moléculas sinalizadoras diferem quanto à 
solubilidade na água. As moléculas pequenas e 
hidrofóbicas (lipossolúveis), como os hormônios 
esteroides e os da tireoide, difundem-se através 
da membrana celular e ativam proteínas 
receptoras localizadas dentro das células. Ao 
contrário, as moléculas sinalizadoras hidrofílicas, 
incluindo os neurotransmissores, a maioria dos 
hormônios e muitos mediadores químicos de 
ação local(secreção parácrina), ativam proteínas 
receptoras localizadas na superfície da célula-
alvo. 
 
 
Mitocôndrias 
 
 As mitocôndrias são organelas esféricas ou 
alongadas. medindo de 0,5 a 1,0 µm de largura e 
até 10 µm de comprimento. Sua distribuição na 
célula varia, tendendo a se acumular nos locais 
do citoplasma em que o gasto de energia é mais 
intenso. 
 Essas organelas transformam a energia 
química contida nos metabólitos 
citoplasmáticos em energia facilmente 
utilizável pela célula. Aproximadamente 50% 
dessa energia é armazenada nas ligações fosfato 
do ATP, ou adenosina trifosfato, e os 50% 
restantes são dissipados sob a forma de calor. 
utilizado para manter a temperatura do corpo. 
 A degradação inicial das moléculas de glicídios, 
lipídios e proteínas é feita no citosol. O produto 
final dessas vias extramitocondriais produz 
acetil-coenzima A (acetil-CoA), que entra nas 
mitocôndrias e combina-se com o ácido 
oxalacético para formar ácido cítrico, dando início 
ao ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs). 
As partículas arredondadas de mais ou menos 9 
nm de diâmetro, denominadas partículas 
elementares, que se prendem por um pedúnculo 
à face interna da membrana mitocondrial interna, 
contêm as enzimas da fosforilação de ADP em 
ATP, utilizando fosfato inorgânico e energia. 
O DNA das mitocôndrias se apresenta como 
filamentos duplos e circulares. Esses filamentos 
são sintetizados na mitocôndria, e sua duplicação 
é independente do DNA do núcleo celular. 
Na mitose, cada célula-filha recebe 
aproximadamente metade das mitocôndrias da 
célula-mãe. 
 
Ribossomos 
 
 Os ribossomos são pequenas partículas elétron-
densas, medindo 20 a 30 nm, compostas de 
quatro tipos de RNA ribossomal (rRNA) e cerca 
de 80 proteínas diferentes. São constituídos por 
duas subunidades de tamanhos diferentes. Os 
ribossomos são basófilos. 
Nas células eucariontes, a maior parte do RNA 
das duas subunidades (rRNA) é sintetizada no 
nucléolo. As proteínas são todas sintetizadas no 
citoplasma, migram para o núcleo através dos 
poros nucleares e se associam aos rRNA. Depois 
de prontas, a subunidade menor e a maior, 
separadas, saem do núcleo pelos poros 
nucleares, passando para o citoplasma, no qual 
exercerão suas funções. 
Polirribossomos: são grupos de ribossomos 
unidos por uma molécula de RNA mensageiro. A 
mensagem contida no mRNA é o código para a 
sequência de aminoácidos na molécula proteica 
que está sendo sintetizada, e os ribossomos 
desempenham um papel importante na 
decodificação, ou tradução, da mensagem para a 
síntese proteica. 
Tipos de RNA: 
 ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
 
