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MICROBIOLOGIA bactérias são extracelulares vírus são intracelulares quem causa mais doenças são os vírus por serem mais transmissíveis, mas são mais facilmente controlados pelo sistema imunológico bactérias são “mais graves” cocos são arredondadas bacilos são bastões INFLAMAÇÃO: dor, calor, rubor, edema, perda de função do órgão pus aparece mais em infecções bacterianas CARACTERÍSTICAS DOS MICROOGANISMOS Causam doenças, ajudam na defesa da saúde, servem para a fabricação de alimentos como cervejas e queijos, deterioram alimentos (fungos), reciclam alimentos químicos (O2 e N2 no solo), produzem produtos químicos PATOGENICIDADE: potencial e capacidade de causar doenças VIRULÊNCIA: maior capacidade de causar doenças, medindo a intensidade da patogenicidade . Na influenza, por exemplo, o H1N1 é mais virulento CEPA: quando uma espécie de moo sobre mutações ela origina cepas MEIO DE CULTURA: onde se cultiva bactérias em meio ao ágar PRÍONS precursores dos vírus se sabe muito pouco sobre eles causou a doença da vaca louca no fim dos anos 80 partícula proteica de alto potencial patogênico VÍRUS ser vivo intracelular obrigatório causa inúmeras doenças BACTÉRIAS procariontes tem capacidade de se proliferarem sozinhas intra ou extra celulares FUNGOS eucariontes extra celulares estrutura celular complexa parede celular quitinosa teriam uma grande capacidade de causar doenças, mas eles preferem uma vida livre, exceto a cândida, quando infectam é devido a uma imunodepressão alta capacidade de adaptação ao meio PROTOZOÁRIOS e HELMINTOS grande capacidade de fuga do sistema imunológico causadores de infecções vírus Capsídeo (estrutura proteica que serve de proteção) + material genético Podem ou não serem envelopados, podendo também possuir espículas (proteínas) - confere uma maior patogenicidade e virulência Intracelular obrigatório, pois necessita que outro organismo trabalhe por ele Entra na célula hospedeira através de uma porta de entrada, ou seja, um receptor Um RNA vírus (retrovírus) vai precisar da enzima transcriptase reversa Vírus de ciclo lítico, ao sair da célula hospedeira, a destrói Sua forma infectiva denomina-se vírion Em casos de infecção viral tratam-se os sintomas pois o nosso organismo consegue se defender deles ----------------------------- cloroquina é utilizada para diminuir inflamação ------------------------------ BACTÉRIA Procariontes - não possuem envoltório nuclear ficando com o material genético disperso Extracelulares - ficam na matriz onde são facilmente reconhecidas pelo sistema imunológico Crescimento bacteriano em laboratório ocorre em meio de cultura com o uso de ágar (polissacarídeo) - Nem todas as bactérias crescem em meio de cultura devido às suas características estruturais Bactérias da mesma espécie agrupam-se formando colônias com relações de cooperação e competição Podem dobrar de quantidade a cada 20 minutos por divisão binária Fatores que alteram o crescimento bacteriano: ambiente, população, nutrientes essenciais (glicose, ferro, magnésio, sódio cloro…) temperatura (35°), pH, osmolaridade, oxigênio, luz, presença de agente antimicrobianos (antibiótico) O objetivo das bactérias é atingir o tecido conjuntivo Exposição Adesão Invasão Colonização Crescimento Infecção - produção de toxinas e/ou invasividade de outros tecidos // um bom sistema imunológico contribui pra que esses processos não ocorram Entrada de bactérias e vírus: ingestão, inalação, penetração direta, traumatismo, picada de agulha e artrópodes, transmissão sexual e transplacentária (transmissão vertical) As mucosas facilitam a entrada Pele íntegra é o maior órgão imune do corpo O patógeno ser muito virulento ocasiona mais doenças COMO EXPLICAR A PREFERÊNCIA DE BACTÉRIAS, VÍRUS E FUNGOS APRESENTAM POR DETERMINADOS TECIDOS NO ORGANISMO? PATOGENIA BACTERIANA exposição - adesão - invasão - colonização e crescimento - infecção na matriz extra celular, com produção de toxinas e com tendência de invadir outros tecidos - Em uma infecção é uma única espécie de bactéria que é responsável, podendo haver mais de uma em infecções de tecido moles Infecção urinária - cistite 1. aderência na mucosa 2. chegada em sítio estéril (bexiga) 3. presença de comida, temperatura e umidade 4. ausência de competição 5. crescimento intenso ITU principal bactéria: E.coli - presente na microbiota da uretra pessoas com infecção urinária de repetição deverão: - tomar bastante água (o fluxo limpa a uretra), - não reter urina (+bexiga -uretra), - dose única de antibiótico, fazer xixi depois do sexo,usar papel higiênico de frente para trás - gestantes estão comprimindo a bexiga e encurtando a uretra, pois isso deve-se acompanhar infecções urinárias, causa de parto prematuro ANEXOS BACTERIANOS FLAGELOS organelas especializadas em locomoção constituído de uma estrutura protéica FÍMBRIAS organelas filamentosas e bem curtas ajudam na aderência na superfície de mucosas, ajuda na reprodução sexuada transferindo DNA de uma bactéria até outra CÁPSULA camada viscosa formada de polissacarídeos que simula a matriz extra celular (confere resistência a fagocitose escondendo do macrofagos ) protege contra condições externas e ajuda a camuflar são mais patogênicas e virulentas ESPOROS forma de sobrevivência de bactérias e fungos tornando os mais resistentes a tudo possuem parede celular espessa está em estado latente - se multiplica pouco pela pouca atividade metabólica ocorre quando a condição ambiental não é boa poucas bactérias formam esporos apenas as da família dos clostrídeos (causam tétano e botulismo), diferente dos fungos que quase todos formam PLASMÍDEOS são pequenas porções de dna circulares que coexistem com o nucleóide são trocados na reprodução sexual que podem gerar resistência a antibióticos pode ser trocado entre bactérias de diferentes espécies bactérias patogênicas apresentam vários anexos carbapenemase KPC ADESÃO agentes que ajudam na adesão de bactérias: Adesinas - secreção de substancias (polissacarídeos) que facilitam a adesão em materiais e tecidos, Fímbrias, Cápsula INVASÃO produção de enzimas como hialuronidase, colagenases, pneumolisina invasividade: bact tentam atingir outros tecidos otite média pode causar meningite pneumonia pode ocasionar uma sepse toxicidade endotoxinas fazem parte da estrutura bacteriana exotoxinas são produzidas pelas bactérias BIOSSEGURANÇA Riscos: químico(vermelho), mecanico (azul), biológico (marrom), ergonômico (amarelo) e físico (verde) BIOLÓGICOS Bactérias, fungos, vírus, protozoários e ectoparasitas Os mais importantes são vírus e bactérias Vírus: hepatites, tuberculose, pediculose(piolho), meningite, escabiose (sarna), bactéria multirresistente, influenza e HIV Causas mais comuns de acidentes: descarte incorreto de pérfuro cortantes reencape de agulhas - não deve ocorrer nunca utilização inadequada ou ausência de EPI’s condições inseguras durante o procedimento Repercussões da exposição risco de infecção impactos emocionais e sociais (contrair HIV) custos médicos e pessoais aspectos legais/burocráticos-legislação- NR 32 Tipos de exposição Percutâneas Mucosas Pele não íntegra Inalação de gotículas/aerossóis Veículo: sangue, secreções, gotículas dependendo de cada vírus e bactéria Riscos dependem: tipo do acidente, gravidade, tamanho da lesão, presença e volume de sangue envolvido, condições clínicas do paciente “doador”, uso correto da profilaxia pós acidente Riscos epidemiológicos enfermeiros possuem mais ricos pelo tipo de trabalho feito, pela quantidade de trabalhadores, contato com os pacientes maior Todos os acidentes com riscos biológico serão encaminhados ao hospital do trabalhador fazer os cuidados locais, faz registro na CIPA, avaliação da exposição e da fonte, manejo específico de HIV, hepatite B e C e exames constantes por 90 dias TAXA DE SOROCONVERSÃO taxa de quem tomou esta imunizado porque nem todo mundo tá anti hbs postivo = estamos protegidos hiv tomar anti viral aerossol vacinas: hepatite B, tétano (10 em 10 anos), tríplice viral,varicela CULTURA MICROBIOLÓGICA BACTÉRIAS AERÓBICAS Exame feito no laboratório de microbiologia, o qual trabalha de forma muito manual e ajuda a descobrir qual é a bactéria em questão em determinado paciente É o padrão