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Lipídios Bioquímica Conceito: • Os lipídios, ou gorduras, são biomoléculas orgânicas compostas, principalmente, por moléculas de hidrogênio, oxigênio, carbono. Possuem uma região hidrofílica (polar) e outra hidrofóbica (apolar); triglicerídeos: glicerol + ácido graxos • Os compartimentos lipídicos são agregados, mitificados com sua relação com a água: estando na forma de coloide, ou agregado a partes proteicas, ou reservados no interior de lisossomos; em sua grande maioria estão presos a moléculas que melhoram sua afinidade com a água • Hormônios esteroidais: para circular pela corrente sanguínea se atrela a ptns transportadoras daquele hormônio, ou a albumina a transporta • Quem recebe a informação para transformar hormônios ovarianos, por ex, é alguém que tenha sua base molecular vinda do colesterol, que é um dos lipídios de produção endógena e exógena; um lipídio especializado para formar um hormônio especializado numa célula especializada, com um estímulo especializado; esse mecanismo é mediado por atividades enzimáticas, hormonais, e o transporte acoplado a uma parte proteica; quando a célula cumprir sua função, o hormônio retorna carreado por uma parte proteica novamente • Alimentação: gordura adentra o corpo sob a forma de ácido graxo (essência maior); se a alimentação não possuir gordura, a via endógena busca o ácido graxo, por mecanismos interligados e convenientes, como por ex, a partir do aceta acetil coenzima A, do aceto acetato, do ciclo carboxílico, busca-se isso para se produzir ácidos graxos e lipídios específicos • Lipídios resultam da associação: ácido graxo + álcool; ácidos graxos são ácidos carboxílicos com cadeias de 4 a 36 átomos de carbono. Existentes nos óleos, gorduras vegetais e animais, se classificam em: saturados (geralmente de origem animal); insaturados (geralmente de origem vegetal); poli-insaturado (2 ou mais ligações) → triglicerídeo é a essência maior desses lipídios em forma de ácido graxo e álcool (3 moléculas de ácido graxo e 1 de glicerol) • • Triglicerídeos não tem funções especializadas para outros lipídios; não se faz hormônios nem vitaminas a partir deles; mas a partir da base desses ácidos graxos ou acetil coenzima A pode-se desenvolver outros lipídios • Quando a homeostase não funciona de maneira adequada, pode haver uma reserva muito maior de lipídios • Os tipos de gordura ingeridos não se relacionam a melhora ou piora da condição do indivíduo; não existem gorduras “melhores” e “piores”, mas sim uma soma de fatores de risco, somados a quantidade excessiva ingerida de gordura que desencadeia a patologia; o dano lipídico a célula, ao endotélio ou o acúmulo ou a aterosclerose, ou indivíduos que vão ocluir as artérias coronárias = indivíduo com fatores de risco + excesso de gordura • Ômega 3,6 e 9 estimulam secreção de lipídios especializados de proteção endocardiovascular • Saturados: cadeia curta (coco, babaçu, amêndoas) ou cadeia longa (cacau, banha, dendê, sebo); monoinsaturados: ômega 9 - oliva, canola, girassol (h); polinsaturados: ômega 6 (linoléico) – milho, algodão, soja, girassol ® ou ômega 3 (linolênico) – linhaça, atum, salmão, arenque • Linoleico e linolênico são precursores do ácido araquidônico, que estimulam fatores produtores de lipídios específicos de proteção, por ex com prostaglandinas e leucotrienos • Fontes em alimentos: saturados – gordura de origem animal (manteiga, carnes, queijo, creme de leite), óleo de palma, óleo de coco; monoinsaturados – oleaginosas (nozes, castanhas, amendoim), azeite de oliva, óleo de canola; poli-insaturados – linoléico, óleos vegetais (soja, algodão, girassol, linhaça, milho), linolênicos, peixes marinhos de região geladas e profundas (bacalhau, salmão e sardinhas) • Canola é geneticamente modificada; um óleo derivado de uma planta, que tem um ácidos graxos erusco que tem alto teor desse ácido, dando acidez grande a esse óleo; era reservado para lubrificação de máquinas; foi modificado geneticamente, onde o teor de ácido erusco foi diminuído, a partir da retirada de ácido graxo inadequada para esse consumo = venda