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G R U P O D A S A L V A Ç Ã O G A S T R O E N T E R O L O G I A I N T E R M E D I Á R I A Pro���m� 1 – Abe���r� 3. Semiologia do Sistema Digestório Esôfago Anamnese As principais queixas dos doentes do esôfago são disfagia, odinofagia, pirose, dor esofágica e regurgitação. Outros sintomas que podem estar relacionados com a patologia esofágica são eructação, soluço, sialose e hematêmese. Na disfagia esofágica, o paciente tem a sensação de parada do bolo alimentar no esôfago, embora não possa localizar precisamente o nível da obstrução. Ela pode ocorrer tanto devido a uma obstrução de natureza orgânica, como a alterações motoras. É importante considerar a evolução da disfagia. Quando a disfagia tem longa duração, de anos, com pouco comprometimento do estado geral do paciente, trata-se, provavelmente, de doença benigna. Quando, ao contrário, a história clínica registra início recente, com acentuada perda de peso, o diagnóstico que se impõe é o de doença maligna, sobretudo se o paciente tiver mais de 40 anos de idade. Exame físico Em condições normais, o esôfago é inacessível ao exame físico direto. Excepcionalmente, a parede de um divertículo faríngeo bem desenvolvido pode tornar-se palpável na face lateral esquerda do pescoço enquanto o paciente se alimenta. Estômago e Duodeno Anamnese Devem ser feitas perguntas diretas e específicas para que sejam esclarecidos a duração exata e as manifestações iniciais da doença, as características e as relações entre si dos diferentes sintomas, o caráter e a irradiação de dor porventura apresentada, as modificações de intensidade dos sintomas ao longo do tempo e com as refeições, as repercussões sobre a disposição e a capacidade laborativa. As relações das manifestações com eventos da vida emocional, de grande importância na avaliação de quadros de origem gástrica, são apreciadas tanto pela análise do relato espontâneo do paciente como pelas respostas a questões diretas. Deve-se investigar: ● Dor ● Náuseas e vômitos ● Sintomas de dispepsia ● Pirose Exame Físico O exame físico do abdome deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal, relaxado, os braços estendidos ao longo do corpo. A inspeção pode revelar a existência de tumores localizados no epigástrio, que frequentemente se devem a neoplasias gástricas. A obstrução do trato de saída do estômago é denunciada pelo peristaltismo gástrico visível, que se caracteriza por elevações da parede abdominal que se desenham sob o rebordo costal esquerdo, deslocam-se para a direita e se desfazem ao ultrapassar a linha mediana. As elevações correspondem a vigorosas contrações do antro gástrico, que aparecem uma a uma, em sucessão, a uma frequência máxima de 3/min, correspondente ao ritmo do marca-passo da atividade peristáltica do estômago distal. O achado de peristaltismo visível é comum quando a obstrução do trato de saída do estômago é crônica, tendo já ocorrido hipertrofia da musculatura lisa do antro e diminuição da espessura da parede abdominal pelo emagrecimento que inevitavelmente sobrevém nesta situação. Ocasionalmente, o peristaltismo gástrico normal é visível em pacientes caquéticos, com paredes abdominais extremamente finas e hipotônicas, mas sem qualquer lesão obstrutiva do trato digestivo. Quando se suspeita de obstrução do trato de saída do estômago, mas não há peristaltismo visível, pode-se tentar provocar o seu aparecimento pedindo-se ao paciente para ingerir certo volume de líquido e percutindo-se o epigástrio. A percussão convencional não tem valor para o diagnóstico das afecções do estômago. Quando há suspeita de estase gástrica, pode-se tentar provocar o ruído de vascolejo, que será útil ao diagnóstico se o paciente estiver em jejum prolongado. Assim, imprimem-se na região epigástrica abalos com as pontas reunidas do indicador médio e do polegar; na eventualidade de o estômago conter volume líquido, ouve-se, a cada abalo, um ruído semelhante ao causado pela agitação de água em uma bolsa de borracha. Devem ser praticadas duas modalidades de palpação do epigástrio: a superficial e a profunda. A palpação