ouro para vários diagnósticos de infecção Identifica gênero e espécie Testa a suscetibilidade aos antibióticos Crucial no tratamento de sepse (infecção grave) Importante para a epidemiologia local ETAPAS 1.COLETA DO MATERIAL A coleta é feita por swab, por exemplo, para levá-la ao laboratório onde a bactéria deve estar viva FERIDA COM MATERIAL PURULENTO AO CENTRO: não se passa swab na borda pois ali há flora residente, não passar no material purulento pois há grande combate entre bactéria e sistema imunológico e elas encontram-se, geralmente, mortas. Deve-se lavar com soro estéril retirando a secreção e então passar o swab no centro. Deve ser feito de maneira mais forte/vigorosa UROCULTURA é feito frequentemente. Recomendações: lavar a genitália, desprezar o primeiro jato para eliminar a flora da uretra, fazer com a primeira urina da manhã, colocar em frasco estéril e levar imediatamente ao laboratório. É difícil em crianças, idosos e em pacientes que usam sonda 2. SEMEADURA EM MEIOS DE CULTURA O meio de cultura depende do material coletado Líquido, semi sólido Técnicas padronizadas Meios padronizados Seletivos: só crescem algumas bactérias alvo Enriquecidos: crescem muitos tipos bacterianos Diferenciais: quando a bactéria cresce e muda o pH, por exemplo Após a semeadura, deve-se incubar a 35ºC/24h e então observar o crescimento de colônias 3. IDENTIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS Se as bactérias cresceram na fase 2 Cora-se as bactérias com GRAM Se for BGN (bacilo gram -)há uma rotina, se for CGP (cocos gram+) há outra 4. ANTIBIOGRAMA Testar in vitro antibióticos contra aquela bactéria Ocorre ao mesmo tempo da identificação da bactéria Entre coleta, semeadura e liberação gasta-se de 48 a 72h O antibiograma é uma lista com os antibióticos que seriam efetivos Quando se fala em uma infecção com grave risco de vida não precisa esperar o antibiograma, só da um antibiótico bem forte pra tentar salvar o paciente Um tratamento pode ser: empírico - baseado em epidemiologia, em dados científicos, “geralmente é tal bactéria”, segue as diretrizes de tratamento orientado - obtido com cultura onde se sabe exatamente a bactéria causadora Não se dá o antibiótico mais potente pq induz a sobrevivência das superbactérias Reação de PCR - Reação da Cadeia da Polimerase- busca diretamente o material genético de um patógeno Quando sabe que é infecção bacteriana mas não sai na cultura: erro de coleta, bactéria é anaeróbica, uso prévio de antibióticos ATBS ou meio de cultura inadequado CRESCIMENTO BACTERIANO 1 - ADAPTAÇÃO Período da instalação em que a bactéria está se adaptando ao meio Não há reprodução 2 - EXPONENCIAL Fase de crescimento o qual se dá em progressão geométrica A maioria das bac pode multiplicar seu número a cada 20 minutos 3 - ESTACIONÁRIA Esgotamento de nutrientes ou produção de toxinas 4 - MORTE A competição entre elas é maior do que a disponibilidade de nutrientes do meio FATORES DE CRESCIMENTO Temperatura, pH, população, competição, osmolaridade, nutrientes, luz e ATB MORFOLOGIA BACTERIANA E COLORAÇÃO DE GRAM MORFOLOGIA As bactérias podem ser: esféricas: COCOS bastão: BACILOS espiralada: ESPIROQUETAS vírgula: VIBRIÃO COLORAÇÃO DE GRAM Kit contém: corante cristal violeta, lugol, solução descorante e fucsina 1. semeei a bactéria em cultura e seleciono uma colônia e transfiro para lâmina 2. dissolve colônia em uma gota de água e seco o material com uma chama 3. pinga o corante cristal violeta por 1 minuto 4. coloca mordente/lugol formando o complexo cristal violeta com iodo por 1 minuto 5. lava o esfregaço com solução alcoólica ou acetona por 15 segundos algumas bactérias retém e outras não o cristal . Quem soltou o corante violeta (gram negativa) vai se corar com o próximo corante 6. adiciona fucsina por 30 segundos (rosa) 7. lava com agua As bactérias coradas em roxo: GRAM POSITIVAS As bactérias coradas com rosa: GRAM NEGATIVAS GRAM POSITIVAS Endotoxinas peptideoglicano e ácido teicóico e lipoteicóico (é parte integrante da membrana externa de algumas bactérias e só é libertada após a destruição da membrana externa da bactéria) Uma única membrana citoplasmática Grande quantidade de peptídeoglicanos São pirogênicas (causam febre) e piogênicas (produzem pus) Mais resistentes ao ambiente Mais sensíveis a penicilina Menos resistentes à antibióticos Grande parte das infecções comunitárias GRAM NEGATIVAS Apresenta uma camada muito fina de peptidoglicano Duas membranas citoplasmáticas (celular externa e citoplasmática) Endotoxina: lipopolissacarídeo (LPS), que é bem potente - essas toxinas estimulam o sistema imunológico para iniciar a defesa Podem ser muito resistentes à antibióticos por: - Dupla membrana citoplasmática responsável por uma maior seletividade a entrada de moléculas - Maior facilidade e maior troca de plasmídeos Grande parte das infecções hospitalares A maioria das doenças humanas são causadas por:COCOS e BACILOS gram - ou gram + BACILOS gram + :Lactobacillus sp, Clostridium sp BACILOS gram - : Escherichia coli, Proteus sp, Klebsiella pneumoniae, Salmonella sp, Shigella sp, Pseudomonas sp COCOS gram +: Staphylococcus sp, Streptococcus sp COCOS gram -: Neisseria sp Gonorréia: paciente masculino com secreção uretral e pus. Presença de Diplococos Gram negativos: Neisseria ghonorreae Meningite: paciente com Diplococos Gram negativos: Neisseria ghonorreae no líquor Vantagens: rápida e de fácil execução, baixo custo, indica a forma e o tipo de parede celular da bactéria, fornece informações básicas para iniciar o tratamento, o material de cultura pode ser direto do paciente Desvantagens: não é confirmatório, não indica a espécie, não indica resistência antibióticos FLORA BACTERIANA NORMAL Os moo estão em todos os lugares e diariamente os ingerimos e respiramos. Raramente invadem, multiplicam-se e produzem infecção em um organismo Existem os moo de colonização transitória, permanente e os que causam doenças A criança intra-útero é normalmente estéril, mas ao nascer já é colonizada ao passar pelo canal vagnal(por isso é importante que a mão não possua sífilis, gonorréia…), e ao ingerir leite materno Microbiota Transitória temporariamente no sítio anatômico facilmente removida pelos procedimentos de limpeza facilmente eliminada pelos procedimentos de antissepsia SÍTIOS SÍTIOS ESTÉREIS sangue, fluidos corporais como líquor, urina, líquido pleural, pericárdico, sinovial, ascítico SCN é altamente protegido anatomicamente e só apresenta moo quando houve quebra de barreiras de proteção SÍTIOS COM MICROBIOTA pele, boca, intestino, vagina... intestino grosso de adultos tem a microbiota mais variada do corpo 25% do peso das fezes é de bactérias uma pequena quantidade de moo pode causar doenças FLORA RESIDENTE / MICROBIOTA composta por moo saprófitas não é totalmente removida pelos procedimentos de limpeza não é totalmente eliminada pelos procedimentos de antissepsia é a flora normal que geralmente ocupa um local não causam doenças, mas protegem o corpo contra moo é uma fonte de moo potencialmente patogênicos caso estes mudem de sítio é influenciada por fatores ambientais, como dieta, condições sanitárias, poluição do ar, e hábitos de higiene, assim como idade, fatores hormonais e o consumo de laticínios AÇÕES BENÉFICAS DE UMA MICROBIOTA NORMAL A competição entre moo é importante pois a presença de um tipo de moo em um local do corpo dificulta a implantação de outros. Isso pode ocorrer por competição nutricional ou pelo fato de que alguns moo produzirem substâncias que eliminam espécies competidoras As bactérias normais do intestino são sintetizadas pela flora residente, como as do complexo B e K (obtida quase que exclusivamente pelos coliformes intestinais) AÇÕES DESFAVORÁVEIS Halitose, cárie, bromídrose (chulé e cc) A grande maioria (90%) dasdoenças ocorre por bactérias da flora residente que mudam de sítio INFECÇÕES ENDÓGENAS quando os moo deixam seu sítio original e migram para um novo local no corpo humano, ou seja, ocorre uma translocação de sítio Ocorrem quando a imunidade está suprimida, pois há uma facilidade de invasão e proliferação, ou pelo uso de antibióticos e imunossupressores que desequilibram a flora. Moo patogênicos ou de outros sítios possuem sua invasão facilitada pois esses