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Excreção urinária Excreção urinária Bioquímica Introdução: • Formação da urina • Anatomia e fisiologia renal • Coleta de urina: pesquisar e dosar • Néfrons são unidades formadoras de urina; a urina é um ultrafiltrado do sangue • Sangue oriundo da aorta, que passa nas artérias renais, filtrado nas arteríolas aferentes, trazem o sangue para os néfrons; • Sofrem 3 processos fisiológicos – sangue primeiro cai no glomérulo, e o circunda, irrigando esses segmentos, onde o plasma sofre filtração glomerular, e retorna pela arteríola eferente; a membrana basal glomerular tem permeabilidade de filtração; quem foi filtrado vai ser excretado; quem for filtrado, no túbulo contornado proximal pode voltar para a corrente sanguínea – reabsorção tubular; a reabsorção tubular é acompanhada de alguém que estava no sangue e vai direto para o túbulo, sem ter passado no glomérulo = secreção tubular • A barreira de filtração é formada por endotélio que reveste os vasos sanguíneos glomerulares, membrana basal e células epiteliais (podócitos); a membrana forma uma barreira eletrostática; fenestrações no endotélio e espaços entre podócitos possibilitam filtração de água e pequenas moléculas • A filtração de moléculas é limitada pelo seu tamanho, forma e carga elétrica • Em pH 7,4 as ptns plasmáticas tem carga negativa (maioria), assim como a barreira de filtração, dificultando a filtração até das menores ptns • Quantidade de sangue de uma pessoa equivale e 5% de seu peso corporal; nos néfrons passa cerca de 160 L de sangue por dia • Formação urinária de 1,5 – 2 litros por dia: depende da alimentação, do tempo/ frio/ calor; quantidade de urina excretada tem valor grande para a função renal do indivíduo • Os rins removem, na urina, produtos do metabolismo como ureia, ácido úrico, creatinina, fármacos e toxinas; e retêm glicose, AAS e ptns, por ex Urianálise: • E.A.S. (elementos anormais e sedimento) • Índice de filtração glomerular (“clearence”) • Urinocultura • Análises de cálculos renais • Cuidados na coleta da urina: • Substâncias pesquisadas: basta colher 40 ml da urina da manhã (primeira urina) – urina mais concentrada, que ficou guardada na bexiga; faz-se pesquisa das células e substancias bioquímicas; despreza-se primeiro jato, para fazer uma higiene, onde a urina carreia células do trato geniturinário; logo, colhe-se jato intermediário (40 ml); importante fazer higiene prévia; levar para laboratório – reação na fita, com várias tiras, é possível identificar se determinada substancia (como a ptn) está ausente ou não • Obs.: é de se esperar que todos tenham proteínas ausentes na urina – macromoléculas não são filtradas na membrana basal glomerular • Ex: cor diferente na fita que significa 2 cruzes de ptn (300 mg/ 24 horas) = volume aproximado - proteinúria; quanto de proteinúria? Para saber, o paciente deve desprezar a primeira urina da manhã, e colher todas as outras durante 24 horas (dosagem); e dosar a primeira do outro dia; quando esse volume de 24 horas for levado ao laboratório, dosar uma certa quantidade do volume total, e esse valor será relacionado com o volume de 24 horas; e essa conta terá um produto final em 24 horas • A coleta dos vários xixis diários deve ser em um mesmo recipiente; • Obs.: 3 cruzes equivale a 400 mg/24 horas; 4 cruzes acima de 500 mg/24 horas • Creatinina é produzida por nós, como produto da fosforilação da creatina no músculo, e ela é eliminada na urina; toda creatinina é filtrada; 2% da creatinina é reabsorvida; 98% da creatinina sai na urina • Dosar creatinina no sangue, e na urina; ao fazer isso, relacionar com o volume de urina de 24 horas, e tem-se o tempo da qual a creatinina