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FAVET/ UECE 2ª NPC DE FISIOLOGIA 2 Mônica Araujo de Sousa (sistema reprodutivo feminino e sistema digestório) 1 . Explique a regulação hormonal da foliculogênese até o processo de luteólise. Durante a puberdade, as células (neurosecretoras, neuroendócrinas) do hipotálamo liberam secreções que estimulam a hipófise (adeno-hipófise ou hipófise-anterior). A adeno-hipófise vai secretar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) pela ação do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH). O FSH e o LH vão atuar sobre as gônadas sexuais, e, por isso, são chamados de gonadotrofinas. O hormônio folículo estimulante vai estimular os folículos primários, que ficam estáveis até o momento da puberdade, a virarem folículos secundários, agindo sobre células da granulosa, estimulando também a produção de estrogênio. O hormônio luteinizante vai atuar sobre as células da teca do folículo e induzir a síntese e secreção de progesterona. As concentrações de estrogênio e de progesterona influenciam na quantidade de LH ou FSH secretado. geralmente, a concentração crescente de estrogênio aumenta a sensibilidade da hipófise anterior ao GnRH e estimula a secreção das gonadotrofinas. A progesterona reduz a sensibilidade da hipófise anterior ao GnRH, reduzindo as concentrações de LH e FSH. Sob ação do FSH, as células da granulosa convertem os androgênios em estrogênios e são estimuladas a formar receptores de LH nas células da granulosa, causando um pico de LH, o pico de LH é necessário para ocorrer a ovulação e, ao mesmo tempo, provoca redução da quantidade de receptores de FSH nas células da granulosa, de modo que a secreção de estrogênio por estas células diminui. Os folículos que estão perto do desenvolvimento completo, mas não têm receptores de LH em quantidades suficientes, não têm pico de LH e não passam pela ovulação, tornando-se atrésicos. A formação do corpo lúteo envolve a luteinização da camada granulosa, por meio da pico de LH. A manutenção do CL é assegurada pelo LH originado do pico deste hormônio e pelos seus níveis basais circulantes. O CL secreta progesterona, que diminui as secreções de FSH e LH pela hipófise anterior. O Corpo lúteo regride pela ação da PGF2α iniciando a redução subsequente das concentrações de progesterona, e quando a secreção de progesterona diminui, os níveis de FSH e LH começam a aumentar e o ciclo recomeça. 2. Cite e descreva 4 fatores, que influenciam no ciclo estral. Características particulares de cada espécie: mesmo que o padrão geral do ciclo estral seja semelhante entre as muitas espécies domésticas, há diferenças não apenas quanto à duração do ciclo, mas também quanto aos estágios dentro do ciclo. A idade de início da puberdade também varia e, em algumas espécies, é afetada por suas estações de procriação. Nutrição: Esse fator é muito evidente na puberdade e no restabelecimento dos ciclos estrais depois do parto. Os animais saudáveis chegam à puberdade em uma idade mais precoce que os animais em privação nutricional. Depois do parto e durante os primeiros estágios da lactação, as vacas podem ter balanço metabólico negativo, que pode aumentar o intervalo entre o parto e o reinício da atividade ovariana. Hormônios: A influência direta de hormônios como estrogênio, progesterona e gonadotrofina, afetam o ciclo estral, sendo influencia o desenvolvimento ou retardando as etapas. Fotoperíodo: Sendo o fator mais importante associado à procriação sazonal. Animais considerados procriadores sazonais se tornam anestrais, sem ciclos estrais, no final do outono, devido a diminuição da luminosidade, sendo os ciclos ovarianos reiniciados no final do inverno ou no início da primavera, devido ao aumento da luminosidade. Porém, existem diferenças de resposta ao fotoperíodo de acordo com a espécie e raça do animal. 3. Explique toda regulação hormonal no processo fisiológico do parto. Durante o parto, é liberado o hormônio estimulante de corticotrofina pelo hipotálamo do feto, que estimula a hipófise fetal, levando a liberação do hormônio corticotropina (ACTH). O ACTH age na glândula adrenal, estimulando a liberação de cortisol, que age na placenta, quebrando a progesterona materna. Então, os níveis de estrógeno materno são aumentados, o que estimula a síntese de prostaglandinas. Estas estimulam as contrações uterinas, que levam o feto até a cérvix uterina. Com as patas ou a cabeça, o feto empurra a cérvix materna, estimulando a liberação de ocitocina, que age no miométrio aumentando a contração muscular e consequentemente,a expulsão do filhote. 