Buscar

01 TEORIA DO CRIME

Prévia do material em texto

alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
TEORIA DO CRIME ................................................................................................................................ 2 
INIMPUTABILIDADE .......................................................................................................................... 2 
MENORIDADE ............................................................................................................................... 2 
EMBRIAGUEZ ................................................................................................................................ 2 
EMBRIAGUEZ – LEI DE DROGAS .................................................................................................... 5 
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE .......................................................................................... 6 
CONCEITO ..................................................................................................................................... 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
TEORIA DO CRIME 
INIMPUTABILIDADE 
MENORIDADE 
A menoridade, como causa de inimputabilidade, está prevista no art. 27 do Código Penal: 
 
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente 
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação 
especial. 
 
Da leitura do dispositivo legal, resta claro que o critério adotado foi o biológico, ou seja, 
basta que o indivíduo seja menor de 18 anos, não sendo relevante aferir se tinha ou não 
entendimento ou autodeterminação. 
 
OBS: A crítica social acerca dessa causa de inimputabilidade reside exatamente na adoção 
do critério biológico, pois bem se sabe que um adolescente, pelo critério biopsicológico, em 
regra, seria responsabilizado penalmente. 
 
EMBRIAGUEZ 
MUITO IMPORTANTE 
 
É um dos temas mais recorrentes sobre a culpabilidade em concursos públicos, portanto, 
é necessária uma maior atenção do aluno. 
 
Inicialmente, é importante destacar que o Código Penal faz distinção entre as espécies de 
embriaguez: 
 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
I - a emoção ou a paixão; 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de 
efeitos análogos. 
 
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação 
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
De forma esquematizada: 
 
 
 
 
• Embriaguez voluntária é aquela em que o agente quer, efetivamente, se 
embriagar. 
 
Por exemplo: “A” sai da prova triste com o seu desempenho e resolve “beber até cair” para 
não lembrar da reprovação. 
 
• Embriaguez culposa, por outro lado, ocorre quando o agente acaba se 
embriagando sem que tenha essa intenção. 
 
Por exemplo: “A”, que não tem o costume de beber, acaba se empolgando numa 
confraternização e fica embriagado. 
 
Em nenhuma das hipóteses acima (voluntária e culposa), a embriaguez leva à 
inimputabilidade, ou seja, o agente responde pelo crime. 
 
• Embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior ocorre quando, o 
agente, por motivos alheios à sua vontade, acaba se embriagando. 
 
Por exemplo: “A”, ao ser submetido a uma intervenção médica — endoscopia — tem 
reação fisiológica inesperada pela anestesia. 
 
Nessa hipótese, entende-se por embriaguez proveniente de caso fortuito ou 
força maior, caso em que o agente é considerado inimputável. 
 
 
EMBRIAGUEZ
Voluntária
Culposa
Fortuita ou 
força maior
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
 
 
DÚVIDA: A embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior sempre 
exclui a culpabilidade, em razão da inimputabilidade? 
 
A resposta é: NÃO! 
 
Além de ser proveniente de caso fortuito ou força maior, a embriaguez tem que ser 
completa, isto é, retirar do agente, totalmente, seu discernimento, nos termos do art. 28, §2º, 
do CP: 
 
Art. 28, § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o 
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, 
não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento. 
 
DÚVIDA: O que é embriaguez preordenada? 
 
A embriaguez preordenada ocorre quando o agente se coloca no estado de embriaguez 
com o objetivo de praticar o crime. 
 
Essa hipótese de embriaguez não exclui a culpabilidade; ao contrário, é uma agravante do 
crime, nos termos do art. 61, II, alínea “l”, do CP: 
 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime: 
(...) 
II - ter o agente cometido o crime: 
(...) 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
 
 
IMPUTÁVEL
Embriaguez 
voluntária
Embriaguez 
culposa
INIMPUTÁVEL
Embriaguez 
proveniente de 
caso fortuito ou 
força maior
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
EMBRIAGUEZ – LEI DE DROGAS 
O art. 45 da Lei nº 11.343/06 tem a seguinte redação: 
 
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou 
sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a 
infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
O dispositivo legal trata de uma hipótese de exclusão de culpabilidade (inimputabilidade) 
muito similar à embriaguez presente no art. 28, §1º, Código Penal. 
 
Art. 28, § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez 
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo 
da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
Contudo, diferentemente do que ocorre no Código Penal, que só admite a embriaguez 
fortuita, a Lei nº 11.343/06 permite que, tanto o dependente quanto o caso fortuito, levem à 
isenção de pena. 
 
 
 
DÚVIDA: A isenção de pena prevista no art. 45 da Lei nº 11.343/06 só se 
restringe aos tipos penais nela previstos? 
 
A resposta é: NÃO! 
 
O art. 45 da Lei nº 11.343/06 não traz qualquer tipo de limitação quanto ao alcance da 
causa de exclusão de culpabilidade. 
 
Dessa forma, a dependência ou o caso fortuito/força maior isenta o agente da imputação 
de qualquer tipo penal. 
 
LEI DE DROGAS
(LEI Nº 11.343/06)
Caso fortuito 
e força maior
Dependência
CÓDIGO PENAL
Caso fortuito 
e força maior
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE 
CONCEITO 
A potencial consciência da ilicitude é a exigência de que o autor tenha o conhecimento, ou, 
no mínimo, a potencialidade de entender o aspecto criminoso do seu comportamento, isto é, os 
aspectos relativos ao tipo penal e à ilicitude. 
 
Assim, não basta que o agente seja imputável; é importante verificar se este conhecia, ou 
deveria conhecer, a ilicitude do fato por si praticado. 
 
 
 
 
 
Do esquema acima, percebe-se que a potencial consciência da ilicitude é o segundo 
elemento da culpabilidade. 
 
Assim, se a imputabilidade está associada à existência de discernimento do agente, a 
potencial consciência da ilicitude está relacionada à capacidade deste saber que o praticou é 
ilícito. 
 
 
 
 
CULPABILIDADE
Imputabilidade
Potencial 
consciência da 
ilicitude
Inexigibilidade 
de conduta 
diversa
IMPUTABILIDADE
Discernimento
POTENCIAL 
CONSCIÊNCIA DA 
ILICITUDE
Capacidade de 
distinguir o 
certo do errado
https://www.alfaconcursos.com.br/

Continue navegando