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DRENAGEM DAS VEIAS SUPERFICIAIS DO MMSS ANATOMIA – MMSS SISTEMA ORGÂNICO INTEGRADO BRUNA RORIZ ITPAC PALMAS | Iº PERÍODO As principais veias superficiais do membro superior, as veias cefálica e basílica, originam-se na tela subcutânea do dorso da mão a partir da rede venosa dorsal. Veias perfurantes formam comunicações entre as veias superficiais e as profundas. Como o padrão de dermátomos, a lógica da denominação das principais veias superficiais do membro superior cefálica (em direção à cabeça) e basílica (em direção à base) torna-se evidente quando o membro é colocado em sua posição embrionária inicial. Veia Cefálica - Ascende na tela subcutânea a partir da face lateral da rede venosa dorsal, prosseguindo ao longo da margem lateral do punho e da face anterolateral da região proximal do antebraço e do braço - Anteriormente ao cotovelo, a v. cefálica comunica – se com a v. intermedia do cotovelo, que tem um trajeto obliquo através da face anterior do cotovelo na fossa cubital e se une à veia basílica. - A v. cefálica segue superiormente entre os músculos deltoide e peitoral maior ao longo do sulco deltopeitoral e, então, entra no trígono clavipeitoral. - A seguir perfura a membrana costocoracoide e parte da fáscia clavipeitoral, unindo – se à parte terminal da veia axilar. Veia basílica - Ascende na tela subcutânea a partir da face lateral de rede venosa dorsal ao longo da face medial do antebraço e da parte inferior do braço - Passa profundamente perto da junção dos terços médio e inferior do braço, perfurando a fáscia do braço e seguindo em sentido superior paralelamente à artéria braquial e ao nervo cutâneo medial do antebraço até a axila, onde se bifurca com as veias acompanhantes da artéria braquial para formar a veia axilar. Veia intermédia do antebraço - Inicia – se na base do dorso do polegar, curva-se ao redor da face lateral do punho e ascende no meio da face anterior do antebraço entre as veias cefálica e basílica. - A v. intermédia do antebraço divide – se em uma veia intermédia basílica, que se une à veia basílica, e uma veia intermédia cefálica, que se une a veia cefálica. Veias profundas do MMSS As veias profundas situam-se profundamente à fáscia muscular, e – ao contrário das veias superficiais – geralmente são pares de veias acompanhantes (com interanastomoses contínuas) que seguem as principais artérias do membro e recebem o mesmo nome delas. Artéria Axilar - Começa na margem lateral da costela I como a continuação da artéria subclávia e termina na margem inferior do musculo redondo maior. - Segue posteriormente ao musculo peitoral menor até o braço e torna-se a artéria braquial quando passa pela margem inferior do músculo redondo maior, geralmente tendo chegado ao úmero. - A artéria axilar é divindade em três partes pelo musculo peitoral menor: 1- Primeira parte da artéria axilar: - Situada entre a margem lateral da costela I e a margem medial do músculo peitoral menor. - Envolvido pela bainha axilar e tem um ramo - a Artéria Torácica Superior 2- Segunda parte da artéria axilar: - Situa – se posteriormente ao músculo peitoral menor e tem dois ramos – as Artérias toracoacromial e torácica lateral – que seguem medial e lateralmente ao músculo, respectivamente. 3- Terceira parte da artéria axilar: - Estende – se da margem lateral do músculo peitoral menor até a margem inferior do músculo redondo maior e tem três ramos. - Artéria Subescapular é o maior ramo da artéria axilar. Distalmente à origem dessa artéria, se originam as artérias circunflexas anterior posterior do úmero, às vezes por meio de um tronco comum. RAMOS DA ARTÉRIA AXILAR – DESCRIÇÃO DAS SUAS ORIGENS E TRAJETOS Artéria Torácica Superior - Vaso pequeno, muito variável - Origina imediatamente inferior ao músculo subclávio. - Sentido inferomedial posteriormente à veia axilar e irriga o músculo subclávio, m. 1º e 2º espaço intercostais, alças superiores do músculo serrátil anterior e músculos peitorais sobrejacentes. - Anastomosa-se com as artérias intercostal e/ou torácica interna. Artéria Toracoacromial - Tronco largo e curto, perfura a membrana costocoracoide e divide-se em 4 ramos (acromial, deltoideo, peitoral e clavicular) profundamente à parte clavicular do músculo peitoral maior. Artéria Toracoacromial lateral - Origem variável, em geral, origina-se como o segundo ramo da segunda parte da artéria axilar e desce ao longo da margem lateral do músculo peitoral menor, seguindo – o até a parede torácica. - Pode