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1)Visão Geral -Digestão dos carboidratos ocorre pela alfa-amilases (salivar-boca e pancreática- intestino delgado) e são geradas a maltase, sacarase, lactase que quebram em glicose, que tem função energética do metabolismo celular, principalmente nos eritrócitos e neurônios. Adrenalina é hiperglicemiante, pois promove a glicogenólise. -Glicemia é a quant. de glicose no sangue, medido em mg/dL, sendo regulada por hormônios: insulina (diminui ela) e glucagon, adrenalina, GH, ACTH, cortisol, tiroxina (aumentam). Insulina e glucagon são os principais, produzidos no pâncreas pelas cél alfa e beta. Jejum prolongado e período noturno mais liberação dos contra regulatórios da insulina. -Os níveis da glicemia devem chegar no máximo em 140 mg/dL após a refeição e até 100 mg/dL em jejum, passando disso entra em pré diabetes até os respectivos valores: 199mg/dL e 126 mg/dL. Obs.: GA-BI Glucagon-Alfa & Beta-Insulina 2)Funções da Insulina -No metabolismo dos carboidratos: ativa glicogênio- sintetase nos músculos e no fígado (glicogênese); ativa enzimas da gliconeogênese e manutenção da glicoquinase hepática para fosforilação da glicose e retenção dela na célula necessitada. -No metabolismo lipídico: forma triglicerídeos (reserva), importante para otimizar a glicólise. Glicólise produção de glicerolfosfato combinação deste com o ácido graxo triglicerídeos. -No metabolismo proteico: ativação de enzimas hepáticas para síntese proteica e ajuda no aumento da entrada de aminoácidos nas células – atua na hipertrofia devido anabolismo. Obs.: insulina é hormônio anabólico. Glicogenólise é catabolismo promovido pelos contra regulatórios da insulina, a glicólise é só uma via oxidativa. 3)Diabetes -Melito x Insípidus (alteração na glândula pituitária que regula ADH, urinando em maior concentração). -Doenças que alteram os níveis de glicose: diabetes (principal), desnutrição, esteatorréia idiopática, gastrectomia, galactosemia, cirrose hepática, glicosúria renal, síndrome de Cushing, hipertireoidismo, pancreatite crônica, adenoma das ilhotas do pâncreas e entre outros. -Fatores de riscos: idade e sexo, genética, obesidade, sedentarismos, alto triglicerídeos e baixa DHL, hipertensão, doenças coronarianas, DM gestacional, fatores ambientais (estilo de vida, região etc.), influencia imunológica e hormonal. 4)Fisiopatologia do Diabetes -Secreção inadequada de insulina devido destruição das células beta, produção insuficiente de insulina pelas cél beta ou falências das cél beta em reconhecer os estímulos para secreção adequada de insulina diabetes tipo 1 SEM INSULINA. Ainda há a ação prejudicada da insulina, quando há redução dos receptores de insulina nas células-alvo (resistência insulínica) diabetes tipo 2 AÇÃO PREJUDICADA DA INSULINA. Obs.: adoçante não gera hiperglicemia, pois não se transforma direto em glicose. 5)Diabetes Mellitus • TIPO 1 -Condição autoimune (anticorpos contra próprias células), com destruição total das cél beta do pâncreas (responsáveis pela produção de insulina, logo, não produz insulina nesse caso), se desenvolve geralmente precocemente na infância ou adolescência, não é necessariamente hereditária, pois é uma resposta maior frente ao ambiente e é tratada apenas com insulina a vida toda. Doença crônica degenerativa afeta inúmeros sistemas, com sintomas súbitos – poliúria, polidipsia, fadiga, aumento da -----------------------Diabetes Mellitus----------------------- Mia= sangue Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce lipólise (magreza) e maior tendência a cetoacidose. Hiperglicemia e hipoinsulinemia ou nula. -Pode apresentar hipoglicemia devido ao tratamento, sendo necessário alimentação regular. • TIPO 2 -Caso poligênico e multifatorial, tendo influencia genética e ambiental, com diminuição da produção (em casos mais agressivos) e/ou resistência à insulina (tem insulina, mas ela não funciona), na maioria das pessoas, se desenvolve aos 35 anos e está associada com outras doenças (obesidade, hipertensão, dislipidemia). Mais agressiva ao passar do tempo, possui maior resistência periférica (tec muscular e adiposo com resistência à insulina). -Casos mais leves possuem problema nos receptores IR gerando resistência insulínica, causando em consequência intolerância a glicose, com o passar do tempo, picos prejudicados da insulina tornam a doença mais grave. -Apresenta hiperglicemia e hiperinsulinemia (alta insulina diferencia no diagnóstico do tipo 1 ou 2). Necessita de dieta e do uso de hipoglicemiantes (metilformina) no tratamento, contudo, quando há picos de secreção da insulina prejudicados (+ agressivo) também faz uso subcutâneo de insulina. -Deve-se avaliar se o paciente é compensado/regularizado antes de intervenções cirúrgicas. -Hereditariedade na concordância entre gêmeos monozigóticos para DM2 é de 50 a 80%. Porém, pode ser DM tardia devido carga ambiental e cultural (ocidentais tem mais casos devido alimentação c/ base em carboidratos). Obs.: São diferenciados pelo exame da quantidade de insulina – hiperinsulinemia (tipo 2) e hipoinsulinemia (tipo 1). • GESTACIONAL -Transitória, ocorre menor produção de insulina pelas cél beta, e aumenta a resistência periférica e maior atuação de hormônios contra regulatórios da insulina, que são hiperglicemiantes. • OUTROS TIPOS -MODY (diabetes de início de maturidade do jovem): defeitos genéticos nas cél