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RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Recomendações nutricionais: As recomendações nutricionais estão relacionadas à quantidade de energia e nutrientes que devem conter nos alimentos consumidos para satisfazes as necessidades de praticamente todos os indivíduos de uma população sadia. Necessidades Nutricionais: As necessidades nutricionais são valores de ingestão individuais necessários para satisfazer os requisitos nutricionais (RN) normais e prevenir deficiências nutricionais, ou seja, é o mais baixo nível de ingestão capaz de manter o estado de nutrição de um indivíduo - O estado nutricional ótimo depende de um equilíbrio entra a ingestão de nutrientes, juntamente com a sua absorção e a necessidade desses nutrientes para uma saúde ótima. DRIs: São valores de referência para a ingestão de nutrientes de indivíduos e grupos. - Estabelecida em conjunto pelos EUA e Canadá - São elas: EAR, RDA, UL, AI RDA: É a ingestão dietética recomendada, suficiente para atender as necessidades de praticamente todos (97-98%) os indivíduos saudáveis de um determinado gênero e estagio de vida. - Não é apropriada para avaliar dietas de indivíduos ou para planejamento e avaliação de dietas para grupos. EAR: É a necessidade média estimada, suficiente para atender a 50% dos indivíduos saudáveis de determinado gênero e estagio de vida. - Avalia a probabilidade de inadequação de ingestão de nutrientes em indivíduos. - Utilizada na determinação da RDA, através de seu desvio padrão - Mediana da distribuição de necessidades de um nutriente para um dado grupo de mesmo gênero e estágio de vida AI: Ingestão adequada, usada quando não há dados para se definir EAR e RDA - Baseia-se nos níveis de ingestão derivados experimentalmente ou por aproximação da média da ingestão do nutriente por grupos de indivíduos aparentemente saudáveis que mantém o estado nutricional definido. - Representa a ingestão e não a necessidade de um nutriente no indivíduo. A ingestão normalmente ultrapassa a necessidade. UL: Ingestão máxima tolerável É o mais alto nível de ingestão habitual do nutriente que provavelmente não coloca em risco de efeitos adversos quase todos os indivíduos de um estágio de vida e gênero. - Quando possível é baseado no NOAEL (maior nível de ingestão que não resulta em efeito adverso) e no LOAEL (ingestão mais baixa que cause efeito). - Tem alta probabilidade de ser tolerado biologicamente, mas não é um nível recomendado de ingestão. - O consumo de nutrientes por indivíduos saudáveis acima de AI e RDA não traz benefícios. - São uteis para avaliar alimentos fortificados e suplementos. Dificuldades: As DRIs foram determinadas para a população do Canadá e EUA e como não dispomos de dados atualizados de inquéritos dietéticos da nossa população, não é possível conhecer a variabilidade na ingestão nos nutrientes, portanto, a avaliação da adequação nutricional deve levar sempre em consideração outros parâmetros biológicos relacionados ao nutriente analisado. RESUMO CARBOIDRATOS Carboidratos: São polidroxialdeidos ou cetonas ou substancias que produzem esses compostos quando hidrolisadas Composição: Carbono, hidrogênio e oxigênio Dissacarídeos: Maltose, sacarose e lactose • Maltose: Não é encontrada livre no alimento, é um produto da degradação do amido (união de duas glicoses) • Sacarose: Composta de glicose e frutose (50/50) • Lactose: É o açúcar do leite, formado por galactose e glicose Oligossacarídeos: de 3 a 10 monossacarídeos • Rafinose: Sacarose + resíduos de galactose • Estaquiose: Rafinose + galactose - Nosso organismo não possui enzimas que degradam a Rafinose e a Estaquiose e por isso, esses oligossacarídeos são utilizados como fibras pela nossa microbiota intestinal. • Maltodextrina: Produto da hidrolise artificial do amido - Muito utilizada como suplemento para atletas por ter a digestão e absorção rápida, ou seja, constitui uma fonte quase que imediata de glicose e consequentemente energia para a pratica de exercícios físicos. Polissacarídeos: Mais de 10 monossacarídeos • Amido: Reserva de glicose das células vegetais, composto por amilose e amilopectina - Amilose: Forma linear, ligação alfa 1-4 entre as glicoses - Dextrinas: Produto da degradação do amido por calor seco (casca do pão) - Amilopectina: Forma ramificada, ligação alfa 1-6 entre as glicoses • Glicogênio: Reserva de glicose das células animais. - Forma ramificada, com ligações do tipo alfa 1-4 e alfa 1-6 - Formado no fígado e no musculo através da glicogênese Os carboidratos podem ser classificados em simples e complexos Simples: Possuem poucos monossacarídeos e o sabor é adocicado Complexos: Possuem muitos monossacarídeos e o sabor não é adocicado. - Os carboidratos complexos são absorvidos mais lentamente pelo organismo, aumentando a sensação de saciedade. Funções dos carboidratos: - Energética: Cada grama de carboidrato possui 4kcal - Armazenamento: Um homem de 70kg possui cerca de 300g de carboidratos, onde 290g é armazenada em forma de glicogênio - Poupadora de proteína: A presença de carboidratos impede que o organismo consuma proteínas para a obtenção de energia. - Anticetogênica: Evita que o organismo utilize lipídios para a obtenção de energia, o que evita a formação de corpos cetonicos. (a oxidação de lipídeos leva a formação de corpos cetonicos) Digestão e absorção de carboidratos: - A digestão de carboidratos se inicia na boca, pela amilase salivar, que começa a degradação do amido. A amilase salivar irá atuar sobre o amido enquanto o quimo não se mistura por completo e o conteúdo do estômago ainda não está ácido. - A alfa amilase atua sobre o amido e o produto vai gerar maltose, dextrina limite (máximo que a amilase consegue digerir) e maltotriose. - O amido que começou a digestão na boca, continuará sendo degradado pela amilase pancreática no duodeno do intestino delgado, formando maltose e polímeros menores de amido (9 a 3 glicoses). - No intestino delgado, a maltase e as dextrinases quebram esses compostos em glicose Suco Entérico: • sacarase, que atua na digestão da sacarose, liberando glicose e frutose; • lactase, que atua na lactose (dissacarídeo presente no leite), desdobrando-a em galactose e glicose; • maltase, que atua nas moléculas de maltose formadas na digestão prévia doa amido, liberando moléculas de glicose; • nucleotidases, que atuam nos nucleotídeos formados na digestão dos ácidos nucléicos, liberando pentoses, fosfatos e bases nitrogenadas; • peptidases, que atuam nos peptídeos, levando à liberação de aminoácidos. - Quando o quimo chega no duodeno, levam cerca de 15 a 30 minutos para que o amido seja digerido pela amilase pancreática. - Amilose sofre ação da alfa amilase formando maltose e maltotriose. - Amilopectina: Quebrada em maltotriose, maltose e dextrina limite (A alfa amilase não é capaz de quebrar a ligação alfa 1-6 da glicose). Metabolismo de glicose: Quando a glicose chega na célula ela pode ser utilizada de diferentes formas, a forma de utilização vai depender da necessidade da célula. - Geração de energia - Síntese de aminoácidos - Reserva na forma