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Excreção urinária

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Excreção urinária Excreção urinária 
Bioquímica 
Introdução: 
• Formação da urina 
• Anatomia e fisiologia renal 
• Coleta de urina: pesquisar e dosar 
 
• Néfrons são unidades formadoras de urina; a urina é 
um ultrafiltrado do sangue 
• Sangue oriundo da aorta, que passa nas artérias 
renais, filtrado nas arteríolas aferentes, trazem o 
sangue para os néfrons; 
• Sofrem 3 processos fisiológicos – sangue primeiro 
cai no glomérulo, e o circunda, irrigando esses 
segmentos, onde o plasma sofre filtração glomerular, 
e retorna pela arteríola eferente; a membrana basal 
glomerular tem permeabilidade de filtração; quem foi 
filtrado vai ser excretado; quem for filtrado, no túbulo 
contornado proximal pode voltar para a corrente 
sanguínea – reabsorção tubular; a reabsorção 
tubular é acompanhada de alguém que estava no 
sangue e vai direto para o túbulo, sem ter passado 
no glomérulo = secreção tubular 
• A barreira de filtração é formada por endotélio 
que reveste os vasos sanguíneos glomerulares, 
membrana basal e células epiteliais (podócitos); a 
membrana forma uma barreira eletrostática; 
fenestrações no endotélio e espaços entre podócitos 
possibilitam filtração de água e pequenas moléculas 
• A filtração de moléculas é limitada pelo seu 
tamanho, forma e carga elétrica 
• Em pH 7,4 as ptns plasmáticas tem carga negativa 
(maioria), assim como a barreira de filtração, 
dificultando a filtração até das menores ptns 
• Quantidade de sangue de uma pessoa equivale e 
5% de seu peso corporal; nos néfrons passa cerca 
de 160 L de sangue por dia 
• Formação urinária de 1,5 – 2 litros por dia: depende 
da alimentação, do tempo/ frio/ calor; quantidade de 
urina excretada tem valor grande para a função 
renal do indivíduo 
• Os rins removem, na urina, produtos do 
metabolismo como ureia, ácido úrico, creatinina, 
fármacos e toxinas; e retêm glicose, AAS e ptns, 
por ex 
 
Urianálise: 
• E.A.S. (elementos anormais e sedimento) 
• Índice de filtração glomerular (“clearence”) 
• Urinocultura 
• Análises de cálculos renais 
 
• Cuidados na coleta da urina: 
 
 
 
• Substâncias pesquisadas: basta colher 40 ml da urina 
da manhã (primeira urina) – urina mais concentrada, 
que ficou guardada na bexiga; faz-se pesquisa das 
células e substancias bioquímicas; despreza-se 
primeiro jato, para fazer uma higiene, onde a urina 
carreia células do trato geniturinário; logo, colhe-se 
jato intermediário (40 ml); importante fazer higiene 
prévia; levar para laboratório – reação na fita, com 
várias tiras, é possível identificar se determinada 
substancia (como a ptn) está ausente ou não 
• Obs.: é de se esperar que todos tenham proteínas 
ausentes na urina – macromoléculas não são filtradas 
na membrana basal glomerular 
• Ex: cor diferente na fita que significa 2 cruzes de ptn 
(300 mg/ 24 horas) = volume aproximado - 
proteinúria; quanto de proteinúria? Para saber, o 
paciente deve desprezar a primeira urina da manhã, 
e colher todas as outras durante 24 horas 
(dosagem); e dosar a primeira do outro dia; quando 
esse volume de 24 horas for levado ao laboratório, 
dosar uma certa quantidade do volume total, e esse 
valor será relacionado com o volume de 24 horas; e 
essa conta terá um produto final em 24 horas 
• A coleta dos vários xixis diários deve ser em um 
mesmo recipiente; 
• Obs.: 3 cruzes equivale a 400 mg/24 horas; 4 
cruzes acima de 500 mg/24 horas
 