medicamentos reduzem a microbiota local, reduzindo então a competição entre eles Determinantes na colonização microbiana as superfícies celulares: habilidade de adesão, receptores favoráveis para adesão, disponibilidade de nutrientes e oxigênio, interação microbiana, e resistência para fluidos epiteliais, movimentos celular-epitelial, sistema imune local, variação do pH EXEMPLOS DE FLORAS NORMAIS Boca: flora mista com predominância de cocos gram positivos (CGP) Vagina: Bacilo de Doderlein (BGP) - deixa o pH váginal ácido Intestino: flora mista com predominância de Coliformes (BGN) Pele: cocos gram positivos (CGP) A microbiota vaginal é alterada de acordo com a idade, o pH, e a secreção hormonal puberdade e menopausa - Lactobacillus de doderlein infância e pós menopausa - Corynebacterium, Staphylococcus epidemidis, Escherichia coli Uretra - Corynebacterium, Staphylococcus epidemidis, Escherichia coli, Streptococcus faecalis Trato intestinal possui 100 trilhões de bactérias de natureza saprófita e patogênica em equilíbrio. Tal equilíbrio pode ser afetado por uma dieta alimentar rica em carboidratos e gorduras, pelo uso excessivo de remédios como antibiótico e anti-inflamatórios, tabagismo, consumo de álcool, e estresse. O desequilíbrio da flora intestinal é denominado DISBIOSE. prisão de ventre facilita a passagem de moo para o intestino delgado cólon irritado causa diarréia, gases e cólica ao ingerir qualquer tipo de alimento distúrbio sério da flora desequilibra a produção de secreções dificultando a absorção de nutrientes A obesidade pode estar relacionada a microbiota intestinal residente. Pacientes obesos apresentam infecções crônicas PREBIÓTICO carboidratos não digeríveis que induzem a produção de lactobacilos e bifidobactérias no cólon PROBIÓTICO moo relacionados com a microbiota dos cólons CASO 1 PACIENTE, 22 ANOS QUEIXA – CORRIMENTO VAGINAL Aspecto: esbranquiçado, com ardência, inchaço em vulva, sem odor. HMP= uso de antibiótico de amplo espectro (ciprofloxacina) por 7 dias, finalizou o esquema terapêutico faz 4 dias. Candidíase antibiótico de amplo espectro matou todas as bact concorrentes do fungo amoxicilina pequeno espectro - mata cocos gram positivo sempre que possível usar de pequeno espectro CASO 2 MENINA, 5 anos, com corrimento vaginal Qual pergunta indispensável? Quais exames solicitar? coloração de gram do esfregaço da secreção, cultura microbiológica Tricomonas vaginalis - pode indicar dst presença de N. gonorhrreae - indica abuso candida - muito provável abuso, uso de antibiótico em dias anteriores reduz essa chance CASO 3 paciente usou azitromicina atb de amplo espectro teve diarréia por dois dias terminou atb há 1 dia pode fazer reposição de flora BACILOS GRAM NEGATIVOS Bacilos gram negativos são muito especializados, tem fímbrias, cápsulas e flagelos Formato de bastão Trocam plasmídeos com frequência entre espécies e para outras espécies também Geralmente não são combatidos com penicilina Tem grande facilidade para trocar material genético entre cepas da mesma espécie e entre espécies diferentes É altamente seletiva escolhendo o antibióticos que podem entrar nela devido a sua dupla membrana Sua membrana é rica na endotoxina lipopolissacarídeo (LPS), que desencadeia uma série de sintomas como febre alta, queda da pressão arterial e choque séptico - é o que dá a feição de enfermo COntém biofilme - responsável por auxiliar a adesão bacteriana, facilitar sobrevivencia, progejet contra agressoes Ex.: Escherichia, Klebsiella, Pseudomonas, Salmonella Yersinia - peste negra Salmonella typhi - febre tifóide S. dysenteriae - disenteria (fezes com muco e sangue) Infecção por mais de uma bactéria, ou não sabe se é gram + ou -, ou uma infecção muito grave faz-se uso de ATB de grande espectro. O problema de utilizá-los é que, se tenho bac na garganta, esse ATB se espalha pelo corpo todo sobrando apenas as bactérias mais resistentes no seu próprio corpo, e como as outras bactérias foram descartadas não há competição bacteriana, isso é recorrente em paciente que já foram internados muitas vezes, ficaram na UTI e fizeram cirurgias. ENTEROBACTERIACEAE É a maior e mais heterogênea família Mais de 30 gêneros e 150 espécies, sendo 10 gêneros e 25 espécies importantes para medicina Possuem uma distribuição oblíqua estando em vários lugares, preferindo locais com umidade e água Residem no intestino de animais Principais componentes da flora intestinal normal do homem Causam infecções intestinais, em feridas e no trato urinário Responsáveis pelos abscessos, pneumonia e meningites Causam também infecções nosocomiais/ infecções hospitalares Fatores de virulência: endotoxina LPS, cápsula e resistência e troca de plasmídeos Classificações e diferenciações São feitas por propriedades bioquímicas (por fermentação de açúcares), sorotipagem ou testes de biologia molecular (PCR) BGN são identificadas por: Sua estrutura antigênica através da sorotipagem (reação antígeno-anticorpo) Biologia molecular Reação da cadeia da polimerase (PCR) - busca material genético da bactéria Escherichia coli É a mais estudada no mundo Presente na flora intestinal Número 1 em infecções urinárias Tem muito pilli Papel crucial nas áreas de contaminação fecal de alimentos, água por material fecal Coliformes fecais vitamina K São contadas para ver, por exemplo, se uma água é própria para banho ou para consumo Podem causar: sepse - secundária a infecção do trato urinário meningite - principalmente em lactentes Algumas cepas são muito virulentas como: E. coli Enterotoxigênica e E. coli, Entero-hemorrágica (não precisa decorar) Fermenta a lactose Na biotecnologia produz várias substâncias como a insulina Klebsiella pneumoniae carbapenemase - KPC Muito resistente à ATB (a quase todos) É um gene plasmidial, podendo ser passado para outras bactérias (síntese de carbapenesemase é feita por um gene plasmidial) Encontrada nas vias respiratórias e nas fezes de 5% dos indivíduos Pode provocar extensa pneumonia Provoca infecção das vias urinárias e bacteremia (bacteria no sangue) em pacientes debilitados Os hospitais precisam ser serviço de controle de infecção hospitalar (CCIH) Paciente colonizado: a bactéria entrou no paciente. Na narina, reto, pele, sem ter causado doenças ainda Paciente infectado: a bactéria já conseguiu causar infecção UTI os pacientes estão imunocomprometidas Azitromicina inibe a síntese proteica, as pessoas que tem covid podem ter infecção bacteriana generalizada por isso usa-se azitromicina COCOS GRAM + Sua parede celular é rica em peptideoglicanos e ácido teicóico como endotoxinas São piogênica (pus) e pirogênicas (febre) São extremamente resistente a ambientes externos e à pressões Pertencem a duas famílias: Micrococcaceae e Streptococcaceae Geralmente tratados com penicilina Micrococcacea São catalase positivas - borbulham em água oxigenada/peróxido de hidrogênio ● Staphylococcus - estafilococos imóveis agrupados em massas irregulares ou em cachos de uva aeróbios ou anaeróbios facultativos piogênicas por excelência amplamente distribuídos na natureza não são essencialmente parasitas humanos S. epidermidis (pele) e S. saprophyticus (uretra) são da flora residente com baixo potencial patogênico S. aureus é um patógeno em potencial pode ser flora residente nas narinas (40% das pessoas) Quando cresce em meio de cultura, produz pigmento amarelado (dourado - aureus) PROVA DE COAGULASE identifica a presença ou não da enzima coagulase diferencia estafilococos S. aureus são positivo - os únicos Os estafilococos coagulase-negativossão membros da microbiota humana normal. Apresentam baixo potencial patogênico, e algumas vezes causam infecções em idosos e imunocomprometidos. Tem importância se o paciente está em UTI , e muito imunossuprimidos, podendo contaminar o acesso/catéter venoso central. Apresenta enzima coagulase, ou seja é coagulase positivo Apresenta: cápsula, peptidoglicano como endotoxina, proteína A (se liga a fração constante da Igg promovendo a evasão da fagocitose - quebra molécula do anticorpo), coagulase (forma coágulos de fibrina), fibrinolisina Pode causar infecções cutâneas (principal suspeita) , sepse, endocardite aguda, pneumonia, osteomielite, artrite séptica Mec A gene que concede a resistência antibiótico Produz