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ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL Histologia -Citoplasma -Núcleo -Membrana Plasmática Membrana plasmática Composta por duas camadas de moléculas de fosfolipídios(bicamada lipídica),as membranas também contém outros lipídios como glicolipídios e colesterol. As membranas apresentam moléculas proteicas que se inserem parcial ou totalmente na membrana, essas proteínas podem fazer a troca de íons na célula e outras atuam como receptores de hormônio, podem também exercer outras funções de (canais de transporte). Uma função importante da membrana plasmática é a manutenção da constância do meio intracelular, que é diferente do líquido extra celular. As proteínas da membrana podem ser divididas em grupos: -Proteínas integrais estão diretamente incorporadas na estrutura da membrana. Ex: proteínas transmembrana. Essas por sua vez se dividem em proteínas de passagem única e proteínas de passagem múltipla. - Proteínas periféricas estão apenas fracamente associadas à membrana. Distribuição das proteínas em mosaico na bicamada lipídica da membrana plasmática deu origem ao modelo do mosaico fluido. As proteínas da membrana são sintetizadas no retículo endoplasmático granuloso, completadas no complexo de Golgi e transportadas para a superfície celular em vesículas. A superfície externa da membrana é recoberta por tuna camada mal delimitada, rica em hidratos de carbono, o glicocálice que participa do reconhecimento entre as células e da união das células umas com as outras e com as moléculas extracelulares. Tipos de trocas entre o meio extracelular e a membrana: Difusão passiva: Quando essa travessia não consome energia. Transporte ativo: Quando consome energia Transporte facilitado: Quando a transferência se realiza com a participação de proteínas carreadoras localizadas na membrana, mas sem gasto energético. A entrada na célula de macromoléculas e de partículas maiores ocorre em bloco, por meio de processos que envolvem modificações visíveis na membrana plasmática. Essa entrada de material em quantidade denomina-se endocitose. Há três variedades de endocitose: pinocitose de fase fluida, endocitose mediada por receptores e fagocitose. Pinocitose de fase fluida: se formam pequenas invaginações da membrana, que envolvem o fluido extracelular e as substancias nele contidas. As vesículas de pinocitose são puxadas para a profundidade do citoplasma e, na maioria das vezes, fundem-se com lisossomos. Endocitose mediada por receptores: A superfície celular contém receptores para diversas moléculas, como hormônios proteicos e lipoprotelnas de baixa densidade (LDL, low ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL density lipoproteins). Esses receptores podem estar espalhados por toda a superfície da célula ou localizados em áreas restritas, denominadas fossetas cobertas. A molécula que tem grande afinidade para determinado receptor é o seu ligante. A união do ligante com o receptor ativa moléculas do citoesqueleto; caso os receptores estejam afastados, eles são movimentados na bicamada lipídica, concentrando-se em pequena área da membrana. A cobertura da fosseta, que se localiza na face citoplasmática da membrana, compõe-se de várias proteínas, principalmente clatrina. A clatrina e proteínas associadas formam uma malha de hexágonos e pentágonos. Arrastadas pelos filamentos do citoesqueleto, as fossetas cobertas se destacam da membrana plasmática e formam as vesículas cobertas. As vesículas cobertas, logo que penetram no citoplasma, perdem o revestimento de clatrina e se fundem com os endossomos, um sistema de vesículas e túbulos localizados no citosol. Em conjunto, eles formam o compartimento endossomal. A membrana de todos os endossomos contém bombas de H• que, acionadas pela energia de ATP, acidificam o interior dessa organela (cisternas endossomais). Bombas são proteínas transmembrana transportadoras de íons ou moléculas. As moléculas de clatrina que se separam das vesículas cobertas são levadas para a face interna da membrana plasmática, sendo reutilizadas. As moléculas contidas nos endossomos podem seguir mais de uma via. Os receptores separam- se de seus ligantes em razão da acidez do endossamo e podem retornar à superfície celular para serem reutilizados. Um exemplo são os receptores para as lipoprotelnas de baixa densidade ou LDL (ricas em colesterol), que são utilizados diversas vezes. Os ligantes, geralmente, são transferidos para os