• Creatinina é produzida por nós, como produto da 
fosforilação da creatina no músculo, e ela é eliminada 
na urina; toda creatinina é filtrada; 2% da creatinina é 
reabsorvida; 98% da creatinina sai na urina 
• Dosar creatinina no sangue, e na urina; ao fazer isso, 
relacionar com o volume de urina de 24 horas, e 
tem-se o tempo da qual a creatinina foi eliminada 
pela urina – depuração ou limpeza (clearence) dessa 
creatinina – usado para fazer avaliação da filtração 
glomerular, pois essa substância é 100% filtrada, e 
somente 2% é reabsorvido 
• Dosar creatinina na urina → divide pela creatinina do 
sangue → multiplica pelo volume de 24 horas, 
dividido pela unidade de tempo (1440) 
• Se esse volume vier colhido errado, a conta dará 
errado 
• Quanto sai de urina quando a bexiga está cheia – 
400 a 600 ml uma bexiga bem cheia 
• Coleta de urina por sonda – retira-se volume de 
urina desejado para pesquisar ou dosar; mas com o 
paciente sondado, não se sabe a hora da urina da 
manhã, logo, é preciso marcar os horários de coleta 
• A concentração sérica de creatinina é de 20-80 
mmol/L (0,28 – 0,9 mg/Dl); aumento dessa 
concentração indica diminuição da TFG 
• Valor de referência da ureia sérica: 2,5-6,5 
mmol/L (16,2-39 mg/dL) 
• A ureia é o produto final do catabolismo proteico, 
e é um contribuinte para a excreção de nitrogênio; 
a excreção de ácido úrico se dá através da 
degradação de purinas; 
• Na insuficiência renal o débito urinário diminui, 
assim como a depuração da creatinina, aumentando 
concentrações plasmáticas de ureia e creatinina 
•  Logo, creatinina e ureia séricas são testes de 
primeira linha no diagnóstico de doença r e n a l 
 
• Quadro clínico: microalbuminúria é um preditor do 
desenvolvimento de nefropatia diabética; 
imunoglobulinas aparecem na urina quando a lesão é 
mais extensa (ex: mieloma múltiplo); anemia 
hemolítica – urina apresenta hemoglobina e 
urobilinogênio; 
• A medição de glicose e cetonas na urina é 
importante na avaliação do controle glicêmico de 
diabéticos 
• Medições de urobilinogênio e bilirrubina ajudam a 
determinar a função hepática 
 
Taxa de filtração glomerular: 
• TFG é a determinação do volume filtrado de uma 
determinada substancia nos capilares do glomérulo e 
na cápsula de Bowman por unidade de tempo 
• Ou seja, a depuração renal é definida como o 
volume de plasma (em milímetros) do qual o rim 
elimina uma determinada substância por minuto 
Pesquisar – saber se 
existe ou não a substancia 
na urina; volume qualquer 
é utilizado – EAS
Dosar – saber quantidade 
dessas substancias num 
volume pré-estabelecido 
dentro de 24 horas 
• A TFG pode ser estimada medindo a depuração 
de uma substância 
• Essa substancia deve ter as seguintes características: 
• 1 - Concentração estável no plasma 
• 2 - Fisiologicamente inerte – altera pouco com 
atividade física, massa muscular 
• 3 - Filtrada livremente nos glomérulos 
• 4 - Não pode ser reabsorvida nem secretada nos 
túbulos renais 
• Variações na taxa de filtração glomerular alteram a 
quantidade total de água e solutos filtrados, mas não 
a composição do filtrado 
• Aumento de pressão sanguínea intracapilar e/ou 
hiperfiltração pode lesar células glomerulares e 
causar lesão renal grave 
• A TFG média é de 120Ml/min em homens e 
100Ml/min em mulheres 
• A depuração da creatinina varia com a idade, 
superfície corporal, sexo e também com a raça. 
Além disso, a relação entre a TFG e a concentração 
de creatinina pode diferir entre indivíduos saudáveis 
e pacientes com patologia renal 
• Na prática clínica atual, os valores da TFG são 
ajustados usando fórmulas que incluem, além da 
concentração sérica de creatinina, fatores como a 
idade, o sexo, o peso e a raça 
 
• Fórmula de Cockroft-Gault: 𝑇𝐹𝐺 = (140 −
𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)𝑋
𝑃𝑒𝑠𝑜
72
𝑋 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑐𝑎 
• Essa fórmula é para quem tem mais de 60 anos; o 
volume de 24 horas não se encontra na conta, para 
não dificultar para essas pessoas não terem que 
fazer esse tipo de coleta 
• Relação parecida com depuração da creatinina 
 