da marca/nome como salvador de doenças cardiovasculares • Em casos extremos de não absorção, de doenças intestinais, de desnutrição calórica e proteica = carência de lipídios + reservas reduzidas • Todos os ácidos graxos saturados são sintetizados no organismo a partir de acetil-CoA, entretanto os ácidos graxos poli-insaturados são exclusivos dos vegetais, sendo que o ácido linoléico (18:2) e o linolênico (18:3) são considerados essenciais aos seres humanos por serem precurssores dos eicosanóides e serem responsáveis pela fluidez da membrana • A partir da coenzima A, há ciclos para a obtenção dos lipídios e ciclo para a obtenção de glicídios; a coenzima A não consegue passar para dentro da matriz mitocondrial, mas o grupamento acetila pode, e lá há o citrato que se liga a coenzima A, formando a acetil-coenzima A • O ácido araquidônico torna-se essencial quando há carência dietética do ácido linoléico, que é utilizado em sua síntese; na parede do endotélio vascular esse ácido responde aos mecanismos inflamatórios; vias de síntese do ácido: via lipo-oxigenase e via ciclo-oxigenase; leucotrienos são o produto da via lipo-oxigenase; a aspirina bloqueia a via da ciclo- oxigenase, produzindo como produto final prostaglandinas vasoconstritoras e tromboxina 2 (fazem agregação plaquetária), retardando a formação de coagulação • A ausência de ácido linoleico ou linolênico (essenciais) podem levar a carência de ácido araquidônico (essencial), pois eles potencializam ou aumentam a síntese desse ácido nos vasos • O ácido araquidônico no endotélio tem 2 viés por estímulos de enzimas (as fosfolipases), e eles caminham para 2 segmentos – das ciclo oxigenases e das lipo-oxigenases; secreta via ativação de fosfolipases por 2 caminhos enzimáticos: lipo- oxigenases (leucotrienos – responsáveis pela reação inflamatória por algum agente infeccioso) e ciclo- oxigenases (prostaglandinas – algumas vasodilatadoras e outras vasoconstritoras, umas agregantes plaquetárias, e outras anti-agregante plaquetárias; tromboxana 2 – vasoconstritoras e agregantes plaquetários); o ácido araquidônico atua na vasodilatação também, quando estamos felizes, por exemplo, através de estímulos; • Várias expressões genéticas de enzimas específicas que estimulam secreção, por ex, do ácido araquidônico, mediado a algum estímulo, para que esse ácido seja sintetizado em maior proporção nesse endotélio, e em maior proporção seja ativado uma via da fosfolipase, por ex a 2.. para que estimule mais a via da ciclo oxigenasse (principalmente ciclo- oxigenase 2, para secretar muito mais prostagladinas do tipo vasodilatadoras, porque naquele momento, para aquele estímulo/ processo que o indivíduo está passando, precisaria que os vasos dilatassem • Vasoconstrição e vasodilatação ocorrem mediadas por estimulo: social, crise, pandemia, medo, angústia; o ácido araquidônico está envolvido nesses processos; prostaglandinas (lipídios) constritoras – K2, G2 • A nicotina aumenta a secreção das fosfolipases, no ácido araquidônico das células, no ciclo da oxigenase, para produzir prostaglandinas vasoconstritoras; por isso a chance do indivíduo desenvolver patologias cardiovasculares é maior; ela agride a parede dos vasos; promulga aterosclerose precoce por afetar na elasticidade das artérias, por exemplo; ela aumenta a oxidação a LDL; reduz a síntese de apoproteínas que formam HDL, principalmente os grupamentos A, C2 e C3; potente secretador da via da ciclo- oxigenase, para a produção de tromboxana 2 e prostaglandinas vasoconstritoras • A cocaína faz vasocontrição por outros estímulos, mas envolve prostaglandinas vasoconstritoras • A HDL tem grande densidade por possuir maior concentração de proteínas, tem uma fraçãode varredura, pois possuem grande afinidade pela parede dos endotélios dos vasos sanguíneos para retirar o colesterol de lá e levar para dentro do território hepático = transporte reverso Classificação: • Glicerídeos: monoglicerídeos, diglicerídeos, triglicerídeos (essência maior dos lipídios e dos cerídeos) • Cerídeos • Esteróides (colesterol como base) • Fosfolipídeos • Glicolipídeos • Lipídios de armazenamento: em