de glicogênio - Síntese de pentoses - Síntese de triglicerídeos ▪ para que a glicose seja convertida em energia antes ela deve ser completamente degradada, ocorrendo a liberação da energia em suas ligações químicas em forma de ATP. ▪ O que sobra da glicose é liberado em forma de Co2 e H2O 1ª etapa: fase preparatória - A glicose é fosforilada, através da ação da hexocinase, em glicose-6 fosfato (essa reação é irreversível e impede que a glicose saia da célula). Essa etapa é realizada com o gasto de um ATP - A glicose-6-fosfato é convertida em frutose-6-fosfato pela ação da fosfohexose- isomerase- A frutose-6-fosfato é convertida em frutose-1,6-bifosfato pela ação da fosfofrutoquinase. Essa etapa é realizada com gasto de 1 ATP. - Frutose-1,6-bifosfato é convertida em duas moléculas de gliceraldeído-3p - Gliceraldeído-3p é convertido em 1,3-bifosfoglicerato pela ação da 3-p- desidrogenase - Fosfogliceratoquinase converte 1,3-bifosfoglicerato em 3-fosfoglicerato. - Fosfoliceratomutase converte 3-fosfoglicerato em fosfoenol piruvato pela ação da enolase e é convertido em piruvato pela piruvato quinase. Piruvato pode seguir a via aeróbica ou anaeróbica Anaeróbica: - Formação de ácido lático, gera pouca energia de forma rápida - Não conseguimos manter por muito tempo porque o ácido lático é inibidor da própria via. - Os eritrócitos, por não possuir mitocôndrias, trabalham com geração anaeróbica de energia. Aeróbica: - Formação de acetil coa para o ciclo de Krebs. - Pode ser mantida por um longo período de tempo e gera uma grande quantidade de energia. - Ocorre no interior da mitocôndria Controle - A formação de piruvato é uma reação controlada pela frutose 1,6 bifosfato, que estimula a reação e o atp gerado dentro da célula inibe a reação. - Controle através da enzima piruvato quinase em que a alta concentração de insulina ativa a via para a geração de atp. - Quando temos maior quantidade de glucagon, a via é inibida porque o glucagon inibe a enzima piruvato quinase. - Insulina promove a desfosforilação da enzima piruvato quinase, ativando-a - Glucagon promove a fosforilação da enzima piruvato quinase, desativando-a Continuação da via (ciclo de Krebs) - Formação de acetil-coa a partir de piruvato (ácidos graxos ou aminoácidos também) - Acetil CoA entra no ciclo de Krebs ligado ao oxalacetato, de forma que ele é completamente degradado. - Nessa via todas as ligações são quebradas, liberando os hidrogênios restantes, que são levados para a cadeia transportadora de elétrons para a formação de ATP. - A conversão de Piruvato para acetil CoA é controlada por ATP e NADh, quando há alta concentração desses metabólitos, a conversão de piruvato a acetil coa é inibida. - Alta concentração de piruvato, insulina e cálcio ativa a conversão. - A conversão de acetil CoA a citrato pela citratocinase é controlada pela presença de NADH, ATP, Acil-CoA e succinil-CoA, que inibem a ação da citratocinase. - A formação de alfacetoglutarato a partir de isocitrato é inibida por ATP e NADH. - Alfacetoglutarato a Succinil-CoA é inibida por ATP, NADH, Succinil-CoA e GTP e favorecida pela presença de Ca+ o CICLO DO ÁCIDO CITRICO é também uma fonte de substancias para a síntese de lipídios e aminoácidos não essenciais. - O ciclo do ac cítrico libera hidrogênios que vão para a cadeia transportadora de elétrons formando 28-30 ATPs. - O saldo final de todo o ciclo do carbono é de 36-38 ATPs. GLICOGÊNESE Formação de glicogênio a partir de glicose para armazenamento. . Glicose sanguínea → Glicose - 6 - fosfato → Glicogênio... (armazenamento no fígado e no músculo) Glicose → glicose-6-fosfato... é reversível no fígado e no músculo para que a glicose possa ser liberada a partir do glicogênio em períodos de jejum. - Glucagon induz a quebra de glicogênio para a liberação de glicose. - Insulina induz a glicogênese. Lipogênese: Ao atingir o limite de armazenamento de glicogênio, a glicose passa a ser armazenada em forma de lipídios. - Ocorre a glicólise e a formação de acetil-CoA, que é convertido a colesterol e ácidos graxos. - Todas essas vias são controladas pelos seus produtos. Se temos muita energia, o acetil-CoA vai seguir a via da lipogênese ao invés de seguir o ciclo de Krebs. Glicogenólise: Quebra do glicogênio induzida por glucagon para a manutenção da glicose sanguínea Gliconeogênese: Geração de glicose a partir de outros compostos que não sejam carboidrato: lactato piruvato aminoácidos Lipólise: Utilização do tecido adiposo para a liberação de glicose. Metabolismo de frutose: - Sacarose= 50% frutose e 50% glicose - A frutose ingerida em alta quantidade pode gerar uma quantidade elevada de acetil CoA, que leva a formação de triglicerídeos que vão ser armazenados na VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa – tipo de colesterol ruim). Depleção de fosfato e hipertensão: - Frutose → Frutose 1p (Diminuição do fósforo intracelular) - ADP → amp + inosina monofosfato (gasto de fósforo intracelular) - Inosina monofosfato → Ácido úrico intracelular → urato-circulação → inibição da enzima sintase óxido nítrico endotelial → oxido nítrico → hipertensão. Além disso: oxido nítrico endotelial pode liberar um terço da ação da insulina porque consegue aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo esquelético e tecidos periféricos e reforçando a absorção de glicose. lipogênese de novo - DNL Frutose (via glicolítica) → Frutose 1p → piruvato → Acetil CoA → Citrato Shutlle Excesso de DNL → Esteatose hepática Alguns AG escapam do empacotamento da VLDL e forma gotículas de lipídeo no hepatócito. Maior produção de Ácidos Graxos livres → aumenta a quebra de ac graxo no músculo e aumenta o estoque → Diminuição do transporte de glicose pro músculo → resistência insulínica. É necessário reconhecer as diferenças entre glicose e frutose e que apesar da classificação de frutose como um hidrato de carbono, é metabolizado mais como gordura. Regulação do metabolismo Glicose sanguínea e produção de insulina Estado alimentado - Alimento rico em carboidratos aumenta a glicose sanguínea, em resposta, há a produção de insulina. - O aumento da glicose sanguínea leva ao aumento da secreção de insulina pelo pâncreas -Insulina é liberada na corrente sanguínea, ativando ou inibindo vias Ativa: Glicogênese (armazenamento de glicogênio no músculo e no fígado) Inibe: Glicogenólise (quebra de glicogênio para a liberação de glicose) e gliconeogênese (formação de glicose a partir de outros componentes) - Aumenta a utilização de glicose no músculo e nos adipócitos porque a insulina faz com que a glut-4 vá até a membrana, permitindo a entrada de glicose na célula. - No fígado ela é usada para produção de energia e de glicogênio e nos adipócitos ela é convertida em ácidos graxos. - Esse mecanismo diminui a glicose no sangue Jejum Glicose sanguínea e produção de glucagon - A baixa presença de glicose no sangue aumenta a secreção de glucagon pelo pâncreas, que aumentará a glicose no sangue. - O glucagon diminui a utilização de glicose no músculo e adipócitos - Ativa: quebra de glicogênio (glicogenólise) no fígado e gliconeogênese (geração de glicose a partir de outras