foi eliminada pela urina – depuração ou limpeza (clearence) dessa creatinina – usado para fazer avaliação da filtração glomerular, pois essa substância é 100% filtrada, e somente 2% é reabsorvido • Dosar creatinina na urina → divide pela creatinina do sangue → multiplica pelo volume de 24 horas, dividido pela unidade de tempo (1440) • Se esse volume vier colhido errado, a conta dará errado • Quanto sai de urina quando a bexiga está cheia – 400 a 600 ml uma bexiga bem cheia • Coleta de urina por sonda – retira-se volume de urina desejado para pesquisar ou dosar; mas com o paciente sondado, não se sabe a hora da urina da manhã, logo, é preciso marcar os horários de coleta • A concentração sérica de creatinina é de 20-80 mmol/L (0,28 – 0,9 mg/Dl); aumento dessa concentração indica diminuição da TFG • Valor de referência da ureia sérica: 2,5-6,5 mmol/L (16,2-39 mg/dL) • A ureia é o produto final do catabolismo proteico, e é um contribuinte para a excreção de nitrogênio; a excreção de ácido úrico se dá através da degradação de purinas; • Na insuficiência renal o débito urinário diminui, assim como a depuração da creatinina, aumentando concentrações plasmáticas de ureia e creatinina • Logo, creatinina e ureia séricas são testes de primeira linha no diagnóstico de doença r e n a l • Quadro clínico: microalbuminúria é um preditor do desenvolvimento de nefropatia diabética; imunoglobulinas aparecem na urina quando a lesão é mais extensa (ex: mieloma múltiplo); anemia hemolítica – urina apresenta hemoglobina e urobilinogênio; • A medição de glicose e cetonas na urina é importante na avaliação do controle glicêmico de diabéticos • Medições de urobilinogênio e bilirrubina ajudam a determinar a função hepática Taxa de filtração glomerular: • TFG é a determinação do volume filtrado de uma determinada substancia nos capilares do glomérulo e na cápsula de Bowman por unidade de tempo • Ou seja, a depuração renal é definida como o volume de plasma (em milímetros) do qual o rim elimina uma determinada substância por minuto Pesquisar – saber se existe ou não a substancia na urina; volume qualquer é utilizado – EAS Dosar – saber quantidade dessas substancias num volume pré-estabelecido dentro de 24 horas • A TFG pode ser estimada medindo a depuração de uma substância • Essa substancia deve ter as seguintes características: • 1 - Concentração estável no plasma • 2 - Fisiologicamente inerte – altera pouco com atividade física, massa muscular • 3 - Filtrada livremente nos glomérulos • 4 - Não pode ser reabsorvida nem secretada nos túbulos renais • Variações na taxa de filtração glomerular alteram a quantidade total de água e solutos filtrados, mas não a composição do filtrado • Aumento de pressão sanguínea intracapilar e/ou hiperfiltração pode lesar células glomerulares e causar lesão renal grave • A TFG média é de 120Ml/min em homens e 100Ml/min em mulheres • A depuração da creatinina varia com a idade, superfície corporal, sexo e também com a raça. Além disso, a relação entre a TFG e a concentração de creatinina pode diferir entre indivíduos saudáveis e pacientes com patologia renal • Na prática clínica atual, os valores da TFG são ajustados usando fórmulas que incluem, além da concentração sérica de creatinina, fatores como a idade, o sexo, o peso e a raça • Fórmula de Cockroft-Gault: 𝑇𝐹𝐺 = (140 − 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)𝑋 𝑃𝑒𝑠𝑜 72 𝑋 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑐𝑎 • Essa fórmula é para quem tem mais de 60 anos; o volume de 24 horas não se encontra na conta, para não dificultar para essas pessoas não terem que fazer esse tipo de coleta • Relação parecida com depuração da creatinina • Quadro clínico: • Um homem de 25 anos foi admitido no hospital, inconsciente, após um acidente de moto. Apresentava evidência de choque com hipotensão e taquicardia, uma fratura craniana e múltiplas lesões nos membros. Apesar do tratamento intravenoso com sangue e coloides, o paciente mantinha oligúria persistente (débito urinário de 5-10 mL/h; considera-se oligúria se <20 mL/h).