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Handout - Ciclo de Aprendizagem Wizard - Potencializando o aprendizado antes, durante e depois da aula

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1 
Ciclo de Aprendizagem WIZARD BY PEARSON 
 
Se você participou de nosso workshop, com certeza, recebeu muitas informações 
sobre o ciclo de aprendizagem e como o aluno processa as informações recebidas 
para que elas se tornem um conhecimento aprendido e internalizado. 
Para que você possa ter mais informações, preparamos esse pequeno resumo de 
como a memória é formada e as fases mais importantes dentro desse processo. 
 
 
 
 
Por que dormir 
O sono é uma atividade fisiológica dos seres humanos e animais, e sua função não 
foi totalmente elucidada. Desde os tempos de Aristóteles até os tempos modernos 
se acredita que este comportamento é fruto da redução da percepção sensorial 
com o meio externo e diminuição da atividade cerebral (KANDEL et al., 2014), 
porém já foi elucidada a sua relação direta com a formação da memória de longo 
prazo e o aprendizado. 
 
https://pixabay.com/pt/photos/livro-luz-conto-de-fadas-fantasia-5161294/ 
 
2 
O ser humano dorme por volta de um terço de sua vida, e o ciclo vigília-sono é 
importante para a reposição e manutenção energética ao longo do dia, além da 
reorganização das informações recebidas durante o período de vigília. 
Estudos científicos demonstram que o sono participa da cognição e consolidação 
da memória, além de promover ambiente favorável para a remoção de metabólitos 
tóxicos acumulados durante a atividade cerebral alta durante a vigília por meio do 
sistema linfático (PLOG; NEDERGAARD, 2018). 
O estudo da biologia e do comportamento humano mostram que a memória e o 
aprendizado são funções importantes para a proteção, manutenção e interação 
social do indivíduo e que a consolidação da memória o protege de situações 
perigosas, como a aversão a determinada atividade experimentada por ele, como 
levar um choque em uma tomada. Por outro lado, a capacidade de ler um livro, 
dirigir um carro ou tocar um instrumento são importantes no contexto de 
interação social (KANDEL et al., 2014).] 
 
Sono e vigília 
O estado de vigília é definido como o comportamento no qual os animais e seres 
humanos demonstram respostas aos estímulos externos e internos, e atividade 
motora voluntária. (HALL, 2017). 
O sono é dividido em duas formas – sono REM, do inglês rapid moviment of 
eyes (movimento rápido dos olhos), e sono nREM (não REM), que é dividido em 
quatro fases, denominadas numericamente de 1 a 4 em uma escala na qual a fase 
1 é a sonolência e a fase 4 o sono profundo. O ser humano oscila por todas as 
fases durante o período de sono. Em geral, leva em torno de 30 a 60 minutos para 
migrar da fase 1 a 4 e, de forma intermitente, ingressa na fase REM, com 
permanência de 30 minutos e retorna para o sono profundo (fase 4). Essas 
oscilações podem ocorrer de quatro a cinco vezes por período de sono (HALL, 
2017). 
 
Sono nREM 
Fase 1 - representa a fase de sonolência na transição da vigília e sono, com 
algumas contrações musculares e predominância de ondas alfa (8 a 13Hz), 
semelhantes ao estado de vigília com início de aumento da amplitude e redução da 
frequência (KANDEL et al., 2014). 
 
 
3 
Fase 2 - é o primeiro estágio do sono verdadeiro com predominância de ondas de 
alta amplitude e baixa frequência, com a demonstração de sincronização do 
sistema límbico e neocórtex. Os principais sinais físicos são a redução do tônus 
muscular, nistagmo leve, diminuição da temperatura corporal e frequência 
respiratória (KANDEL et al., 2014). 
 
Fases 3 e 4 - demonstram maior sincronização do sistema límbico com o 
neocórtex, aumento da amplitude das ondas cerebrais, maior redução das 
frequências cardíaca e respiratória, e da temperatura corporal (KANDEL et al., 
2014). 
 