moléculas) - Inibe: Glicogênese (formação de glicogênio) O glicogênio tem efeito contrário ao da glicose - Esse mecanismo aumenta a glicose no sangue. Insulina é produzida pelas células beta e glucagon é produzido pelas células alfa. Outros hormônios envolvidos - Cortisol e epinefrina são hormônios produzidos pelas glândulas adrenais que participam da regulação da glicose sanguínea - O hormônio do crescimento é produzido pela glândula pituitária e também participa da regulação da glicose. Ambos aumentam a glicose sanguínea -Cortisol promove gliconeogênese hepática. - Bloqueia a utilização da glicose por outros tecidos que não sejam o cérebro, preservando a glicose para o funcionamento do tecido nervoso de forma adequada. Índice glicêmico e Carga glicêmica. Índice glicêmico é a velocidade em que o alimento é digerido e absorvido no período pós prandial (cerca de 10 minutos após uma refeição) - Alto índice glicêmico significa que a velocidade de absorçãode um alimento é alta. Alimentos com altos índices glicêmicos elevam a glicose sanguínea. - Baixo índice glicêmico significa que a velocidade de absorção do alimento é baixa e o açúcar no sangue não se elevou tanto. - Reflete a resposta glicêmica obtida após o consumo de uma quantidade fixa de CHO. - é utilizado para avaliar a qualidade de um carboidrato. - Alimento de alto índice glicêmico: Aumento da glicemia acima de 90mg/dl - Alimento de médio índice glicêmico: Aumento da glicemia de 70 a 90mg/dl - Alimento de baixo índice glicêmico: Aumento da glicemia inferior a 70mg/dl Resposta glicêmica: - Consumo de uma porção de alimento contendo 25 ou 50g de CHO disponível - Punção capilar de 15 em 15 min até completar 2 horas - Montar um gráfico com os níveis de glicose obtidos - Valor da resposta glicêmica vai ser a área abaixo da curva. FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESPOSTA GLICEMICA Fibras Solúveis: Elas formam um gel no nosso sistema digestivo influenciando no processo de absorção - Pectina e gomas - Benéficas para o metabolismo de lipídios e glicose respostas glicêmicas menores porque ocorre menos absorção intestinal de carboidratos, lipídios e colesterol Insolúveis: celulose, lignina e algumas hemiceluloses. - Aumentam a saciedade - Controlam o peso - Controlam a função intestinal, influenciando na formação do bolo fecal - Não agem no metabolismo de lipídios e glicose - Não influenciam a resposta glicêmica Proteínas: - Estimula a secreção de insulina e incretinas (hormônios relacionados ao metabolismo da glicose) - Reduzem a velocidade de esvaziamento gástrico Lipídios - Diminuem a resposta glicêmica - Diminuem o esvaziamento gástrico CARGA GLICEMICA Leva em consideração a quantidade de alimento ingerido CG = IG x TEOR DE CHO disponível na porção/100g - Considera tanto a qualidade do alimento quanto a quantidade enquanto o IG considerava apenas a qualidade. alimentos com alto índice glicêmico nem sempre tem alta carga glicêmica. Tipo de açúcar: - Os diferentes tipos de açúcar têm diferentes índices glicêmicos - Glicose é a que mais influência. Modo de preparo dos alimentos: - Água aumenta a carga glicêmica - Alimentos sólidos tem menor carga glicêmica - Pedaços maiores possuem menor resposta glicêmica Natureza do amido - Amilopectina: maior gelatinização q aumenta o Índice Glicêmico -Amilose: cadeia linear e menor gelatinização - Menor índice glicêmico ingestão de dietas com mais índice e carga glicêmica geram quadros de doença - Diabetes tipo dois, doença cardiovascular, obesidade e câncer Atenção a consumo de casca de frutas - Com a casca o índice glicêmico é menor - Sucos tem índice glicêmico maior Atenção ao consumo de alimentos integrais - Alimentos integrais tem menor índice glicêmico alimentos sem glúten tem maior resposta glicêmica Atenção a escolha de frutas maça, pêssego, ameixa por exemplo tem menor resposta glicêmica (clima temperado) quanto mais madura, maior a resposta glicêmica. Cafeína: - Aumenta o índice glicêmico - Estimula a resposta glicêmica - Não recomendada em excesso alimentos com maior índice glicêmico promovem maior chance de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis. Benefícios no controle glicêmico: mantem a glicemia em níveis equilibrados. - Baixa glicose também não é interessante. a escolha de alimentos na dieta não é baseada apenas no índice glicêmico. Resumo Etapas no processo de nutrição DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES DIGESTÃO Alimento: forma não disponível ao organismo, deve ser quebrado em moléculas menores antes do transporte e absorção. - O alimento entra na cavidade oral e começa a ser quebrado em moléculas menores ou longo do sistema digestório, quebrando em macronutrientes e micronutrientes. - A digestão é responsável pelo desdobramento químico do alimento para que ele se torne aproveitável pelo organismo, é o processo que ocorre antes da entrada dos nutrientes no organismo. - Para que o trabalho das enzimas posas ser possível, a digestão conta com a participação de várias glândulas anexas, que tornam o substrato adequado para a atuação enzimática. ABSORÇÃO Movimento dos nutrientes, incluindo água e eletrólitos, por meio de células da mucosa, para os capilares sanguíneos e linfáticos. TGI: - Responsável por digerir macronutrientes do alimento e absorver seus nutrientes. - Secreta muco e enzimas digestivas (é um órgão endócrino) - Trabalha por meio de regulação simpática e parassimpática - Forma uma barreira física e imunológica - Abriga a microbiota intestinal CAVIDADE BUCAL: Início do processo de digestão - Dentes, músculos, língua, glândulas salivares - Faz a mastigação, para facilitar a deglutição do alimento - Língua: Função sensorial, movimentar o alimento, mastigar e deglutir - É na boca que ocorre a formação do bolo alimentar, a produção de saliva (sob o controle nervoso) Saliva: - Umedece o alimento facilitando a mastigação e a deglutição - Facilita o contato com os receptores gustativos - Sua produção é influenciada por sabor, cheiro, etc. Composição: Água, sais e enzimas que iniciam o processo de digestão (amilase salivar e lipase salivar). - Atividade bactericida através da liso enzima. ESÔFAGO - É composto por músculos lisos circulares que vão relaxando e contraindo para empurrar o bolo alimentar até o esfíncter esofágico inferior para que ele possa entrar no estômago. - É onde se iniciam as ondas de peristaltismo do tgi - O esfíncter esofágico inferior impede que haja refluxo do conteúdo ácido do estômago. - A motilidade do tgi favorece a digestão e a absorção ESTÔMAGO - Composto por fundo, corpo e antro - No fundo, ocorrem ondas peristálticas para melhorar a trituração do alimento. - No corpo, células especializadas na secreção de substâncias são ativadas para ajudar na formação do quimo (alimentos em partículas menores). - No fundo, ocorre a mistura dos alimentos com o suco gástrico - O Esfíncter pilórico controla a saída do alimento do estômago para o intestino delgado (garante a permanência do quimo no estômago para adequada mistura aos sucos gástricos, além de evitar o refluxo do conteúdo intestinal). PAPEL DO ESTÔMAGO: - Propiciar