toxinas extremamente potentes com alta capacidade de estimular o sistema imunológico do indivíduo Fatores de virulência: cápsula, proteína A, toxina, adesinas e enzimas Impetigo causada por qualquer gram + INTOXICAÇÃO ALIMENTAR: - Come a toxina (a bac está na mão da pessoa que produz o alimento passando-o para o alimento, que fica sem refrigeração as bac produzem toxinas que são ingeridas) - Intoxicação NÃO causa febre - Diarréia aguda e vômito diminuindo nas últimas 6 horas - Quem come toxina NÃO faz uso de ATB, isso só piora. - Medicamentos para cortar a diarréia. - É muito importante a hidratação - água do coco, gatorade Fatores envolvidos: refrigeração inadequada, preparo do alimento com muita antecedência, higiene inadequada do manipulador, cocção ou processamento térmico inadequado, manutenção dos alimentos em temperaturas favoráveis à sua manipulação. INFECÇÃO INTESTINAL: - Pessoa come uma quantidade de bactérias, muito causada por salmonella (BGN). - Tem febre, sangue nas fezes, dor abdominal - Faz uso de ATB, pode usar probióticos (floratil, yakult) - Geralmente ocorre por mais de um dia - Causam diarréia aguda - Salmonella ou Shiguella SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO Infecção por cepas do Staphylococcus aureus que produz a toxina TSST Condição sistêmica grave Febre, hipotensão e choque Pode ocorrer em um evento menstrual - uso de tampão absorvente - ou em infecção cirúrgica SÍNDROME DA PELE ESCALDADA Acomete pcnt hospitalizados, recém-nascidos e crianças abaixo de 1 ano Causada por exotoxina (exofoliativa) do S. aureus MRSA s. aureus resistente a meticilina (oxacilina) - usar vancomicina (ATB mais potente pra gram +). - Mutação no gene MecA. - Infecção hospitalar. - É um problema mundial. - O uso demasiado de vancomicina fez evoluir para VRSA VRSA - não existe ATB pra ela. - O pcnt morre - Deve inutilizar aquilo que ele usou. GASTROENTERITE NOROVÍRUS: várias pessoas contaminadas em um hotel, por exemplo. ROTAVÍRUS: causa infecção ● Streptococcaceae - ESTREPTOCOCOS São catalase negativas Formam pares ou cadeias Catalase-negativos Amplamente distribuídos na natureza Fazem parte da microbiota normal: TR, GI, TGU CLASSIFICAÇÃO ● PADRÃO DE HEMÓLISE em ágar sangue Beta hemólise Hemólise completa dos eritrócitos Forma uma área clara ao redor das colônias Streptococcus pyogenes a agalactiae Alfa hemólise Hemólise incompleta dos eritrócitos Forma uma área esverdeada ao redor das colônias Streptococcus pneumoniae Streptococcus do grupo viridans ● LANCEFIELD busca antígenos específicos na parede celular através de sorotipagem divide em grupos, sendo que A,B,C,F e G causam infecções em adultos Grupo A: Streptococcus pyogenes Grupo B: S. agalactiae Grupo C: S. dysgalactie, equi Grupo D : Enterococcus spp. S. penumoniae NÃO tem classificação DOENÇAS: de pele, endocardite, febre puerperal, meningite, pneumonia, glomerulonefrite... Streptococcus pyogenes - gram + - catalase - - beta hemólise - grupo A de Lancefield - tem as proteínas M e T na parede celular - causa faringite, otite, sinusite, erisipela, impetigo, piodermite, febre puerperal, fasciíte necrotizante Faringite Estreptocócica causada por pyogenes em 90% dos casos bacterianos, mas 70% de TODOS os casos são virais paciente apresenta febre alta, calafrio, dor de cabeça, e vômitos tonsilas ficam avermelhadas podendo apresentar exsudado supurativo/placas de pus os nódulos linfáticos cervicais aumentam de tamanho ficando doloridos Amidalite e faringite aguda 15-30% nas crianças e 5-10% nos adultos associado a complicações da faringite causa abscesso, otite média e sinusite, escarlatina, febre reumática 70% das faringoamigdalites tem origem viral Piodermites Erisipela infecção superficial cutânea geralmente ocorre em pessoas com excesso de peso, diabéticos e em pessoas com dificuldade na circulação venosa dos membros inferiores dor localizada, inflamação e linfonodomegalia tratamento com penicilina bactéria pode evoluir com celulite atingindo o tecido adiposo Impetigo afeta a camada superficial da pele em áreas expostas atinge principalmente crianças Celulite piora do quadro de erisipela envolve a pele e o tecido subcutâneo (adiposo) Fasciite necrosante gangreana estreptocócica infecção chega a fáscia superficial associada a altos índices de morbimortalidade S. agalactiae - gram + - catalase - - beta hemólise - grupo B de Lancefield - presente na flora normal do trato digestivo - coloniza o trato genital - 15-30% das gestantes tem essa bactéria no trato genital - causa: sepse, meningite e pneumonia no recém nascido - para prevenção trata-se com antibiótico as mães Streptococcus pneumoniae - diplococo - gram + - alfa hemolítico (prova da optoquina) - apresenta cápsula de polissacarídeos de defesa contra ingestão e destruição por fagócitos - causa: pneumonia, meningite, sinusite, otite, bacteremia, sepse, empiema (piogênica e pirogênica) pericardite e endocardite - maior causa de pneumonia adquirida em comunidade - pneumonia é a maior causa de morte em adultos - determinantes de sua patogenia: cápsula, ácido teicóico, proteína A de superfície, pneumolisina, neuraminidase - GRIPE - PNEUMONIA BACTERIANA 1 - GRIPE INFLUENZA - DESGASTADO O S.Imune 2- MUITA CORIZA 3- REDUÇÃO DO BATIMENTO DAS MUCOCILIARES 4- BRONCOASPIRAÇÃO 5- JUNTO COM A CORIZA VEM O PNEUMOCOCO existe VACINA ANTI PNEUMOCÓCICA (23-VALENTE, 10-VALENTE) ANTIBIÓTICOS AGENTE ANTIMICROBIANO: extermina micróbios ou impede sua proliferação ANTIBIÓTICO: tende impedir ou inibir a vida ou até mesmo produzir a morte; produzido por células vivas (bactérias,mofo, leveduras, vegetais) Entre os fármacos mais receitados no mundo O uso indiscriminado aumenta o custo do tratamento pois: produz efeitos colaterais, interações medicamentosas, favorece a resistência bacteriana A dose em crianças é feita por peso, e em idosos por função renal PARA MINIMIZAR SUPERINFECÇÕES Utilizar um antimicrobiano específico (espectro estreito) sempre que possível Não utilizar antimicrobianos para o tratamento desnecessariamente (ex: infecções virais) - em dúvidas ok Não prolongar desnecessariamente a terapia antimicrobiana CONCEITOS TOXICIDADE SELETIVA é a capacidade de lesar o moo sem ser tóxica para o hospedeiro SINERGISMO: quando a combinação de duas drogas aumenta a atividade de ambas, mas não é algo frequente ANTAGONISMO: quando um antimicrobiano diminui a ação de outro ATB DE PEQUENO ESPECTRO mata gram + (preserva a flora residente) ATB DE GRANDE ESPECTRO mata gram - e + HISTÓRICO • 1900: relatos do uso de arsênico para tratar sífilis • 1929 Penicilina, mas só entrou no mercado em 1914 • 1936: Uso clínico das sulfonamidas • 1940: Valor terapêutico da penicilina e da estreptomicina – Era moderna da terapia antibiótica • 1950: “Anos dourados” da quimioterapia antimicrobiana IMPORTÂNCIA - É curativo, não paliativo - Importante em países em desenvolvimento devido a incidência de doenças infecciosas - 25% das mortes são causadas por infecções no mundo, e 45% em países em desenvolvimento - Corresponde a 12% das prescrições ambulatoriais - Não têm efeito imediato porque precisa ser absorvido, metabolizado hepaticamente, tornar a molécula ativa, chegar no sítio infeccioso - Depende do sistema imunológico - Um dia de UTI pode custar uns R$15.000,00 dependendo do medicamentoem uso - São os únicos agentes farmacológicos que afetam não só os pacientes, mas interferem no ambiente hospitalar pela alteração da ecologia microbiana - Sua eficiência depende do fármaco, da resistência da bactéria e do organismo do paciente - A ação dos ATB está relacionada com suas estruturas químicas - Classificados de acordo com sua potência Bacteriostático: impede a multiplicação, ficando a cargo do sistema imune eliminar as bactérias Bactericida: matam as bactérias - utilizado em infecções mais graves - O diagnóstico etiológico pode ser de certeza ou presuntivo. De certeza quando se faz o antibiograma. Quando presuntivo, o tratamento é empírico Quando o paciente é admitido no hospital se faz exame de: creatinina (função renal), transaminases ALT e AST (função hepática), glicemia e hemograma VIAS DE ADMINISTRAÇÃO oral, venosa, muscular, intratecal, inalatória, uso tópico ASPECTOS IMPORTANTES mecanismo de ação espectro de atuação farmacocinética