forma de triglicerídeo; lipídios de membrana: fosfolipídios (glicerolipídios e esfingolipídio) e glicolipídios (esfingolipídios) • Lipídios como sinalizadores (metabólitos, mensageiros, hormônios), cofatores enzimáticos (transporte de e- em cloroplastos e mitocôndrias) e pigmentos (absorção de luz visível em visão e fotossíntese) Funções: • Reserva de energia e combustível celular (produção de energia através da beta-oxidação dos ácidos graxos); membranas celulares (fosfolipídios e glicolipídios); hormonal (esteroides) que tem como base fundamental o colesterol; isolamento e proteção de órgãos (impermeabilizante – ceras; isolante térmico); anti-oxidante (vitaminas A e E); digestiva (sais biliares); vitaminas lipossolúveis (K,A,D,E); prostaglandinas; constituinte da cadeia respiratória (ubiquinona) • Surfactante é rico em fosfolipídios (50% fosfatidil colina) que muda a tensão superficial de alvéolos, permitindo a troca gasosa, não deixando o alvéolo colabar; injeção de corticóide (hormônios sintéticos derivados do colesterol) nas mães, e ao chegar no feto estimula o amadurecimento de pneumócito 2; síndrome da membrana hialina ou síndrome da angústia respiratória do recém-nascido • Paciente sem vesícula biliar: não armazena mais a bile, mas secreta sais biliares, que fazem parte da bile; produção hepática e ductos permanecem; chegada menor de sais biliares; e a consequência da ingestão a mais de gordura é que vai haver uma emulsificação menor, uma atividade enzimática menor e esse indivíduo terá diarreia (esteatorreia = gordura nas fezes); com o tempo isso vai sendo controlado; a orientação do médico é reduzir a ingesta de gordura; • Obs.: a bile é um conjunto de substancias, na qual a expressão maior é a água, e possui sais biliares, colesterol, pigmentos biliares, eletrólitos, íons, bicarbonato • Quando a vesícula contrai, por estímulo, a colecistoquinina (hormônio relacionado diretamente com a absorção dos lipídios), joga dentro do intestino (2ª porção do duodeno) a bile (rica em sais biliares e colesterol) • Lipase lingual e gástrica também estão relacionados com a quebra de lipídios • Sais biliares são oriundos dos próprios lipídios, através da taurina e da colina (ácido desoxicólico e ácido taurocólico), e sua conjugação faz um sal; esses sais biliares mudam a tensão superficial do intestino, favorecendo atividade das enzimas pancreáticas, e essas lipases tem ação de hidrolases, o que favorece a absorção de lipídios; os lipídios são metabolizados hepaticamente, e eliminados sob a forma de sais biliares, por ex • O colesterol que cai no intestino, por via de excreção do colesterol, pode seguir 2 caminhos: fezes (sob a forma de coprostanol) ou pode ser reabsorvido novamente • Ex: células de Leidig, no testículo, diminuem com a idade, logo, produzem menos testosterona (que tem o colesterol como base); dificilmente não se terá quantidade suficiente de colesterol para se produzir testosterona, o que prevalece é a diminuição do estímulo hormonal e a redução dessas células, o que leva a produção menor de testosterona, e locais de ação da testosterona estão diminuídos = efeito reduzido da testosterona não por falta da matéria prima do colesterol, mas porque a célula não produz e os órgãos alvos que recebem tem receptores reduzidos, e há um baixo estímulo hormonal = cursando uma doença andrógena masculina do envelhecimento (DAEM ou andropausa – deficiência na produção do hormônio de maneira estrutural, celular ou estímulo); ingestão do colesterol não adianta, o que adianta é a ingestão do próprio hormônio, ou algum pré-hormônio pronto para ser estimulado • Ex: atrofia do ovário; estrogênio e progesterona são de origem do colesterol, a via da desmolase faz a partir do colesterol e da progesterona as vias enzimáticas; dar colesterol não adianta • Medicamentos que aumentam os hormônios = há efeito reverso, que é o bloqueio da síntese fisiológica, diminuindo o aporte da matéria prima para essa via, e um dos riscos é não utilizar a matéria prima para utilização fisiológica (pois o hormônio pronto está sendo dado) e ocorrer uma hipercolesterolemia; a produção diminui