alterações fisicoquimicas nos alimentos - Movimento de mistura - Secreção e proteção: • Secreção hormonal (acetilcolina) • Células mucosas: Muco e bicabornato • Células parietais: HCl e FI • B12 cianocobalamina • Principais células (- Pepsinogênio (forma inativa da pepsina) e Lipase gástrica (Digestão de ac graxos de cadeia curta)). Suco gástrico: Formado pela ação conjunta de todas as células do estômago. - O HCl presente ativa o Pepsinogênio para iniciar a digestão de proteínas (desnaturação) - Constitui uma barreira para microrganismos presentes nos alimentos Composição: PEPSINA: - PH ótimo 2,0 - Faz hidrolise de proteínas em todas as suas ligações (endopeptidase) - Tem preferência para ligações que envolvem os aminoácidos fenilalanina, tirosina e triptofano). LIPASE GÁSTRICA: - PH ótimo: 5,5 (tem pouca ação no estômago) - Digestão de ácidos graxos de cadeia curta MUCO: - Composto por glicoproteínas que protegem a parede do estomago da ação do HCl. Controle da secreção gástrica: Fase cefálica: Visão, olfato, pensamento no alimento estimulam as secreções gástricas, levando à ativação do plexo submucoso cadeia de neurônios interconectados que controlam principalmente a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local) pelo nervo vago, fazendo com que haja secreção de acetilcolina (hormônio que estimula a secreção gástrica pelas células G da mucosa) Fase gástrica: Distensão do órgãoe presença de proteínas, cafeína ou álcool estimulam a liberação do suco gástrico. Fase intestinal: Alimento atinge o intestino delgado, iniciando a inibição da fase gástrica (o volume gástrico diminui e o ph gástrico estimula a secreção de somatostatina no pâncreas, antro e duodeno, qu estimulam por sua vez a secreção de colecistoquinina (CCK) e secretina). Em conjunto, esses eventos vão diminuir a motilidade gástrica e a secreção do suco gástrico. - Outros hormônios atuam inibindo a secreção gástrica (peptídeo isulinotropico dependente de glicose, peptídeo YY, peptídeo semelhante ao glucagon (GLP) e peptídeo intestinal vasoativo (VIP). VELOCIDADE DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: - Volume gástrico: Quanto maior o volume, menor a velocidade. - Acidez: Quanto maior a acidez, mais lento o esvaziamento - CHO>PTN>LIP - Líquidos esvaziam mais rápido que sólidos - Partículas pequenas esvaziam mais rápido que as grandes. - Alimentos isotônicos esvaziam mais rápido que hipertônicos - O esvaziamento é inversamente proporcional a densidade calórica (quanto maior a densidade calórica, menor a velocidade do esvaziamento) - Na gestação o esvaziamento é mais lento INTESTINO DELGADO - Duodeno, jejuno e íleo Duodeno: - É onde ocorre a maior parte da digestão e da absorção. - Tem a forma em C e mede em torno de 25cm. - Recebe o quimo do estomago e as secreções do fígado e pâncreas. Jejuno e Íleo: - Cerca de 2,5 metros - É um órgão responsável pela absorção de aminoácidos, monossacarídeos e lipídios já parcialmente digeridos pelo estômago e pelo duodeno. - O intestino delgado é composto por enterócitos. - Possui a chamada borda em escova, que são microvilosidades responsáveis por aumentar a superfície de absorção. Nela encontramos enzimas lactase, maltase, sacarose-isomaltase e trehalase - Os enterócitos são constantemente renovados, tendo vida média de cerca de 7 dias (em doenças como a doença celíaca, a renovação dessas células fica prejudicada, gerando complicações como inflamação intestinal) - Secretina e colecistocinina inibem a atividade gástrica e auxilia a secreção de bicarbonato para criar um ambiente alcalino no intestino. - Células S (secretina) e células I (CCK) - Secretina estimula o pâncreas a produzir bicabornato e ácidos biliares pelo fígado. SECREÇÃO PANCREÁTICA: Tripsina: - PH ótimo 7 a 8 - Endopeptidase que digere mais rapidamente as proteínas desnaturadas. Quimiotripsina: - PH ótimo de 8 a 9 - Endopeptidase Carboxipolipeptidase: - PH ótimo de 7,4 4 Amilase pancreática: - PH ótimo 6,9 Nucleases: - PH ótimo 7 Lipase pancreática: - PH ótimo de 7 a 8 SUCO ENTERICO - Secretado pelas células da mucosa do intestino delgado, ectoenzimas. - O suco entérico (ou intestinal) é produzido pelas células da parede do intestino delgado. Em sua composição, existem muco e enzimas que deverão completar a digestão dos alimentos. As principais enzimas presentes são: • sacarase, que atua na digestão da sacarose, liberando glicose e frutose; • lactase, que atua na lactose (dissacarídeo presente no leite), desdobrando-a em galactose e glicose; • maltase, que atua nas moléculas de maltose formadas na digestão prévia doa amido, liberando moléculas de glicose; • nucleotidases, que atuam nos nucleotídeos formados na digestão dos ácidos nucléicos, liberando pentoses, fosfatos e bases nitrogenadas; • peptidases, que atuam nos peptídeos, levando à liberação de aminoácidos. ENZIMAS DA BORDA EM ESCOVA: Conclusão do processo digestivo: Isomaltase, Maltase, sacarase, lactase, peptidases, nucleotidases. BILE: Produzida no fígado - Composição: ácidos biliares, pigmentos, sais, colesterol e lectina - Função: Emulsificar gorduras para facilitar a função da lipase pancreática - O que não for digerido ao longo do intestino delgado será digerido no intestino grosso INTESTINO GROSSO - Mais largo e sem vilosidades - Colón ascendente (fermentação bacteriana do que não foi absorvido), transverso, descendente (absorção de água e eletrólitos e formação das fezes) e reto. ESTAGIO FINAL DA DIGESTÃO: macronutrientes prontos para absorção • Vitaminas, minerais e água são poucos alterados durante o processo e são absorvidos em suas formas originais resíduos não digeridos contribuem para a formação da massa semissólida e formação das fezes. ABSORÇÃO: movimento dos nutrientes, incluindo água e eletrólitos, por meio dos enterócitos, para os fluidos intersticiais, a partir dos quais caem nos capilares sanguíneos e vasos linfáticos. - A maior parte da absorção ocorre no intestino delgado Como acontece: A captação de nutrientes e eletrólitos, por meio de dois tipos de transportes, passivo e ativo. Passivo: Ocorre sem o gasto de energia onde os nutrientes são transportados de um local com grande concentração para um local de baixa concentração. Ele pode ocorrer com ou sem a mediação de uma proteína carreadora. Difusão passiva: Ocorre sem a ajuda de proteínas carreadoras. Pode ocorrer por transporte transcelular (atravessa o enterócito) ou paracelular (Entre os enterócitos). Difusão facilitada: Ocorre com a ajuda de uma proteína carreadora, também pode ocorrer de forma para ou transcelular. A velocidade de transporte é menor do que a difusão simples. Transporte ativo: Ocorre com o gasto de energia, contra o gradiente de concentração e com a participação de proteínas transportadoras. O transporte ativo só ocorre por via transcelular. Pode ser de caráter primário ou secundário. Primário: Ocorre com o gasto de atp contra o gradiente de concentração Secundário: Ocorre com gasto de energia proveniente do gradiente de concentração. Tight Junctions: São as principais estruturas que regulam a passagem de íons, nutrientes e água pela via paracelular, formando