• Ao terceiro dia, sua concentração sérica de creatinina tinha subido para 300 μmol/L (3,9 mg/dL), e sua concentração de ureia para 21,9 mmol/L (132 mg/dL). Sua eTFG era de 22 mL/min/1,73 m2 • Comentário: • Este homem jovem desenvolveu lesão renal aguda devido a necrose tubular aguda como consequência do choque hipovolêmico. O paciente foi subsequentemente submetido a hemofiltração de emergência. A função renal começou a recuperar após duas sem a nas com um aumento inicial do volume de urina, a chamada “fase diurética” Bioquímica da excreção urinária: – pesquisa dos elementos anormais e sedimentos; procura a presença de ptn, e pode encontra-la ou não • Elementos anormais: substâncias bioquímicas que são anormais na urina – estudo daquilo que não existe na urina; e encontrando, descobrir porque se encontra na urina • Sedimento: centrifugar urina, pegar o sedimento, colocar numa lâmina com lamínula por cima, e enxergar o que há nessa urina de normal e anormal ➢ Características físicas: • Volume; cor; aspecto; odor; pH; densidade • Com tubo (onde se coloca a urina) é possível ver características físicas da urina • Cor da urina – amarelo claro até para transparente (normalidade); com aspecto translúcido normalmente • Fenômenos fisiológicos que mudam a cor da urina: sangue (paciente em período menstrual); beber Qtde de creatinina eliminada no intervalo de 1 min bastante água – urina mais transparente = boa hidratação; • Medicamentos podem dar tonalidades diferenciadas para a urina • Alterações patológicas: sangue na urina – por conta de pedra na bexiga, no ureter; por processo infeccioso inflamatório; fístula enterovesical – fezes na urina – aspecto, odor diferentes • pH da urina pode variar de 4 – 8; normalmente é em torno de 6 – 6,5; • O que pode mudar o pH da urina: infecção; distúrbio do equilíbrio ácido-base; maré alcalina pós alimentação (pode se aproximar de 7-7,5 normalmente para o pH do plasma não mudar); • A densidade da urina é próxima à da água (um pouco mais elevada) = 1010 - 1015 • Densidade da urina: massa sobre volume; indivíduos que urinam muito – densidade diminuída e volume aumentado; indivíduos com proteinúria podem ter densidade e massa elevada – macromoléculas que dão grande quantidade de massa 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 • Indivíduos desidratados – densidade aumentada; urina muito concentrada • Turgor da pele diminuído – densidade aumentada • Glicosúria – não dá peso molecular – mas indivíduo urina muito – densidade baixa • Quem dá peso molecular (massa) são as macromoléculas (geralmente proteínas) • Muito volume, sem massa relacionada = densidade baixa ➢ Características químicas: • Proteinúria • Glicosúria • Hemoglobinúria • Cetonúria • Bilirrubinúria • Nitritúria • Proteinúria: • No glomérulo é onde ocorre a filtração; a filtração filtra macromoléculas – peso molecular menor que 50.000 daltons e tem seletividade de cargas; • Ptns podem ter peso molecular menor que 50.000 daltons mas a grande maioria não tem seletividade de cargas, logo, normalmente não temos proteinúria • Normalmente: até 150 mg/24 horas de excreção de proteína na urina; métodos convencionais não acham isso • Lesão da membrana basal glomerular: com a perda da seletividade de cargas e alteração do tamanho das fenestras = proteinúria • Pacientes diabéticos e hipertensos tem maior predisposição