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de saltos (condução saltatória), sendo mais rápida e mais eficiente em energia NEUROFISIOLOGIA Sabryna Maria Guilhermino Souza Modo e Local de Ação dos Anestésicos Locais Os Anestésicos locais interferem no processo de excitação da membrana nervosa alterando o potencial de repouso básico da membrana do nervo, alterando o potencial de limiar, diminuindo a taxa de despolarização e prolongando a taxa de repolarização Os efeitos primários dos anestésicos locais ocorrem durante a fase de despolarização do potencial de ação Onde Agem os Anestésicos Locais? Há teorias impostas ao longo dos anos que visam explicar os mecanismos de ação dos anestésicos locais: Teoria da Acetilcolina: Considerava que a acetilcolina estava envolvida na condução nervosa e possuía seu papel como neurotransmissor em sinapses nervosas Teoria do Deslocamento do Cálcio: Considerava que o bloqueio nervoso dos anestésicos locais era produzido pelo deslocamento de cálcio de algum ponto na membrana que controlasse a permeabilidade ao sódio Teoria das cargas de superfície (repulsão): Considerava que os anestésicos locais atuassem por ligação à membrana nervosa e mudança do potencial elétrico na superfície da membrana Teoria da expansão da membrana: Considera que as moléculas de anestésico local se difundem para regiões hidrofóbicas das membranas excitáveis, alterando a estrutura da membrana, impedindo aumento da permeabilidade aos íons sódio Teoria do receptor específico: Teoria mais aceita hoje em dia, afirma que os anestésicos locais agem ligando-se a receptores específicos nos canais de sódio Classificação dos anestésicos locais de acordo com a capacidade de reação com sítios receptores específicos no canal de sódio As drogas podem alterar a condução nervosa em quatro locais: Dentro do canal de sódio: Anestésicos locais que são aminas terciárias Na superfície externa do canal de sódio: Tetrodotoxina, Saxitoxina Em portões de ativação ou inativação: Veneno de escorpião Como Funcionam os Anestésicos Locais Consiste em diminuir a permeabilidade dos canais iônicos aos íons sódio (Na+) Os anestésicos locais inibem seletivamente a permeabilidade máxima do sódio Os anestésicos diminuem a taxa de elevação do potencial de ação e a velocidade de condução Através da membrana nervosa os anestésicos produzem diminuição discreta e virtualmente insignificante na condução de potássio (k+) O mecanismo pelo qual os íons sódio ganham entrada ao axoplasma do nervo, iniciando assim um potencial de ação A propagação de impulsos é paralisada O bloqueio nervoso produzido é denominado bloqueio nervoso não despolarizante Implicações Clínicas do PH e da Atividade do Anestésico Local A maioria das soluções de anestésicos locais preparadas comercialmente sem um vasoconstritor tem pH entre 5,5 e 7 Injetado nos tecidos, a capacidade de tamponamento faz o pH retornar aos 7,4 NEUROFISIOLOGIA Sabryna Maria Guilhermino Souza A adrenalina pode ser adicionada a uma solução de anestésico local imediatamente antes de sua administração Os anestésicos locais são clinicamente eficazes nos axônios e nas terminações nervosas livres Os anestésicos tópicos podem ser empregados efetivamente na pele que já não esteja mais intacta por causa de lesão, assim como em membranas mucosas Para aumentar a eficácia clínica dos anestésicos tópicos, usa-se comumente uma forma mais concentrada da droga (lidocaína a 5% ou a 10%) do que para a infiltração (lidocaína a 2%) Alguns anestésicos tópicos (ex. benzocaína) não se encontram ionizados em solução, dessa forma o efeito não é afetado pelo pH Indução da Anestesia Local Após a administração de um anestésico local nos tecidos moles próximos a um nervo, as moléculas do anestésico local atravessam a distância de um local a outro de acordo com seu gradiente de concentração Durante a indução da anestesia anestésico local se desloca de seu local de depósito extraneural para o nervo (Difusão) Quanto maior a concentração inicial do anestésico local, mais rápida é a difusão de suas moléculas e mais rápido é seu início de ação Ao se difundir para dentro do nervo, o anestésico local torna-se progressivamente mais diluído por líquidos teciduais, com parte dele sendo absorvida por capilares e vasos linfáticos Processo de Bloqueio: Uma parte significativa da droga infiltrada se difunde também para longe do nervo. Portanto: Uma parte da droga e absorvida por tecidos não neurais (ex., musculo) Uma parte é diluída pelo liquido intersticial Uma parte é removida por capilares e vasos linfáticos do local de infiltração. Os anestésicos do tipo éster são hidrolisados Tempo de indução: Definido como o período da deposição da solução anestésica até o bloqueio completo da condução Fatores como concentração da droga, pH da solução de anestésico local, barreiras anatômicas do nervo à difusão controlam o tempo de indução Taquifilaxia: Aumento da tolerância a uma droga que é administrada repetidamente Pode ser ocasionada por algum ou todos os seguintes fatores como edema, hemorragia localizada, formação de coágulo, transudação, hipernatremia e diminuição do pH dos tecidos Duração da Anestesia: À medida que o anestésico local é removido do nervo, sua função retorna rapidamente no início Anestésicos locais de ação mais longa ligam-se mais firmemente à membrana do nervo do que as drogas de ação mais curta A vascularidade do local de infiltração e a presença ou ausência de uma substância vasoativa são fatores que influenciam a taxa de remoção de uma droga do local de infiltração