beta. -Doenças no pâncreas -Endocrinopatias- síndrome de Cushing devido muito uso de corticoides -Infecções 6)Resistência à insulina -Condição em que os níveis normais de insulina não são suficientes para resposta normal nos adipócitos e miócitos pelo GLUT4 (responsivo a insulina, se ligam a ela para que se transloquem até a membrana citoplasmática das cél e transportem glicose). Prejuízo na ação da insulina via alteração nos receptores IR. -Ocorre somente em cél insulino-dependentes, não ocorrendo nos neurônios, e nem nos hepatócitos – gradiente proporcionado pela GLUT2, mas insulina otimiza o processo e é importante para glicogênese e oxidação da glicólise. -Picos de glicemia/insulina durante o dia aumentam chances de desenvolver. -Alta taxa de gordura visceral está relacionada c/ a resistência, pois tem mais chances de formar uma síndrome metabólica (conjunto de alterações no corpo). Logo, essa alta taxa pode provocar diabetes tipo II, pois ela é oriunda da resistência à insulina. -Insulina é como uma sinalização para os tecidos que a glicose está alta. A diminuição da glicose sanguínea desencadeia a secreção de glucagon e reduz a liberação de insulina. 7)Diagnósticos -2 exames confirmatórios: como glicemia em jejum + teste oral de tolerância a glicose/ hemoglobina glicada/ frutosamina. • Não gestantes: • Para gestantes: Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce -Hemoglobina glicada: diagnóstico ou acompanhamento da vivência de um diabético nos últimos 3 meses. Deve estar entre 5,3 e 8%. • Quadro-resumo: -Correlações bioquímicas: hiperglicemia (glicemia > 100mg/dL, deve-se considerar hiperinsulinemia); lactato (> 5mmol/L e pH sanguíneo<7,25) e doença renal (microalbuminúria na nefropatia diabética) ou ainda doenças vasculares -Grau de resistência insulínica é medido a partir dos exames de hiperglicemia, que informa o grau de tolerância diminuída ou intolerância à glicose. 8)Complicações do Diabetes -Complicações mais comuns: • Cetoacidose Diabética -Diminuição do pH sanguíneo e aumento da perda de liquido e eletrólitos, é decorrente do excesso de corpo cetônicos provenientes do aumento da lipólise (desvio metabólico da oxidação de lipídeos) na ausência da insulina e da falta de aproveitamento energético dos carboidratos. Tem quadro laboratorial: • Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar -Possui como quadro laboratorial: glicemia/ osmolaridade sérica/ cetonuria (ultrapassa faixa de filtração renal, corpos cetônicos na urina) e cetonemia. • Complicações Crônicas -Nos rins, olhos, circulação periférica, SN e coração – dificuldade de cicatrização. • Correlações Bioquímicas -Hiperglicemia (glicemia >100 mg/dL) considerando a hiperinsulinemia; acidose láctica (lactato >5mmol/L e pH <7,25); nefropatia diabética (doença renal marcada por microalbuminúria) e doenças vasculares. 9)Doenças Relacionadas -Cirrose hepática/ hepatites: provocam lesões no fígado e podem causar alterações das taxas glicêmicas (glicemia em jejum diminuída e glicemia pós-prandial de 2h aumentada). -Síndrome de Cushing: desregulam eixo metabólico, causada pelo uso excessivo crônico de glicocorticoides (anti-inflamatórios esteroidais). Gera glicemia em jejum aumentada, glicemia pós-prandial de 2h aumentada e com glicosúria aumentada, propiciando diabetes. Sintomas: equimose, osteoporose, pele fina e uma diabetes especifica. -Pancreatite crônica: substituição do tecido pancreático por tecido fibroso, causa as mesmas alterações glicêmicas da síndrome. 10)Obesidade -Multifatorial e relacionada a diabetes, compõem quadro de síndrome metabólica. É a acumulação excessiva de tecido adiposo, sendo reconhecido pelo corpo como inflamação crônica, logo, o aporte calórico excessivo e constante VS ao gasto energético deficiente, vai gerar obesidade. -Avaliado principalmente pelo hormônio leptina (hormônio da saciedade, atua nas células neurais do hipotálamo, promove a redução do consumo, aumento do gasto, regula função neuroendócrina e o metabolismo de glicose e gorduras), havendo resistência a ela quando há tecido obeso. -Além dela, outros fatores intervêm na manutenção de peso e gordura corporal, como: 1) controle de vias eferentes 2) mecanismos centrais por neurotransmissores hipotalâmicos 3) vias aferentes SNAP por insulina e SNAS por catecolaminas. Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce -Adipócitos marrons com expressão elevada de níveis de genes termogênicos (gordura calor), enquanto os adipócitos induzíveis marrom-like, também conhecidos como cél. beges, desenvolvem gordura branca em responde aos ativadores. -Tecidos obesos possuem maior infiltração e ação dos macrófagos tipo 1 (pró-inflamatórios), liberando muitas adipocinas que causa inúmeras reações (VER SLIDE 36) interferem no gasto energético e aproveitamento da glicose. Exemplos: Aumenta interleucina-6 – remodelação óssea Aumenta produção de leptina – saciedade Obs.: em tecidos magros tem macrófagos tipo 2 (anti- inflamatórios). MONITORIA: Pâncreas: função exócrina gera no duodeno a liberação de bicarbonato p neutralização do alimento e liberação de amilase pancreática. A função endócrina libera insulina e glucagon • TIPOS DE DIABETES: 1A- 95% dos casos, é imunomediada 1B- idiopática, sem causa definida • Síndrome metabólica quadro de resistência insulínica Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce
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