posologia principais indicações clínicas FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA DOS ATB características do paciente idade, função renal e hepática, estado imunológico, localização do processo infeccioso, terapia prévia com antimicrobianos, gravidez/lactação, alergias agentes etiológicos e os prováveis mecanismos de resistência propriedades dos antimicrobianos farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo, excreção) mecanismo de ação toxicidade interação medicamentosa custos Consumo de álcool junto com ATB não é recomendado pois ambos dependem do fígado para o metabolismo, além disso, o álcool é imunossupressor Deve ser tomado no menor tempo possível Quando o paciente esquece de tomar a medicação o ATB perde sua eficiência, pois nesse tempo, pode ser que as bactérias voltem a crescer CLASSIFICAÇÃO Natural Semi-sintético Sintético Pequeno espectro: mata gram + Amplo espectro: mata gram + e gram - (trocam muitos plasmídeos, além de apresentarem dupla membrana citoplasmática conferindo seletividade) O pequeno espectro é o mais preferido para manter a flora residente MECANISMO DE AÇÃO O local onde atuam indica sua classe ATB podem atuar sobre: síntese da parede celular síntese proteica síntese de material genético/ ácidos nucleicos antimetabólicos 1. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR ➢ Beta-lactâmicos, Carbapenens e Vancomicina beta-lactâmicos: penicilina e cefalosporina (1) carbapenens e vancomicina apenas uso hospitalar ➢ Penicilina foi descoberta em 1929 e entrou no mercado na segunda guerra mundial, em 1941 ➢ Penicilina e cefalosporina apresentam anel beta lactâmico onde fica um ponto de entrada ➢ necessitam se ligar às proteínas de ligação de penicilina (PBP). Essa ligação inibe a síntese de peptideoglicanos impedindo a formação da parede celular, além de ter enzimas autolíticas, que destroem a parede celular das bactérias já existentes BETA-LACTÂMICOS - PENICILINA ➢ benzilpenicilina (benzetacil - intramuscular) amoxicilina (comprimido - pouco tóxica, com poucos efeitos colaterais) ampicilina (cápsulas, suspensão e injetável) ➢ Baixo custo, baixa toxicidade ➢ Não é usada via oral pois é mal absorvida no intestino ➢ Pequeno espectro ➢ Primeira escolha para infecções bacterianas causadas por organismos gram + e ou não suspeitos a resistência ➢ chega bem em vários tecidos ➔ semi sintéticas: ISOXAZOLILPENICILINAS: meticilina/oxacilina (MRSA/ORSA) é mais forte - usado em infecções graves AMINOPENICILINAS: ampicilina e amoxicilina - em suspensão ou em cápsulas // infecções de garganta, por exemplo ➔ naturais: penicilina G cristalina (IV ou IM) // usado em RN com sífilis congênita penicilina G procaina (IM) penicilina G benzatina (IM) - benzetacil CEFALOSPORINA ➢ cefaclor, cefuroxima, ceftazidima, ceftriaxona, cefotaxima, cefonicida ➢ seu anel beta lactâmico apresenta duas possibilidade de entrada ➢ são bactericidas ➢ tem maior espectro, sendo utilizadas em gram - ➢ tem melhor farmacocinética ➢ mais resistentes a beta lactamase (enzima que inibe o anel beta-lactâmico) ➢ tem 4 gerações, quanto maior geração mais potente 1 geração: cefalexina (gram +) - prevenção de infecção em pontos cirúrgicos 2 geração: cefaclor (Amplo espectro) 3 geração: ceftriaxona (Amplo espectro) - clinicamente o paciente tem pneumonia bacteriana, pielonefrite, suspeita de meningite bacteriana - muito potente 4 geração: cefepima (Amplo espectro) - apenas uso hospitalar ➢ estimulam a produção de auto-lisinas bacterianas ➢ inibem a síntese da parede celular bacteriana ligando-se a enzimas bacterianas específicas (proteínas ligadoras de penicilinas) ➢ boa distribuição corporal resistência ao beta lactâmicos existe quando a bact produz beta lactamase quebrando o anel beta lactâmico e o atb perde sua capacidade de se ligação ao sítio, ou por uma mutação bacteriana e o ATB não consegue se ligar à bactéria carbapenemase - inibidor de parede celular mais potente bact com grande quant de betalactamase passa pelo teste de atividade. Se for esbl positivo é de amplo espectro e ai nao da pra usar beta lactâmicos carbapenens são reservados para infecções graves, usado em infecções hospitalares. meropenem é estável a maioria das beta lactamases exceto kpc VANCOMICINA ➢ glicopeptídeo complexo não absorvido via oral ➢ só pra gram + não atravessa gram - pq sua molécula é muito grande ai nao passa pelas paredes ➢ usada para MRSA polimexina b é o último recurso pra gram - CLAVULIN: ÁCIDO CLAVULÂNICO + AMOXICILINA - usado para infecções recorrentes - ácido clavulânico é inibidor de beta lactamases, enzima que impede a ação da penicilina/betalactâmicos AMPICILINA + SULBACTAM (inibidor de beta lactamases ) ANTIPSEUDOMONAS : PIPERACILINA + TAZOBACTAN (inibidor de beta lactamase) ● Ácido clavulânico, Sulbactam e Tazobactan são inibidores das beta-lactamses bactéria tem mutação na plp então o uso de clavulin não adianta não se usa amplo espectro quando pode usar pequeno 2. INIBIÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA ➢ atuam nas subunidades dos ribossomos ➢ pode ligar-se apenas no ribossomo da célula da bactéria e não da humana ➢ Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, Cloranfenicol, Macrolídeos, Clindamicina ➢ são bacteriostáticos AMINOGLICOSÍDEOS - amplo espectro - infecção por gram - - eficazes,mas raramente utilizados para gram + pois é mais tóxico em relação a outros ATB igualmente eficazes - gentamicina(EV e IM)/ pielonefrite, tobramicina (colirio)/conjuntivite, neomicina (tópico), amicacina (EV e IM) - nefro e ototóxica - atua na subunidade 30S do ribossomo TETRACICLINAS - bacteriostáticos - amplo espectro - tigecilina mais potente CLORAFENICOL - não usado - muito tóxico para a medula óssea de algumas pessoas MACROLÍDEOS (2) - muito utilizados - amplo espectro (gram+ gram- e anaeróbios) pode ter efeito sobre bactérias intracelulares (clamidea) - uso em IVAS - bactericida e bacteriostático dependendo da concentração, da fase e do tipo de moo - eritromicina, azitromicina, claritromicina e roxitromicina - afinidade pela subunidade 50s do ribossomo 3. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS ➢ atuam sobre DNAgirase, que faz enovelamento do DNA - quinolonas (3) QUINOLONAS (3) - atua sobre a proteína DNAgirase, que denovela o DNA impedindo a duplicação do material genético - principal uso: infecções de trato genito-urinário (BGN) - apresentou rápida resistência - ciprofloxacina (2ª geração) não mais boa pra infecção de trato genito urinario (primeira escolha - nitrofurantoina e fosfomicina); levofloxacino (3ª geração) - levofloxacino e cipro para pnuemonia emirica RIFAMPICINA - inibe a síntese de RNA - spray - principal uso no tratamento da tuberculose e hanseníase - ativa contra CGP - não atua sobre BGN - liga-se na RNApolimerase bloqueando a síntese do RNA mensageiro - VO - tem alta distribuição - metabolizada pelo fígado e excretada pela bile - pode causar hepatite medicamentosa METRONIDAZOL - FLAGYL - endovenoso em ambiente hospitalar paciente está com infecção grave por bactérias anaeróbicas - não atua sobre bacterias aerobicas pois não metabolizam- metabolização hepática - alta absorção e distribuição METRONIDAZOL + AZITROMICINA combate bactérias anaeróbicas e gram + e - 4. ANTIMETABÓLITOS ➢ sulfonamidas (sulfas) e trimetoprim ➢ atuam como análogos competitivos do ácido para-aminobenzoico alterando a formação do ácido fólico bacteriano SULFONAMIDAS - Competem com o ácido p-aminobenzóico, impedindo a síntese de ácido fólico necessário para certas bactérias - Eficazes para bactérias GN e GP - Em alguns casos, não atravessa a membrana externa das BGN TRIMETOPRIM - Inibe a formação de timidina, metionina e glicina pela célula bacteriana - associada as sulfas - bacteriostatico SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIM = BACTRIN muito seguro, bem distribuído, com efeitos colaterais bem conhecidos POLIMIXINA -B - altera as membranas celulares das bactérias destruindo suas paredes celulares, semelhante a um detergente - molécula grande - contra BGN, especialmente Pseudomonas multirresistente - última opção para gram - - muito tóxica quem é alérgico a penicilina tem como primeira opção macrolídeos AMPICILINA + GENTAMICINA - em recém nascidos não se sabe a