pois a informação não é enviada para a neuro-hipófise, hipotálamo e hormônios pois o hormônio está circulando, logo, a produção diminui, com isso a matéria prima fica aumentada; o anticoncepcional bloqueia essa via, porém a dose é de microgramas, logo, isso é minimizado • Dietas sem carboidratos e lipídios: produção de energia a partir de ácidos graxos (beta-oxidação na matriz mitocondrial), que gera uma grande quantidade de ATP; o produto final são os corpos cetônicos – ácido acetacético, beta- hidroxibutílico e acetona (propanona); a propanona é inerte, jogada fora, mas os outros 2 ácidos podem ser reutilizados como energia (menos nas células sem núcleo); as outras funções relacionadas aos lipídios vão ser colocadas num freio; logo, pode haver declínios hormonais, déficits de vitaminas, alterações comportamentais por conta de neurotransmissores lipídicos • Picos de estrogênio: ação nos caracteres secundários femininos e ação nos órgãos alvo, e uma dessas ações é o estímulo de apoproteínas presentes dentro da HDL; o anticoncepcional diminui o pico, e trabalha com o hormônio mais liminar, logo, diminui os estímulos a secreção das apoproteinas da HDL, o que pode resultar na diminuição da HDL, podendo resultar em mais eventos cardiovasculares dentro de um contexto (tabagismo, sedentarismo, estresse) • A atividade física estimula a insulina, que é um potente estimulador de lipoproteínas (mais HDL e redução de LDL) Digestão: • A medida que mastigamos, nos alimentamos, hormônios vão sendo secretados: secretina (estimula síntese das lipases, melhorando o aporte de bicarbonato na 2ª porção do duodeno, via pâncreas) e colecistoquinina (estimula secreção de lipases mas também a contração da vesícula biliar) • A maior parte da gordura chega na forma de ácido graxo ao organismo; sua expressão maior na forma de triacilglicerol (3 moléculas de ácido graxo e 1 de glicerol), e essas cadeias de ácido graxo podem ser de moléculas longas, curtas ou intermediaria; logo, lipases quebram essas moléculas em moléculas menores de mono/di; a expressão maior são as lipases pancreáticas • A vesícula contrai, joga para dentro da 2ª porção do duodeno; próximo do local onde desemboca o colédrano, a pila de Váter, o ducto de Odd, onde desemboca o coledrano vindo da vesícula, desemboca o ducto de Virson, vindo de dentro do pâncreas; o pâncreas joga enzimas de produção pancreática (que ficavam dentro das cavidades lisossomiais), e graças a esse estímulo foi jogado para dentro desse ducto e jogada nessa porção, junto com a bile que vem da vesícula biliar, passou pelo colédrano e chegou nessa porção; enzimas pancreáticas + bicarbonato = Ph ideal para catalise das lipases = mudança da tensão superficial; as enzimas através da água hidrolisam; componentes menores são absorvidos a partir das vilosidades, entrando nos enterócitos; quem faz essa aproximação é um grupamento, formado pelos lipídios e ácidos graxos soltos, que vai coalescer com água e parte que tem uma afinidade com essa borda em escova = solução chamada de micela (coloide que tem solubilidade maior que ácidos graxos soltos), que tem cabeça polar e cabeça apolar (voltada para o interior, como um aprisionamento da gordura), que seaproximam da borda em escova dos enterócitos • As micelas jogam para dentro dos enterócitos os grupamentos teoricamente desorganizados; dentro dos enterócitos não existe mais as micelas, pois elas foram um comportamento para essa aborção; agora cabe a enzimas de dentro dos enterócitos a função de reagrupar as moléculas de mono e diacilglicerol nas moléculas de triacilglicerol, uma apoproteina se associa (dando polaridade a molécula), formando uma lipoproteína, que na membrana contralateral por exocitose sai de dentro dos enterócitos e chega na corrente linfática; esses locais do intestino em que ocorre essa exocitose são intensamente vascularizados por pequenos capilares sanguíneos, mas também por drenagem linfática, esse local se chama circulação entero-porta (tudo que é absorvido nesse segmento cai na corrente sanguínea e segue um caminho); a exceção são os lipídios, pois como o triacilglicerol formam moléculas