 
Reticulo endoplasmático 
 
 O retículo endoplasmático é uma rede 
intercomunicante de vesículas achatadas, 
vesículas redondas e túbulos, formada por uma 
membrana contínua e que delimita um espaço 
muito irregular, a cisterna do retículo 
endoplasmático. 
 Em alguns locais, a superficie citosólica 
(externa) da membrana está recoberta por 
polirribossomos que sintetizam proteínas que são 
injetadas nas cisternas. Isso possibilita a 
distinção entre dois tipos de retículo 
endoplasmático: o granuloso e o liso. 
Retículo endoplasmático granuloso 
O retículo endoplasmático granuloso (REG) é 
abundante nas células especializadas na 
secreção de proteínas, como as células acinosas 
do pâncreas (enzimas digestivas), fibroblastos 
(colágeno) e plasmócitos (imunoglobulinas). 
O retículo endoplasmático granuloso consiste em 
cisternas saculares ou achatadas, limitadas por 
membrana que é contínua com a membrana 
externa do envelope nuclear. 
A principal função do retículo endoplasmático 
granuloso é segregar do citosol proteínas 
destinadas à exportação, ou para uso 
intracelular. Outras funções são a glicosilação 
inicial das glicoproteínas, a síntese de 
fosfolipídios, a síntese das proteínas integrais da 
membrana e a montagem de moléculas proteicas 
com múltiplas cadeias polipeptídicas. 
As proteínas sintetizadas no REG têm vários 
destinos: armazenamento intracelular, como nos 
lisossomos e nos grânulos dos leucócitos; 
armazenamento intracelular provisório para 
exportação, como no pâncreas e em algumas 
glândulas endócrinas. 
Retículo endoplasmático liso 
O retículo endoplasmático liso (REL) não 
apresenta ribossomos, e sua membrana 
geralmente se dispõe sob a forma de túbulos que 
se anastomosam. 
 O retículo endoplasmático liso participa de 
diversos processos funcionais, de acordo com o 
tipo de célula. Por exemplo, nas células que 
produzem esteroides, como as da glândula 
adrenal, ele ocupa grande parte do citoplasma e 
contém algumas das enzimas necessárias para a 
síntese desses hormônios. O retículo 
endoplasmático liso é abundante também nas 
células do fígado, em que é responsável pelos 
processos de conjugação, oxidação e metilação, 
dos quais as células lançam mão para inativar 
determinados hormônios e neutralizar 
substâncias nocivas e tóxicas, como os 
barbitúricos e vários outros fármacos. 
 Outra função importante do retículo 
endoplasmático liso é a síntese de fosfolipídios 
para todas as membranas celulares. 
Graças à enzima glicose-6-fosfatase, encontrada 
em suas membranas, o retículo endoplasmático 
liso participa da hidrólise do glicogênio, 
produzindo glicose para o metabolismo 
energético. Essa enzima é encontrada também 
no retículo endoplasmático granuloso, mostrando 
que essas duas organelas, embora diferentes, 
têm alguns aspectos funcionais em comum. 
 
Complexo de golgi 
 ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
 
 O complexo de Golgi, também chamado 
aparelho de Golgi, é um conjunto de vesículas 
achatadas e empilhadas, com as porções laterais 
dilatadas. 
 O complexo de Golgi completa as modificações 
pós-tradução, empacota e coloca um endereço 
nas moléculas sintetizadas pela célula, 
encaminhando-as, principalmente, para vesículas 
de secreção, para lisossomos ou para a 
membrana celular. 
 O complexo de Golgi é uma estrutura 
polarizada, isto é, tem uma face diferente da 
outra. Sua superfície convexa ou cis recebe as 
vesículas que brotam do retículo 
endoplasmático, enquanto a superfície 
côncava ou trans origina vesículas onde o 
material deixa o Golgi. 
 As cisternas do complexo de Golgi apresentam 
enzimas diferentes conforme a posição da 
cisterna, quando estudada no sentido cis-trans. 
Essas enzimas participam da glicosilação, 
sulfatação, fosforilação e hidrólise parcial de 
proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático 
granuloso. 
 
Lisossomos 
 
 Os lisossomos são vesículas delimitadas por 
membrana, contendo mais de 40 enzimas 
hidrolíticas, com a função de digestão 
intracitoplasmática. São mais abundantes nas 
células fagocitarias. 
 As enzimas dos lisossomos variam com a 
célula, porém, todas têm atividade máxima em 
pH 5,0 e as mais comuns são: fosfatase ácida, 
ribonuclease, desoxirribonuclease, protease, 
sulfatase, lipase e betaglicuronidase. 
 Os lisossomos que ainda não participam de 
processo digestivo são denominados 
lisossomos primários. Partículas do meio 
extracelular são introduzidas na célula por meio 
dos fagossomos, vesículas que se formam pela 
fagocitose. A membrana dos lisossomos 
primários funde-se com a dos fagossomos, 
misturando as enzimas com o material a ser 
digerido. A digestão intracelular tem lugar dentro 
desse novo vacúolo, que é chamado de 
lisossomo secundário. 
 Outra função dos lisossomos relaciona-se com a 
renovação das organelascelulares. Em certas 
circunstâncias, organelas ou porções de 
citoplasma são envolvidas por membrana do 
retículo endoplasmático liso. Lisossomos 
primários fundem-se com essas estruturas e 
digerem o material nelas contido. Forma-se assim 
um lisossomo secundário que recebe o nome de 
autofagossomo. 
 
