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Moarah Brito | 3º Período | FASAI Ascaris lumbricoides (lombrigas ou bichas) Classificação Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Ascaridida Familia: Ascarididae Genero: Ascaris Espécie: Ascaris lumbricodes Infecção Ascaridíase/ ascaridose / ascaridiose / ascaríase Verme adulto ● Vermes longos, cilíndricos, com extremidades afiladas, sobretudo na região anterior Fêmeas ● Poucos parasitas: 30-40 cm ● Muitos parasitas: 10-15 cm ● Maiores e mais grossas ● Contém cerca de 25 milhões de óvulos e cada fêmea pode por 200 mil ovos por dia, durante um ano. Macho ● Poucos parasitas: 15-30 cm ● Enrolamento ventral da cauda Nutrição e metabolismo Dispõem de enzimas necessárias para digerir proteínas, carboidratos e lipídeos. Aeróbios facultativos, mas desenvolvem um metabolismo quase inteiramente anaeróbico, devido escassez de oxigênio nesse meio. Reprodução e ciclo biológico Os espermatozoides são desprovidos de flagelos e ficam acumulados nos úteros ou no começo dos ovidutos, onde ocorre a produção dos ovos. Ovo fértil ● 60 x 45 micrometros ● Oval ou quase esférica Ovo infértil ● 80 x 90 micrometros ● Casca mais delgada ● Aparecem nas fezes quando : -fêmeas jovens ainda não fecundadas começam a ovipor -proporção de fêmeas é muito maior que a de machos, -infecção unissexual, apenas por fêmeas Reprodução Moarah Brito | 3º Período | FASAI ● O embrionamento dos ovos ocorre no meio exterior e requer oxigênio (migração deve, obrigatoriamente, passar pelos pulmões) Apesar da casca grossa que assegure proteção contra condições adversas, a temperatura ideal é entre 20 e 30°C, onde o embrionamento pode ocorrer em até 2 semanas. ● A larva formada requer mais uma semana para sofrer a primeira muda no interior do ovo. Só depois disso adquire capacidade de infectar um novo hospedeiro, quando esse ovo for ingerido. Depois, ele reduz seu metabolismo ao mínimo e mantém seu poder infectante por um longo período. ● Após a ingestão, ocorre a eclosão, promovida por estímulos do hospedeiro, como a concentração de CO2. ● A larva que sai do ovo é aeróbica e não consegue desenvolver-se na cavidade intestinal, o que gera o seguinte ciclo: ● Helminto começará a invadir a mucosa intestinal até penetrar na circulação sanguínea ou linfática através do sistema porta intra-hepático e pela veia cava inferior, ou pelo canal torácico e veia cava superior. As larvas, assim, são levadas do coração para o pulmão. Obs: pode, também, perfurar a parede intestinal, cair na cavidade peritoneal, invadir o fígado, entrariam na circulação porta-intra hepática, seguindo para o coração. ● Chegam no pulmão após 4 ou 5 dias de ingestão e as larvas de segundo estágio encontram o meio favorável para continuar sua evolução. ● Por volta do 8 - 9º dia, sofrem a segunda muda, onde será capaz de distinguir o sexo. Depois, atravessam os capilares alveolares e, nos alveolos, realizam sua terceira muda, já medindo de 1 a 2 mm. ● Chegando aos bronquíolos, na segunda semana, os parasitos passam a ser arrastados com muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem a traqueia e laringe, para serem deglutidos e alcançarem passivamente o estômago e intestino. ● Os últimos estágios já suportam demorados períodos de anaerobiose. No intestino, ocorre a quarta e última muda, que o transforma em adultos, com 3 a 6 mm. No final de 12 meses, os machos medirão 200mm e as fêmeas 300. Em pacientes com pequeno número de parasitos, 90% deles estavam no jejuno e o restante no íleo. Nas infecções intensas, todo o intestino delgado encontra-se povoado. Movem-se contra a atividade peristáltica. Algumas vezes, fixam-se à mucosa através dos lábios. Eventualmente, vão do intestino abaixo. Migrações mais extensas dos vermes adultos podem ocorrer, de preferência em crianças fortemente parasitadas, não sendo rara a eliminação de vermes pela boca ou pelas narinas. Menos frequente para vias biliares e pancreáticas, na traqueia ou em um brônquio, nos seios da face, na trompa de Eustáquio ou ouvido médio. Esses casos são, geralmente, acompanhados de manifestações clínicas graves. O desenvolvimento sexual completa-se em cerca de dois meses e, em geral, aos dois meses e meio as fêmeas começam a por ovos. A duração do ciclo evolutivo, de ovo a ovo, requer um mínimo de dois meses, nas condições mais favoráveis. A longevidade do ascaris adulto é estimada de um a dois anos. Resistência A defesa inespecífica faz-se pela reação inflamatória contra os estágios larvários (pouca reação no fígado, muita nos pulmões) Em resposta, o sistema imunológico elabora anticorpos específicos contra antígenos excretados ou liberados nas ecdises para as larvas de 2º e 3º estágios. Moarah Brito | 3º Período | FASAI As de estágios posteriores são menos antigênicos e estimulam apenas a produção de anticorpos não-funcionais, que não defendem o organismo contra reinfecções, mas são bons indicadores de parasitismo. Em verdade, parece que muito da resposta imunológica, na ascaírase, é antes alérgica que protetora e envolve elevadas concentrações de IgE no soro, desgranulação de mastócitos, urticária transitória e problemas respiratórios. As evidências de uma imunidade protetora contra os Ascaris, no homem, são escassas, ainda que algumas observações indiquem a possibilidade de sua existência.
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