endossomos mais profundamente situados no citoplasma (late endosomes). Em contrapartida, em alguns casos o ligante é devolvido ao meio extracelular para ser utilizado novamente. Algumas vezes, o complexo do ligante com o receptor passa dos endossomos para os lisossomos, nos quais são destruídos pelas enzimas lisossomais. Fagocitose: A fagocitose é um processo que depende da ligação da partícula com receptores da superfície celular. O ligante aderido ao receptor promove modificações na camada citoplasmática localizada logo abaixo da membrana, denominada camada cortical. Por exemplo, quando uma bactéria invasora se prende à membrana do macrófago, esta célula emite prolongamentos laminares, chamados pseudópodos, que se estendem sobre a bactéria e acabam por englobá-la em um vacúolo intracelular, o fagossomo. O complexo ligantereceptor desencadeia um processo mediado por Ca2• que ativa a proteína gelsolina e transforma o gel cortical em um sol, tomando possível que a célula emita os pseudópodos da fagocitose. As bordas dos pseudópodos se fundem, formando o fagossomo. Exocitose consiste na fusão de vesículas citoplasmáticas com a membrana plasmática e na expulsão do conteúdo da vesícula para fora da célula, sem que haja ruptura da superfície celular. Assim, na exocitose a superfície celular ganha membrana, e na endocitose, perde. As porções de membrana retiradas pela endocitose retomam à membrana plasmática pela exocitose, formando-se um fluxo de membrana. -Captação de sinais As células dos organismos multicelulares se comunicam para organizar o crescimento dos tecidos e a proliferação mitótica e coordenar as funções dos diversos órgãos. Muitas células podem estabelecer junções comunicantes que possibilitam a troca de íons e pequenas moléculas entre células contíguas. Pelos canais das junções comunicantes, moléculas sinalizadoras passam diretamente de uma célula para a outra, sem atravessar o meio extracelular. Tipos de sinalização: sinalização endócrina: as moléculas sinalizadoras são chamadas hormônios e chegam às células-alvo transportadas pelo sangue. Sinalização parácrina: as moléculas agem apenas no local, atuando em células que estão próximas, sendo rapidamente inativadas. sinalização autócrina: Quando a secreção parácrina atua sobre o mesmo tipo celular que a sintetizou. ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL Existe também a comunicação sináptica, que é exclusiva do tecido nervoso. As moléculas sinalizadoras diferem quanto à solubilidade na água. As moléculas pequenas e hidrofóbicas (lipossolúveis), como os hormônios esteroides e os da tireoide, difundem-se através da membrana celular e ativam proteínas receptoras localizadas dentro das células. Ao contrário, as moléculas sinalizadoras hidrofílicas, incluindo os neurotransmissores, a maioria dos hormônios e muitos mediadores químicos de ação local(secreção parácrina), ativam proteínas receptoras localizadas na superfície da célula- alvo. Mitocôndrias As mitocôndrias são organelas esféricas ou alongadas. medindo de 0,5 a 1,0 µm de largura e até 10 µm de comprimento. Sua distribuição na célula varia, tendendo a se acumular nos locais do citoplasma em que o gasto de energia é mais intenso. Essas organelas transformam a energia química contida nos metabólitos citoplasmáticos em energia facilmente utilizável pela célula. Aproximadamente 50% dessa energia é armazenada nas ligações fosfato do ATP, ou adenosina trifosfato, e os 50% restantes são dissipados sob a forma de calor. utilizado para manter a temperatura do corpo. A degradação inicial das moléculas de glicídios, lipídios e proteínas é feita no citosol. O produto final dessas vias extramitocondriais produz acetil-coenzima A (acetil-CoA), que entra nas mitocôndrias e combina-se com o ácido oxalacético para formar ácido cítrico, dando início ao ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs). As partículas arredondadas de mais ou menos 9 nm de diâmetro, denominadas partículas elementares, que se prendem por um pedúnculo à face interna da membrana mitocondrial interna, contêm as enzimas da fosforilação de ADP em ATP, utilizando fosfato inorgânico e energia. O DNA das mitocôndrias se apresenta como filamentos duplos e circulares. Esses filamentos são sintetizados na mitocôndria, e sua duplicação é independente do DNA do núcleo celular. Na mitose, cada célula-filha recebe aproximadamente metade das mitocôndrias da célula-mãe. Ribossomos Os ribossomos são pequenas partículas