originar – se em lugar das artérias toracoacromial, supraescapular ou subescapular - Artéria Torácica Lateral irriga os músculos peitoral, serrátil anterior e intercostal, os linfonodos axilares e a face lateral da mama. Artéria subescapular -Ramo da artéria axilar de maior diâmetro, porém de menor comprimento, desce ao longo da margem lateral do músculo subescapular na parede posterior da axila - Termina dividindo-se nas artérias circunflexa da escápula e toracodorsal Artéria Circunflexa da escápula - Não raro o maior ramo terminal da artéria subescapular, curva-se posteriormente ao redor da margem lateral da escápula, seguindo posteriormente entre os músculos subescapular e redondo maior para irrigar músculos no dorso da escápula - Participa das anastomoses ao redor da escápula Artéria Toracodorsal - Continua o trajeto geral da artéria subescapular até o ângulo inferior da escápula - Irriga os músculos adjacentes, sobretudo o latíssimo do dorso - Participa das anastomoses arteriais ao redor da escápula Resumindo! Veia axilar - Situa-se inicialmente (distalmente) na face anteromedial da artéria axilar, e sua parte terminal está posicionada anteroinferiormente à artéria, - Grande veia é formada pela união da veia braquial (v. acompanhantes da artéria braquial) e da veia basílica na margem inferior do músculo redondo maior. - Possui três partes que correspondem às três partes da artéria axilar. - Extremidade inicial distal é a terceira parte, enquanto a extremidade proximal terminal é a primeira - Veia axilar (primeira parte) termina na margem lateral da costela I, onde se torna a veia subclávia. - Veias da axila mais abundantes do que as artérias, são muito variáveis e anastomosam-se com frequência. - Recebe tributárias que geralmente correspondem a ramos da artéria axilar, com algumas importantes exceções: - As veias correspondentes aos ramos da artéria toracoacromial não se fundem para entrar por uma tributária comum; algumas entram independentemente na veia axilar, mas outras drenam para a veia cefálica, que então entra na veia axilar superiormente ao músculo peitoral menor, perto de sua transição para a veia subclávia - A veia axilar recebe, direta ou indiretamente, a(s) veia(s) toracoepigástrica(s), que é(são) formada(s) pelas anastomoses das veias superficiais da região inguinal com tributárias da veia axilar (geralmente a veia torácica lateral). Essas veias constituem uma via colateral que permite o retorno venoso em caso de obstrução da veia cava inferior. Artéria Braquial - Responsável pela irrigação arterial principal do braço - Continuação da artéria axilar - Começa na margem inferior do músculo redondo maior e termina na fossa cubital, diante do colo do rádio, onde, sob o revestimento da aponeurose do músculo bíceps braquial, divide-se nas artérias radial e ulnar - É relativamente superficial e palpável em todo o seu trajeto, situa-se anteriormente aos músculos tríceps braquial e braquial. - No inicio situa-se medialmente ao úmero, onde suas pulsações são palpáveis no sulco bicipital medial. - Em seguida, passa anteriormente à crista supraepicondilar medial e à tróclea do úmero. - No trajeto inferolateral, artéria braquial acompanha o nervo mediano, que cruza anteriormente à artéria. - Durante o trajeto no braço, a artéria braquial dá origem a muitos ramos musculares não nomeados e à artéria nutrícia do úmero, que se origina de sua face lateral. Os principais ramos nomeados da artéria braquial originados de sua face medial são a artéria braquialprofunda e as artérias colaterais ulnares superior e inferior. As artérias colaterais ajudam a formar as anastomoses arteriais periarticulares da região do cotovelo. Outras artérias participantes são ramos recorrentes, às vezes duplos, das artérias radial, ulnar e interóssea, que seguem superior, anterior e posteriormente à articulação do cotovelo. Essas artérias anastomosam-se aos ramos articulares descendentes da artéria braquial profunda e com as artérias colaterais ulnares. Artéria braquial profunda - Maior ramo da artéria braquial, e tem origem mais alta - Acompanha o nervo radial ao longo do sulco do nervo radial enquanto segue posteriormente ao redor do corpo do úmero - Termina dividindo-se em artérias colaterais média e radial, que participam das anastomoses periarticulares do cotovelo. Artéria nutrícia do úmero - Origina-se da artéria braquial no meio do braço e entra no canal nutrício na face anteromedial do úmero - Segue distalmente no canal em direção ao cotovelo - Também