muito grandes e complexas, elas precisam ser jogadas em um sistema maior, que é o sistema linfático • Quilomícron – primeira molécula formada de parte proteica e parte lipídica (lipoproteína), pelos enterócitos, após alimentação; 96% de ácido graxo em sua composição, em forma de triacilglicerol; sua função é captar todos os ácidos graxos ingeridos na alimentação e transportá-los até um determinado local (de armazenamento ou de utilidade para os ácidos graxos); possui uma parte proteica – apoproteína C2, que é estimuladora das lipases lipoproteicas (plasmáticas e hepáticas); vão conseguir circular dentro da corrente linfática num primeiro momento, cair no ducto torácico (lado esquerdo), para chegar na circulação sanguínea (dentro do território vascular venoso), para ir direto ao fígado; isso ocorre graças a alimentação, enzimas, sais biliares, formação das micelas, e enzimas dos enterócitos • O fígado leva os ácidos graxos para todas as células que precisam deles; ele tem capacidade de armazenar um pouco, mas quem armazena muito mais isso é o tecido adiposo • Lipases lipoproteicas hepáticas e plasmáticas hidrolisam o quilomícron e o transformam em VLDL, que vão continuar municiando o território periférico de ácido graxo (continua o transporte de ácidos graxos para as células que necessitam); e os quilomícrons 2 horas após a alimentação somem da corrente sanguínea, pois essa atividade enzimática no fígado e corrente sanguínea depura esse quilomícron • Sem alimentação = sem quilomícron; mas continua havendo secreção hepática de VLDL, pois ela leva os ácidos graxos endógenos (hepáticos e do tecido adiposo) para as células de periferia • Há pacientes que possuem deficiência nas lipases lipoproteicas hepáticas e lipoproteicas plasmáticas, logo, vai haver deficiência na quebra do quilomícron = quilomícron circulante = excesso de triacilglicerol = soro lipêmico (aspecto leitoso) = hiperlipoproteinemia tipo I (indivíduo que não tem essa enzima) ou tipo 5 (indivíduo que tem enzima com função diminuída) = triglicerídeo elevado • Quem dá lipemia ao soro ou plasma: presença do quilomícron ou/e triglicerídeo aumentado • Pacientes com deficiência das lipases por conta de fatores genéticos é mais raro do que encontrar alguém com distúrbio da alimentação (pessoas que comem mais carbs), e a partir do aceta acetil coenzima A e do acetil coenzima A ele produz uma grande quantidade de triglicerídeos • Lipoproteínas diferentes possuem concentrações diferentes de lipídios, e expressões de apoproteínas diferentes; componentes como quilomícron, VLDL, tem mais expressão de B-48 e B-100; as HDL tem mais expressão de C2, C3 e A; a concentração maior das apoproteínas faz diferença na função das lipoproteínas Triglicerídeos: • Modalidade de glicerídeo mais comum em animais e vegetais • Monoglicerídeo: 1 ácido graxo + 1 glicerol • Diglicerídeo: 2 ácidos graxos + 1 glicerol • Triglicerídeo: 3 ácidos graxos + 1 glicerol • Mobilização das gorduras armazenadas; ativação dos ácidos graxos e seu transporte para as mitocôndrias; beta-oxidação dos ácidos graxos (ciclo de Lynen) • Cetogênese no fígado: oxidação dos ácidos graxos – aceta-acetato, acetona e ácido beta-hidroxibutírico; 2 deles são reaproveitados como fonte de energia, e a acetona é eliminada, principalmente na respiração; e isso aumenta mais com o gasto energético; os carbonos são quebrados, FAD, NAD e ATPs são produzidos, transformando isso em energia; distúrbio do mecanismo primário de energia (metabolismo da glicose) leva a beta-oxidação excessiva, que pode ser prejudicial; distúrbio relacionado ao diabético, principalmente do tipo I, que não possui insulina, onde a internalização da glicose para gerar energia dentro da célula esta prejudicada; essa célula não morre; corpos cetonicos são produzidos em excesso, os ácidos caem na corrente sanguínea, mudando o Ph (acidose, que pode levar a morte do individuo pois as atividades enzimáticas ficarão prejudicadas); o hálito fica cetônico; resposta fisiológica; esses ácidos caem na urina, mas se ocorrer isso em excesso, os indivíduos ficam em ceto-acidose em decorrência da diabetes; insulina (para internalizar glicose) + hidratação = tratamento; as vezes não é possível controlar, por ex, quando uma infecção está envolvida Cerídeos: • São ceras animais e vegetais que criam barreira • Constituídas por álcool + ácido graxo (1 ou mais); apresentam álcool de cadeia longa (16 a 30C); apresentam grande insolubilidade em água; são impermeabilizantes de superfícies • Palmitato de cetila; palmitato de miricila Síntese hepática do colesterol: • 2/3 do colesterol é de síntese hepática; restringir a alimentação do individuo, retirando sua ingesta de colesterol, só retira 1/3 do total do colesterol • Acetil- CoA + acetoacetil- CoA, que forma o hidroximetilglutaril- Coa que sob ação da hidroximetilglutaril-Coa (também presente na beta- oxidação dos ácidos graxos) redutase forma o mevalonato (sua formação é o liga e desliga da sintese do colesterol) • Reduzir síntese: algo que bloqueie competitivamente a hidroximetilglutaril- coA redutase, diminuindo síntese endógena do colesterol; estatinas, faz com que o colesterol seja reduzido, e essa matéria prima está sendo reduzida para a produção de testosterona (solução - prótese peniana) Esteróide – colesterol: • Estrutura pode ser livre ou esterificada; quem tem na sua estrutura ciclo-pentano-per-hidro-fenantreno é derivado do colesterol • Esteroides são anabolizantes; testosterona é angiogênico, e aumenta o tamanho e a rede de capilares, mediado por estimulo hormonal • Funções: caracteres masculinos; mobilização de ptns, angiogênese, metabolismo de vitaminas, metabolismo de glico e mineral corticoides (aldosterona e cortisol), resposta inflamatória • Estradiol, testosterona, progesterona, cortisol, aldosterona, vitamina D3 = tem colesterol em sua base • Eliminação de colesterol, ácidos graxos e lipídios = jogando fora como forma de sais biliares, e o próprio colesterol = atividades bacterianas, que transformam eles em coprastanol (assim que é eliminado nas fezes); no sistema entero-porta uma parte do colesterol, sais e ácidos biliares ainda pode ser reabsorvida, principalmente ácido cólico e ácido desoxicólico (glicocólico e desoxicólico – relacionados com glicina e taurina); a emulsificação facilita a quebra dos ácidos graxos em moléculas menores • O colesterol tem 27 carbonos, e quando chega no fígado, há a retirada de carbonos e adição de carboxilas, transformando-os em ácidos biliares; e na vesícula biliar há glicina e taurina, que ao serem adicionadas nesse composto o transforma em sais biliares, que fazem emulsificação, mudam a tensão superficial e favorecem a atividade das enzimas; • Uma lipoproteína é expressada mais desse tipo dentro de moléculas diferentes; e essa expressão é mediada por estímulos hormonaise por código genético; há doenças de indivíduos que não expressam bem C2/C3/A1; a apoproteína B48 é como se fosse uma má expressão, pois ela só expressa 48% de B; a apoproteína B100 expressa 100% do código genético dessa proteína • As apoproteínas é que dão a característica da função da molécula, pois as molécula lipoproteicas são iguais (por serem lipídios + proteínas), mas são diferentes em relação a sua concentração de lipídios e proteínas, e a sua expressão de apoproteínas; e os receptores são diferentes • Ao estímulo da mastigação e chegada do alimento ao estomago, há uma informação hormonal = colecistoquinina, que contrai a vesícula biliar, e joga a bile no intestino; indivíduos que retiraram a vesícula vão ter um aporte menor de substancias, entre elas os sais biliares; antes o trajeto era fígado – vesícula – intestino, e com a retirada da vesícula passa a ser fígado; há dificuldade na emulsificação, visto que menos sais biliares chegam na 2ª porção do dudodeno, com consequente diminuição da atividade enzimática, e não há absorção de todos os ácidos graxos; eles arrastam água para dentro da luz do intestino = diarreia; a função da vesícula é armazenar e jogar uma quantidade maior no intestino; com o tempo, a partir da diminuição da ingesta de lipídios, por percepção cerebral, o fígado começa a aumentar a secreção dos ácidos biliares • Os vasos linfáticos possuem um calibre maior, possibilitando