superficial do epigástrio, em indivíduos normais, pode provocar ligeiro desconforto. Já a dor intensa pode decorrer, entre outras causas, de doenças orgânicas do estômago que acometem as camadas muscular e serosa. Quando revela contratura involuntária da parede ou dor particularmente intensa quando se retiram as mãos (dor à descompressão brusca), sinaliza UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI� Gru�� �� Sal��ção #pa� 28 Pro���m� 1 – Abe���r� irritação peritoneal, que pode ser causada por perfuração de úlcera péptica ou lesões neoplásicas do estômago. A palpação profunda e deslizante do epigástrio, por vezes, possibilita, quando realizada cuidadosamente, a percepção de um degrau correspondente ao escorregamento das polpas digitais pela parte inferior da grande curvatura. Enseja, em algumas instâncias, a percepção de tumorações pequenas do estômago, não reveladas pela palpação superficial. Torna possível, também, a melhor caracterização das tumorações quanto a forma, dimensões, consistência, mobilidade e aderência a planos profundos. Intestino delgado Anamnese A idade do paciente guarda importância em função da incidência predominante de certas doenças nos diferentes grupos etários. Algumas afetam predominante ou exclusivamente as crianças, manifestando-se já nos primeiros meses de vida, como os defeitos congênitos e as anomalias do desenvolvimento. A doença celíaca e a linfangiectasia intestinal primária podem aparecer aos 2 ou 3 anos de idade, podendo ser diagnosticadas apenas na vida adulta. Por outro lado, as manifestações isquêmicas do intestino delgado consequentes à aterosclerose da artéria mesentérica incidem quase sempre após a sexta década de vida. A origem racial dos pacientes apresenta importância diagnóstica em algumas situações. Por exemplo, a deficiência seletiva da lactase intestinal atinge a quase totalidade dos orientais e dos negros e mais da metade das pessoas de origem árabe. A procedência dos pacientes guarda relação, particularmente, com a distribuição geográfica das doenças infecciosas e parasitárias. Quanto aos antecedentes pessoais, destacam-se os dados sobre a evolução pôndero-estatural na infância e na adolescência e sobre o desenvolvimento puberal. Deficiência do desenvolvimento somático, intelectual ou da maturação sexual pode sugerir doença crônica instalada desde a infância ou adolescência. Atenção particular deve ser dada ao uso de bebidas alcoólicas. A ingestão prolongada ou imoderada de álcool acarreta alterações anatômicas e funcionais em vários órgãos do aparelho digestivo, incluindo o intestino delgado. As informações sobre o uso de medicamentos podem ser úteis no entendimento dos sintomas do paciente. Durante a anamnese e o exame físico, deve-se atentar para os aspectos emocionais. Os pacientes com evidentes distúrbios da esfera psíquica estão entre os que, com maior probabilidade, apresentam sintomas desprovidos de substrato orgânico reconhecível. Por fim, os pacientes devem ser inquiridos sobre a existência de casos semelhantes na família. Deve-se investigar: ● Diarreia ● Esteatorreia ● Dor abdominal ● Distensão abdominal, flatulência e dispepsia ● Hemorragia digestiva ● febre ● Perda de Peso ● Anemia ● Edema ● Manifestações de carências nutricionais específicas. ● Insuficiência endócrina Exame físico A determinação da estatura e do peso corporal permite comprovar a deficiência do desenvolvimento somático provocada por doença de longa duração, evoluindo, em geral, desde a infância ou adolescência. A desnutrição grave repercute claramente no aspecto geral do paciente, que se torna emagrecido, com redução do tecido subcutâneo e da massa muscular. A pele apresenta-se fina, seca, áspera e descamativa; os pelos, escassos, finos, quebradiços e facilmente destacáveis. Nos cabelos, costumam ser evidentes a descoloração e a queda localizada em áreas de atrito. As unhas ficam quebradiças, esbranquiçadas ecom alterações da curvatura, acentuação da sua convexidade, alargamento da base ou de toda a falange distal, podendo adquirir o clássico aspecto do hipocratismo digital. Quando há desnutrição proteica crônica e anemia