bact responsável (gram + ou gram - ?) - tento proteger contra todos os agentes - ampicilina gram +, gentamicina gram - - ainda que a gentamicina seja altamente tóxico o benefício compensa para evitar sepse em crianças muito pequenas POLIMIXINA + TIGECICLINA - para KPC glicopeptídeos são a última escolha para gram + polimixinas são a última escolha para gram - se dou um ATB que não funciona e é preciso trocar o certo é mudar a classe do medicamento - o início da melhora do paciente deve ocorrer em 48h rodízio de ATB serve para não permitir a resistência das bactérias aos ATB a associação de ATB deve ocorrer entre medicamentos de diferentes classes TESTES DE SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS CULTURA MICROBIOLÓGICA ANTIBIOBRAMA Pela realização do antibiograma Evolução clinica: deve- se considerar o paciente, o moo e o antimicrobiano, ou seja, a imunidade, o teste de sensibilidade e a farmacologia É necessário que as bactérias cresçam em laboratório 1. coletar 2. semear 3. identificar 4. liberar antibiograma É testar in-vitro bactéria isolada do paciente x antibióticos, classificando em sensível ou resistente àqueles antibióticos Bactérias fastidiosas tem dificuldade em crescer em laboratório Pode ser QUALITATIVA ou QUANTITATIVA TESTES DE DISCO DIFUSÃO EM ÁGAR MUELLER-HINTON Avaliação qualitativa Custo acessível Leva 48h 1. bactéria isolada 2. semeadura 3. disco com ATB - papel filtro impregnado com ATB 4. estufa/incubação 5. após 24h analisa se há inibição do crescimento bacteriano ao redor do disco de ATB. Como escolho o ATB a ser testado? - É CGP ou BGN? - Qual material foi semeado? Secreção, sepse, - Quais ATB a farmácia do hospital tem? - É comunitária ou hospitalar? O que define é o antibiograma. Uma bactéria que resiste a muitos ATB é hospitalar Se a bactéria não cresce na presença de ATB, ela é sensível a ele O tamanho do halo é importante para definir a sensibilidade ou não - quando maior o halo (região escura ao redor) maior a sensibilidade Bactéria comunitária sensíveis a vários ATB BActéria hospitalar quase não tem halos porque é muito resistente paciente colonizado pela KPC, pseudomonas têm bactérias - teste é feito por swab retal e nasal (MRSA) paciente infectado pela KPC tem as bactérias que estão causando doenças Escherichia coli - nitrofurantoina CIM - MIC É concentração mínima capaz de inibir o crescimento de um dado moo Método automatizado Linhas e colunas, onde, em cada quadrado, tem diferentes concentrações de ATB. Após 24h determina onde a bactéria conseguiu crescer ou não Etest É uma fitinha com concentrações frequentes de ATB. Quando o halo some é porque a concentração é eficiente Caro - Quando usar antibiograma? sempre em infecções graves VÍRUS HERPÉTICOS Família Herpersviridae Latentes e vitalícios Intermitentemente o vírus latente pode ser reativado em resposta a estímulos, iniciando novamente sua proliferação e pode causar sinais clínicos Consegue evasão do sistema imunológico Vírus herpéticos em humanos: HSV-1 Simples vírus 1 HSV-2 Simplex vìrus 2 HSV-3 Vírus da Varicela-Zost er HSV-4 Vírus Epstein-Barr HSV-5 Citomegaloví rus local de latência cél. neurais periféricas/ plexos nervosos nervo trigêmeo cél. neurais periféricas/ plexos nervosos plexo sacral cél. neurais periféricas/ plexos nervosos plexo dorsal células linfóides células renais família alfa alfa alfa gama beta característic citolítico citolítico citolítico citomegálico ESTRUTURA Genoma DNA de fita dupla Capsídeo - icosaédrica Envelope lipoprotéico com espículas de glicoproteínas Adesão às células hospedeiras ocorre através das espículas Quando se multiplicam, usam as células hospedeiras e por fim, destroem essas células A reativação ocorre em casos de estresse, radiação UV, uso de corticosteróides, situações de imunodepressão HSV-1 e HSV-2 ● distribuição mundial ● humanos são o reservatório natural ● o tipo 1 é adquirido mais facilmente do que o tipo 2 ○ >90% pessoas >50 anos: sorologia positiva para HSV 1 ● não há dados certos sobre a prevalência dessa infecção – estima-se cerca de 75% da população adulta 1. tem contato com o vírus - porta de entrada: mucosas, órgãos genitais e escoriações da pele 2. disseminação hematogênica ou neurogênica 3. propagação 4. infecção primária ● entra pelas terminações nervosas - axônio - gânglio sensorial ● após a multiplicação, faz a lise celular - citolítico ● infecção primária pode apresentar uma manifestação clínica com gengivoestomatite: febre, odinofagia, vesículas dolorosas em língua, palato, gengiva, mucosa oral e lábios. ● estímulos: trauma na região inervada pelo gânglio infectado, estresse emocional, hipertermia, menstruação, desequilíbrio hormonal, exposição UV, outra infecções, uso de imunossupressores ● dor em queimação por atingir células nervosas HSV-1: fica latente no nervo trigêmio HSV-2: latência nos gânglios sacrais próximo a coluna ● tipo 1 geralmente causa: conjuntivite, gengivoestomatite, e herpes pele ● tipo 2 geralmente causa: herpes genital, meningite em RN (adquire da mãe que tem herpes genital) ● caso o tipo 1 chegue aos olhos causa CERATOCONJUNTIVITE que pode causar úlcera de córnea e vesículas nas pálpebras podendo levar a cegueira HERPES LABIAL ❖ branda, autolimitada ❖ geralmente tipo 1 ❖ 3-4 episódios/ano ❖ pródromos: prurido e ardor (altamente infectante) ❖ creme antiviral - Aciclovir (antes de aparecer a lesão) é queratolítico, ou seja, destrói a queratina e lesiona o local, por isso só deve ser usado no local. Passar 5x ao dia por 3 dias. Caso seja muito grave pode ser VO 200mg 5x ao dia HERPES GENITAL ❖ atinge 15% da população ❖ múltiplas vesículas pequenas com líquido claro em seu interior em região genital, com muita dor ❖ geralmente tipo 2 ❖ demoram um pouco mais para curar, cerca de 3 semanas ❖ geralmente no pênis, colo uterino, vulva, vagina e períneo ❖ grande problema se tem herpes na vulva/vagina, pois ao nascer, a criança passa por ali e é contaminada tendo meningite, encefalite (lesão do lobo temporal // altas taxas de mortalidade e de sequelas) HERPES NEONATAL ❖ 1:5.000 partos/ano ❖ Taxa de mortalidade quando não tratada é de 50% ❖ pode ser adquirida in utero, durante o parto normal ou após o nascimento ❖ Lesões: olhos, pele e boca; encefalite (HSV-2) ; e doença disseminada em múltiplos órgãos. HSV1= encefalites em adultos HSV2= encefalites em bebês DIAGNÓSTICO CRITÉRIOS CLÍNICOS: Lesões vesiculares múltiplas agrupadas em base eritematosa muito dolorosas CRITÉRIOS LABORATORIAIS: Isolamento viral em cultura e PCR (mas não é comum) TRATAMENTO Aciclovir VO: 200mg 5x dia Aciclovir creme: uso local 5 x dia psoríase genital pode ser confundida com herpes 2 VÍRUS DA VARICELA-ZOSTER VZV - tipo 3 Latente em plexo dorsal Primeira manifestação se dá por VARICELA/CATAPORA - período de incubação 14-20 dias - evolução rápida - contagiosa - leões em diferentes estágios- polimorfismo regional - entrada: vias respiratórias - multiplicação do vírus ocorre no local de contaminação - disseminação hematológica - doença benigna - extremamente contagiosa - 90% dos casos ocorrem em pessoas menores de 13 anos - caráter sazonal - inverno - Período de incubação: 14 dias - pápulas vermelhas - bolhas - crostas - Pródromos (1-2 dias antes do exantema): febre baixa, mal-estar, adinamia (fraqueza); - Rash maculo-papulo-vesicular - Tronco e face → disseminação centrífuga - POLIMORFISMO REGIONAL - Pode acometer mucosa - Tem vacina, e nesses indivíduos pode ser mais branda Reativação causa HERPES ZOSTER OU COBREIRO - reativa por traumas físicos ou psíquicos ou com imunidade comprometida - vírus migra das vias neurais para a pele causando erupção vesicular - pode causar lesão nervosa, paralisia e dor intensa - pródromo (início dos sintomas): 2-3 dias de dor e ardor, seguido por rash eritematoso - erupção vesicular obedecendo dermátomo - não ultrapassa a linha média - Em imunocomprometidos pode-se encontrar vesículas além do dermátomo acometido COMPLICAÇÕES - Infecção secundária: bactérias gram+ - Meningite - Mielite Transversa - inflamação da medula Causa neuralgia pós-herpética - Em 35% dos pacientes sem terapia até 6 meses. Em 15% dos pacientes sob tratamento com antivirais - Graves em: problemas oftálmicos, infecções secundárias, problemas motores, síndrome