Sono REM 
Apresenta ondas cerebrais semelhantes à vigília, movimentos rápidos dos olhos, 
aumento das frequências cardíaca e respiratória e inibição dos movimentos 
musculares voluntários. Os sonhos da fase REM são vívidos, emocionais e bem 
parecidos com a realidade, apesar de que há relatos de sonos bizarros e fora do 
contexto da realidade (KANDEL et al., 2014). 
É dentro do processo de sonho REM que o cérebro transforma as memórias de 
curto prazo em memórias de longo prazo. Logo, ao entendermos que esse 
processo de armazenamento é seletivo, é de vital importância que os processos 
anteriores sejam de grande significância para que o aluno possa armazenar as 
informações necessárias para a continuidade de seu aprendizado. 
 
Aprendizado X Memória 
O aprendizado e a memória são importantes para manutenção do ser humano e 
animal no ambiente no qual está inserido. A capacidade de locomoção, falar, 
escrever e executar diversas atividades advém do aprendizado e da consolidação 
da memória de longo prazo. Enquanto o aprendizado se refere a mudança no 
comportamento resultante de um conhecimento obtido previamente, a memória é 
capacidade de codificar, armazenar e, futuramente, evocar os conhecimentos e 
fatos. (KANDEL et al., 2014). 
Ainda não foi decodificado se memória apresenta uma região específica na qual as 
informações ficam armazenadas, a exemplo de outras funções neurais e 
comportamentos, como a fala, a decodificação auditiva ou o raciocínio matemático, 
por exemplo. De forma geral, a memória é dividida em quatro processos: 
 
4 
 
a) codificação: novas informações são observadas e comparadas com os dados 
que já existem consolidados e se torna mais forte quando há maior interesse e 
motivação; 
b) armazenamento: considerada ilimitada e representa a capacidade de alocar as 
novas informações em regiões específicas do sistema nervoso; 
c) consolidação: é o processo de tornar mais estável o armazenamento; 
d) evocação: fase de retomar a informação armazenada à mente e é facilitada com 
“dicas” (KANDEL et al., 2014). 
 
Dentro do processo de formação de memória encontramos a dimensão tempo, 
que é classificada em memória de curto prazo e longo prazo (propriamente dita). A 
memória de curto prazo, ou de trabalho, mantém a informação verbal ou visuo-
espacial por um determinado tempo desde que seja representativo para o 
indivíduo, como por exemplo, armazenar a informação de um número telefônico 
(BEAR et al., 2008). 
Não há um consenso de quanto tempo a memória de curto prazo permanece 
acessível, mas sabe-se que, se em um período de 24 horas essa memória não for 
reforçada, ela tende a deixar apenas partes da informação, como por exemplo, se 
ao pedir um número telefônico o indivíduo não repeti-lo, anotá-lo ou utilizá-lo, em 
24 horas, é muito provável que, no dia seguinte, ele lembre apenas alguns 
algarismos desse número e, muito provavelmente, não na ordem em que se 
encontravam. 
A memória de longo prazo é usualmente fruto da consolidação da memória de 
curto prazo seletiva e pode ser classificada em implícita ou explícita (BEAR et al., 
2008). 
A forma implícita, também denominada não declarativa ou de procedimento, é 
considerada inconsciente e se manifestada de forma automática, como, por 
exemplo, tocar um instrumento ou dirigir um carro. 
A memória explícita ou declarativa é consciente e pode ser classificada em 
episódica, como a evocação da lembrança de uma praia com as suas características 
físicas, e a forma semântica utilizada para aprender o significado de novos 
conceitos (BEAR et al., 2008). 
 
 
 
5 
Os quatro processos básicos da memória declarativa são: 
Se pensarmos no nosso ciclo de aprendizagem podemos dizer que: 
 
 
 
O processo de evocação acontecerá durante as práticas de conversação, guiadas 
ou livres, onde o aluno deverá acessar o conhecimento codificado, consolidado e 
internalizado e trazê-lo para a situação prática. 
Ao entendermos o ciclo de aprendizagem é possível compreender a importância da 
realização de cada fase dentro da fase alerta do ciclo (quando o aluno está 
acordado), para que o processo de armazenamento possa ocorrer de maneira 
eficaz durante o sono. 
 
Fontes: http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/arquivos/4772Aprendendo Inteligência – Piazzi, Pierluigi 
 
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/arquivos/4772

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