 
• Quadro clínico: 
• Um homem de 25 anos foi admitido no hospital, 
inconsciente, após um acidente de moto. Apresentava 
evidência de choque com hipotensão e taquicardia, 
uma fratura craniana e múltiplas lesões nos membros. 
Apesar do tratamento intravenoso com sangue e 
coloides, o paciente mantinha oligúria persistente 
(débito urinário de 5-10 mL/h; considera-se oligúria 
se <20 mL/h).• Ao terceiro dia, sua concentração sérica de creatinina 
tinha subido para 300 μmol/L (3,9 mg/dL), e sua 
concentração de ureia para 21,9 mmol/L (132 
mg/dL). Sua eTFG era de 22 mL/min/1,73 m2 
• Comentário: 
• Este homem jovem desenvolveu lesão renal aguda 
devido a necrose tubular aguda como consequência 
do choque hipovolêmico. O paciente foi 
subsequentemente submetido a hemofiltração de 
emergência. A função renal começou a recuperar 
após duas sem a nas com um aumento inicial do 
volume de urina, a chamada “fase diurética” 
 
Bioquímica da excreção urinária: 
 – pesquisa dos 
elementos anormais e sedimentos; procura a presença 
de ptn, e pode encontra-la ou não 
• Elementos anormais: substâncias bioquímicas que são 
anormais na urina – estudo daquilo que não existe na 
urina; e encontrando, descobrir porque se encontra 
na urina 
• Sedimento: centrifugar urina, pegar o sedimento, 
colocar numa lâmina com lamínula por cima, e 
enxergar o que há nessa urina de normal e anormal 
 
➢ Características físicas: 
• Volume; cor; aspecto; odor; pH; densidade 
• Com tubo (onde se coloca a urina) é possível ver 
características físicas da urina 
• Cor da urina – amarelo claro até para transparente 
(normalidade); com aspecto translúcido normalmente 
• Fenômenos fisiológicos que mudam a cor da urina: 
sangue (paciente em período menstrual); beber 
Qtde de creatinina 
eliminada no 
intervalo de 1 min 
bastante água – urina mais transparente = boa 
hidratação; 
• Medicamentos podem dar tonalidades diferenciadas 
para a urina 
• Alterações patológicas: sangue na urina – por conta 
de pedra na bexiga, no ureter; por processo 
infeccioso inflamatório; fístula enterovesical – fezes 
na urina – aspecto, odor diferentes 
• pH da urina pode variar de 4 – 8; normalmente é 
em torno de 6 – 6,5; 
• O que pode mudar o pH da urina: infecção; distúrbio 
do equilíbrio ácido-base; maré alcalina pós 
alimentação (pode se aproximar de 7-7,5 
normalmente para o pH do plasma não mudar); 
• A densidade da urina é próxima à da água (um 
pouco mais elevada) = 1010 - 1015 
• Densidade da urina: massa sobre volume; indivíduos 
que urinam muito – densidade diminuída e volume 
aumentado; indivíduos com proteinúria podem ter 
densidade e massa elevada – macromoléculas que 
dão grande quantidade de massa 
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
 
• Indivíduos desidratados – densidade aumentada; urina 
muito concentrada 
• Turgor da pele diminuído – densidade aumentada 
• Glicosúria – não dá peso molecular – mas indivíduo 
urina muito – densidade baixa 
• Quem dá peso molecular (massa) são as 
macromoléculas (geralmente proteínas) 
• Muito volume, sem massa relacionada = densidade 
baixa 
 
➢ Características químicas: 
• Proteinúria 
• Glicosúria 
• Hemoglobinúria 
• Cetonúria 
• Bilirrubinúria 
• Nitritúria 
 