Proteassomos 
 Os proteassomos são complexos de diversas 
proteases que digerem proteínas assinaladas 
para destruição pela união com ubiquitina. Os 
proteassomos também destroem moléculas 
proteicas que se formam com defeitos 
estruturais e as proteínas codificadas por 
vírus, que seriam usadas para produzir novos 
vírus. 
A molécula de ubiquitina marca as proteínas para 
destruição da seguinte maneira: uma molécula de 
ubiquitina se liga a um resíduo de lisina da 
proteína a ser degradada e outras moléculas de 
ubiquitina se prendem à primeira, formando-se 
um complexo que é reconhecido pela partícula 
reguladora; a molécula proteica é desenrolada 
pela ATPase, usando energia de ATP, e 
introduzida no proteassomo, no qual é quebrada 
em peptídios com cerca de oito aminoácidos 
cada um. Esses peptídios são devolvidos ao 
citosol. As moléculas de ubiquitina que 
participaram do processo são liberadas pelas 
partículas reguladoras, para serem usadas 
novamente. 
 ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
 
Peroxissomos 
 
Peroxissomos são organelas esféricas, limitadas 
por membrana, com diâmetro de 0,5 a 1,2 µ.m. 
Como as mitocôndrias, os peroxissomos utilizam 
grandes quantidades de oxigênio, porém, não 
produzem ATP, não participando diretamente do 
metabolismo energético. Receberam esse nome 
porque oxidam substratos orgânicos específicos, 
retirando átomos de hidrogênio e combinando-os 
com oxigênio molecular. Essa reação produz 
peróxido de hidrogênio (H20 2), uma substância 
oxidante prejudicial à célula, que é 
imediatamente eliminada pela enzima catalase, 
também contida nos peroxissomos. A catalase 
utiliza oxigênio do peróxido de hidrogênio 
(transformando-o em H20 ) para oxidar diversos 
substratos orgânicos. Essa enzima também 
decompõe o peróxido de hidrogênio em água e 
oxigênio. 
 Os peroxissomos mostram maior diversidade do 
que as outras organelas, apresentando grandes 
diferenças enzimáticas em células diferentes. As 
enzimas mais abundantes nos peroxissomos 
humanos são urato oxidase, D-aminoácido 
oxidase e catalase. 
 As enzimas dos peroxissomos são sintetizadas 
em polirribossomos livres no citosol. 
 
Vesículas ou grânulos de secreção 
 As vesículas (ou grânulos) de secreção são 
encontradas nas células que armazenam material 
até que sua secreção seja desencadeada por 
mensagens metabólicas, hormonais ou neurais 
(secreção regulada). 
 
Citoesqueleto 
 O citoesqueleto é uma rede complexa de 
microtúbulos, filamentos de actina 
{microfilamentos) e filamentos intermediários. 
Essas proteínas estruturais influem na forma das 
células e, junto com as proteínas motoras, 
possibilitam os movimentos de organelas e 
vesículas citoplasmáticas. O citoesqueleto é 
responsável também pela contração celular e 
pela movimentação da célula inteira, como no 
movimento ameboide. 
Microtúbulos: são estruturas encontradas no 
citoplasma e também nos prolongamentos 
celulares, como cílios e flagelos. 
A subunidade que constitui os microtúbulos é um 
heterodímero formado por moléculas das 
proteínas a(alfa) e b(beta) tubulina. 
Elas se organizam em espiral, e no corte 
transversal a parede do microtúbulo é constituída 
por 13 subunidades. 
A polimerização das tubulinas para formar 
microtúbulos é dirigida por estruturas celulares 
conhecidas como centros organizadores de 
microtúbulos ou MTOC (microtubule organizing 
centers). Essas estruturas incluem os centríolos, 
os corpúsculos basais dos cílios e flagelos e os 
centrômeros dos cromossomos. 
A polimerização das tubulinas depende da 
concentração de Ca2+ no citosol e da 
participação das proteínas associadas aos 
microtúbulos ou MAP (microtubule associated 
proteins). 
 
