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Semiologia: ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS

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1 Gabrielle Nunes 
ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS 
ANATOMIA 
GENITÁLIA EXTERNA OU VULVA 
 
Inclui o monte de Vênus, os grandes e os pequenos lábios, 
o vestíbulo (meato uretral, introito vaginal, hímen, 
glândulas parauretrais ou vestibulares menores ou de 
Skene e glândulas vestibulares maiores ou de Bartholin) e 
o chamado órgão erétil principal ou clitóris. 
GLÂNDULA DE SKENE 
Orifício externo localizado no vestíbulo, 
lateroposteriormente ao meato uretral. 
GLÂNDULAS DE BARTHOLIN 
Localizam-se em cada lado do introito vaginal, abaixo 
do hímen, estando seus orifícios de saída situados na 
parte posterior do vestíbulo, entre os pequenos lábios e 
o hímen. 
- Secretam muco, especialmente no ato sexual 
(lubrificação) 
CLÍTORIS 
Órgão erétil com complexa estrutura anatômica: freio, 
prepúcio, dois corpos cavernosos; 
A parte externa da vulva é recoberta por um tipo especial 
de pele (semimucosa) na junção dos grandes e dos 
pequenos lábios. Presença de glândulas sebáceas e 
sudoríparas 
Períneo: conjunto de músculos e de fáscias que "fecham" 
a pelve. É atravessado pelo reto (períneo posterior), pela 
vagina (períneo anterior) e pela uretra. 
- Diafragma pélvico ( 3 porções do musc. Levantador do 
ânus), diafragma urogenital (músculos transverso 
superficial do períneo, transverso profundo do períneo, 
bulbocavernoso e isquiocavernoso) e as estruturas 
esfincterianas (externo do ânus e externo da uretra). 
 
GENITÁLIA INTERNA 
VAGINA 
É o canal que se interpõe entre a vulva e o útero. Em 
mulheres virgens, a abertura inferior é provida de hímen. 
Em torno dela estão os músculos bulbocavernosos, 
também chamados de "constritores da vagina: 
ÚTERO E TUBAS 
Divisão anatômica: colo (porção caudal), istmo e corpo. 
A vagina fixa-se em torno do colo, podendo ser 
diferenciada uma porção supravaginal e uma porção 
vaginal. 
Camadas uterinas: a serosa (mesotélio + tecido 
conjuntivo ou adventícia), o miométrio (espessa, porção 
de músculo liso) e o endométrio (estrutura interna, que 
forra a cavidade uterina); 
 Epitélio colunar simples de células ciliadas e 
secretoras + glândulas tubulares simples. 
 Camada basal do endométrio: estruturas 
vasculares, as quais não se destacam na 
menstruação. 
 Camada funcional: (1) compacta, sina e superficial, 
formada por células do estroma e glândulas 
endometriais; (2) funcional esponjosa é espessa, 
edemaciada e contém praticamente somente 
glândulas. Ambas se desprendem com a 
menstruação e após o parto. 
OBS: Durante a gravidez, as fibras do miométrio sofrem 
hiperplasia e hipertrofia e secretam proteínas como o 
colágeno; após a gestação há uma redução no 
tamanho do útero. 
COLO UTERINO 
ENDOCÉRVICE 
O canal interno do colo uterino, chamado de 
endocérvice, é revestido por um epitélio colunar 
simples, uma única camada de células, que contém 
algumas glândulas responsáveis pela secreção do 
muco cervical. Esse tecido costuma ser chamado de 
epitélio colunar ou epitélio glandular. 
ECTOCÉRVICE 
A parte externa do colo uterino, que fica em contato 
com o canal vaginal, é chamado de ectocérvice, 
sendo revestido por um epitélio escamoso, semelhante 
ao da vagina 
Ligamentos:https://www.youtube.com/watch?v=YYcUhM
-Zzps 
TUBAS: dirigem-se de sua inserção nos cornos uterinos até 
os ovários. 
OVÁRIOS 
https://www.youtube.com/watch?v=YYcUhM-Zzps
https://www.youtube.com/watch?v=YYcUhM-Zzps
 