• Proteinúria: 
• No glomérulo é onde ocorre a filtração; a filtração 
filtra macromoléculas – peso molecular menor que 
50.000 daltons e tem seletividade de cargas; 
• Ptns podem ter peso molecular menor que 50.000 
daltons mas a grande maioria não tem seletividade 
de cargas, logo, normalmente não temos proteinúria 
• Normalmente: até 150 mg/24 horas de excreção de 
proteína na urina; métodos convencionais não acham 
isso 
• Lesão da membrana basal glomerular: com a perda 
da seletividade de cargas e alteração do tamanho 
das fenestras = proteinúria 
• Pacientes diabéticos e hipertensos tem maior 
predisposição a lesar a membrana basal glomerular = 
microalbuminúria; progressivamente pode evoluir 
para proteinúria 
• Ex: glomerulonefrite aguda = infecção bacteriana – 
depósito antígeno-anticorpo nesses locais que 
danifica toda a membrana basal glomerular = 
proteinúria e edema 
• Albumina tem peso molecular de 69.000 daltons; e 
nas fenestras da membrana basal só passa quem 
tem peso menor que 50.000 daltons 
• Lesão renal causada por produtos de degradação da 
glicose, entre elas o sorbitol, provoca a perda de 
permeabilidade da membrana 
• Proteínas totais plasmáticas (albumina + globulinas) – 
6 a 8 g/Dl; albumina – 4 a 6 g/Dl; globulinas 2 a 4 
g/Dl 
• Espuma na urina até que se prove o contrário é 
proteína 
 
• Glicosúria: 
• Limiar de excreção renal de glicose – 160 – 180 
mg/Dl – até esse valor toda a glicose é filtrada e 
toda reabsorvida; 
• Quando há uma ultrapassagem desse limiar, toda a 
glicose é filtrada e nem toda ela é reabsorvida; 
• Diabéticos tem mais chance de desenvolver 
glicosúria 
 
• Hemoglobinúria: 
• Alteração da permeabilidade da membrana basal 
glomerular = grandes fenestras = passagem de 
hemácias = e como a tonicidade da luz dos 
túbulos/urina é diferente, ocorre a lise das hemácias 
= hemoglobina solta/livre na urina = urina vermelha e 
hemácias destruídas 
• Ex: pedra na bexiga, pedra num cálice renal; a lesão 
pode ser numa infecção urinaria baixa, numa 
infecção na uretra – infeccionou, inflamou, agrediu = 
hemácia (hematúria) e hemoglobinúria 
• Hemoglobinúria pode ser decorrente de um paciente 
com hemólise (mais provável que tenha 
hemoglobinúria do que hematúria); diferente do 
indivíduo com pedra na bexiga, que terá muita 
hematúria (e também terá hemoglobinúria) 
• Se a membrana glomerular estiver íntegra, e a causa 
do sangramento for uma litíase ou tumor da 
próstata, por ex, o indivíduo não tem nenhum 
mecanismo defeituoso na membrana basal 
glomerular = sem proteinúria, com hematúria e 
hemoglobinúria 
• Hemoglobinúria paroxística noturna: só 
hemoglobinúria, sem hemácias 
 
• Cetonúria: 
• Ph da urina mudado, por conta da circulação 
plasmática de corpos cetônicos (propanona, ácido 
acetoacético, ácido beta-hidroxibutírico) 
• A propanona é volátil, logo sai no hálito = hálito 
cetônico 
• Os 2 ácidos saem na urina = urina ácida e com 
presença de corpos cetônicos 
• Cetonúria ocorre principalmente em pacientes 
diabéticos descompensados 
• Beta-oxidação excessiva dos ácidos graxos 
• Mais comum em pacientes com diabetes tipo 1 
• Mas, jejum prolongado, estado de hiper-catabolismo 
onde há necessidade maior dos corpos cetônicos = 
cetonúria sem apresentar diabetes 
 
• Bilirrubinúria: 
• Bilirrubina não se encontra na urina (normalmente); o 
urobilinogênio, que se transforma em urobilina no 
contato com o ar, que está presente na urina 
• Bilirrubina direta fica elevada e sai na urina; causas – 
icterícia pré-hepática, hepática, e pós-hepática; as 2 
últimas são mais marcantes 
• Bilirrubina indireta aumentada pode induzir ao 
aumento da conjugação, que faz com que a 
bilirrubina direta fique aumentada; 
• Icterícia; acolia fecal; paciente emagrecido; urina 
muito escura = cor de coca cola = BILIRRUBINÚRIA 
 