elétron- densas, medindo 20 a 30 nm, compostas de quatro tipos de RNA ribossomal (rRNA) e cerca de 80 proteínas diferentes. São constituídos por duas subunidades de tamanhos diferentes. Os ribossomos são basófilos. Nas células eucariontes, a maior parte do RNA das duas subunidades (rRNA) é sintetizada no nucléolo. As proteínas são todas sintetizadas no citoplasma, migram para o núcleo através dos poros nucleares e se associam aos rRNA. Depois de prontas, a subunidade menor e a maior, separadas, saem do núcleo pelos poros nucleares, passando para o citoplasma, no qual exercerão suas funções. Polirribossomos: são grupos de ribossomos unidos por uma molécula de RNA mensageiro. A mensagem contida no mRNA é o código para a sequência de aminoácidos na molécula proteica que está sendo sintetizada, e os ribossomos desempenham um papel importante na decodificação, ou tradução, da mensagem para a síntese proteica. Tipos de RNA: ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL Reticulo endoplasmático O retículo endoplasmático é uma rede intercomunicante de vesículas achatadas, vesículas redondas e túbulos, formada por uma membrana contínua e que delimita um espaço muito irregular, a cisterna do retículo endoplasmático. Em alguns locais, a superficie citosólica (externa) da membrana está recoberta por polirribossomos que sintetizam proteínas que são injetadas nas cisternas. Isso possibilita a distinção entre dois tipos de retículo endoplasmático: o granuloso e o liso. Retículo endoplasmático granuloso O retículo endoplasmático granuloso (REG) é abundante nas células especializadas na secreção de proteínas, como as células acinosas do pâncreas (enzimas digestivas), fibroblastos (colágeno) e plasmócitos (imunoglobulinas). O retículo endoplasmático granuloso consiste em cisternas saculares ou achatadas, limitadas por membrana que é contínua com a membrana externa do envelope nuclear. A principal função do retículo endoplasmático granuloso é segregar do citosol proteínas destinadas à exportação, ou para uso intracelular. Outras funções são a glicosilação inicial das glicoproteínas, a síntese de fosfolipídios, a síntese das proteínas integrais da membrana e a montagem de moléculas proteicas com múltiplas cadeias polipeptídicas. As proteínas sintetizadas no REG têm vários destinos: armazenamento intracelular, como nos lisossomos e nos grânulos dos leucócitos; armazenamento intracelular provisório para exportação, como no pâncreas e em algumas glândulas endócrinas. Retículo endoplasmático liso O retículo endoplasmático liso (REL) não apresenta ribossomos, e sua membrana geralmente se dispõe sob a forma de túbulos que se anastomosam. O retículo endoplasmático liso participa de diversos processos funcionais, de acordo com o tipo de célula. Por exemplo, nas células que produzem esteroides, como as da glândula adrenal, ele ocupa grande parte do citoplasma e contém algumas das enzimas necessárias para a síntese desses hormônios. O retículo endoplasmático liso é abundante também nas células do fígado, em que é responsável pelos processos de conjugação, oxidação e metilação, dos quais as células lançam mão para inativar determinados hormônios e neutralizar substâncias nocivas e tóxicas, como os barbitúricos e vários outros fármacos. Outra função importante do retículo endoplasmático liso é a síntese de fosfolipídios para todas as membranas celulares. Graças à enzima glicose-6-fosfatase, encontrada em suas membranas, o retículo endoplasmático liso participa da hidrólise do glicogênio, produzindo glicose para o metabolismo energético. Essa enzima é encontrada também no retículo endoplasmático granuloso, mostrando que essas duas organelas, embora diferentes, têm alguns aspectos funcionais em comum. Complexo de golgi ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL O complexo de Golgi, também chamado aparelho de Golgi, é um conjunto de vesículas achatadas e empilhadas, com as porções laterais dilatadas. O complexo de Golgi completa as modificações pós-tradução, empacota e coloca um endereço nas moléculas sintetizadas pela célula, encaminhando-as, principalmente, para vesículas de secreção, para lisossomos ou para a membrana celular. O complexo de Golgi é uma estrutura polarizada, isto é, tem uma face diferente da outra. Sua superfície convexa ou cis recebe as vesículas que brotam do retículo endoplasmático, enquanto a superfície côncava ou trans origina vesículas onde o material deixa o Golgi. As cisternas do complexo de