intensa, pode haver inversão da curvatura das unhas, que passam a ser planas ou côncavas, recebendo a denominação de "unha em colher" ou coiloníquia. A redução da massa muscular pode ser tão intensa que configura o quadro de caquexia, frequente nos casos graves da doença celíaca, da doença de Crohn, nas ressecções intestinais e nos linfomas do intestino delgado. O edema pode ser aparente na inspeção da face ou dos membros inferiores. Quando o extravasamento de líquido para o interstício é de pequena intensidade e os pacientes ficam longo tempo em decúbito dorsal, o edema só é detectado na região sacral. O exame da pele pode evidenciar, também, lesões hemorrágicas tipo petéquias ou equimoses, indicativas de deficiência de vitamina K; hiperqueratose folicular, sugestiva de deficiência de vitamina A; ou lesões eczematoides, causadas por carência de ácidos graxos essenciais. UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI� Gru�� �� Sal��ção #pa� 29 Pro���m� 1 – Abe���r� Eritema nodoso, pioderma gangrenoso e acrodermatite enteropática são encontrados em alguns pacientes com doença de Crohn. Abdome Estrutura da anamnese ● Identificar a história da doença atual, caracterizando os sintomas, tempo de instalação do quadro, identificar os sintomas associados. Caracterizar o tipo de dor (cólica, pontada, facada, queimação), frequência da dor, intensidade, fatores de agravação ou alívio, irradiação da dor. Identificar os sintomas associados à dor, tais como alteração de ritmo intestinal, saciedade precoce, vômitos e náuseas, hematêmese, melena, icterícia, emagrecimento. ● Interrogatórios de aparelhos e sistemas. ● Identificar fatores de risco associados- tabagismo, etilismo, fatores sociais. ● Antecedentes patológicos, cirurgias prévias. ● Antecedentes familiares. ● Nutrição e hábitos de mastigação. ● Ocupação Exame físico O exame físico deve ser geral, com foco no abdome. Importante verificar os sinais vitais, assim como o estado geral do paciente, itens necessários para realizar uma correta classificação de risco e importante na elaboração da hipótese diagnóstica. O exame físico deve ser considerado como uma arte que deve ser desenvolvida diariamente pelo médico. Após ter realizado o exame geral, iniciar o exame físico na cavidade oral do paciente. Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre a importância do sistema mastigatório na manutenção da higidez do aparelho digestivo. Verificar estado dos elementos dentários, estado da prótese, áreas de leucoplasia, eritroplasia. Deve-se ter especial atenção às áreas de assoalho da boca, porções ventro-lateral e base posterior da língua, palato mole, úvula, pilares anterior e posterior, espaço retromolar. Nestes locais devem-se procurar lesões precursoras de neoplasias orais. A sequência do exame físico do abdome deve obedecer esta ordem: Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com tronco e abdome expostos, em ambiente com boa luminosidade e temperatura adequada. Recomendar ao paciente deitar-se com a cabeça apoiada em travesseiro, ligeiramente elevada. O médico deve ficar à sua direita, aquecer as mãos e explicar o procedimento ao paciente. ● Inspeção; ● Ausculta; ● Percussão; ● Palpação. ● REGIÕES ABDOMINAIS A cavidade abdominal é divida por quatro planos: dois horizontais e dois verticais, delimitando as seguintes regiões: ● Hipocôndrio direito (HCD): fígado, vesícula biliar, rim direito; ● Epigástrio: lobo esquerdo do fígado, piloro, duodeno, cólon transverso e cabeça e corpo do pâncreas; ● Hipocôndrio esquerdo: baço, estômago, rim esquerdo, cauda do pâncreas; ● Flanco direito (ou região lateral): cólon ascendente, rim direito e jejuno; ● Mesogástrio (ou região umbilical): duodeno, jejuno, íleo, aorta abdominal, mesentério, linfonodos; ● Flanco esquerdo (ou região lateral): cólon descendente, jejuno, íleo; ● Fossa ilíaca direita (ou região inguinal): ceco, apêndice, ovário e tuba uterina direita; ● Hipogástrio: bexiga, útero, ureter; ● Fossa ilíaca esquerda (ou região inguinal): cólon sigmoide, ovário e tuba esquerda. A cavidade abdominal também pode ser divida em quatro