• Nitritúria: 
• Nitritos são composições químicas liberadas por 
alguns tipos de bactérias, sal ou éster do ácido 
nitroso (HNO2) ou ânion dele derivado; 
• Na urina temos nitratos; 
• Bactérias do trato geniturinário transformam nitrato 
em nitrito 
• Paciente com nitrito na urina: significa que tem 
presença de bactérias nitrificantes, que são 
presentes na infecção urinária, e que transformam 
nitrato em nitrito 
• Nitrito na urina: pensa-se quase sempre em infecção 
• Nitritúria = informação indireta para chegar a 
conclusão que o paciente possui infecção de urina 
• Podem haver indivíduos com infecção de urina, onde 
a bactéria não reduz o nitrato para nitrito (bactéria 
não nitrificante) 
• As enterobactérias, principalmente gram negativas, 
praticamente todas elas reduzem nitrato para nitrito; 
mas por ex, estafilococos não fazem isso 
• Piúria – piócitos degenerados; 
• Quadro infeccioso = flora bacteriana elevada + 
piócitos presentes + nitritúria 
• Quase sempre piúria é acompanhada de nitritúria 
• A não higienização correta do frasco de coleta da 
urina pode levar a confusão, pois bactérias 
nitrificantes podem atuar, levando a um diagnóstico 
errôneo 
 
➢ Sedimento urinário(sedimentoscopia): 
• Pegar a urina colhida para pesquisa (da manhã; 40 
ml, etc), e colocou 10 ml de urina num tubo cônico, 
que será centrifugada (6000 rotações/min durante 10 
min); a urina é jogada fora e o sedimento restante é 
suspendido, logo, coloca-se uma gota numa lamina, e 
é levado ao microscópio 
• Busca encontrar elementos figurados, que são 
normais de estarem ali; mas algumas coisas 
encontradas são anormais também 
• Células, hemácias, leucócitos é normal de ter na urina 
dentro de uma quantidade definida 
• A urina veio do sangue e passou por 4 mecanismos 
fisiológicos: filtração glomerular, reabsorção tubular, 
secreção tubular e a própria excreção 
• Ex: o indivíduo apresenta 5 hemácias por campo = 
o campo representa o campo que o individuo 
colocou a ocular de 10, a objetiva de 40, e o que ele 
viu = o espaço visualizado é chamado de campo; 
 
• Células epiteliais – células do epitélio de escamação 
(de dentro do rim, do ureter, da bexiga, uretra) do 
trato geniturinário; 
• Piócitos/leucócitos – normal de encontrar leucócitos 
das membranas, íntegros ou destruídos (piócitos) 
• Hemácias 
• Cristais 
• Cilindros 
• Bactérias 
• Fungos 
• Protozoários/Helmintos 
 
• Células epiteliais de descamação, piócitos/leucócitos e 
hemácias são próprios do sedimento; são normais; 
mas podem ser anormais 
• Deve-se encontrar de 8-10 piócitos/campo; 
• Hemácias: 5/campo; podem haver hemácias 
incontáveis – 100/campo; é normal elas estarem no 
sedimento, mas não nessa quantidade 
• Piócitos são leucócitos degenerados por conta de 
possivelmente uma reação infecciosa por ex 
• Encontrar bactérias é anormal, independente da 
quantidade 
• O trato geniturinário, principalmente a uretra, pode 
por proximidade ter algumas bactérias próprias 
daquele segmento; mas a primeira urina da manhã, 
com aquele jato primário, é justamente o que 
carreia a descamação, logo, não encontramos 
bactérias 
• Disúria, estrangúria, polaciúria, dor lombar, nitritos na 
urina, piócitos incontáveis, flora bacteriana aumentada 
= infecção urinária 
• Hemácias incontáveis por campo = uma das causas 
de hematúria; comum em paciente com pedra na 
bexiga, na uretra, nos rins, processo infeccioso 
• Piócitos incontáveis, bactérias incontáveis = pode ser 
um dos indicadores de uretrite – secreção uretral – 
contaminação amostra; DST; o problema não é a 
urina, mas sim a contaminação 
 
• Cristais: 
• Não é normal ser encontrado na urina; 
• Oxalato de cálcio, urato amorfo, fosfato triplo 
amoníaco magnesiano – podem não trazer 
nenhuma repercussão no paciente, que pode não 
sentir nada; 
• Cristais são um modelo de liberação dessas 
substancias, da qual a qtde dessas substancias ficam 
acima do limite da solubilidade, e começam a 
cristalizar; 
• Ex: grande qtde de íons de Ca++ e baixa ingesta de 
água, com possível desidratação do individuo e 
excesso de produção de cristais = microcristais que 
vão se acumulando/aglomerando, tendo essa 
característica de elementos figurados em forma de 
cristais; isso pode não significar nada, mas pode ser 
um indício de que se isso continuar cristalizando, 
deixando de ficar dissolvido na urina, esses cristais 
podem evoluir para pedras (litíase) 
• Principal cristal: cristal de oxalato de cálcio; principais 
cálculos – cálculos de oxalato de cálcio 
• Ligado a alimentação, baixa ingesta de água, 
genética 
• Cristais de ácido úrico: podem virar cálculos/pedras; 
• Ácido úrico é eliminado na urina 
• Melhorar ingesta de líquidos = diminuir chance de 
formação de ácido úrico para reduzir chance de 
formação de cristais e cálculos 
• Ter cálculo significa já ter tido cristal um dia 
• O paciente com cálculo pode apresentar dor lombar 
• Sinal de Giordano presente 
• Ultrassonografia ou raio X: visualização do cálculo 
 
