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Transtorno Afetivo Bipolar (TB)

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Transtorno Afetivo Bipolar (TB)
⇒ Doença caracterizada por episódios de mania ou hipomania,
intercalados por períodos de humor normal (eutimia) e episódios
depressivos.
⇒ Esse transtorno clínico ainda não é corretamente
diagnosticado. Estima-se que 70% dos pacientes bipolares não
recebem diagnóstico no 1 ano da doença, 35% só recebem o
diagnóstico após 10 anos.
⇒ A hipomania era
desconhecida por clínicos,
muitas vezes sendo confundida
com borderline, histriônico,
narcisista e anti-social.
⇒ O transtorno afetivo bipolar é
dividido em 2 tipos principais:
Tipo 1 (quando paciente
apresenta quadros de mania
intercalados com eutimia e
depressão) e TIPO 2 (quando
paciente apresenta episódios de
hipomania intercalados com
eutimia e depressão).
⇒ O Tipo 1 tem prevalência ao
longo da vida de 0,9%. Enquanto
o tipo 2 tem prevalência de 2,1%.
⇒ 60 % dos casos tem início no
fim da adolescência/início da
vida adulta.
⇒ Estudos que acompanharam
pacientes bipolares por 15 anos
constatou que ⇒ Tipo 1 passam
31% do tempo em depressão,
10% em mania e 59% eutímicos.
Já os Tipo 2 passam 51% em
depressão e apenas 1,4% em
hipomania.
⇒ A etiopatogenia da doença está ligada a genética ( concordância entre gêmeos monozigóticos de 40%)
+ desordem neuronal (hiperfunção nas áreas límbicas subcorticais ⇒ redução da modulação de áreas
pré-frontais + redução do número e volume de neurônios e células da glia no córtex pré frontal dorsolateral,
giro cingulado anterior, hipocampo e amígdala) + Alterações neuroquímicas (na “mania” ocorre maior
atividade adrenérgica e dopaminérgica, enquanto na depressão ocorre redução de serotonina).
# Pacientes com TB podem apresentar dificuldades em domínios cognitivos (planejamento, memória
operacional, atenção, resolução de problemas, controle inibitório e flexibilidade mental).
Quadro clínico
⇒ A apresentação clínica do transtorno bipolar pode ser desde episódios leves de depressão e hipomania
até episódios graves de mania com sintomas psicóticos.
⇒ A identificação de mania ou hipomania é essencial para o diagnóstico.
⇒ Pode acontecer do paciente iniciar o transtorno com quadro de depressão (cuidado).
⇒ Transtorno bipolar TIPO 1⇒ caracteriza-se pela ocorrência de episódios de mania (escalação
de humor, euforia, hiperatividade, loquacidade exagerada, redução da necessidade do sono, exacerbação
da sexualidade e comprometimento da crítica), comumente alterados com períodos de depressão e
períodos de normalidade.
# Os episódios de mania incluem também irritabilidade, agressividade, incapacidade de controlar
impulsos, aceleração de pensamento, distraibilidade, incapacidade de ordenar ações e em casos graves
pode ocorrer delírios e alucinações.
# Para diagnóstico de episódio de mania ⇒ Duração de mania deve ser de no minimo 1 semana,
com estado de humor elevado ou irritabilidade presente na maior parte do dia quase todos os dias (No caso
de hospitalização o tempo mínimo é desconsiderado).
⇒ Transtorno bipolar TIPO 2⇒ Ocorrência de episódios de hipomania ( semelhante a mania,
porém com menor intensidade, não causa prejuízo intenso ao paciente como na mania, não ocorre delírios
ou alucinações. Muitas vezes mudanças causadas pela hipomania passam despercebidos).
# DSM-5 diz ser necessário no mínimo duração de 4 dias para confirmar diagnóstico de
hipomania.
# É comum pacientes apresentarem vários episódios depressivos antes de terem o primeiro
quadro hipomaníaco. 12% dos pacientes diagnosticados com depressão serão reclassificados como
transtorno bipolar tipo 2 por apresentarem hipomania.
# Episódios depressivos sao mais longos e incapacitantes.
####Especificador “ciclagem rápida" ⇒ paciente com ocorrência de múltiplos (4 ou +) episódios d de
humor(mania ou hipomania) ao longo de 1 ano. 5 - 15% nós TB-II.
Diagnóstico
⇒ Transtorno afetivo bipolar TIPO-1 ⇒ pelo menos um episódio maníaco. # não sendo melhor explicado por
outro transtorno mental.
⇒ Transtorno afetivo bipolar TIPO-2 ⇒ Pelo menos 1 episódio hipomaníaco, sem ocorrência de um episódio
maníaco. # não sendo melhor explicado por outro transtorno mental.
Tratamento
⇒ Os objetivos do tratamento são alcançar a eutimia, prevenir o aparecimento de novos episódios, além de
obter a recuperação do funcionamento social e ocupacional.