Golgi apresentam enzimas diferentes conforme a posição da cisterna, quando estudada no sentido cis-trans. Essas enzimas participam da glicosilação, sulfatação, fosforilação e hidrólise parcial de proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático granuloso. Lisossomos Os lisossomos são vesículas delimitadas por membrana, contendo mais de 40 enzimas hidrolíticas, com a função de digestão intracitoplasmática. São mais abundantes nas células fagocitarias. As enzimas dos lisossomos variam com a célula, porém, todas têm atividade máxima em pH 5,0 e as mais comuns são: fosfatase ácida, ribonuclease, desoxirribonuclease, protease, sulfatase, lipase e betaglicuronidase. Os lisossomos que ainda não participam de processo digestivo são denominados lisossomos primários. Partículas do meio extracelular são introduzidas na célula por meio dos fagossomos, vesículas que se formam pela fagocitose. A membrana dos lisossomos primários funde-se com a dos fagossomos, misturando as enzimas com o material a ser digerido. A digestão intracelular tem lugar dentro desse novo vacúolo, que é chamado de lisossomo secundário. Outra função dos lisossomos relaciona-se com a renovação das organelascelulares. Em certas circunstâncias, organelas ou porções de citoplasma são envolvidas por membrana do retículo endoplasmático liso. Lisossomos primários fundem-se com essas estruturas e digerem o material nelas contido. Forma-se assim um lisossomo secundário que recebe o nome de autofagossomo. Proteassomos Os proteassomos são complexos de diversas proteases que digerem proteínas assinaladas para destruição pela união com ubiquitina. Os proteassomos também destroem moléculas proteicas que se formam com defeitos estruturais e as proteínas codificadas por vírus, que seriam usadas para produzir novos vírus. A molécula de ubiquitina marca as proteínas para destruição da seguinte maneira: uma molécula de ubiquitina se liga a um resíduo de lisina da proteína a ser degradada e outras moléculas de ubiquitina se prendem à primeira, formando-se um complexo que é reconhecido pela partícula reguladora; a molécula proteica é desenrolada pela ATPase, usando energia de ATP, e introduzida no proteassomo, no qual é quebrada em peptídios com cerca de oito aminoácidos cada um. Esses peptídios são devolvidos ao citosol. As moléculas de ubiquitina que participaram do processo são liberadas pelas partículas reguladoras, para serem usadas novamente. ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL Peroxissomos Peroxissomos são organelas esféricas, limitadas por membrana, com diâmetro de 0,5 a 1,2 µ.m. Como as mitocôndrias, os peroxissomos utilizam grandes quantidades de oxigênio, porém, não produzem ATP, não participando diretamente do metabolismo energético. Receberam esse nome porque oxidam substratos orgânicos específicos, retirando átomos de hidrogênio e combinando-os com oxigênio molecular. Essa reação produz peróxido de hidrogênio (H20 2), uma substância oxidante prejudicial à célula, que é imediatamente eliminada pela enzima catalase, também contida nos peroxissomos. A catalase utiliza oxigênio do peróxido de hidrogênio (transformando-o em H20 ) para oxidar diversos substratos orgânicos. Essa enzima também decompõe o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. Os peroxissomos mostram maior diversidade do que as outras organelas, apresentando grandes diferenças enzimáticas em células diferentes. As enzimas mais abundantes nos peroxissomos humanos são urato oxidase, D-aminoácido oxidase e catalase. As enzimas dos peroxissomos são sintetizadas em polirribossomos livres no citosol. Vesículas ou grânulos de secreção As vesículas (ou grânulos) de secreção são encontradas nas células que armazenam material até que sua secreção seja desencadeada por mensagens metabólicas, hormonais ou neurais (secreção regulada). Citoesqueleto O citoesqueleto é uma rede complexa de microtúbulos, filamentos de actina {microfilamentos) e filamentos intermediários. Essas proteínas estruturais influem na forma das células e, junto com as proteínas motoras, possibilitam os movimentos de organelas e vesículas citoplasmáticas. O citoesqueleto é responsável também pela contração celular e pela movimentação da célula inteira, como no movimento ameboide. Microtúbulos: são estruturas encontradas no citoplasma e também nos prolongamentos celulares, como cílios e flagelos. A subunidade que constitui os microtúbulos é um heterodímero formado por moléculas das proteínas