2 Gabrielle Nunes 
Função: são glândulas onde 
há a produção dos gametas 
(óocitos e óvulos) e de 
hormônios; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regiões: (1) Zona cortical, formada pela túnica albugínea 
da qual se originam as células da granular, e pelo 
estroma, no qual se encontram os folículos; a medula, 
formada por tecido intersticial que origina as células da 
teca do folículo; e o hilo, composto por nervos, por vasos 
e por células hilares, 
Os ovários estão ligados anteriormente à face posterior 
do ligamento largo pelo mesovário. 
A região do ligamento largo, que prende os ovários à 
pelve, chama-se ligamento suspensor do ovário ou 
"ligamento infundibulopélvico"; é por ele que transitam os 
vasos ovarianos. Em um dos polos do ovário está o 
ligamento útero-ovárico. 
Irrigação: artérias ovarianas (ramos da aorta) 
Drenagem venosa: ocorre de maneira distinta entre os 
dois ovários. Ambos drenam por meio das veias ovarianas, 
mas à direita elas desembocam na veia cava inferior e à 
esquerda na veia renal esquerda. 
EXAME FÍSICO 
O exame ginecológico compreende três etapas 
sequenciais: exame das mamas, do abdome e da 
genitália. 
EXAME DA GENITÁLIA 
O exame da genitália constitui a parte principal do 
exame ginecológico. 
POSIÇÃO DA PACIENTE: posição "ginecológica' ou de 
"talha litotômicà', de modo a expor mais facilmente a 
genitália externa. 
 
Casos especiais: (1) para melhor analisar o terço superior 
da parede anterior da vagina, optar pela posição 
genupeitoral ou de “prece maometana”; (2) em casos 
de prolapso e de incontinência urinária de esforço, 
paciente deve também ser examinada de pé, com as 
pernas entreabertas 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 
A inspeção, em repouso, examinam-se a vulva, o períneo 
e o ânus. 
INSPEÇÃO DA VULVA 
Implantação dos pelos, aspecto da fenda vulvar 
(fechada, entreaberta, aberta), umidade, secreções, 
hiperemia, ulcerações, distrofias, neoplasias, 
dermatopatias, distopias e malformações. 
INSPEÇÃO DO PERÍNEO 
Integridade ou se há ruptura de I, 11 ou III grau, 
complicada com extensão ao esfíncter e ao canal 
anal, cicatrizes de episiorrafias ou perineoplastia. 
INSPEÇÃO DO ÂNUS 
Hemorroidas, plicomas, fissuras, prolapso da mucosa e 
malformações 
A SEGUIR, O EXAMINADOR ENTREABRE OS GRANDES LÁBIOS E PASSA 
A OBSERVAR O CLITÓRIS, O ÓSTIO URETRAL, O HÍMEN E O INTROITO 
VAGINAL. 
 
3 Gabrielle Nunes 
Terminada a inspeção em repouso, o examinador solicita 
à paciente fazer esforço semelhante ao de evacuar ou de 
urinar, observando se há protrusão das paredes vaginais 
ou do colo que denuncie a presença de distopia. 
• Manobra de vassalva; 
EXAME ESPECULAR 
A etapa que se segue é a do exame especular, que tem 
como finalidade inicial a coleta de material para exame 
citológico, bacteriológico, cristalização e filância do 
muco cervical. 
Espéculos podem ser metálicos ou plásticos (a escolha é 
do profissional, mas indica-se o espéculo descartável), e 
em diversos tamanhos. 
De modo geral, a vagina e a cérvice são examinadas 
após a colocação do espéculo de Graves ou de 
Pederson). 
ESPÉCULO DE GRAVES (B) 
Utilizado para exame de multíparas com paredes 
vaginais relaxadas e colapsadas. 
ESPÉCULO DE PEDERSON (C) 
Utilizado em pacientes sexualmente ativas com tônus 
da parede vaginal adequado 
OBS: Antes da inserção, o espéculo pode ser amornado e 
pode-se realizar a lubrificação adequada (melhor que 
seja com soro fisiológico) para acrescentar conforto a 
esse procedimento, sem que haja interferências nos 
resultados dos exames. 
Em razão da sensibilidade uretral, o espéculo é inserido 
abaixo do canal. Alternativamente, antes da colocação 
do espéculo, posiciona-se o dedo indicador na vagina e 
aplica-se pressão no sentido posterior. Depois, solicita-se 
à paciente que relaxe os músculos da parede posterior 
para aumentar o conforto durante a inserção do 
espéculo. 
Quando o bico do espéculo estiver totalmente inserido, 
procede-se a sua inclinação com angulação de 
aproximadamente 30° para baixo a fim de alcançar o 
colo uterino (cérvice). Em geral, a posição do útero é 
antevertida e a ectocérvice encontra-se apoiada contra 
a parede vaginal posterior. 
 