existem outras artérias nutrícias menores do úmero Artéria colateral ulnar superior - Origina-se da face medial da artéria braquial, perto do meio do braço - Acompanha o nervo ulnar posteriormente ao epicôndilo medial do úmero - Anastomosa com as artérias recorrente ulnar posterior e colateral ulna inferior, participando das anastomoses arteriais periarticulares do cotovelo. Artéria colateral ulnar inferior - Origina-se da artéria braquial cerca de 5cm proximal à prega do cotovelo - Segue inferomedialmente anterior ao epicôndilo medial do úmero e se une às anastomoses arteriais periarticulares da região do cotovelo, anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar anterior VEIAS DO BRAÇO Dois grupos de veias do braço, superficiais e profundas, anastomosam-se livremente entre si. As veias superficiais estão situadas na tela subcutânea, e as veias profundas acompanham as artérias. Os dois grupos de veias têm válvulas, mas estas são mais numerosas nas veias profundas do que nas veias superficiais. Veias superficiais - Veias cefálica e basílica Veias Profundas - São pareadas, que coletivamente formam a veia braquial, acompanham a artéria braquial - Suas conexões frequentes envolvem a artéria, e formam uma rede anastomótica em uma bainha vascular comum. - As pulsações da artéria braquial ajudam a deslocar o sangue através dessa rede venosa. - Veia braquial começa no cotovelo pela união das veias acompanhantes das artérias ulnar e radial e termina fundindo – se com a veia basílica para formar a veia axilar - Não raramente, as veias profundas unem – se para formar uma veia braquial durante parte do seu trajeto. Artérias do Antebraço As principais artérias do antebraço são as artérias ulnar e radial, que geralmente se originam em posição oposta ao colo do rádio na parte inferior da fossa cubital como ramos terminais da artéria braquial. Artéria ulnar - As pulsações podem ser palpadas na face lateral o tendão do músculo FUC, onde se situa anteriormente à cabeça da ulna - o nervo ulnar está posicionado sobre a face medial da artéria ulnar. - Ramos da artéria ulnar originados no antebraço participam das anastomoses periarticulares do cotovelo - Irrigam os músculos das regiões medial e central do antebraço, a bainha comum dos músculos flexores e os nervos ulnar mediano: As artérias recorrentes ulnares interior e posterior - Anastomosam-se com as artérias colaterais ulnares inferior e superior, respectivamente, assim participando das anastomoses arteriais periarticulares do cotovelo - As artérias anterior e posterior podem existir como ramos anterior e posterior de uma artéria recorrente ulnar (comum) A artéria interóssea comum - Um ramo curto da artéria ulnar, origina-se na parte distal da fossa cubital e divide-se quase imediatamente nas artérias interósseas anterior e posterior A artéria interóssea anterior - Tem trajeto distal, seguindo diretamente sobre a face anterior da membrana interóssea com o nervo interósseo anterior A artéria interóssea posterior - Segue entre as camadas superficial e profunda dos músculos extensores na companhia do nervo interósseo posterior - Relativamente pequena, é a principal artéria que serve às estruturas do terço médio do compartimento posterior. - Está quase esgotada na região distal do antebraço e é substituída pela artéria interóssea anterior, que perfura a membrana interóssea perto da margem proximal do músculo pronador quadrado Ramos musculares da artéria ulnar - Sem nome, irrigam músculos na face medial do antebraço, principalmente no grupo flexor–pronador. Artéria radial - Suas pulsações podem ser palpadas em todo o antebraço, o que torna útil na demarcação anterolateral dos compartimentos flexor e extensor do antebraço. - Situa – se sobre o músculo até chegar à parte distal do antebraço. Ai está situada na face anterior do rádio e é coberta apenas por pele e fáscia, tornando esse local ideal para a verificação do pulso radial. O trajeto da artéria radial no antebraço é representado por uma linha que une o ponto médio da fossa cubital até um ponto logo medial ao processo estiloide do rádio. A artéria radial deixa o antebraço espiralando-se ao redor da face lateral do punho e cruza o assoalho da tabaqueira anatômica. A artéria recorrente radial - Participa das anastomoses arteriais periarticulares no cotovelo por meio de anastomose com a artéria colateral radial, um ramo da artéria braquial profunda Os ramos carpais palmar e dorsal da artéria radial - Participam da anastomose arterial periarticular