de Guillan-Barré e dor Síndrome de Guilan-Barré pode ser ocasionada por qualquer infecção viral - doença autoimune que destrói as bainhas de mielina PROFILAXIA Vacinação: faz parte do calendário básico de crianças. É uma vacina com vírus vivo, em dose única aos 15 meses, junto com SCR (sarampo, caxumba e rubéola) DIAGNÓSTICO É clínico em imunocompetentes TRATAMENTO Tratamento para varicela – sintomático se necessário Recuperação em duas semanas HHV4- VÍRUS EPSTEIN-BARR -EBV Família Herpesviridae; Subfamília: Gamaherpesvirinae Latência - linfócitos B Vírus oncogênico - introduz seu DNA as células hospedeiras o que pode alterar essa célula Não existe tratamento nem formas de controle da doença. Infecção produz imunidade por toda vida Um indivíduo infectado pelo Epstein-Barr pode manter-se com o vírus na sua orofaringe por até 18 meses após a resolução dos sintomas, podendo contaminar pessoas com quem mantenha algum contato íntimo MONONUCLEOSE INFECCIOSA - primeira reação - Porta de entrada: orofaringe-saliva - beijo - Não existe tratamento nem formas de controle da doença. - Infecção das células epiteliais da orofaringe e das glândulas salivares - Disseminação para sistema linfático – linfócito B - Disseminação por viremia ou pelos linfócitos infectados - fígado e baço - Sintomas: dor de garganta, perda de apetite, cansaço, febre baixa, edema nos linfonodos - Primeiro contato, geralmente, quando crianças tendo pico entre 15-20 anos - Achados clínicos: amigdalofaringite, linfadenopatia e hepatoesplenomegalia - Diagnóstico: clínico, exames complementares, sorologia para EBV e linfócitos atípicos no hemograma - Associação com cânceres linfóides: linfoma de burkitt e carcinoma nasofaríngeo Neoplasias Quadros cutâneos Leucoplasia oral pilosa em pacientes HIV+ /AIDS - placas brancas, nas bordas laterais da língua, que não podem ser retiradas por raspagem HHV-5 CITOMEGALOVÍRUS - CMV Quando infecta a célula, ela fica maior Infecção é comum, mas a doença é rara. Geralmente ocorre em pessoas com HIV, por exemplo Saliva, sangue ou secreções INFECÇÃO CONGÊNITA - o problema se dá quando a mãe adquire a doença durante o período gestacional pode ocasionar anormalidades congênitas em recém-nascidos Pacientes com HIV, transplantados, bebês prematuros, nesses casos a maioria dos órgãos são afetados O principal acometido é o transplantado renal, sendo a maior causa de perda nos pacientes transplantados, além dos medicamentos imunossupressores que facilitam a reativação do vírus Latente nas células renais l Prevenção É um exame pré-natal obrigatório Não há vacina Tentar evitar contaminação de gestantes soronegativas Acompanhar a evolução da infecção em transplantados e imunodeprimidos Iniciar tratamento quando viremia ocorre INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ¼ da população brasileira iniciou sua vida sexual antes dos 15 anos, 35% entre 15 e 19 anos e 30% entre 15-49 relataram ter múltiplos parceiros no ano anterior Apresentam vários agentes etiológicos (vírus, bactérias, protozoários e fungos) Transmitidas por contato sexual, sanguíneo e durante a gestação, parto e amamentação ● Candidíase é causada por fungo, Candida albicans, e só é causada IST caso a cepa do fungo for virulento, apenas desequilíbrio de flora Podem se apresentar como: úlcera genital, corrimento uretral, corrimento vaginal e doença inflamatória pélvica Potencialmente fatais/debilitantes - fatais principalmente em crianças Grande parcela dos pacientes são assintomáticos, a maior parte são mulheres A maior incidência ocorre em jovens adultos, independente da orientação sexual, apenas a quantidade de parceiros é relevante NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Sífilis adquirida, Sífilis em gestante, Sífilis congênita, Hepatites virais B e C, Aids, infecção pelo HIV CANCRO MOLE Haemophilus ducreyi Transmissão:sexo vaginal, anal ou oral Bacilo gram negativo Acomete mais homens Ulcerações pequenas, dolorosas, com bordos irregulares, múltiplas, dor de cabeça, febre, prostração, linfadenopatia (linfonodos aumentados na região) Período de incubação de 3-5 dias, podendo se estender por até duas semanas. Diagnóstico clínico, confirmação com coloração de gram raspado na lesão e PCR Azitromicina (dose única) e ciprofloxacina por 3 dias SÍFILIS ADQUIRIDA RECENTE - CANCRO DURO Lesão única com bordos regulares, sem pus, e indolor Penicilina G benzatina - benzetacil Causada por espiroqueta ➔ Diagnóstico diferencial: cancro mole, sífilis, herpes genital, donovanose e lesões traumáticas infectadas HERPES ANOGENITAL Causado por Herpes vírus tipo 2 (HSV-2). Pequenas vesículas com líquido claro em seu interior Transmissão por contato sexual Manifestação relacionada com imunossupressão Sintomas: ➢ primeiramente prurido, ➢ fisgada ➢ sensação de queimadura na pele dos genitais, ➢ pequenas vesículas nos genitais ou anais que se tornam muito dolorosas as quais cicatrizam-se em algumas semanas com ou sem tratamento As lesões são altamente infectiveis Primoinfecção: manifestação mais grave caracterizada pelo surgimento de lesões eritematopapulosas de um a três milímetros de diâmetro, muito dolorosas e de localização variável na região genital. O conteúdo dessas vesículas é geralmente citrino, raramente turvo. Bastante sintomático. Febre, mal estar, mialgia e disúria. Em mulheres simula infecção urinária baixa A linfadenomegalia inguinal dolorosa bilateral está presente em 50% dos caso Tempo de incubação 6 dias A reativação ocorre em 90% dos pacientes nos 12 primeiros meses, e pode dever-se a quadros infecciosos, exposição a radiação ultravioleta, traumatismos locais, estresse físico ou emocional e imunossupressão INFECÇÕES PERINATAIS HERPES NEONATAL: - lesões grandes vasculares - criança apresentava encefalite por HSV-2 - pode ter manifestações mucocutâneas e até mesmo meningite HUMAN PAPILLOMAVIRUS - HPV Vírus não envelopado, latente e vitalício Infecta as mucosas genitais tais como vulva, vagina, colo do útero e pênis, assim como a pele Atualmente o HPV é considerado como fator “necessário” para a presença do Câncer do Colo Uterino – ele está presente em 99 % das mulheres com essa doença - HPV dos tipos 16 e 18 condiloma = verruga genital = crista de galo - HPV dos tipos 6 e 11 Subgrupo de HPVs mais relacionados ao Câncer ocorrem quando o vírus permanece Vírus oncogênico CONDILOMA HPV Transmissão sexual Manifestação clássica: - pele dolorosa - pequenas verrugas rugosas nas zonas genitais, anais ou garganta Mulheres: na vulva, períneo, vagina e colo do útero Homens: na glande, prepúcio e a bolsa testicular Apresenta associação com câncer, por isso é importante a realizaçãode papanicolau Nitrogênio líquido ou ácido tricloroacético 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação Pico de Infecção: 20 – 25 anos 70 % das mulheres sexualmente ativas se infectarão com algum tipo de HPV em sua vida Lesões clínicas - Verrugas - condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", - Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, e ânus. - Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. - Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos Pode estar associado a câncer e a prevenção ocorre pelo papanicolau Cervical/ colo do útero >99,9% Vaginal ~50% Vulvar ~50% Pênis ~50% Anal ~85% Orofaringe ~20% Laringe e trato gastrointestinal superior ~10% Vacina Quadrivalente contra o HPV HPV Tipos 6, 11, 16, 18 2 ou 3 doses meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, jovens de 9 a 26 anos que vivem em HIV/aids Doenças virais não tem tratamento, os fármacos diminuem as manifestações GONORRÉIA / BLENORRAGIA IST mais comum Neisseria gonorrhoeae Diplococo gram - Muito virulenta Passos da infecção: 1. aderência (significativa por causa das fímbrias) 2. colonização 3. invasão da mucosa 4. proliferação da bactéria no tecido subepitelial Formas de contágio: relação sexual - oral, vaginal, anal- durante o parto 50% de risco de infecções em mulheres e 20% nos homens Não faz parte da flora residente Infecta uretra- uretrite, colo uterino-cervicite , faringe - faringite e esclera ocular- esclerite/conjuntivite Assintomática em mulheres tanto na vagina, quanto na faringe e no reto, mas pode sentir dor abdominal, corrimento vaginal ou