 
CUIDADOS PRÉVIOS: Não usar ducha higiênica durante 
48h; evitar relações sexuais nos 2 dias anteriores; não usar 
cremes vaginais 1 semana antes. 
ORDEM DO EXAME 
1. Inspeção das paredes vaginais 
2. Presença ou não de secreções vaginais e seu 
aspecto 
3. Fundos de sacos vaginais 
4.Colo do útero: morfologia e achados; 
5. Coleta de material para a citologia: Obtém-se 
esfregaço de Papanicolaou, e material adicional 
para avaliação por cultura ou microscopia 
também pode ser coletado. 
6. Teste do ácido acético 
7. Teste de Schiller 
Observar a presença e aspecto das secreções: 
Fisiológicas (clara, límpida e cristalina); patológica 
(purulentas e sanguinolentas). 
Paredes vaginais: coloração (jovens apresentam 
coloração rósea, principalmente pela questão hormonal- 
produção de estrógeno // pacientes no climatério, com 
queda de estrógeno, paredes mais esbranquiçadas, rosa 
claro); cistos vaginais; 
Coloração, epitelização e superfície do colo: tamanho 
(pequeno, médio ou grande), grande; localizado 
centralmente ou desviado para à esquerda ou direita; 
superfície lisa e brilhante e coloração rósea (a gestante 
tende ao roxo pela alta vascularização) 
 Forma do orifício externo: varia de acordo com o 
histórico obstétrico da mulher; puntiforme, fenda 
transversa ou estrelado. 
 
MULHERES NULÍPARAS; (B) MULHERES MULTÍPARAS 
 
4 Gabrielle Nunes 
 Lacerações, neoplasias, ulcerações, pólipos, aspecto do 
muco cervical e das paredes vaginais durante a retirada 
lenta do espéculo. 
TOQUES 
VAGINAL UNIDIGITAL 
Deve ser o primeiro a ser feito (menor desconforto). As 
manobras seguintes são executadas: expressão da 
uretra, palpação das glândulas vestibulares e 
palpação das paredes vaginais, observando-se a 
elasticidade, a capacidade, a extensão, a superfície, 
as irregularidades, a sensibilidade e a temperatura. 
Ainda no toque unidigital, obtém-se uma primeira 
impressão sobre os fundos de saco e o colo do útero. 
VAGINAL BIDIGITAL 
Utilizado em pacientes sexualmente ativas com tônus 
da parede vaginal adequado. O tamanho, a 
mobilidade, a posição e a consistência do útero e as 
suas estruturas anexas podem ser avaliados durante o 
exame bimanual. 
 
No colo do útero analisam-se a orientação, a forma, o 
volume, a superfície, a consistência, o comprimento, a 
sensibilidade, a mobilidade, o orifício externo 
(puntiforme, entreaberto, permeável à polpa digital) e 
as lacerações. 
Nos fundos de saco, ou fórnices, verificam-se a 
distensibilidade, a profundidade, a sensibilidade, se 
estão livres ou ocupados, rasos ou bombeados. 
Quando ocupados, definir se trata-se de tumoração 
sólida ou cística, se dolorosa ou indolor, se fixa ou não. 
SEMIOTÉCNICA: Durante esse exame, os dedos médio 
e indicador, enluvados, são inseridos juntos na vagina 
até que o colo uterino seja alcançado. 
• Pode-se utilizar lubrificante a base de água. 
TOQUE COMBINADO 
Enquanto uma das mãos palpa o hipogástrio e as 
fossas ilíacas, a outra realiza o toque vaginal, retal ou o 
combinado (retovaginal). 
TOQUE RETOVAGINAL 
As luvas devem ser trocadas entre os exames bimanual 
e retovaginal para evitar contaminação do reto com 
potenciais patógenos vaginais. 
Inicialmente, o dedo indicador é introduzido na vagina, 
e o dedo médio, no reto (Fig. 1-9). Esses dedos são 
aproximados um do outro, no sentido horizontal, como 
uma tesoura, para avaliar o septo retovaginal em 
busca de cicatrizes ou saliências peritoneais. 
O dedo indicador é retirado, e o dedo médio conclui 
o toque circular da cavidade anal para excluir a 
existência de massa. Se houver indicação de teste 
imediato de sangue oculto fecal, ele pode ser 
realizado com uma amostra dessa parte do exame 
 