no punho por meio de anastomoses com os ramos correspondentes da artéria ulnar e ramos terminais das artérias interósseas anterior e posterior, formando as redes carpais palmar e dorsal Os ramos musculares da artéria radial - Sem nome específico, irrigam músculos nas faces adjacentes (anterolaterais) dos compartimentos dos músculos flexores e extensores, pois a artéria radial segue ao longo do (e demarca o) limite anterolateral entre os compartimentos. Veias do antebraço No antebraço, como no braço, há veias superficiais e profundas. As veias superficiais ascendem na tela subcutânea. As veias profundas acompanham as artérias profundas do antebraço. Veias superficiais O padrão, as variações comuns e a importância clínica das veias superficiais do membro superior já foram analisadas acima. Veias profundas Há muitas veias profundas que acompanham artérias no antebraço, chamadas de veias acompanhantes. Veias acompanhantes - Originam – se das anastomoses do arco venoso palmar profundo na mão. - Da região lateral do arco originam – se veias radiais pareadas que acompanham a artéria radial. - Da região medial, surgem veias ulnares pareadas acompanham a artéria ulnar. As veias que acompanham cada artéria anastomosam – se livremente entre si. As veias radial e ulnar drenam o antebraço, mas levam relativamente pouco sangue da mão. As veias profundas ascendem no antebraço ao lado das artérias correspondentes, recebendo veias tributárias que deixam os músculos com os quais mantêm relação. As veias profundas comunicam-se com as veias superficiais. As veias interósseas profundas, que acompanham as artérias interósseas, unem-se às veias acompanhantes das artérias radial e ulnar. Na fossa cubital, as veias profundas estão unidas à veia intermédia do cotovelo, uma veia superficial. Essas veias profundas da região cubital também se unem às veias acompanhantes da artéria braquial. Artérias da mão Como sua função requer que seja colocada e mantida em muitas posições diferentes, não raro enquanto segura ou pressiona, a mão é irrigada por numerosas artérias que têm muitas ramificações e anastomoses, de modo que geralmente há sangue oxigenado para todas as partes, em todas as posições. Além disso, as artérias ou seus derivados são relativamente superficiais e estão situadas sob a pele, que sua e libera o excesso de calor. Para evitar a perda de calor indesejável em um ambiente frio, as arteríolas das mãos reduzem o fluxo sanguíneo em sua superfície e nas extremidades dosdedos. As artérias ulnar e radial e seus ramos são responsáveis por todo o fluxo sanguíneo na mão. Artéria ulnar da mão - Entra na mão anteriormente ao retináculo dos músculos flexores entre o osso pisiforme e o hámulo do osso hamato através do túnel ulnar. - Situa – se lateralmente ao nervo ulnar - A artéria divide – se em dois ramos terminais: 1. Arco Palmar Superficial - Principal término da artéria ulnar - Dá origem a três artérias digitais palmares comuns que se anastomosam com as artérias metacarpais palmares do arco palmar profundo. 2. Ramo Palmar Profundo Cada artéria digital palmar comum divide-se em um par de artérias digitais palmares próprias, que seguem ao longo das laterais adjacentes do 2o ao 4o dedo. Artéria radial na mão Curva – se dorsalmente ao redor dos ossos escafoide e trapézio e atravessa o assoalho da tabaqueira anatômica - Entra na palma da mão passando entre as cabeças do 1º músculo interósseo dorsal e depois gira medialmente, passando entre as cabeças do músculo adutor do polegar - Artéria radial termina anastomosando – se com o ramo profundo da artéria ulnar para dar origem ao arco palmar profundo, formando principalmente pela artéria radial. - Esse arco atravessa os corpos metacarpais na frente imediatamente distal às suas bases - o arco palmar profundo dá origem a três artérias metacarpais palmares e à artéria principal do polegar - A artéria radial do indicador segue ao longo da face lateral do dedo indicador. Geralmente é um ramo da artéria radial, mas pode originar-se da artéria principal do polegar. Veias da mão Os arcos palmares venosos superficiais e profundos, associados aos arcos palmares (arteriais) superficiais e profundos, drenam para as veias profundas do antebraço. As veias digitais dorsais drenam para três veias metacarpais dorsais, que se unem para formar uma rede venosa dorsal. Superficialmente ao metacarpo, essa rede prolonga-se em sentido proximal na face lateral como a veia cefálica. A veia basílica origina-se da face medial da rede venosa dorsal.