quadrantes. UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI� Gru�� �� Sal��ção #pa� 30 http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u1a5.html# http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u1a5.html# Pro���m� 1 – Abe���r� OBS: diferente do sistema cardiovascular e respiratório, a ausculta deve ser o primeiro elemento a ser avaliado após a inspeção. A explicação é que a palpação ou percussão do abdome pode alterar os movimentos peristálticos. ➢ Inspeção Na inspeção observa-se a superfície da parede abdominal, contorno, presença de assimetrias, características da pele, presença de circulação colateral, forma do abdome e cicatrizes cirúrgicas Formas do abdome: Peristalse: A peristalse visível pode ocorrer em pacientes emagrecidos e com musculatura abdominal pobre, sendo possível a identificação de peristalse de alças do intestino delgado. O peristaltismo visível em estômago indica a existência de obstáculo Retrações As retrações generalizadas ocorrem em indivíduos caquéticos, como nos casos de pacientes com estenose de esôfago ou piloro ou em desidratados graves. Edema de Parede: O edema quando restrito à região abdominal indica a existência de processo inflamatório intracavitário. Sistema Venoso: CIRCULAÇÃO COLATERAL A presença de vascularização visível em parede abdominal indica obstáculo na circulação venosa profunda. Outras alterações de parede abdominal Ainda na inspeção do abdome observar: presença de cicatrizes cirúrgicas, estrias, herniações. Observar a presença de herniações, que podem ser umbilical, inguinal, crural ou em áreas onde houver debilidade de parede, por diástase de musculatura do reto abdominal ou cicatrizes cirúrgicas. Imagem 1: Cicatrizes cirúrgicas do Abdome ➢ Ausculta São descritos os sinais acústicos, utilizando-se do estetoscópio, auscultando-se os quatro quadrantes do abdome, especialmente a área central, durante dois a três minutos, com a finalidade de identificar timbre, frequência e intensidade dos movimentos hidroaéreos, além de procurar identificar a existência de sopros. Em condições patológicas os ruídos hidroaéreos podem estar com intensidade aumentada (exemplo: diarreias, hemorragias digestivas, suboclusão intestinal ou obstrução intestinal) ou diminuída ou ausente (exemplo: íleo paralítico). Os ruídos hidroaéreos podem assumir o tom metálico, nos casos de obstrução de intestino delgado. ➢ Palpação Deve-se proceder à palpação superficial e profunda, com objetivo de identificar alteração em vísceras, presença de tumorações, dor, resistência em parede. É importante anotar variações de sensibilidade, consistência, diâmetro, forma e mobilidade das estruturas palpadas. Durante o exame deve-se observar as seguintes características: ● - Localização: Limita o número de estruturas a considerar (exemplo: massa em quadrante superior esquerdo, considerar afecções de baço do ângulo esplênico do colón e rim esquerdo), tendo em mente a projeção dos diferentes órgãos na cavidade abdominal e pélvica e do retro peritônio nas áreas das divisões topográficas do abdômen. ● - Sensibilidade: A dor provocada pela palpação de uma massa abdominal ocorre devido a um processo inflamatório (exemplo: plastrão de epiplon, como ocorre na apendicite aguda, massa inflamatória na doença de Crohn) ou a distensão da cápsula do órgão (exemplo: fígado ou baço agudamente distendido). ● - Dimensão: Informa o tamanho da estrutura patológica encontrada. UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI� Gru�� �� Sal��ção #pa� 31 Pro���m� 1 – Abe���r� ● - Forma: Cisto, pseudocisto pancreático, tumores sólidos, são, geralmente esféricos. ● - Consistência: É verificada pela resistência da massa à palpação, variando de acordo com o processo patológico (exemplo: o carcinomade fígado pode ser pétreo, o baço aumentado devido a infecção oferece pouca resistência à compressão). ● - Superfície: pode ser lisa (exemplo: cistos ou pseudocistos, hepatite, esteatose hepática) ou nodular (exemplo: tumor, cirrose hepática). ● - Mobilidade: A massa que se move com movimentos respiratórios, está relacionada a uma das vísceras móveis ou ao mesentério, portanto, dentro da