OBS: Nas pacientes com hímen íntegro não se deve 
fazer o toque vaginal. As informações sobre a genitália 
interna deverão ser obtidas pelo toque retal. O exame 
especular também não deve ser feito nas mulheres 
virgens 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Na abordagem das patologias e das alterações 
fisiológicas da mulher, podemos contar com uma grande 
variedade de exames, desde coletas, biopsias e culturas, 
como também exames de imagens (colonoscopia, 
histeroscopia, laparoscopia, ecografias, ressonância 
magnética e tomografia computadorizada), além de 
dosagens hormonais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise de material celular colhido da região do óstio 
cervical e ao redor do colo uterino, de forma a obter 
células da ectocérvice, endocérvice, zona de 
transformação e JEC. Essas células colhidas são 
então analisadas por um citologista ou por um 
patologista. 
 
5 Gabrielle Nunes 
COLPOCITOLOGIA 
A colpocitologia compreende a citologia 
oncoparasitária, a citologia a fresco e a citologia 
hormonaL 
CITOLOGIA ONCOPARASITÁRIA 
Feita uma vez por ano e em menor período de tempo nas 
pacientes em que houver algum motivo para observação 
mais frequente. Para rastreio de câncer de útero. 
A coleta deve ser dupla, isto é, colhe-se o material em dois 
locais separados, os quais são assim identificados: 
ectocervical (ecto) e endocervical (endo). 
JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR ENDOCERVICAL (JEC): 
 
A localização da JEC varia muito com a idade, trauma 
obstétrico e estado hormonal. 
Sob a influência de estrogênio, a junção sofre eversão 
para a ectocérvice durante a adolescência, gravidez e 
com o uso de anticoncepcionais hormonais combinados. 
Regressa para o canal endocervical com a menopausa 
e outras situações em que há baixa de estrogênio, como 
lactação prolongada e uso de anticoncepcionais a base 
apenas de progestogênio, assim como na vigência de 
processo natural de metaplasia escamosa. 
JEC NA ECTOCÉRVICE 
(COMPLETAMENTE VISÍVEL) 
JEC DENTRO DO CANAL 
ENDOCERVICAL E NÃO VISÍVEL 
 
Colo com ectopia em lábio anterior + 3 e ectopia em 
lábio posterior +1; 
CITOLOGIA A FRESCO 
Quando houver secreção patológica, faz-se a coleta de 
material para observação imediata. 
Na citologia a fresco é fácil a identificação de 
tricomonas, protozoários flagelados que apresentam 
movimentos ativos, hifas ou esporos de cogumelos. 
CITOLOGIA HORMONAL 
Na interpretação da citologia hormonal, vários 
parâmetros são avaliados, destacando-se a maturação, 
o índice picnótico e o eosinofílico. 
Eventualmente, a citologia hormonal pode substituir, 
embora de maneira imprecisa, mas suficiente para fins 
clínicos, a dosagem dos estrogênios. 
USO: descrever o ciclo quanto ao a ovulação, em 
ovulatório ou anovulatório; no mínimo 4 lâminas em 
períodos diferentes (7º, 14º, 21º, 26º-28º dias); 
• Rastreio de infertilidade; no SOP não tem 
necessidade; 
NIC: NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL 
Não é um câncer uterino, é considerada uma lesão pré-
neoplásica. 
NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL GRAU I 
Quando a desordenação das células ocorre nas 
camadas mais basais do epitélio estratificado. 
Baixo grau: anormalidades do epitélio no 1/3 proximal 
da membrana. 
NIC II (ALTO GRAU) 
A desordenação avança 2/3 proximais da membrana 
NIC III (ALTO GRAU) 
O desarranjo é observado em todas as camadas, sem 
romper a membrana basal. 
Quando as alterações celulares se tornam mais 
intensas e o grau de desarranjo é tal que as células 
invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo 
do epitélio, temos o carcinoma invasor. 
 