uma barreira seletiva entre as células epiteliais. - Representam um complexo de proteínas de estrutura transmembrana e intracelular que criam uma barreira seletiva nas vias paracelulares. - A sua ruptura seguida pela permeação de moléculas lumiais nocivas induz a perturbação do sistema imune da mucosa e inflamação, que pode atuar como gatilho para o desenvolvimento de doenças intestinais e sistêmicas. Pinocitose: ENDOCITOSE: Captação de algumas proteínas e pequenas moléculas que são englobadas para dentro da célula, por meio de vesículas endoticiais. Exocitose: Moléculas são transportadas para fora da célula ABSORÇÃO NO TRATO GASTROINTESTINAL Estômago: Álcool, Ácidos graxos de cadeia curta, ácidos graxos de cadeia média, Cu Duodeno: Cl-, SO4-, Fe, Se, P, Ca, Zn, Mg, Cu. Jejuno: Glicose, galactose, frutose, vitamina C, tiamina, riboflavina, piridoxina, ácido fólico, ácidos graxos de cadeia curta e ácido patotênico, di/tripeptideos. Íleo: Proteínas, vitaminas ADEK, lipídeos, colesterol, ácidos biliares, vitamina B12 Cólon: Na+, K+, Vitamina K sintetizada por bactérias, água, biotina e ácido pantotênico. METABOLISMO DE NUTRIENTES NOS ENTERÓCITOS - Células epiteliais são metabolicamente ativas e constantemente renovadas. - A glutamina estimula a proliferação dos enterócitos. - A produção de glutamina é feita através da - Monoacilglicerois e ácidos graxos de cadeia longa atravessam a borda em escova e são reesterificados e incorporados em quilomícrons que são exportados por exocitose pela membrana basolateral, caindo nos vasos linfáticos, que os levam até o ducto torácico para atingir a circulação sistêmica. (veia subclave esquerda) - Os QM também incorporam ésteres de colesterol, fosfolipídios e vitaminas lipossolúveis. SISTEMA VASCULAR: Transporta o sangue continuamente pelo corpo SISTEMA LINFÁTICO: Caminho para os fluidos dos espaços teciduais ao sangue. Regulação dadigestão e absorção: mecanismos nervosos e hormonais Digestão: Envolve a modificação na taxa de liberação do quimo no intestino delgado, a liberação das secreções gástricas, pancreáticas e biliar e a concentração dessas secreções. Absorção: Envolve a área de superfície absortiva, assim como a expressão de certas moléculas transportadoras localizadas na membrana da borda em escova. Controle Nervoso: O controle do processo digestório se da por uma complexa rede neural formada pelo sistema nervoso intrínseco (miontérico e submucoso) e extrínseco (simpático e parassimpático). Sistema nervoso Intrínseco ou entérico: - Estende do esôfago ao reto, incluindo glândulas anexas. - Atua de maneira independente do SNC - Organizado em plexos com vários gânglios de diferentes tamanhos - Os gânglios mais relevantes são os plexos miontérico e o submucoso. Sistema Nervoso Central: SIMPÁTICO - Em resposta das transformações do tgi, auxiliam no controle da motilidade, secreção e perfusão sanguínea do intestino. - As terminações nervosas do sistema nervoso simpático liberam norepinefrina, que age sobre os músculos lisos do TGI inibindo suas atividades, diminuindo as contrações musculares, reduzindo o peristaltismo e a contração dos esfíncteres. PARASSIMPÁTICO: - Atua estimulando as atividades do trato gastrointestinal, promovendo o peristaltismo, secreções glandulares e velocidade dos movimentos. O TRATO GASTROINTESTINAL É UM ÓRGÃO ENDÓCRINO - Produção de hormônios gastrointestinais: Liberação controlada das secreções do duodeno - Homeostase celular - Regulação da motilidade do tgi - Controle da ingestão alimentar Resumo fibras alimentares Histórico: - Em 400 a.C. Hipócrates determinou o efeito laxativo de dietas contendo alto teor de fibras. - No final do século XIX e inicio do século XX ocorre a mudança no perfil de consumo, com a industrialização e refinamento dos alimentos, considerando a extração de componentes nutritivos e o descarte daqueles que não eram necessários. - 1920: Kellong demonstra o efeito positivo da fibra alimentar - Década de 60 e 70: Determina-se a relação de uma dieta pobre em fibras com o surgimento de doenças. - Final do século XX: Interesse em estudar o conteúdo de fibra alimentar e os efeitos da sua ingestão, porque dietas pobres em fibras são frequentemente associadas a doenças. Definições: CODE ALIMENTARIUS: Fibras alimentares são polímeros de carboidratos compostos de 10 ou + unidades monoméricas, que não são hidrolisadas pelas enzimas digestivas no intestino delgado. Elas pertencem as seguintes categorias: - Polímeros de carboidratos disponíveis naturalmente nos alimentos, na forma como são consumidos. - Polímeros de carboidratos que são obtidos de matérias cruas por extração química, física ou biológica (enzimática). - Polímeros de carboidratos sintéticos. ANVISA: Fibras alimentares são qualquer material comestível que não seja hidrolisado pelas enzimas do TGI e determinado por métodos publicados pela AOAC em sua edição mais atual. AACC: Fibras alimentares são a parte comestível das plantas ou carboidratos análogos resistentes à digestão e absorção no intestino delgado, com fermentação completa ou parcial no IG. Inclui polissacarídeos, oligossacarídeos, lignina e substâncias associadas e promove efeitos fisiológicos benéficos (laxação, redução de colesterol e glicose sanguíneos, ação prebiótica). INTITUTO DE MEDICINA: Recomendação de fibras - Fibra alimentar: carboidratos não digeríveis e ligninas presente de forma intrínseca e intacta nas plantas (celulose, pectina, hemicelulose, gomas, betaglucanas, amido resistente e oligossacarídeos. - Fibra funcional: Carboidratos não digeríveis provenientes de formas isoladas ou extraídos por processos químicos, enzimáticos ou aquosos. Fibra alimentar total: Fibra funcional + fibra alimentar Classificações: Conforme sua estrutura química, botânica, solubilidade em água, viscosidade e fermentabilidade. Constituição química: Carboidratos complexos, divididas em oligossacarídeos e polissacarídeos, com exceção da lignina. - Diferem entre si pelos resíduos de açúcar que compõem os polissacarídeos e pelos arranjos desses resíduos. - Algumas fibras alimentares possuem graus de metilação e sulfonação que afetam sua funcionalidade. - Os principais monômeros são compostos de glicose, galactose, manose e algumas pentoses. - Seus arranjos definem seus efeitos fisiológicos (arranjos lineares com moléculas menores conferem a fibra maior solubilidade) Classificação botânica: Celulose, hemicelulose, substâncias pécticas, gomas mucilagens, polissacarídeos de algas e lignina. Classificação fisiológica: Solúveis e insolúveis, viscosas e não viscosas. Fermentáveis e não fermentáveis. Fibras estruturais: Celulose, lignina e algumas hemiceluloses: São insolúveis, menos viscosas e menos fermentáveis, causando efeito benéfico na formação do bolo fecal e no controle da constipação. (efeito no intestino grosso, aumenta a motilidade, diminui o tempo de contato com agentes carcinogênicos). - A maioria das fibras são solúveis, viscosas e fermentáveis (pectinas, gomas, mucilagens e demais hemiceluloses) Exceção: Goma arábica (é solúvel, mas não é viscosa). - Quanto maior a viscosidade, mais lento é o esvaziamento