a chegada de moléculas com grande tamanho, porém com baixo peso molecular • Todas as lipoproteínas possuem triacilglicerol, colesterol, fosfolipídios, colesterol livre e proteínas; o que muda é a porcentagem das proteínas e quais apoproteinas se expressam em maior quantidade = tamanhos distintos, densidades distintas, funções distintas • HDL – possui grande densidade por ter grande quantidade de proteína (33 – 57%); essas apoproteinas influem na função dessa molécula; o quilomícron possui densidade baixa e grande quantidade de ácidos graxos; VLDL, grande com baixo peso molecular (muitos ácidos graxos) • Se o colesterol não entrar no quilomícron, ele consegue ser transportado pela albumina, e logo é colocado dentro de uma célula ou lipoproteína para transportá-lo, pois os órgãos que produzem hormônios esteroides aguardam por esse colesterol • O agrupamento do colesterol na parede de um vaso, no endotélio, e essa impactação via oxidação trás macrófagos, monócitos, citocinas inflamatórias, com inflamação da parede do vaso, desencadeando uma placa de ateroma; o envelhecimento está relacionado ao desequilíbrio das lipoproteínas, com atividade protetora dos vasos e aumento dos eventos oxidativos (radicais livres, por ex peróxido de hidrogênio), com redução de anti-oxidantes, principalmente as vitaminas C e E; droga, nicotina, estresse, insônia, sedentarismo, hipertensão arterial, endotélio vascular alterado, liberação de prostaglandinas que não são protetoras = mecanismos que promulgam alterações • Suprarrenal só produz minerais, corticoides e glicocorticoides a partir do colesterol • Transformação e redução dos hormônios é mais marcante (levar a doença) do que a ausência do colesterol; falta das enzimas que transformam o colesterol em progesterona, em testosterona, cortisona, mineral, corticoide, estrogênio; • Desbalanço entre produção e utilização e há somatório dos fatores de risco, principalmente em cima da oxidação da LDL – efeitos maléficos • Molécula (LDL) sofre oxidação, e essa impactação faz com que citocinas inflamatórias ataquem a parede dos vasos, formando a placa de ateroma; nicotina, hipertensão, obesidade, endotélio alterado, liberação de postaglandinas • Na corrente sanguínea, há várias células que tem proteção para receber LDL em excesso • Ao se dosar – dosar colesterol de dentro da HDL; NÃO SE dosa a molécula, mas sim a quantidade de conteúdo de dentro da molécula; • Quem possui LDL elevada, terá colesterol muito elevado, dentro de uma fração funcionalmente ativa, derivada da VLDL, da qual ele vai perdendo a quantidade de triglicerídeos e vai ganhando grande quantidade de colesterol para levar colesterol para as células de periferia; a fração LDL que tem apoproteínas com receptores para todas as células que precisam do colesterol, e um dos locais percorridos para fazer a distribuição é a corrente sanguínea; e uma das células que precisa desse colesterol e dos ésteres de colesterol para a bicamada lipídica é o endotélio dos vasos; e se esse endotélio sofreu algum dano/alteração adentra uma quantidade maior que devia, que não vai ser utilizado, pois as células não pegam mais do que podem, logo, ela devolve para a corrente, e receptores coletam; e esses receptores são mediados por apoproteinas dentro de uma outra molécula, que é a a HDL; as apoproteinas da HDL (A1, C2 e E) são ávidas para coletar esse colesterol e carrega-lo de volta para o fígado, fazendo o mecanismo reverso da LDL, fazendo o transporte reverso • Triglicerídeo dividido por 5 = VLDL; estimativa que é muito aproxima; somente se o triglicerídeo for até 400 • Lipoprtoteínas: quilomícron; VLDL (pré-beta lipoproteína); LDL (beta lipoproteína); HDL (alfa lipoproteína); IDL ---- eletroforese de lipoproteínas; a ultra centrifugação do plasma permite encontrar moléculas diferentes por conta da sua densidade; mas hoje em dia dosa-se o conteúdo de dentro de cada molécula • Hiperlipoproteinemias segundo Fredrickson: tipos – I, IIa, IIb, III, IV, V; tipo I e V são indivíduos que não tinham lipases lipoproteicas – I não tinha a enzima, e V tinha uma deficiência da enzima, logo, os 2 cursavam com o