• Cilindro: 
• Estrutura anormal 
• Estrutura em forma geométrica de cilindro 
• Dentro dessas estruturas pode visualizar outras 
organizadas dentro dela: hemácias (hemático), restos 
celulares (granuloso), leucócito (leucocitário), com 
poucos grânulos (grânulo fino), nada dentro (hialino) 
• Podem haver cilindros de modelo hialino (raríssimos), 
e PODE não significar nada 
• Na periferia de qualquer cilindro há um delimitador; e 
o que circunda o cilindro, formando um arcabouço, é 
ptn 
• O cilindro é como se fosse uma microfotografia dos 
túbulos 
• Túbulos contornados possuem ptn chamada ptn de 
Tamm-Horsfall, que é uma mucoproteína tubular 
secretada para lubrificar o segmento tubular e 
favorecer as trocas entre as membranas 
• A diminuição do volume da água, pode fazer com 
que mucoproteínas formem os cilindros (raro), 
principalmente os hialinos – explicação da 
normalidade ao encontrar os cilindros 
• Anormalidade: quando temos proteinúria, por perda 
da capacidade da filtração, numa alteração da 
membrana basal glomerular (síndrome 
nefrótica/nefrítica, glomerulonefrite) = chance de 
encontrar vários cilindros, pois as ptns passam nos 
túbulos, e formam arcabouço dos cilindros (cilindrúria) 
• É de se esperar que se o paciente tiver grande 
quantidade de cilindros ele vai ter grande perda 
proteica; mas é possível que um indivíduo com 
proteinúria não tenha cilindros 
• Membrana basal glomerular perdeu capacidade de 
filtração = perda de elementos figurados 
(hemácias/leucócitos) = leucócitos/hemácias ao 
passarem nos túbulos podem ficar no interior dos 
cilindros quando eles forem formados = piúria 
maciça, hematúria, proteinúria, incontáveis cilindros 
leucocitários 
• Cilindros granulosos: contem grânulos de escamação 
dos tecidos 
 
• Fungos e bactérias: 
• Podem ser próprias da urina: 
• Indivíduo com imunidade baixa diabético – com 
glicosúria – comum de aparecer imagens 
leveduriformes 
• Bactérias oriundas da translocação bacteriana do 
intestino, de ascendentes da uretra, de má 
higienização 
• Fungos, flora bacteriana aumentada, leveduras = do 
trato geniturinário 
 
• Helmintos: 
• Ovos – colocado pela fêmea próximo do ânus – 
principalmente em crianças com má higienização/má 
orientação = migra e pode ficar perto da região 
perineal, e pode sair na urina por proximidade um 
verme adulto ou ovo – isso não é do trato 
geniturinário, logo, deve ser tratado 
• Ex: Phtirus púbis – fica no púbis, pelos pubianos – 
encontrar isso na urina é sinal de falha na coleta/má 
higienização; Trichomonas vaginalis – pode estar 
causando uretrite, e pode estar no trato geniturinário 
 
Exame sumário de urina: 
• Flora bacteriana aumentada e nitrito negativo: 
bactéria pode ser não nitrificante 
• Flora bacteriana aumentada pode indicar 
contaminação 
• Quem manda é a sintomatologia do paciente 
• Pacientes podem ser assintomáticos, e por isso 
esses exames são procurados 
• Modelo de normalidade do exame, exceto a flora 
bacteriana aumentada: 
 
Quadro clínico: 
• Os diuréticos são usados no tratamento do edema, 
da insuficiência cardíaca e da hipertensão 
• Os diuréticos estimulam a excreção de água e sódio.

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