 
6 Gabrielle Nunes 
SISTEMA DE BETHESDA 
Incorporou conceitos como: O diagnóstico citológico 
deve ser diferenciado para as células escamosas e 
glandulares; a inclusão do diagnóstico citomorfológico 
sugestivo da infecção por HPV, devido às evidências do 
envolvimento desse vírus na carcinogênese dessas lesões, 
dividindo-as em lesões intraepiteliais de baixo (LSIL) e alto 
(HSIL) graus, ressaltando o conceito de possibilidade de 
evolução para neoplasia invasora; 
ALTERAÇÕES CELULARES EPITELIAIS 
EM CÉLULAS ESCAMOSAS: 
• Atipias de significado indeterminado (ASC-US); 
• Atipias em que não se pode descartar HSIL (ASC – H); 
• Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL); 
• Lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL); 
• Carcinoma escamoso invasivo. 
EM CÉLULAS GLANDULARES: 
• Atipias de significado indeterminado (AGUS); 
• Adenocarcinomain situ (AIS); 
• Adenocarcinoma invasivo. 
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/medi
a/document/nomenclatura-brasileira-para-laudos-
citopatologicos-cervicais-2012.pdf 
COLPOSCOPIA 
É o estudo do colo do útero com o uso de um aparelho 
chamado colposcópio, dotado de lentes de aumento 
que possibilitam um aumento de 6 a 40 vezes. 
OBJETIVO: detecção de lesões pré-cancerosas e 
malignas do colo do útero, possibilitando a realização de 
biopsias guiadas. 
 
TESTE DE SCHILLER: consiste na embrocação do colo do 
útero e da vagina com solução de lugol (iodo-iodetada), 
que cora de marrom o tecido normal, deixando em 
evidência as regiões iodo-negativas para serem 
realizadas as biopsias (Figura 142.3). O tecido iodo-
negativo corresponde às áreas de menor concentração 
de glicogênio, ou seja, de alta divisão celular. Isso ocorre 
devido à ligação do iodo ao glicogênio. 
• Schiller - ou iodo + = iodo corou o colo, é normal. 
 
TESTE DO ÁCIDO ACÉTICO: consiste na embrocação do 
colo do útero, da vagina e da vulva com solução de 
ácido acético a 5%; as áreas com intensa atividade 
nuclear são coradas de branco, tornando-se áreas para 
ser biopsiadas. 
Lesões geográficas satélites após a aplicação de ácido 
acético a 5% (a), distantes da JEC, sugestivas a lesões de 
baixo grau. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS NOS TESTES 
Schiller positivo e iodo negativo; Lesões acetobrancas 
positivo 
 
TESTE DE COLLINS (VULVOSCOPIA): esse exame também 
pode ser realizado com o auxílio do colposcópio. O 
exame compreende a aplicação do azul de toluidina na 
vulva; as lesões que ficarem coradas de azul são 
consideradas para a biopsia dirigida. 
 
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/nomenclatura-brasileira-para-laudos-citopatologicos-cervicais-2012.pdf
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/nomenclatura-brasileira-para-laudos-citopatologicos-cervicais-2012.pdf
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/nomenclatura-brasileira-para-laudos-citopatologicos-cervicais-2012.pdf
 