a lesar a membrana basal glomerular = microalbuminúria; progressivamente pode evoluir para proteinúria • Ex: glomerulonefrite aguda = infecção bacteriana – depósito antígeno-anticorpo nesses locais que danifica toda a membrana basal glomerular = proteinúria e edema • Albumina tem peso molecular de 69.000 daltons; e nas fenestras da membrana basal só passa quem tem peso menor que 50.000 daltons • Lesão renal causada por produtos de degradação da glicose, entre elas o sorbitol, provoca a perda de permeabilidade da membrana • Proteínas totais plasmáticas (albumina + globulinas) – 6 a 8 g/Dl; albumina – 4 a 6 g/Dl; globulinas 2 a 4 g/Dl • Espuma na urina até que se prove o contrário é proteína • Glicosúria: • Limiar de excreção renal de glicose – 160 – 180 mg/Dl – até esse valor toda a glicose é filtrada e toda reabsorvida; • Quando há uma ultrapassagem desse limiar, toda a glicose é filtrada e nem toda ela é reabsorvida; • Diabéticos tem mais chance de desenvolver glicosúria • Hemoglobinúria: • Alteração da permeabilidade da membrana basal glomerular = grandes fenestras = passagem de hemácias = e como a tonicidade da luz dos túbulos/urina é diferente, ocorre a lise das hemácias = hemoglobina solta/livre na urina = urina vermelha e hemácias destruídas • Ex: pedra na bexiga, pedra num cálice renal; a lesão pode ser numa infecção urinaria baixa, numa infecção na uretra – infeccionou, inflamou, agrediu = hemácia (hematúria) e hemoglobinúria • Hemoglobinúria pode ser decorrente de um paciente com hemólise (mais provável que tenha hemoglobinúria do que hematúria); diferente do indivíduo com pedra na bexiga, que terá muita hematúria (e também terá hemoglobinúria) • Se a membrana glomerular estiver íntegra, e a causa do sangramento for uma litíase ou tumor da próstata, por ex, o indivíduo não tem nenhum mecanismo defeituoso na membrana basal glomerular = sem proteinúria, com hematúria e hemoglobinúria • Hemoglobinúria paroxística noturna: só hemoglobinúria, sem hemácias • Cetonúria: • Ph da urina mudado, por conta da circulação plasmática de corpos cetônicos (propanona, ácido acetoacético, ácido beta-hidroxibutírico) • A propanona é volátil, logo sai no hálito = hálito cetônico • Os 2 ácidos saem na urina = urina ácida e com presença de corpos cetônicos • Cetonúria ocorre principalmente em pacientes diabéticos descompensados • Beta-oxidação excessiva dos ácidos graxos • Mais comum em pacientes com diabetes tipo 1 • Mas, jejum prolongado, estado de hiper-catabolismo onde há necessidade maior dos corpos cetônicos = cetonúria sem apresentar diabetes • Bilirrubinúria: • Bilirrubina não se encontra na urina (normalmente); o urobilinogênio, que se transforma em urobilina no contato com o ar, que está presente na urina • Bilirrubina direta fica elevada e sai na urina; causas – icterícia pré-hepática, hepática, e pós-hepática; as 2 últimas são mais marcantes • Bilirrubina indireta aumentada pode induzir ao aumento da conjugação, que faz com que a bilirrubina direta fique aumentada; • Icterícia; acolia fecal; paciente emagrecido; urina muito escura = cor de coca cola = BILIRRUBINÚRIA • Nitritúria: • Nitritos são composições químicas liberadas por alguns tipos de bactérias, sal ou éster do ácido nitroso (HNO2) ou ânion dele derivado; • Na urina temos nitratos; • Bactérias do trato geniturinário transformam nitrato em nitrito • Paciente com nitrito na urina: significa que tem presença de bactérias nitrificantes, que são presentes na infecção urinária, e que transformam nitrato em nitrito • Nitrito na urina: pensa-se quase sempre em infecção • Nitritúria = informação indireta para chegar a conclusão que o paciente possui infecção de urina • Podem haver indivíduos com