gástrico e maior a sensação de saciedade. Reduz a absorção de carboidratos e lipídeos (interfere no acesso da enzima ao substrato por criar um gel) e interfere no metabolismo pós- prandial. - A fermentabilidade afeta a produção de ácidos graxos de cadeia curta, diminuindo o PH. Também interfere na produção de gases como dióxido de carbono, metano e hidrogênio. Componentes da fibra alimentar total: - Presente nas dietas consumidas pela maioria da população - Vegetais, frutas, grãos integrais. - Extraídos de sementes, algas marinhas e raízes tuberosas. - Acrescentadas aos alimentos industrializados. Classificação de acordo com solubilidade, viscosidade e fermentabilidade. CELULOSE: insolúvel - Principal polissacarídeo estrutural das plantas - Polímero linear de unidades de glicose - Elevado grau de polimerização: Composta por longos filamentos, resistente a força mecânica, ao ataque químico e a água quente. - Não hidrolisada pelas enzimas digestivas humanas - Parcialmente fermentada pela microbiota intestinal. - Apesar de não ser viscosa (capacidade de reter água (0,4g de água/g de celulose) ajuda a produzir um bolo fecal mais pastoso e estimula o peristaltismo, facilitando a evacuação. HEMICELULOSE: Algumas são solúveis (aquelas que contém moléculas ácidas) e outras são insolúveis. POLIMEROS COMPLEXOS QUE COMBINAM HEXOSES E PENTOSES: - Compõem a parede celular dos vegetais. - Não são digeridas pelas enzimas do trato gastrointestinal, mas são mais suscetíveis à degradação microbiana que a celulose. - Hemiceluloses com moléculas acidas são levemente carregadas e, portanto, solúveis em água e outras são insolúveis - Alto grau de polimerização Xilanas: polímeros de D-xilose com ligação Beta 1-4 - Ramificações: resíduos de L-arabinose e ou ácido D-glicurônico. ex: cereais Glicomananas: São polímeros de D-manose podendo ser intercalada com D-glicose. Ramificações: D-galactose. Ex: batata Alimentos que contém hemicelulose: arroz integral, farinha de mandioca, farinha de aveia, feijão roxinho, pinhão, pão francês, pão integral, entre outros PECTINAS: Solúveis Polímeros amorfos: Encontrados principalmente no material intracelular cimentante dos tecidos vegetais, e em menor quantidade na parede celular - Não são hidrolisados pelas enzimas do tgi humano - Completamente fermentadas pela microbiota intestinal - Cadeia principal: polímerosde ac. galacturonico e L-ramanose - Ramificação: D-galactose e L-arabinose > Capacidade de formar gel. são encontradas em frutas e vegetais - Grande capacidade de adsorver água e formar gel. amplamente usadas na indústria de alimentos como espessantes - Isolados de pectina são utilizados na produção de geleias e em produtos light. - Fibra alimentar e funcional. LIGNINA: Insolúvel - Componentes essenciais da parede celular - Podem estar ligadas quimicamente a polissacarídeos fibrosos - Polímeros complexos de estrutura tridimensional - Formada de unidades de fenil-propanoides, - Extremamente resistente ao ataque enzimático e à fermentação - Capacidade muito reduzida de reter água - Fibra alimentar e funcional GOMAS: Solúveis - Gomas formam hidrocoloides com estruturas altamente ramificadas - São açúcares não-ionizáveis - São grupos de polissacarídeos encontrados nos alimentos como farinha de aveia, cevada, e leguminosas ou isoladas de sementes - Fibra alimentar e funcional - Também são usadas como espessantes - Classificadas como fibra funcional ou alimentar. - Goma-guar e "locust bean" (gomas de alfarroba) são encontradas em leguminosas e usadas amplamente como agentes gelificantes em alimentos. - Goma-arábica é usada como aditivo dos alimentos à elevada solubilidade, estabilidade ao pH e característica gelificante. OBS: Certas bactérias também contêm polissacarídeos tipo goma, que se enquadram na definição de fibra funcional ð gomas xantanas. QUITINA E QUITOSANA: - São amino polissacarídeos contendo ligações glicosídicas beta 1-4 (ramificações) - Contém grupos cetoaminicos nos carbonos 2 no lugar de hidroxilas - Quitosana é um produto desacetilado da quitina - quitina com desacetilação acima de 30% - Encontradas nos exoesqueletos - Consumidas como suplemento como fibras funcionais. INULINA, OLIGOFRUTOSE E FRUTOLIGOSSACARIDEOS: Solúveis - Formas comerciais são obtidas da sacarose ou extraídas e purificadas das raízes de chicória - Inulina composta por 2 a 60 unidades de frutose com ligações beta 2-1 entre moléculas de frutose e um resíduo de glicose no final da cadeia, as quais são resistentes ao ataque pelas enzimas - Extremamente fermentadas pela microbiota intestinal. 1. Inulina: • Composta por 2 a 60 unidades de frutose com ligação β (2,1) entre as moléculas de frutose e um resíduo de glicose no final da cadeia, as quais são resistentes ao ataque pelas enzimas digestivas humanas. • Fermentada no cólon - gases (10%), AG voláteis (50%) e excretada na biomassa bacteriana (40%) 2. Oligofrutose sintética: - Hidrólise parcial da inulina - Contém ligação β (2,1) com 2-8 monômeros de frutose com e sem unidades de glicose terminal. 3. FRUTOOLIGOSSACARIDEOS: - Sintéticos: obtidos da sacarose ou extraídas e purificadas das raízes da chicória. - Menor grau de polimerização. - Encontrados no yacon, trigo, centeio, aspargos, cebola, chicória e alcachofra. MUCILAGENS Presentes em células especiais na camada externa das sementes da família platain, tal como espágula - Fibra alimentar. - Alta capacidade de retenção de água (elevado efeito laxativo). - Psyllium (casca de espágula) - Mucilagem muito viscosa originada da casca da semente de Psyllium. - São encontradas na forma de fibra alimentar e funcional. BETAGLICANAS - Polímeros de glicose, assim como a celulose, as de menor tamanho e algumas ramificações com resíduos de glicose. - Formam soluções viscosas. - Contribuem com 40% da matéria seca da parede celular da aveia e da cevada. - Presentes também nos fungos e nas algas - Classificadas como FA e quando isoladas e adicionadas são classificadas como fibra funcional. POLISSACARIDEOS DE ALGAS - Contém alginatos, caragenanas e ágar. - Usados amplamente como aditivos na indústria de alimentos. - Alginatos: 200 a 1.000 unidades de açúcares ácidos / molécula - Caragenanas e ágar: polímeros de galactose com grupos sulfato ligados a certas unidades dos açúcares OLIGOSSACARIDEOS Rafinose e Estaquiose: indigeríveis, associados à flatulência - Presentes em vegetais como soja, feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico. Rafinose: Trissacarídeo composto de glicose, frutose e galactose. Estaquiose: Rafinose + galactose POLIDEXTROSE E POLIOIS - Polidextrose: Polissacarídeo sintetizado da polimerização de glicose e do sorbitol. Não é digerida pelas enzimas do ID e são parcialmente fermentadas pela microbiota do intestino grosso. - Polióis: - São fibras funcionais adicionadas a alimentos - São obtidos industrialmente pela conversão do grupo carbonílico dos açúcares em álcool. - Principal aplicação em alimentos: confeitos isentos de açúcares: balas, gomas de mascar e chocolates - Presentes em maçãs, peras, figos, cerejas, aipos, cebolas, beterrabas, abóboras, azeitonas, algas, fungos: Sua extração é difícil e cara AMIDO RESISTENTE - Em termos fisiológicos, a soma do amido e dos produtos da degradação que não são digeridos e absorvidos no intestino delgado de indivíduos sadios é chamada de amido resistente. - Ocorre naturalmente nos alimentos e também pode ser produto da modificação do amido durante processamento de alimentos. DEXTRINAS RESISTENTES - Componente indigerível hidrolisado do amido - Produzidas pelo tratamento térmico e ácido do amido de milho seguido pelo tratamento com a enzima amilase. - Fibra alimentar - Podem ser fibra funcional se efeitos benéficos forem documentados em humanos. - Facilmente adicionadas nos alimentos e tem uma boa aceitação ao paladar. ONDE ENCONTRAR AS FATs Cereais integrais, frutas e vegetais e leguminosas. Localizadas no endosperma e na parede celular dos grãos. Método de análise de fibras alimentares: - A variedade de métodos analíticos pode levar a uma variação no conteúdo de fibras descrito em cada alimento. - Como a maior parte da fibra é derivada da parede celular e do material intracelular dos vegetais, outras substâncias naturais podem estar físicas ou quimicamente associadas (proteínas, oxalatos, filatos e compostos fenólicos). - É difícil estabelecer métodos analíticos capazes de quantificar a quantidade total dos componentes incluídos na fração da fibra alimentar dos alimentos. O 1º método desenvolvido para a quantificação de FB foi pela AOAC, também chamado de método de fibra bruta: Fazia-se um tratamento com ácido forte em que havia perda da parte solúvel da fibra e uma fração da insolúvel. O método de Van Soest foi um aprimoramento do método de fibra bruta. Era mais simples, mas continuava com a perda da parte solúvel. Esse método se baseia na determinação das fibras detergente ácido, detergente neutro e lignina. FDN: Remove os carboidratos e lipídios embora remova a pectina. Determina essencialmente lignina, celulose e hemicelulose. FDA: Fornece essencialmente a lignina e a celulose da parede celular das plantas. FDN – FDA: hemicelulose LIGNINA: Adiciona-se ácido sulfúrico concentrado. FDA – lignina: Celulose ✓ Desses dois procedimentos foram desenvolvidos diversos métodos analíticos para a determinação do conteúdo de fibras nos alimentos. Métodos: Método enzimático-gravimétrico AOAC: É o método mais utilizado - Não se adiciona ácidos e bases fortes e é capaz de detectar a parte solúvel e a insolúvel - Os componentes não digeríveis presentes nos resíduos, como pigmentos, compostos fenólicos, filatos, entre outros não são separados, podendo superestimar o conteúdo de FAT. - Determina a FAT sem considerar suas propriedades fisiológicas. - Esse método não quantifica os oligossacarídeos não digeríveis e o amido resistente em sua totalidade, portanto é necessário aplicar outros métodos para quantificar esses constituintes. - A fibra alimentar de frutas pode ser subestimada - A quantificação de frutanose amido resistente deve ser feita por meio de kits específicos. Outros métodos mais caros e pouco acessíveis - Uso do espectroscópio de infravermelho próximo - Uso de técnicas cromatográficas Efetividade dos métodos Propriedades físico-químicas das fibras: - Está relacionada com os arranjos espaciais e com o tipo de resíduo 1. Solubilidade e viscosidade - Solubilidade tem relação intima com a funcionalidade da fibra: Polissacarídeos solúveis podem impedir a digestão e a adsorção de nutriente no intestino. - Polímeros mais instáveis são mais insolúveis - Polissacarídeos com estrutura mais irregular tem a tendência a maior solubilidade. - Polímeros com alguns grupos carregados são mais solúveis em solução salina. Fibras solúveis: Leguminosas, farelos de aveia e arroz, polpa de frutas, raízes e tubérculos. Fibras insolúveis: Farelos de trigo e milho, grãos integrais, nozes, amendoim, casca de frutas, folhosos no geral. Viscosidade: Resistencia do fluxo causada pela interação fisiológica entre os polissacarídeos. - Depende do espaço ocupado pelo polímero (conformação, tamanho), sua concentração e se as moléculas são separadas uma das outras e livres para se mover independentemente. - Capacidade de formar goma 2. Degradação microbiana - Fibras podem ser degradadas pela microbiota do IG. - O grau de degradação está relacionado com a capacidade de retenção de água e com a estrutura do polissacarídeo das fibras. - Pectinas, gomas e mucilagens são completamente degradadas e celulose é parcialmente. EFEITOS: Produção de ácidos graxos de cadeia curta ou ácidos graxos voláteis, como acetato, propianato e butirato. - Os AGCC são absorvidos pelas células do cólon para a produção de energia. - Absorvidos e transportados pela veia porta até o fígado e podem ser utilizados no metabolismo de lipídeos e carboidratos. - Na presença do Ácido propionico, menos colesterol será absorvido. Ácidos graxos de cadeia curta: - Absorção: Difusão simples da forma protonada - Metabolizados na mucosa intestinal, no tecido hepático e no tecido muscular. - Apenas 5 a 10% dos AGCC são excretados nas fezes. - Diminuem o PH intracelular e do Cólon, inibindo a proliferação de microorganismos patogênicos. - Reduzem a solubilidade dos ácidos biliares. - Além de efeitos benéficos contra carcinogênese do cólon. - Acetato e propianato reduzem o crescimento e diferenciação de células cancerígenas, induzindo a apoptose. Efeito da degradação microbiana: - Formação de gases que serão eliminados pela respiração ou causarão flatulência. - Diminuição do PH lumial. - Afeta a atividade enzimática microbiana, convertendo Ácidos Biliares primários em Ácidos Biliares Secundários, o que tem relação com uma menor incidência de câncer de cólon. Favorece a solubilização e a consequente absorção de certos minerais no cólon, pelo transporte paracelular. - Fermentação bacteriana contribui para o crescimento das células microbianas e o peso fecal. 3. Capacidade de retenção de água. - Associada com a fermentabilidade da fibra e pode aumentar o bolo fecal pelo incremento das células microbianas. - Está relacionada com a capacidade de hidratação das firas, que resulta na formação de gel. - Pectinas, mucilagens e algumas hemiceluloses possuem alta capacidade de retenção de água, podendo aumentar a viscosidade do conteúdo gastrointestinal, reduzindo a velocidade do esvaziamento gástrico, a difusão e a absorção dos nutrientes. - Composição química, anatômica e as características físicas podem influenciar no processo de hidratação. - Processos de moagem, secagem, aquecimento ou cozimento modificam as propriedades físicas da matriz da fibra, afetando sua capacidade de retenção de água. 4. Capacidade de troca catiônica e adsorção de moléculas orgânicas - FA foi considerada prejudicial a absorção de minerais pela presença de grupos carboxílicos livres nos resíduos de açúcares (pectina) e associação a substancias como fitatos (cereais). Entretanto, os polissacarídeos com carga não têm efeito nutricional na absorção de minerais, substancias associada a fitato podem ter efeito negativo. * Estudos in vivo demonstram que a quantidade de fibras consumida não é o suficiente para interferir negativamente na absorção de minerais. - Algumas fibras aumentam a secreção fecal de ácidos biliares e esteroides, aumentando a adsorção e a viscosidade do meio. - Condições ambientais, propriedades físicas e químicas dos ácidos biliares podem influenciar a sua capacidade de adsorção. - Potencial de ação hipocolesterolemiante. 