a(alfa) e b(beta) tubulina. Elas se organizam em espiral, e no corte transversal a parede do microtúbulo é constituída por 13 subunidades. A polimerização das tubulinas para formar microtúbulos é dirigida por estruturas celulares conhecidas como centros organizadores de microtúbulos ou MTOC (microtubule organizing centers). Essas estruturas incluem os centríolos, os corpúsculos basais dos cílios e flagelos e os centrômeros dos cromossomos. A polimerização das tubulinas depende da concentração de Ca2+ no citosol e da participação das proteínas associadas aos microtúbulos ou MAP (microtubule associated proteins). Os microtúbulos constituem o substrato para os movimentos intracelulares de organelas e vesículas. ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL Os centríolos são estruturas cilíndricas (0,15 µm de diâmetro e 0,3 a 0,5 µm de comprimento), compostos principalmente por microtúbulos curtos e altamente organizados. Cada centríolo é composto de nove conjuntos de três microtúbulos. O par de centríolos mais o material granular localizado em volta dele constitui o citocentro ou centrossomo. Filamentos de actina: A actina é encontrada no músculo como filamentos finos (5 a 7 nm de diâmetro) compostos de subunidades globulares organizadas em uma hélice de dois fios. Enquanto os filamentos de actina nas células musculares são estruturalmente estáveis, os das células não musculares se dissociam e reorganizam com grande facilidade. Filamentos intermédios: Além dos filamentos finos de actina e dos filamentos espessos de miosina, as células contêm filamentos com diâmetro de aproximadamente 10 nm, os filamentos intermediário. Esses filamentos são constituídos por diversas proteínas: -queratina, vimentina, desmina, proteína fibrilar ácia da glia, proteínas dos neurofilamentos. Depósitos citoplasmáticos Em geral o citoplasma contém depósitos transitórios, constituídos de reserva de nutrientes ou outras substâncias. Gotículas de lipídios, principal reserva energética, são frequentes e muito abundantes nas células do tecido adiposo, nas da camada cortical da glândula adrenal e nas células do fígado. Depósitos de pigmentos também são encontrados, alguns como a melanina, sintetizados pela própria célula, e outros como o caroteno, ingeridos com os alimentos. Núcleo celular O núcleo é o centro de controle de todas as atividades celulares porque contém, nos cromossomos, todo o genoma (DNA) da célula, exceto apenas o pequeno genoma das mitocôndrias. Chama-se genoma o conjunto da informação genética codificada no DNA. Além de conter a maquinaria molecular para duplicar seu DNA, o núcleo é responsável pela síntese e pelo processamento de todos os tipos de RNA (rRNA, mRNA e tRNA), que são exportados para o citoplasma. Todavia, o núcleo não sintetiza proteínas, dependendo das que são produzidas no citoplasma e transferidas para o núcleo. Os principais componentes do núcleo são o envoltório nuclear, a cromatina, o nucléolo, a matriz nuclear e o nucleoplasma. Envoltório nuclear: O conteúdo intranuclear é separado do citoplasma pelo envoltório nuclear, porém o que se vê ao microscópio óptico como envoltório nuclear é principalmente a camada de cromatina que o reveste internamente. O microscópio eletrônico mostrou que o envoltório nuclear é constituído por duas membranas separadas por um espaço de 40 a 70 nm, a cisterna perinuclear. A membrana nuclear externa contém polirribossomos presos à sua superfície citoplasmática e é contínua com o retículo endoplasmático granuloso. O envoltório nuclear apresenta poros, e tem uma estrutura denominada complexo do poro, cuja função principal é o transporte seletivo de moléculas para fora e para dentro do núcleo. Cromatina: Podem ser identificados dois tipos de cromatina. A heterocromatina e a eurocromatina. A heterocromatina é inativa porque nela a hélice dupla de DNA está muito compactada, o que impede a transcrição dos genes. Na eucromatina, o filamento de DNA não estáANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL condensado e tem condições de transcrever os genes. Portanto, eucromatina significa cromatina ativa, sendo mais abundante nas células que estão produzindo muita proteína. Nucléolos: Os nucléolos são as fábricas para produção de ribossomos. Nas lâminas coradas, aparecem como formações intranucleares arredondadas, geralmente basófilas, constituídas principalmente por RNA ribossomal (rRNA) e proteínas. Matriz nuclear: A extração bioquímica dos componentes solúveis