4. Explique o controle do esvaziamento gástrico pelos hormônios intestinais, secretina, CCK e gastrina. O processo de esvaziamento gástrico possui a função de transferência do conteúdo alimentar do estômago para o duodeno. Para que o quimo possa passar do estômago para o duodeno, ela precisa passar pelo esfíncter pilórico, que a depender do seu nível de contratilidade, irá permitir a passagem de mais ou menos quimo para o intestino. Secretina: É liberada em resposta a uma acidificação do duodeno (queda no pH).A secretina diminui a contratilidade estomacal e estimula a contração do esfíncter pilórico, fazendo com que haja menos passagem de quimo para o duodeno, retardando o tempo de esvaziamento gástrico. CCK: A CCK é secretada em resposta à presença de gordura e de aminoácidos no duodeno, atua diminuindo a contratilidade estomacal e aumentando a contração do esfíncter pilórico, também retardando o tempo de esvaziamento gástrico. Gastrina: É sintetizada na região pilórica do estômago por células neuroendócrinas em resposta à distensão. Age aumentando a motilidade do estômago, porém, não parece que a gastrina tenha um efeito significativo na taxa de esvaziamento gástrico. 5. De acordo com o que vimos em digestão e absorção, explique a digestão enzimática dos carboidratos. Os carboidratos serão digeridos em pequenas moléculas por enzimas encontradas na saliva, no suco pancreático e no intestino delgado. No início da digestão a alfa-amilase (ptialina), presente na saliva, degrada a ligação α -1,4 da molécula de amido com a liberação de maltose e oligossacarídeos. Ao atingir o estômago a enzima é inativada pelo baixo pH gástrico. Alfa-amilase pancreática principal responsável pela degradação de amido e glicogênio no duodeno. Formando principalmente maltose e oligossacarídeos chamados dextrinas, que contém em média oito unidades de glicose com uma ou mais ligações glicosídicas α 1>6. Certa quantidade de isomaltose (dissacarídeo) também é formada. Enzimas da superfície intestinal. A hidrólise final da maltose e dextrina é realizada pela maltase e a dextrinase, presentes na superfície das células epiteliais do intestino delgado. Outras enzimas também atuam na superfície das células intestinais: a isomaltase, que hidrolisa as ligações α 1>6 da isomaltose, a sacarase, que hidrolisa as ligações α,β 1>2 da sacarose em glicose e frutose, a lactase que fornece glicose e galactose pela hidrólise das ligações β 1>4 da lactose. A glicose pode ser absorvida para a corrente sanguínea através da mucosa do intestino. Uma vez na corrente sanguínea (glicemia), a glicose vai para o fígado onde é armazenada ou utilizada para promover energia para o funcionamento do corpo. A sacarose ou açúcar comum será digerido pela sacarase, enzima encontrada no intestino delgado degrada o açúcar em glicose e frutose, ambos absorvidos pelo intestino. O leite contém outro açúcar chamado lactose. A lactose sofre a ação da lactase no intestino delgado transformando-se em moléculas absorvíveis. 6. Descreva a regulação nervosa e hormonal, da secreção de HCL pela célula parietal. Regulação Nervosa: ocorre através do nervo vago. Os aferentes vagais são capazes de detectar a distensão do estômago ou alterações da osmolaridade do conteúdo gástrico e transmitir essa informação ao bulbo. Essa informação pode ativar fibras vagais eferentes parassimpáticas que se estendem até a membrana basolateral das células parietais. Os centros superiores do cérebro podem antecipar ou percebero odor do alimento e estimular eferentes parassimpáticos vagais para as células parietais Regulação Hormonal: A histamina produzida pelas células enteroendócrinas na base das glândulas gástricas quando o pH do líquido das glândulas gástricas aumenta excessivamente. A histamina difunde-se através da lâmina própria para alcançar as células parietais e liga-se a receptores de histamina H2 na membrana basolateral da célula parietal. Os receptores de histamina H2 são receptores clássicos acoplados à proteína G e aumentam a produção de AMP cíclico no interior da célula para desencadear a produção aumentada de ácido. O hormônio gastrina alcança as células parietais por meio da circulação e liga-se a receptores de gastrina na membrana basolateral das células parietais, o que estimula a secreção aumentada de ácido. .
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