5. Tamanho da partícula - Rompimento da parede celular pelo processo de moagem influencia na resposta fisiológica da fibra. - O tamanho da partícula depende do tipo de parede celular presente nos alimentos e do grau de processamento. - Então o tamanho da partícula antes da ingestão não é relevante para medir o potencial de ação da fibra no trânsito intestinal. Efeitos fisiológicos das fibras - Dietas pobres em fibras são relacionadas a quadros de constipação intestinal, diverticulose, câncer no intestino delgado, diabetes, obesidade e doenças coronárias. - Ingestão de diversos tipos de fibras pode contribuir para a redução dos riscos de doenças. 1. Fibras no intestino grosso: - As fibras insolúveis aumentam o volume das fezes, aumentando a frequência de evacuação. - Reduzem o tempo de trânsito dos alimentos no intestino grosso. - Alteram a sua microbiota (principalmente as solúveis) - Baixa ingestão de fibras = material fecal muito firme e duro dentro do intestino grosso, tornando difícil de ser eliminado, o que culmina na constipação, hemorroidas, doenças diverticulares, entre outras. 2. Fibras e câncer de cólon - A baixa ingestão de fibras aumenta a incidência de câncer no intestino grosso - Mecanismo plausível para o efeito anticarcinogenico, pois diminuindo o tempo de trânsito da massa alimentar você diminui a interação de pro cancerígenos, carcinógenos e promotores de tumores potenciais com a superfície mucosa. Efeitos adicionais: - Aumento da massa, volume e maciez das fezes leva a diluição dos carcinógenos - Redução do PH intestinal através da formação de ácidos graxos de cadeia curta pela fermentação microbiana de fibras solúveis diminui a atividade enzimática microbiana, diminui a produção de ácidos biliares secundários (licótico, que é carcinogênico), diminui a amônia, que é toxica pra célula. 3. Fibras e diabetes - Fibras supostamente diminuem a resposta glicêmica dos alimentos, o que diminui a necessidade de insulina, ou seja, é recomendado o consumo de fibras para diabéticos. - Fibras com alta viscosidade causam ação positiva na resposta glicêmica por vários mecanismos, como o atraso no esvaziamento gástrico, a diminuição da acessibilidade da alfa-amilase ao amido e o retardo na absorção de glicose produzida pela hidrólise do amido. - Efeito principal das fibras no lúmen intestinal: Principalmente ação mecânica, levando à redução do tempo de trânsito intestinal pelas fibras insolúveis e retardo no esvaziamento gástrico e na absorção dos açúcares pelas fibras solúveis, levando a um melhor controle da glicemia. - As fibras aumentam a produção de AGCC, que é uma fonte de energia alternativa à glicose, sem requerer insulina. - Patogênese do diabetes: O consumo crônico de dietas pobres em fibras pode levar a precipitação do aparecimento de diabetes em indivíduos geneticamente predispostos. 4. Fibras e obesidade - Estudos indicam que a maior ingestão de fibras tem relação com um menor índice de massa corporal. - Aumenta a saciedade e reduz a ingestão de alimentos devido a viscosidade, que diminui a velocidade do esvaziamento gástrico. MECANISMOS POTENCIAIS: Aumentoda saciedade, diminuição da densidade calórica da dieta, aumenta o esforço na mastigação, diminui o esvaziamento gástrico, aumenta a viscosidade no intestino delgado e regula absorção de carboidratos, lipídeos e proteínas. - Diminui a ingestão e/ou a disponibilidade energética da dieta, reduzindo o peso corporal. - Alimentos contendo fibras ou suplementados de fibras diminuem o apetite no curto prazo, mas não promovem mudanças consistentes no balaço energético ao longo prazo. 5. Fibras e doenças cardiovasculares - Estudos epidemiológicos evidenciam que populações que consomem dietas com elevado conteúdo de fibras apresentam menor incidência de doenças cardiovasculares - Níveis elevados de colesterol sanguíneo é considerado um dos fatores determinantes das doenças cardiovasculares. Efeitos das fibras: Redução dos lipídios plasmáticos, especialmente o nível de colesterol - Principalmente fibras solúveis. MECANISMOS • A fermentação diminui o PH do intestino grosso através da produção de AGCC, desse modo, diminui a função enzimática bacteriana, o que diminui a síntese endógena de colesterol. • A reabsorção de sais biliares, colesterol e outros lipídeos fica prejudicada. Como o percursor da produção de sais biliares é o colesterol, a diminuição de sua absorção leva ao gasto de colesterol para repor esses sais biliares. por isso, a fermentação bacteriana no intestino grosso é tão importante para a prevenção de doenças cardiovasculares. • Menor digestão e absorção de lipídios, devido ao esvaziamento gástrico mais lento e à maior viscosidade do meio, que dificultam a ação de enzimas digestivas. • Redução na conversão de VLDL em LDL, aumento da remoção de VLDL do plasma e redução na secreção de VLDL, além de aumento do catabolismo da LDL LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: Probióticos: Microorganismos vivos capazes de melhoras o equilíbrio microbiano intestinal produzindo efeitos benéficos ao individuo Prebióticos: Componentes alimentares não digeríveis pelo organismo humano que estimulam seletivamente a proliferação ou atividade de bifidobactérias. Compostos bioativos: Além dos nutrientes os não nutrientes que possuem ação metabólica ou fisiológica específica. Isolado: Entende-se como substancia extraída de sua fonte original FIBRAS ALIMENTARES: As fibras alimentares auxiliam no funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Quando apresentada isolada, deve conter em destaque e negrito a seguinte informação: " o consumo desse produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos " PREBIOTICOS - As fibras alimentares e os oligossacarídeos não digeríveis, fermentáveis cuja função é mudar a atividade e a composição da microbiota intestinal com a perspectiva de promover a saúde do hospedeiro. - Estimulam o crescimento de bifidobactérias e os lactobacilos, reduzindo a atividade de organismos potencialmente patogênicos. CARACTERISTICAS DOS PREBIOTICOS - São de origem vegetal - Formam parte de um conjunto heterogêneo de moléculas complexas - Não são digeríveis por enzimas digestivas - São parcialmente fermentadas por uma colônia de bactérias e são osmoticamente ativas ALEGAÇÃO DE COMPOSTO PREBIOTICO Frutoligossacarideos: CONTRIBUEM para o equilíbrio da flora intestinal. Betaglucanas: Auxilia na redução da absorção de colesterol. Goma-guar: Auxilia o funcionamento do intestino Inulina: Contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Lactulose: Auxilia no funcionamento do intestino Polidextrose: Auxilia no funcionamento do intestino. Psyllium: Auxilia na redução da absorção de gordura Quitosana: Auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol.
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