infecção de urina, onde a bactéria não reduz o nitrato para nitrito (bactéria não nitrificante) • As enterobactérias, principalmente gram negativas, praticamente todas elas reduzem nitrato para nitrito; mas por ex, estafilococos não fazem isso • Piúria – piócitos degenerados; • Quadro infeccioso = flora bacteriana elevada + piócitos presentes + nitritúria • Quase sempre piúria é acompanhada de nitritúria • A não higienização correta do frasco de coleta da urina pode levar a confusão, pois bactérias nitrificantes podem atuar, levando a um diagnóstico errôneo ➢ Sedimento urinário(sedimentoscopia): • Pegar a urina colhida para pesquisa (da manhã; 40 ml, etc), e colocou 10 ml de urina num tubo cônico, que será centrifugada (6000 rotações/min durante 10 min); a urina é jogada fora e o sedimento restante é suspendido, logo, coloca-se uma gota numa lamina, e é levado ao microscópio • Busca encontrar elementos figurados, que são normais de estarem ali; mas algumas coisas encontradas são anormais também • Células, hemácias, leucócitos é normal de ter na urina dentro de uma quantidade definida • A urina veio do sangue e passou por 4 mecanismos fisiológicos: filtração glomerular, reabsorção tubular, secreção tubular e a própria excreção • Ex: o indivíduo apresenta 5 hemácias por campo = o campo representa o campo que o individuo colocou a ocular de 10, a objetiva de 40, e o que ele viu = o espaço visualizado é chamado de campo; • Células epiteliais – células do epitélio de escamação (de dentro do rim, do ureter, da bexiga, uretra) do trato geniturinário; • Piócitos/leucócitos – normal de encontrar leucócitos das membranas, íntegros ou destruídos (piócitos) • Hemácias • Cristais • Cilindros • Bactérias • Fungos • Protozoários/Helmintos • Células epiteliais de descamação, piócitos/leucócitos e hemácias são próprios do sedimento; são normais; mas podem ser anormais • Deve-se encontrar de 8-10 piócitos/campo; • Hemácias: 5/campo; podem haver hemácias incontáveis – 100/campo; é normal elas estarem no sedimento, mas não nessa quantidade • Piócitos são leucócitos degenerados por conta de possivelmente uma reação infecciosa por ex • Encontrar bactérias é anormal, independente da quantidade • O trato geniturinário, principalmente a uretra, pode por proximidade ter algumas bactérias próprias daquele segmento; mas a primeira urina da manhã, com aquele jato primário, é justamente o que carreia a descamação, logo, não encontramos bactérias • Disúria, estrangúria, polaciúria, dor lombar, nitritos na urina, piócitos incontáveis, flora bacteriana aumentada = infecção urinária • Hemácias incontáveis por campo = uma das causas de hematúria; comum em paciente com pedra na bexiga, na uretra, nos rins, processo infeccioso • Piócitos incontáveis, bactérias incontáveis = pode ser um dos indicadores de uretrite – secreção uretral – contaminação amostra; DST; o problema não é a urina, mas sim a contaminação • Cristais: • Não é normal ser encontrado na urina; • Oxalato de cálcio, urato amorfo, fosfato triplo amoníaco magnesiano – podem não trazer nenhuma repercussão no paciente, que pode não sentir nada; • Cristais são um modelo de liberação dessas substancias, da qual a qtde dessas substancias ficam acima do limite da solubilidade, e começam a cristalizar; • Ex: grande qtde de íons de Ca++ e baixa ingesta de água, com possível desidratação do individuo e excesso de produção de cristais = microcristais que vão se acumulando/aglomerando, tendo essa característica de elementos figurados em forma de cristais; isso pode não significar nada, mas pode ser um indício de que se isso continuar cristalizando, deixando de ficar dissolvido na urina, esses cristais podem evoluir para pedras (litíase) • Principal cristal: cristal de oxalato de cálcio; principais cálculos – cálculos de oxalato de cálcio • Ligado a alimentação, baixa ingesta de água, genética • Cristais de ácido úrico: podem virar cálculos/pedras; • Ácido úrico é eliminado na urina • Melhorar ingesta de líquidos = diminuir chance de formação de ácido úrico para reduzir chance de formação de cristais e cálculos • Ter cálculo significa já ter tido cristal um dia • O paciente com cálculo pode apresentar dor lombar • Sinal de Giordano presente • Ultrassonografia ou raio X: visualização do cálculo • Cilindro: • Estrutura anormal • Estrutura em forma geométrica de cilindro • Dentro dessas estruturas pode visualizar outras organizadas dentro dela: hemácias (hemático), restos celulares (granuloso), leucócito (leucocitário), com poucos grânulos (grânulo fino), nada dentro (hialino) • Podem haver cilindros de modelo hialino (raríssimos), e PODE não significar nada • Na periferia de qualquer cilindro há um delimitador; e o que circunda o cilindro, formando um arcabouço, é ptn • O cilindro é como se fosse uma microfotografia dos túbulos • Túbulos contornados possuem ptn chamada ptn de Tamm-Horsfall, que é uma mucoproteína tubular secretada para lubrificar o segmento tubular e favorecer as trocas entre as membranas • A diminuição do volume da água, pode fazer com que mucoproteínas formem os cilindros (raro), principalmente os hialinos – explicação da normalidade ao encontrar os cilindros • Anormalidade: quando temos proteinúria, por perda da capacidade da filtração, numa alteração da membrana basal glomerular (síndrome nefrótica/nefrítica, glomerulonefrite) = chance de encontrar vários cilindros, pois as ptns passam nos túbulos, e formam arcabouço dos cilindros (cilindrúria) • É de se esperar que se o paciente tiver grande quantidade de cilindros ele vai ter grande perda proteica; mas é possível que um indivíduo com proteinúria não tenha cilindros • Membrana basal glomerular perdeu capacidade de filtração = perda de elementos figurados (hemácias/leucócitos) = leucócitos/hemácias ao passarem nos túbulos podem ficar no interior dos cilindros quando eles forem formados = piúria maciça, hematúria, proteinúria, incontáveis cilindros leucocitários • Cilindros granulosos: contem grânulos de escamação dos tecidos • Fungos e bactérias: • Podem ser próprias da urina: • Indivíduo com imunidade baixa diabético – com glicosúria – comum de aparecer imagens leveduriformes • Bactérias oriundas da translocação bacteriana do intestino, de ascendentes da uretra, de má higienização • Fungos, flora bacteriana aumentada, leveduras = do trato geniturinário • Helmintos: • Ovos – colocado pela fêmea próximo do ânus – principalmente em crianças com má higienização/má orientação = migra e pode ficar perto da região perineal, e pode sair na urina por proximidade um verme adulto ou ovo – isso não é do trato geniturinário, logo, deve ser tratado • Ex: Phtirus púbis – fica no púbis, pelos pubianos – encontrar isso na urina é sinal de falha na coleta/má higienização; Trichomonas vaginalis – pode estar causando uretrite, e pode estar no trato geniturinário Exame sumário de urina: • Flora bacteriana aumentada e nitrito negativo: bactéria pode ser não nitrificante • Flora bacteriana aumentada pode indicar contaminação • Quem manda é a sintomatologia do paciente • Pacientes podem ser assintomáticos, e por isso esses exames são procurados • Modelo de normalidade do exame, exceto a flora bacteriana aumentada: Quadro clínico: • Os diuréticos são usados no tratamento do edema, da insuficiência cardíaca e da hipertensão • Os diuréticos estimulam a excreção de água e sódio.
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