sangramento e dor em relações sexuais A maioria dos homens é sintomática e apresenta corrimento uretral, dor miccional, edema do penis e do saco escrotal Dor, disúria e corrimento uretral Se houver febre, artralgia, artrite supurativa em punhos, joelhos e tornozelos é artrite gonocócica A anorretal é presente em homosexuais Período de incubação de 2- 5 dias Diagnóstico: - história clínica sexual detalhada - exame físico e ginecológico - cultura de secreção - PCR - coloração de gram pra uretrites purulentas Tratamento: cefalosporinas de terceira geração Bactéria é muito multirresistente apresentando possibilidade de reinfecção Tratamento preconizado pelo Min da Saúde: Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única MAIS Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, dose única Capacidade de reinfecção ● homem sintomático com diplococo gram - é gonorréia!! Gênito-urinária ➢ Sexo Masculino: uretrite ✓Complicações: infecção crônica da próstata, estreitamento uretral, esterilidade ➢Sexo Feminino: uretrite, cervicite, bartholinite ✓Complicações: endometrite, infecção das tubas e ovários, Doença Inflamatória Pélvica (DIP)*, esterilidade BLENORRAGIA - Infecta o revestimento interno da uretra, colo uterino, faringe, reto ou a esclera ocular. - A blenorragia pode disseminar-se através da corrente sanguínea para outras partes do corpo, especialmente para a pele e para as articulações - Complicação nos homens decorrente de infecção ascendente a partir da uretra - A infecção retal é geralmente assintomática, mas pode causar corrimento retal (12%) ou dor/ desconforto perianal ou anal (7%). A infecção de faringe, tanto em homens como em mulheres, é habitualmente assintomática (> 90%). OFTALMIA GONOCÓCICA NEONATAL - crianças recebem colírio com ATB (tetraciclina) ou nitrato de prata (antisséptico) - método de creed - caso desenvolva a doença ocorre uma inflamação que pode levar a ulcerações na córnea a cegueira - pode ocorrer por auto inoculação CLAMÍDIA C. trachomatis – IST C. pneumoniae – pneumonia atípica São bactérias muito pequenas e intracelulares Tem ciclo lisogênico Restrita a humanos Facilidade de ligação às células não ciliadas colunares presentes nas mucosas da uretra, endocervix, endométrio, reto, vias aéreas e conjuntivas Manifestações clínicas ocorrem em consequência da destruição das células devido a multiplicação do parasita e da inflamação A infecção não confere imunidade permanente 10% das parturientes entre 15 e 24 anos apresentam clamídia Não se faz cultura Incubação de 2 a 4 semanas Uretrite: prurido, dor uretral, secreção transparente, dor ao urinar, febre, dor em relações sexuais, sangramento entre ciclos menstruais… Difícil cultura TRACOMA - Doença oftalmológica que afeta córnea e conjuntiva - Fotofobia, dor e lacrimejamento, podendo levar à cegueira. - É transmitida por contato direto com os olhos, nariz e secreções bucais de indivíduos afetados - Pode causar cicatriz na conjuntiva e até cegueira - Transmissão é direta ou indireta por toalhas, lenços e fronhas em casos de lesões ativas - Não causa pus (pq é intracelular), mas causa umas bolinhas LINFOGRANULOMA VENÉREO - aumenta muito os linfonodos da região da virilha Secreção hialina, não purulenta por ser intracelular O problema da assintomatologia nas mulheres se dá devido a possível doença inflamatória pélvica, dor abdominal, gravidez ectópica e infertilidade Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única; Doxiciclina, 100mg, VO, 2s dia, 7 dias (exceto gestantes) Amoxicilina, 500mg, VO,3x dia, 7 dias TRATAMENTO DE GONOCOCOS E CLAMÍDIA É FEITO JUNTO DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA Ocorre pela ascensão de moo clamídia e gonococos do TGI para ovário, útero e trompas e estruturas contíguas Pessoas com DIU tendem a ter mais DIP (+5x de chance) Causa: morbidades reprodutivas, infertilidade por fator tubário, gravidez ectópica e dor pélvica crônica - mulheres que já tiveram DIP têm 12 a 55% de chances de terem graviidez ectópica - 12-50% infertilidade URETRITES ➢Neisseria gonorrhoeae: Gonorréia ➢Chlamydia trachomatis (11 sorotipos: DK): Uretrite Não-gonocóccia (UNG) ➢Ureaplasma urealyticum: UNG ➢Mycoplasma hominis e M. genitalium: UNG VAGINOSE BACTERIANA Gardnerella vaginalis, M. hominis, Mobilluncus e outros anaeróbios Não é IST, mas um desequilíbrio de flora Provoca corrimento acinzentado e fétido - vaginose bacteriana pH vaginal > 4,5 Presença de células guia/clue cells Cocobacilo pleomórfico e gram lábeis Metronidazol (creme vaginal ou VO) IST ASSINTOMÁTICAS: HVP, Sífilis latente, HSV, HIV, hepatites B e C, gonorréia e clamídia. Por isso deve-se realizar a triagem oportuna das pessoas com vulnerabilidade para as ISTs SÍFILIS Bactéria: Treponema pallidum Espiralada fina e delicada Família das espiroquetas Não cresce em meio de cultura apenas em coelhos Não se cora bem em gram, mas fica rosadinha gram - Não existe como flora residente Penetra pela pele intacta ou por ferimentos Se espalha pelo corpo pelos vasos linfáticos e sanguíneos - distribuição hematogenica Três fases: primária, secundária, latente precoce e terciária tardia Acomete principalmente jovens sexualmente ativos, entre 15-25 anos Transmissão sexual, vertical/congênita (placenta), por sangue, contato com a lesão ativa, inoculação acidental Lesão única, com bordos regulares, sem pus PRIMÁRIA SECUNDÁRIA - Cancro duro, geralmente único - Bordos regulares, sem exsudato, sem pu, que não dói - Desaparece entre duas e oito semanas - 4 - 12 semanas - Invade o sangue do paciente - disseminação hematogênica - Resposta imune intensa - Lesões dermatológicas: não pruriginosa, acomete tronco, palma da mão, sendo a rosácea ou roséola sifilítica a mais comum - Aparece, em média, 6 semanas após o contato - Pode aparecer linfadenopatia LATENTE TERCIÁRIA - 2 anos após infec primária - Pode ter recidivas - 10 anos após infec primária, ou após 1 ano em aidéticos - Manifestações clínicas aparentes ou não - Desenvolvida em ⅓ dos pacientes não tratados - Maioria das lesões envolvem a artéria aorta ou artérias do SNC - Gumas - Lesão granulomatosa com centro coagulado ou amorfo e endarterite de pequenos vaso - Neurosífilis: 5 a 30 anos após infecção ( nos aidéticos é rápida). - Meningite; quadro demencial; paralisia do nervo óptico - Cardiovascular, ossos e cérebroExames: VDRL (sangue - mais comum), quimioluminescência para sífilis, ELISA para sífilis, teste rápido ou raspagem/campo escuro Testes são obrigatórios para gestantes, doação de sangue, admissional (em alguns casos) 1,5% das gestantes têm sífilis na admissão para parto; são testadas 2x no pré-natal (1 e 3 trimestre e na internação para o parto) adquirir sífilis durante a gestação é mais perigosa, pq fará a fase secundária, e é quando ocorre a disseminação hematogênica podendo ocasionar aborto, natimorto ou sífilis congênita Se der positivo a investigação deve prosseguir, e tratar Pode ser falso negativo, se o indivíduo estiver em janela imunológica SÍFILIS CONGÊNITA Tratamento com penicilina G benzatina IM, que atravessa a barreira placentária, tratando mãe e bebe Causada pela disseminação hematogênica do Treponema pallidum A infecção na gestante pode resultar em abortamento espontâneo, morte fetal, prematuridade, feto hidrópico, recém-nascidos sintomáticos ou assintomáticos Risco de transmissão: 50 a 70% em gestantes com sífilis primária, secundária ou latente precoce Baixo peso ao nascer, hepatoesplenomegalia, rash cutâneo, anemia, lesões ósseas, lesões perianais, alterações mucocutâneas, malformações congênitas (necrose de epífises) Pode apresentar manifestações de sífilis nos primeiros dois anos de vida A maior parte dos RN são assintomáticos QUANDO A MÃE DER POSITIVO: Verificar se houve tratamento adequado da mãe (carteira da gestante) Exame físico completo do RN Análise do liquor – neurossífilis Análise dos ossos – Raios X Tratamento com penicilina G benzatina em todas as fases, para neurossífilis penicilina G cristalina EV É importante acompanhar os casos Avaliar se houve reinfecção Avaliar possíveis casos não tratados Buscar testar parceiros Notificação obrigatória: sífilis adquirida, em gestante (pré-natal, parto e puerpério) e congênita
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