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Ciclo Menstrual Eixo Hipotálamo → Hipófise → Ovário → Endométrio Menarca: 1º menstruação Menstruação: sangramento genital de origem uterina, periódico e temporário, que se manifesta aproximadamente a cada mês. Menacme: período reprodutivo da mulher, que se inicia com o amadurecimento do eixo H-H-O. Hipotálamo (núcleo arqueado ou infundibular): Produz GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) – Polipeptídeo secretado de forma pulsátil – Cai na circulação porta- hipofisária e chega a hipófise anterior(se o estímulo for contínuo não há sensibilização hipofisária). Na fase folicular (grande frequência e baixa amplitude). Na fase lútea (maior amplitude e baixa frequência). Hipófise: produz as Gonadotrofinas – FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) Ovários: função gametogênica e neuroendócrina – produz dois hormônios: • Estrogênios (proliferação endometrial – age sobre o endométrio estimulando mitoses) o Estriol: placentário (principal na infância – produzido pelos ovários) o Estradiol: ovariano (principal hormônio do período reprodutivo) o Estrona: periférico (tecido adiposo/fígado) • Progesterona (Secreção endometrial – mucopolisacarídeos para receber o zigoto) Feedback do Estradiol • NEGATIVO sobre o FSH • POSITIVO sobre o LH Resumo do ciclo menstrual: • O fluxo menstrual é considerado como o início de um novo ciclo (1º dia da menstruação = 1º dia do ciclo). No entanto, já no final do ciclo anterior (período pré-menstrual) há elevação do FSH. Isto é explicado pela diminuição nas concentrações de estrogênio e progesterona o que determinaria retrocontrole positivo sobre as gonadotrofinas hipofisárias, principalmente sobre o FSH. • Esta diminuição dos esteroides ovarianos resultaria em descamação endometrial e consequente fluxo menstrual. O FSH atua nos folículos recrutados aumentando a concentração de receptores de FSH e LH. • Aproximadamente no 6-8º dia do ciclo há elevação lenta do estradiol havendo retrocontrole negativo sobre o FSH. Mesmo com a leve queda nos níveis de FSH, os folículos continuam a se desenvolver, ou seja, o mais sensível ao FSH (o que tiver mais receptores) chegará a dominância enquanto os outros sofrerão atresia. O estradiol também aumenta o número de receptores para o FSH. • Na fase ovulatória há dois fenômenos importantíssimos: pico de estradiol (24h antes do pico de LH) e pico de LH (12h antes da ovulação). O pico de estradiol determina retrocontrole positivo sobre a liberação de LH e posterior ovulação. Para que o pico de estradiol seja eficaz é necessário dois requisitos: concentração de 200 pg/ml e duração mínima de 24 a 36h. • O folículo dominante (aquele com maior concentração de receptores) torna-se luteinizado após a ovulação. Entramos na fase lútea onde há desenvolvimento do corpo lúteo e produção de progesterona para manter uma possível gravidez. Caso não haja concepção, após ± 14 dias, há regressão do corpo amarelo, diminuição dos esteroides ovarianos e descamação endometrial com início da menstruação e outro ciclo menstrual. • Fase proliferativa = fase folicular • Fase secretora = fase lútea • Tempo de fase lutea é +/- 14 dias (após isso corpo luteo sofre luteolize). • Progesterona bloqueia efeito do estrogênio na hipófise e o efeito proliferativo no endométrio. • Óvulo só se forma se houver fecundação, antes é ovócito • Se houver fecundação, temos a produçao do bHCG (pelo sinciciotroflobasto) – o bhcg mantêm a sobrevida do corpo luteo, após 8 semanas placenta assume função endócrina e o corpo luteo se degenera Inibina – efeito sinérgico ao estradiol em inibir o FSH • Inibina B – pico na fase proliferativa • Inibina A – pico na fase secretora Ciclo menstrual normal • Frequência: 21 a 35 dias – média 28 dias (varia pelo comprimento da fase proliferativa) • Duração do fluxo menstrual: 2 a 6 dias • Fluxo: 20 a 60mL Repercussões Endócrinas do Ciclo menstrual Desenvolvimento folicular Ovário ja produz ovócitos desde o desenvolvimento fetal feminino, com 20 semanas de gestação há a formação dos folículos primordiais (ovócito + granulosa), por volta de 7 milhões, neste momento param na profáse I Es tr o gê n io Canal cervical: Aumento produção muco (filante) Endométrio: proliferação/espessame nto. Glândulas alongadas e tortuosas Epitélio vaginal: proliferação (células superficiais P ro ge st er o n a Canal cervical: Muco espesso (viscoso) Endométrio: secretora. Glândulas dilatadas e bastante tortuosas Epitélio vaginal: Descamação No nascimento encontram-se por volta de 1 milhão de folículos, por meio do processo fisiológico de atresia (apoptose) chega-se na puberdade com valores próximos a 500 mil folículos. Durante a puberdade a camada da granulosa, que antes era pavimentosa simples, começa adquirir aspecto cubóide estratificado, além disso surge uma nova camada, a Teca. Formando o folículo primário/pré-antral (ovócito, granulosa, teca): *folículo de Graaf é aquele que está pronta para ovulação. Dinâmica folicular Recrutamento – seleção – dominância • FSH no ínicio do cíclo recruta 8 a 12 folículos primário, apenas 1 irá se transforma no folículo dominante (folículo secundário ou antral) • Folículo pré ovulatório – pode ser chamado de folículo de Graaf • Pico de LH é responsável pela retomada da meiose e “ovulação” • Meiose só é completa após a fertilização • Liquído no antro (estradiol + prostaglandinas) Mecanismo das duas células e duas gonadotrofinas • Rota bioquímica unidirecional (Androgênios → Estradiol) • Um pouco dos androgênios vai para circulação (pode ser convertido perifericamente em estrona, ou continuar ativo como androgênio) Porquê um folículo se torna dominante? Topograficamente existe um folículo que está mais próximo da circulação sanguínea → entra em maior contato com LH e FSH → produz maior quantidade de Aromatase → produz mais Estradiol → Mecanismo de up regulation = aumenta o número de receptores de membrana na célula da granulosa para FSH → produz mais aromatase → Produz mais estradiol → Ciclo vicioso → Também acontece com as células da Teca e os receptores de membrana para LH → Tornando-se o folículo dominante (entre o 3º e o 5º dia do ciclo) → Os outros folículos recrutados sofrem atresia. Produção de inibina Inibina – tem efeito sinérgico ao estradiol no que tange a supressão do FSH. Durante a fase proliferativa/folicular – Inibina B é produzida pelas células da granulosa. Durante a fase secretora/lútea – Inibina A é produzida pelas células da Teca (remanescentes da granulosa). Resumo • Fases do ciclo ovariano? R: Folicular e Lútea • Fases do ciclo uterino? R: Proliferativa e Secretora • Recrutamento e desenvolvimento folicular? R: FSH • Hormônio responsável pela ovulação? R: LH • Hormônio responsável pelo pico de LH? R: Estrogênio • Quais hormônios inibem FSH? R: Estrogênio e Inibina • Converte androgênios em estrogênios? R: Aromatase • Hormônio produzido pelo corpo lúteo? R: Progesterona • Androgênios? R: Produzidos pelo ovário – precursor dos estrogênios. • Granulosa? R: clls da granulosa produz estrogênio mediante estimulo de FSH; produz a inibina B • Teca? R: clls da teca interna produz androgênios (testosterona e androstenediona) a partir do colesterol e se tornam estrogênio a partir da enzima aromatase; produz a inibina A. *clls da granulosa produz estrogênio a partir dos androgênios vindos da produção das clls da teca e essa transformação é dependente da enzima aromatase.
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