7 Gabrielle Nunes 
OS ASPECTOS COLPOSCÓPICOS PODEM SER SISTEMATIZADOS DA 
SEGUINTE MANEIRA: 
ASPECTOS NORMAIS 
- Epitélio escamoso normal, epitélio colunar e 
transformação atípica. 
Descrição: Colo epitelizado, sem alterações teciduais 
(JEC 0, não exposta) 
ASPECTOS ANORMAIS 
- Epitélio branco; mosaico; pontilhado; leucoplasia; 
vasos atípicos; 
Para descrever lesões no colo utilizar a localização de 
lábio anterior e lábio posterior, ou horas do relógio (12, 
3, 6,9 e 12 horas); 
- ECTOPIA: lesão no colo, com troca do tecido 
(gravidez e uso de anticoncepcional); observar fatores 
de riscos; 
Descrição: Colo com ectopia perioficial de tamanho 
+1; 
 
- CISTOS DE NABOTH: As glândulas mucosas (glândulas 
de Naboth) no colo uterino podem ficar cheias de 
secreção devido ao bloqueio no ducto ou passagem 
da glândula. 
 
SUSPEITA DE INVASÃO CARCINOMATOSA 
MISCELÂNEA 
- Processo inflamatório, erosão, epitélio atrófico, 
pólipos, papilomas, condilomas; 
 
Os óstios podem varia sua morfologia a depender o 
histórico obstétrico da paciente, podendo ser mais 
alargado em mulheres com partos vaginais; 
OUTROS ACHADOS: Pólipos, lesões de HPV, secreções 
inflamatórias e infecciosas; 
https://screening.iarc.fr/atlascolpodiag_detailQ.php?Id=
AAAT 
ETAPAS DA COLETA DA CITOLOGIA 
1. Explicar para a mulher sobre o exame a ser realizado 
e que pode gerar certo desconforto. Orientar às 
mulheres grávidas sobre a indicação da realização 
deste exame, esclarecendo dúvidas a respeito; 
 
2. Posicioná-la na maca em posição ginecológica; 
3. Preparar o material (lâmina com extremidade fosca, 
espátula de Ayres, escova cervical e frasco com 
fixador); 
 
4. Identificar a lâmina e a etiqueta do frasco com 
fixador, com as iniciais e número de prontuário da 
mulher; 
5. Selecionar o espéculo a ser utilizado, de acordo com 
paridade e condições perineais da mulher; 
 
6. Higienizar as mãos conforme técnica adequada; 
 
7. Calçar luvas de procedimentos como equipamento 
de proteção individual; 
 
8. Realizar inspeção visual da vulva; 
 
9. Encostar suavemente o espéculo na face interna da 
coxa; 
10. Afastar pequenos lábios com uma gaze e introduzir o 
espéculo delicadamente até posicionar o colo 
uterino centralizado no espéculo; 
 
11. Realizar inspeção visual da vagina e do colo de 
útero; 
 
12. Colher material de ectocérvice com espátula de 
Ayres ponta bifurcada, girando 360°, e fazer 
esfregaço único na extremidade ao lado da parte 
fosca da lâmina de vidro identificada; 
 
13. Colher material endocervical com escovinha 
cervical, girando 360°, e fazer rotação da escova 
sobre a lâmina em esfregaço único, ao lado do 
esfregaço de ectocérvice, colocando a lâmina 
imediatamente em frasco com fixador; 
 
• Coleta tríplice: fundo de saco, escto e endo; 
 
14. Retirar o espéculo com as lâminas previamente 
fechadas; 
 
15. Informá-la que o exame acabou e que a mesma 
pode se arrumar; 
 
16. Preencher requisição de exame preventivo em única 
via, protocolar e enviar para Anatomia Patológica, e 
orientar a mulher sobre o encaminhamento para 
agendar consulta para buscar o resultado e receber 
https://screening.iarc.fr/atlascolpodiag_detailQ.php?Id=AAAT
https://screening.iarc.fr/atlascolpodiag_detailQ.php?Id=AAAT
 
8 Gabrielle Nunes 
as orientações conforme necessidade de 
seguimento; 
 
17. Registrar as informações no prontuário da paciente. 
18. Colocar o espéculo em solução de H2O e sabão se 
for de metal, para ser higienizado e após 
encaminhado ao Centro de Material e Esterilização 
ou desprezar se for descartável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Gabrielle Nunes 
DOENÇAS DOS ÓRGÃO GENITAIS FEMININOS 
DISTOPIA GENITAL 
Distopia genital, ou prolapso de órgãos pélvicos (POP), é 
definida como a descida de pelo menos um dos seguintes 
compartimentos: parede vaginal anterior, parede vaginal 
posterior ou ápice da vagina (útero ou cúpula vaginal 
após histerectomia) 
Herniação dos órgãos pélvicos (anterior – bexiga 
(cistocele), prolapso uterino e prolapso posterior- reto 
(retocele)) pela vagina. Pode-se ter, ainda, a Herniação 
de alças intestinais (enterocele). 
 