⇒ Tratamento é pela vida toda, dessa forma fique atento aos efeitos colaterais.
⇒ O TB ainda é uma condição psiquiátrica de difícil tratamento.
⇒ É indicado psicoterapia.
⇒ Opções terapêuticas para depressão podem piorar as fases com sintomas maníacos, e medicamentos para
mania podem trazer depressão posterior.
⇒ Tratamento é feito com medicamento estabilizador de humor ⇒ O medicamento estabilizador de humor ideal
é aquele com eficácia antidepressiva e anti maníaca, sem induzir a sintomas da polaridade oposta àquela em
tratamento e que tenha eficácia na prevenção de novos episódios, tanto depressivos quanto maníacos.
⇒ 1° linha para o TTO é o Lítio (a dose do fármaco deve ser titulada de acordo com a litemia, os níveis séricos
devem estar entre 0,8 e 1,2 mEq/L ⇒ com coleta de sangue entre 4 a 7 dias após início do TTO depois de 10 a
14 horas de jejum. Litemia repetida sempre que houver dúvidas sobre eficácia).
### Em geral, inicia-se o tratamento com 300 mg à noite, aumentando-se as doses
gradativamente até alcançar os níveis séricos desejados, levando-se em conta a tolerabilidade do paciente aos
efeitos colaterais. A dosagem dos hormônios tireoidianos deve ser feita a cada 6 ou 12 meses, assim como o
monitoramento da função renal. O carbonato de lítio está disponível, em nosso meio, em comprimidos de 300
mg e em preparados de liberação lenta de 450 mg.
### Melhor estabilizador de humor para TAB tipo 1, leva de 2 a 3 semanas para fazer efeito.
Possui boa resposta a quadros de mania e efeitos depressivos moderados.
### Antes de iniciar o tratamento, o paciente deve ser avaliado por exame físico geral e
exames laboratoriais que incluem: hemograma completo, eletrólitos (Na+, K+ ), avaliação da função renal (ureia,
creatinina, exame de urina tipo I) e da função tireoidiana [tiroxina (T4 ) livre e hormônio estimulante da tireoide.
Em pacientes com mais de 40 anos ou com antecedentes de doença cardíaca, recomenda-se solicitar
eletrocardiograma (ECG; depressão do nó sinusal e alterações da onda T podem surgir em decorrência do lítio,
e é conveniente obter um traçado inicial para comparação posterior).
# É contraindicado em IAM recente, arritmias cardíacas graves, psoríase e IRA.
# Os efeitos colaterais mais comuns são: sede e poliúria, problemas de memória,
tremores, ganho de peso, sonolência/cansaço e diarréia. No início do tratamento, são comuns azia e náuseas.
As fezes amolecidas, assim como a sensação de peso nas pernas e cansaço, são comuns no início do
tratamento, desaparecendo com o tempo.
⇒ Ácido Valpróico ⇒ É a primeira opção, em alternativa ao lítio, no tratamento da mania aguda.
⇒ O valproato deve ser iniciado com doses baixas (250 mg/dia), titulando-se a dose em aumentos
graduais de 250 mg com intervalo de alguns dias, até a concentração sérica de 50 a 100 mg/ml (não excedendo
a dose de 60 mg/kg/dia).
# Níveis séricos entre 45 e 125 μg/mL são necessários, de acordo com a tolerabilidade do paciente.
# Efeitos colaterais comuns do valproato incluem: sedação, perturbações gastrintestinais, náuseas,
vômitos, diarreia, elevação benigna das transaminases e tremores. Leucopenia assintomática e trombocitopenia
podem ocorrer. Outros efeitos incluem: queda de cabelo (às vezes acentuada), aumento de peso e do apetite.
Em alguns casos, a leucopenia pode ser grave e acarretar a interrupção do tratamento.
⇒ Carbamazepina ⇒ eficácia anti maníaca, sobretudo em manias disfóricas (mistas) e ciclagem
rápida, sendo considerada agente de segunda opção para o tratamento.
⇒ Pode ser administrada em duas tomadas diárias, com dosagens máximas em torno de 1.200
mg/dia (níveis séricos adequados entre 4 e 12 μg/mL).
## Entre os efeitos colaterais da CBZ estão: diplopia, visão borrada, fadiga, náusease ataxia.
Estes efeitos geralmente são transitórios, melhorando com o tempo e/ou com a redução da dose. Menos
frequentemente observam-se rash cutâneo, leucopenia leve, trombocitopenia leve, hipo-osmolaridade e ligeira
elevação das enzimas hepáticas (em 5 a 15% dos pacientes). Caso os níveis da leucopenia e a elevação das
enzimas hepáticas se agravem, a CBZ deve ser interrompida.
⇒ Quando encontramos o paciente em fase aguda de mania o uso de antipsicóticos atípicos pode auxiliar no
tratamento.

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