cavidade peritoneal. A massa fixa deve estar localizada em retroperitônio ou corresponder à neoplasia infiltrativa de estruturas fixas. ● - Pulsação: Massa que apresente pulso corresponde a uma dilatação da artéria, apresenta aumento intermitente de volume da massa a cada sístole cardíaca. Massas sólidas encostadas na aorta podem transmitir a pulsação arterial, porem não apresenta variação de tamanho de acordo com o pulso sistólico. ➢ Dor Quando ocorrer dor à descompressão brusca do abdômen é sinal que há inflamação aguda de peritônio. O sinal é considerado positivo quando o paciente apresenta dor aguda ao se retirar bruscamente a mão do seu abdome, caracterizando o sinal Blumberg. Acompanhando este sinal pode-se observar hipertonia da musculatura no local, podendo ser forte e contínua ou ocorrer somente ao se exercer uma pressão sobre o local. Essas duas características compõe o que pode ser chamado de sinais de peritonismo. Fenômenos acústicos podem ser audíveis a distância ou durante a palpação. Há três ruídos de interesse semiológico. Veja no quadro abaixo os sinais semiológicos e o significado clínico. (SÉRIO, VEJAM, TA MT BOM BOM E SIMPLES) ➢ Percussão A percussão deve ser suave, apoia-se o dedo indicador e médio da mão esquerda sobre a parede abdominal, percutindo com a mão direita. O ruído fisiológico é o timpanismo. Pode-se identificar quatro tipos de sons: timpânico, hipertimpânico, submaciço e maciço. A percussão sobre uma área sólida revela o som maciço; é o típico som obtido ao se percutir a região hepática. Esteja atento às alterações à percussão do abdome. O som timpânico pode ser melhor identificado em área gástrica, na posição supina, devido ao conteúdo gasoso do estômago (bolha gástrica) e no espaço de Traube. Através da percussão pode-se realizar ainda a hepatimetria. Importante apontar que não é um método seguro para se afirmar que existe hepatomegalia, pois o órgão pode estar rebaixado, como ocorre em pacientes com enfisema pulmonar. A fim de determinar se há hepatomegalia, é necessário estabelecer dois pontos de referência: o primeiro, na parte mais alta do órgão, na altura do sexto espaço intercostal, determinado pela percussão; o segundo, a parte inferior do órgão. Normalmente o tamanho do fígado na linha mediana é de 5 cm, na linha medioclavicular é de 10 cm e na linha axilar anterior, 13 cm. Ao se percutir a região correspondente ao baço, obtém-se som timpânico. A área de nítido timpanismo é denominada de espaço de Traube. Cólon, Reto e Ânus UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI� Gru�� �� Sal��ção #pa� 32 http://production.latec.ufms.br/new_pmm/modulos/01/anamneseExameFisico_n1404.html http://production.latec.ufms.br/new_pmm/modulos/01/anamneseExameFisico_n1404.html http://production.latec.ufms.br/new_pmm/modulos/01/anamneseExameFisico_n1405.html http://production.latec.ufms.br/new_pmm/modulos/01/anamneseExameFisico_n1405.html Pro���m� 1 – Abe���r� Anamnese A idade, por exemplo, reforça determinadas hipóteses diagnósticas. Assim, grave obstipação intestinal em crianças sugere o diagnóstico de megacólon congênito, mas, em adultos, a primeira possibilidade a se cogitar em indivíduo de zona endêmica ou que nela já habitou é o megacólon chagásico. Pessoas cuja profissão as obriga a ficar de pé ou sentadas durante muito tempo são mais suscetíveis à doença hemorroidária, enquanto aquelas que têm vida sedentária e se alimentam com poucas fibras vegetais se encaixam com mais frequência na hipótese de doença diverticular do cólon. Os principais sinais e sintomas a serem discutidos nas doenças do cólon, reto e ânus são dor, diarreia, obstipação, sangramento anal, prurido anal, distensão abdominal, náuseas e vômitos, anemia e emagrecimento . Exame Físico Para o exame do abdome usa-se a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta. O exame proctológico compreende quatro etapas: inspeção da região anossacrococcígea, toque retal, anuscopia e retossigmoidoscopia, sendo este último um exame complementar que exige equipamento e preparo especiais. UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI� Gru�� �� Sal��ção #pa� 33