CAUSAS: Danos às estruturas de sustentação dos órgãos 
pélvicos. 
Os músculos do assoalho pélvico possuem duas funções 
principais: (01) suporte para as vísceras abdominais; (2) 
continência para a uretra, o orifício anal e o vaginal. 
Aparelho de sustentação: 
1. Anterior: Ligamento pubo-vésico-uterino 
2. Lateral: Paramétrios laterais, cardinais ou 
ligamentos de Mackenrodt 
3. Posterior: ligamento útero-sacro 
FATORES DE RISCO: obesidade, DPOC, hipoestrogenismo, 
multiparidade, doenças de colágeno; 
▪ Pontos que aumentam a pressão intra-abdominal (1 
e 2), levam atrofias musculares (3), isquemias 
musculares e episiotomia significativas durante o 
parto (4); 
QUADRO CLÍNICO: Sensação de “bola na vagina”, 
dificuldade de manter relação, dificuldade de evacuar, 
dor, sangramento, perda urinária associada; 
▪ A avaliação clínica pode ser realizada através da 
manobra vassalva. 
QUANTIFICAÇÃO DO PROLAPSO: 
Parede anterior Parede anterior Colo uterino ou cúpula 
Aa Ba C 
Hiato genital 
gh 
Corpo perineal 
pb 
Comprimento vaginal 
total 
Tvl 
Parede posterior 
Ap 
Parede posterior 
Bp 
Fórnice posterior 
D 
 
Como avaliar o POP-Q: espéculo e pá com graduação; 
Ex: Aa -3, Ba -3, Ap +3, Bp +5, C-6, D-2: prolapso de parede 
posterior; Tudo que é positivo está para fora. 
CLASSIFICAÇÃO DO PROLAPSO: 
ESTÁGIO GRAU DE PROLAPSO 
0 Nenhum prolapso é demonstrado 
1 Prolapso a mais de 1 cm do hímen 
2 Prolapso entre 1cm acima e 1cm abaixo 
3Prolapso está a mais de 1cm abaixo do hímen 
4 Prolapso total 
TRATAMENTO: 
Grau I e II: Tratamento conservador (fisioterapia dos 
músculos pélvicos, pessários e exercícios de kegel) ou 
cirúrgico. 
▪ Correção sítio-específica: fixação de fáscias, 
aproximação de músculos e confecção de 
suportes.. 
Grau III e IV: Cirúrgico 
 