quilomícron circulante, e triglicerídeo elevado; o V tem triglicerídeo elevado e pode ter ou não o quilomícron circulante; IV são indivíduos com triglicerídeos elevados induzido por carboidratos, onde a fonte do triglicerídeo vinha do ciclo dos carboidratos, principalmente do aceto acetil coenzima A e do acetil coenzima A, uma grande produção dos triglicerídeos, e isso era induzido por carboidratos; III tinha triglicerídeos altos, mas tinha uma deficiência enzimática, onde a eletroforese indicava uma beta larga, com discreta elevação do colesterol; IIa eram indivíduos que tinham alteração que cursava com colesterol elevado; IIb eram indivíduos que tinham triglicerideos e colesterol elevados (predomina na atualidade) • É possível identificar indivíduos com hipercolesterolemia isolada, e através de marcadores genéticos é possível saber se esse colesterol isolado era uma doença genética; o mesmo com a hipergliceridemia e hiperlipidimia; se é uma doença de classificações poligênicas ou se é de uma manifestação monogênica • Doenças endócrino metabólicas e doenças cardiovasculares depois de instaladas trazem consequências danosas aos indivíduos • LDL expressa mais B100; se um individuo expressa mais B100, ele tem a apoproteina uma afinidade maior pelas células da periferia; a LDL se liga a receptores proteicos para entrega e esterificação do colesterol • HDL expressa muito A1, A2, e tem grande afinidade para receptores carvanjos, aqueles de varredura, captando colesterol da membrana celular, levando de volta a corrente sanguínea; a HDL tem atividades protetoras, como por ex, fazem a diminuição a adesão dos monócitos na parede dos vasos dos endotélios, o que ajuda o endotélio a se manter íntegro, logo, quanto mais HDL, melhor a ação endotelial; a HDL também estimula a liberação de óxido nítrico, potente vasodilatador • Insulina media muito a quantidade de secreção de A1 e A2; estrogênio media muito a secreção de A1, A2, C e E; atividade física estimula secreção de insulina • Anticoncepcional diminui o estrogênio e o pico dos hormonios que levam ao pico da atividade do estrogênio; talvez as apoproteinas do complexo A, C e E estejam diminuídos por essa atividade hormonal, talvez expressando menorquantidade de HDL • VLDL possui aporte dos ácidos graxos nas células de periferia = combustível dos ácidos graxos; a expressão de distúrbios desse mecanismo está mais ligado a função da LDL e da HDL; dificilmente não vai existir VLDL muito baixa que não exerça sua função (assim como os fosfolipídios), a não ser que haja um erro genético; a VLDL muito alta é a representação do excesso de ácido graxo, que é representada pelo triglicerídeo elevado, por isso ela é deixada em 2º plano, pois se o triglicerídeo está elevado, a consequencia é que a VLDL também esteja • Caso clínico 1: • IAM – colesterol total elevado, fração HDLc baixa, fração LDLc alta, VLDLc elevado que acompanha o TAG (triglicerídeo) elevado; soro lipêmico – leitoso; soro lipêmico – ou é a presença do quilomícron ou é o TAG alto, ou é os dois; colesterol não deixa soro lipêmico; o triglicerídeo elevado é o mais comum; hipertensão arterial = agressão a parede do vaso; HDL baixa = deixa de proteger esse endotélio; estímulo de fatores pró-coagulantes; lesões na parede do vaso; tabagismo – nicotina aumenta quantidade de radicais livres e agridem parede do vaso e fazem oxidação da LDL, que estava com um mecanismo mediador funcional fisiológico, mas que agora foi ficando aumentada e oxidada, aderiu a parede do vaso, desencadeou um processo inflamatório, com cascata de coagulação e fez um broncotoma, uma mistura de células pró coagulantes, prostaglandinas, fator de necrose tumoral e fez uma placa que aderiu a parede do vaso e obstruiu parte ou total dessa artéria e de outras artérias; o indivíduo vem com longa data essas alterações; mecanismo de prevenção: tipo de alimentação, atividade física, histórico familiar; a estatina é um bloqueador competitivo irreversível da hidroximetilglutaril-Coa; é preciso urgentemente diminuir o colesterol, aumentar a HDL e diminuir a LDL
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