Os microtúbulos constituem o substrato para 
os movimentos intracelulares de organelas e 
vesículas. 
 ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
Os centríolos são estruturas cilíndricas (0,15 µm 
de diâmetro e 0,3 a 0,5 µm de comprimento), 
compostos principalmente por microtúbulos 
curtos e altamente organizados. Cada centríolo é 
composto de nove conjuntos de três 
microtúbulos. O par de centríolos mais o material 
granular localizado em volta dele constitui o 
citocentro ou centrossomo. 
Filamentos de actina: A actina é encontrada no 
músculo como filamentos finos (5 a 7 nm de 
diâmetro) compostos de subunidades globulares 
organizadas em uma hélice de dois fios. 
Enquanto os filamentos de actina nas células 
musculares são estruturalmente estáveis, os das 
células não musculares se dissociam e 
reorganizam com grande facilidade. 
Filamentos intermédios: Além dos filamentos 
finos de actina e dos filamentos espessos de 
miosina, as células contêm filamentos com 
diâmetro de aproximadamente 10 nm, os 
filamentos intermediário. 
Esses filamentos são constituídos por 
diversas proteínas: 
-queratina, vimentina, desmina, proteína fibrilar 
ácia da glia, proteínas dos neurofilamentos. 
Depósitos citoplasmáticos 
Em geral o citoplasma contém depósitos 
transitórios, constituídos de reserva de 
nutrientes ou outras substâncias. Gotículas de 
lipídios, principal reserva energética, são 
frequentes e muito abundantes nas células do 
tecido adiposo, nas da camada cortical da 
glândula adrenal e nas células do fígado. 
Depósitos de pigmentos também são 
encontrados, alguns como a melanina, 
sintetizados pela própria célula, e outros como o 
caroteno, ingeridos com os alimentos. 
 
Núcleo celular 
 
 O núcleo é o centro de controle de todas as 
atividades celulares porque contém, nos 
cromossomos, todo o genoma (DNA) da 
célula, exceto apenas o pequeno genoma das 
mitocôndrias. Chama-se genoma o conjunto da 
informação genética codificada no DNA. Além de 
conter a maquinaria molecular para duplicar seu 
DNA, o núcleo é responsável pela síntese e 
pelo processamento de todos os tipos de RNA 
(rRNA, mRNA e tRNA), que são exportados 
para o citoplasma. Todavia, o núcleo não 
sintetiza proteínas, dependendo das que são 
produzidas no citoplasma e transferidas para o 
núcleo. 
 Os principais componentes do núcleo são o 
envoltório nuclear, a cromatina, o nucléolo, a 
matriz nuclear e o nucleoplasma. 
Envoltório nuclear: O conteúdo intranuclear é 
separado do citoplasma pelo envoltório nuclear, 
porém o que se vê ao microscópio óptico como 
envoltório nuclear é principalmente a camada de 
cromatina que o reveste internamente. O 
microscópio eletrônico mostrou que o envoltório 
nuclear é constituído por duas membranas 
separadas por um espaço de 40 a 70 nm, a 
cisterna perinuclear. 
A membrana nuclear externa contém 
polirribossomos presos à sua superfície 
citoplasmática e é contínua com o retículo 
endoplasmático granuloso. 
O envoltório nuclear apresenta poros, e tem uma 
estrutura denominada complexo do poro, cuja 
função principal é o transporte seletivo de 
moléculas para fora e para dentro do núcleo. 
Cromatina: Podem ser identificados dois tipos de 
cromatina. A heterocromatina e a eurocromatina. 
A heterocromatina é inativa porque nela a hélice 
dupla de DNA está muito compactada, o que 
impede a transcrição dos genes. Na 
eucromatina, o filamento de DNA não estáANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
condensado e tem condições de transcrever os 
genes. Portanto, eucromatina significa cromatina 
ativa, sendo mais abundante nas células que 
estão produzindo muita proteína. 
Nucléolos: Os nucléolos são as fábricas para 
produção de ribossomos. Nas lâminas coradas, 
aparecem como formações intranucleares 
arredondadas, geralmente basófilas, constituídas 
principalmente por RNA ribossomal (rRNA) e 
proteínas. 
Matriz nuclear: A extração bioquímica dos 
componentes solúveis de núcleos isolados deixa 
uma estrutura fibrilar chamada matriz nuclear, 
que forneceria um esqueleto para apoiar os 
cromossomos interfásicos, determinando sua 
localização dentro do núcleo celular. 
Entretanto, muitos pesquisadores negam sua 
existência na célula viva, admitindo que a 
matriz nuclear vista ao microscópio eletrônico nos 
núcleos isolados é uma estrutura artificial, criada 
pelas técnicas de preparação. 
Nucleoplasma: é um soluto com muita água, 
íons, aminoácidos, metabólitos e precursores 
diversos, enzimas para a síntese de RNA e 
DNA, receptores para hormônios, moléculas 
de RNA de diversos tipos e outros 
componentes. Sendo definido como o 
componente granuloso que preenche o espaço 
entre os elementos morfologicamente bem 
caracterizados no núcleo, como a cromatina e o 
nucléolo. 
 