 
10 Gabrielle Nunes 
INFECÇÕES 
No grupo das infecções estão incluídas a endometriose, 
as skenites, as bartholinites, as vulvovaginites ou colpites, 
as cervicites, as endometrites e as anexites. 
INFECÇÕES ALTAS INFECÇÕES BAIXAS 
Tendem a ficar restritos 
ao trato genital inferior e 
compreendem as 
valvulopatias e as 
cervicites. 
Propagam-se aos órgãos 
pélvicos, configurando a 
doença pélvica 
inflamatória, que inclui as 
endometrites e as anexites. 
BARTHOLINITE E SKENITES 
No vestíbulo, funcionam como “porta de entrada” de 
microrganismos a uretra os orifícios excretores das 
glândulas de Skene e de Bartholin. Em sua forma aguda, 
causam dor e febre, podendo formar abcessos. Na forma 
crônica, surgem “pseudocistos” que não apresentam 
qualquer sintoma. 
Bartholinite é a inflamação de uma glândula chamada 
Bartholin, localizada na parte interna da vagina. O 
achado da bartholinite se diferencia do cisto na glândula 
de bartholine pela presença dos sinais flogisticos. 
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) 
Cranco mole, cranco duro, o herpes genital, o condiloma 
acuminado, o linfogranuloma venéreo e o granuloma 
inguinal ou donovanose. 
LESÕES PAPULARES 
Cranco mole e cranco duro. As lesões ulceram-se 
secundariamente. A diferenciação clínica entre o 
cancro mole e o cancro duro baseia-se na 
consistência da base da lesão e no número delas. 
CRANCO DURO: Lesão única, de base endurecida e 
por vezes ulcerado discretamente na superfície e 
indolor. 
Representa o ponto de inoculação da sífilis, daí ser 
chamado de protossifiloma. Pode localizar-se na vulva, 
na vagina, no colo do útero e na boca. A pesquisa 
direta do Treponema pallidum, seu agente etiológico e 
os testes sorológicos (VDRL, RPR, FTA-ABS) selam o 
diagnóstico. 
CRANCO MOLE: causado pelo bacilo de Ducrey 
(cancro de Ducrey), é extremamente doloroso, sua 
base é mole e as lesões disseminam-se. O diagnóstico 
é confirmado pelo encontro do Haemophilus ducreyi 
no exame bacteriológico 
LESÕES PLANAS 
As lesões planas incluem a sífilis e o herpes genital. 
Pápulas planas, com extensão em superfície, podem 
aparecer na fase tardia da sífilis ou na infecção viral do 
tipo Herpes hominis. 
As lesões herpéticas transformam-se em vesículas "em 
chuveiro': sobre base eritematosa. Acompanham-se 
de prurido e de ardor. Quando as lesões planas se 
associam às lesões verrucosas, deve-se pensar em 
outra enfermidade viral: o condiloma acuminado, 
causado pelo papilomavírus humano (HPV). 
LESÕES GRANULOMATOSAS 
Compreendem o linfogranuloma venéreo e o 
granuloma inguinal ou donovanose. 
 
HÍMEN 
 
HÍMEN IMPERFURADO 
É a causa congênita mais comum de obstrução ao fluxo 
menstrual. 
Os primeiros sintomas de hímen imperfurado surgem 
durante a puberdade e acontecem, principalmente, 
devido ao acúmulo de sangue menstrual que não 
consegue sair pelo canal vaginal. 
• Sintomas: dor, abaulamento himenal; 
- Dor em baixo ventre esporádica e cíclica, com exames 
laboratoriais normais, em meninas pré-puberes que ainda 
não tiveram menarca, porém pode se intensificar com o 
tempo e se tornar uma urgência cirúrgica quando há 
sinais de abdome agudo. 
TRATAMENTO: Cirúrgico (himenotomia) 
 
LACERAÇÕES PERINEIAS 
O períneo é o local mais comum de lacerações durante 
os partos vaginais. 
GRAU I 
Atinge apenas mucosa 
GRAU II 
Atinge até musculatura 
 
11 Gabrielle Nunes 
GRAU III 
Atinge até o esfíncter anal externo 
• Lesão ao musculo elevador do ânus; 
EPISIOTOMIA: é uma incisão efetuada na região do 
períneo para ampliar o canal de parto; não é mais 
indicado com frequência. 
EPISIORRAFIA: significa sutura da incisão efetuada na 
região do períneo para ampliar o canal de parto, sutura 
de um períneo lacerado. 
 
ATROFIA VULVOVAGINAL 
MANIFESTÇÕES CLÍNICAS: secagem e inflamação das 
paredes vaginais (dispauremia); prurido, ardor e 
incontinência urinária; afinamento do epitélio, perda da 
rugosidade, redução da secreção vaginal, redução da 
elasticidade e do tamanho da vagina, prurido, irritação; 
SINAIS: palidez das mucosas, petéquias, friabilidade e 
ausência de pregas, apagamento dos grandes lábios 
A clínica é provocada pela queda na produção de 
estrogênio durante o climatério. 
Conduta: uso de estrogênio tópico local melhora os 
sintomas e sinais e tem menos efeitos colaterais 
Citologia oncótica: uso de cremes intravaginais com 
estrogênio 1 semana antes da consulta, aguardar entre 3 
a 7 dias após o uso e realizar o exame.

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