de núcleos isolados deixa uma estrutura fibrilar chamada matriz nuclear, que forneceria um esqueleto para apoiar os cromossomos interfásicos, determinando sua localização dentro do núcleo celular. Entretanto, muitos pesquisadores negam sua existência na célula viva, admitindo que a matriz nuclear vista ao microscópio eletrônico nos núcleos isolados é uma estrutura artificial, criada pelas técnicas de preparação. Nucleoplasma: é um soluto com muita água, íons, aminoácidos, metabólitos e precursores diversos, enzimas para a síntese de RNA e DNA, receptores para hormônios, moléculas de RNA de diversos tipos e outros componentes. Sendo definido como o componente granuloso que preenche o espaço entre os elementos morfologicamente bem caracterizados no núcleo, como a cromatina e o nucléolo. Divisão celular A divisão celular é observável ao microscópio óptico no processo denominado mitose. Esse processo consiste, essencialmente, na duplicação dos cromossomos e na sua distribuição para as células-filhas. Quando não está em mitose, a célula está na intérfase. A PRÓFASE caracteriza-se pela condensação gradual da cromatina (o DNA foi duplicado na intérfase), que irá constituir os cromossomos mitóticos. O envoltório nuclear se fragmenta no final da prófase em virtude da fosforilação (adição de PO/·) da lâmina nuclear, originando vesículas que permanecem no citoplasma e reconstituem o envelope nuclear no final da mitose. Os centrossomos e seus centríolos, que se duplicaram na intérfase, separam-se, migrando um par para cada polo da célula. Começam a aparecer microtúbulos entre os dois pares de centríolos, iniciando-se a formação do fuso mitótico. Durante a prófase o nucléolo se desintegra. Na METÁFASE os cromossomos migram graças à participação dos microtúbulos e se dispõem no plano equatorial da célula. Cada cromossomo, cujo DNA já está duplicado, divide-se longitudinalmente em duas cromátides, que se prendem aos microtúbulos do fuso mitótico por meio de uma região especial, o cinetocoro localizado próximo ao centrômero. Na ANÁFASE, por um processo complexo, os cromossomos-filhos separam-se e migram para os polos da célula, seguindo a direção dos microtúbulos do fuso. Nesse deslocamento os centrômeros seguem na frente e são acompanhados pelo restante do cromossomo. O centrômero é uma região mais estreita (constrição) do cromossomo, que mantém as cromátides juntas até o início da anáfase. A TELÓFASE caracteriza-se pela reconstrução dos envoltórios nucleares das células-filhas, em consequência da desfosforilação (remoção dos radicais P043-) dos filamentos da lâmina nuclear e da fusão das vesículas originadas do envoltório nuclear no final da prófase. Os cromossomos se tornam gradualmente menos condensados, o que leva ao reaparecimento da cromatina. À medida que o núcleo interfásico se refaz, os nucléolos se reconstituem. A divisão do material nuclear é acompanhada pela divisão do citoplasma por um processo denominado citocinese, que se inicia na anáfase e termina após a telófase. Ciclo celular Sendo a mitose a manifestação visível da divisão celular, existem outros processos que não são ANA BEATRIZ BEZERRA SILVA – P1 UNIT AL facilmente evidenciáveis ao microscópio e que têm um papel fundamental na multiplicação das células, como a duplicação do DNA e dos centríolos, que têm lugar na intérfase. Verificou-se, que a duplicação do DNA ocorre na intérfase, período em que não são observados fenômenos visíveís da divisão celular. A INTÉRFASE se subdivide em três fases chamadas G1, S e G2. A fase G1 é a que vem logo depois da mitose. Nela ocorre a síntese de RNA e de proteínas, com recuperação do volume da célula, que foi reduzido à metade na mitose. Nos tecidos de renovação rápida, a fase G1 é curta. As células dos tecidos que não se renovam saem do ciclo celular na fase G1 e entram na chamada fase G-zero. Na fase G1 localiza-se o ponto de restrição, que impede a passagem de células com DNA danificado ou então que ainda não acumularam uma quantidade crítica de proteínas importantes para a continuação do ciclo. Durante a fase S ocorre a síntese do DNA e a duplicação dos centrossomos e centríolos. Na fase G2 as células acumulam energia para ser usada durante a mitose e sintetizam tubulina para formar os microtúbulos do fuso mitótico. Apoptose O processo de apoptose, que é rápido e não deixa vestígios, também tem grande importância para as funções normais do organismo.
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