Divisão celular 
A divisão celular é observável ao microscópio 
óptico no processo denominado mitose. Esse 
processo consiste, essencialmente, na 
duplicação dos cromossomos e na sua 
distribuição para as células-filhas. Quando não 
está em mitose, a célula está na intérfase. 
 
A PRÓFASE caracteriza-se pela condensação 
gradual da cromatina (o DNA foi duplicado na 
intérfase), que irá constituir os cromossomos 
mitóticos. O envoltório nuclear se fragmenta no 
final da prófase em virtude da fosforilação (adição 
de PO/·) da lâmina nuclear, originando vesículas 
que permanecem no citoplasma e reconstituem o 
envelope nuclear no final da mitose. Os 
centrossomos e seus centríolos, que se 
duplicaram na intérfase, separam-se, migrando 
um par para cada polo da célula. Começam a 
aparecer microtúbulos entre os dois pares de 
centríolos, iniciando-se a formação do fuso 
mitótico. Durante a prófase o nucléolo se 
desintegra. 
Na METÁFASE os cromossomos migram graças 
à participação dos microtúbulos e se dispõem no 
plano equatorial da célula. Cada cromossomo, 
cujo DNA já está duplicado, divide-se 
longitudinalmente em duas cromátides, que se 
prendem aos microtúbulos do fuso mitótico por 
meio de uma região especial, o cinetocoro 
localizado próximo ao centrômero. 
Na ANÁFASE, por um processo complexo, os 
cromossomos-filhos separam-se e migram para 
os polos da célula, seguindo a direção dos 
microtúbulos do fuso. Nesse deslocamento os 
centrômeros seguem na frente e são 
acompanhados pelo restante do cromossomo. O 
centrômero é uma região mais estreita 
(constrição) do cromossomo, que mantém as 
cromátides juntas até o início da anáfase. 
A TELÓFASE caracteriza-se pela reconstrução 
dos envoltórios nucleares das células-filhas, em 
consequência da desfosforilação (remoção dos 
radicais P043-) dos filamentos da lâmina nuclear 
e da fusão das vesículas originadas do envoltório 
nuclear no final da prófase. Os cromossomos se 
tornam gradualmente menos condensados, o que 
leva ao reaparecimento da cromatina. À medida 
que o núcleo interfásico se refaz, os nucléolos se 
reconstituem. 
A divisão do material nuclear é acompanhada 
pela divisão do citoplasma por um processo 
denominado citocinese, que se inicia na anáfase 
e termina após a telófase. 
 
Ciclo celular 
Sendo a mitose a manifestação visível da divisão 
celular, existem outros processos que não são 
 ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL 
 
 
facilmente evidenciáveis ao microscópio e que 
têm um papel fundamental na multiplicação das 
células, como a duplicação do DNA e dos 
centríolos, que têm lugar na intérfase. 
Verificou-se, que a duplicação do DNA ocorre 
na intérfase, período em que não são 
observados fenômenos visíveís da divisão 
celular. 
A INTÉRFASE se subdivide em três fases 
chamadas G1, S e G2. A fase G1 é a que vem 
logo depois da mitose. Nela ocorre a síntese de 
RNA e de proteínas, com recuperação do volume 
da célula, que foi reduzido à metade na mitose. 
Nos tecidos de renovação rápida, a fase G1 é 
curta. As células dos tecidos que não se renovam 
saem do ciclo celular na fase G1 e entram na 
chamada fase G-zero. Na fase G1 localiza-se o 
ponto de restrição, que impede a passagem de 
células com DNA danificado ou então que ainda 
não acumularam uma quantidade crítica de 
proteínas importantes para a continuação do 
ciclo. Durante a fase S ocorre a síntese do DNA e 
a duplicação dos centrossomos e centríolos. Na 
fase G2 as células acumulam energia para ser 
usada durante a mitose e sintetizam tubulina para 
formar os microtúbulos do fuso mitótico. 
 
 
 
 
Apoptose 
O processo de apoptose, que é rápido e não 
deixa vestígios, também tem grande 
importância para as funções normais do 
organismo.

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