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ÁLGEBRA LINEAR Subespaços Vetoriais Prof. Susie C. Keller Subespaços Vetoriais Às vezes, é necessário detectar, dentro de um espaço vetorial V, subconjuntos S que sejam espaços vetoriais “menores”. Tais conjuntos S são chamados SUBESPAÇOS VETORIAIS. Se V = IR2 (o plano), S pode ser uma reta que passa pela origem. A reta S funciona sozinha como um Espaço Vetorial, pois satisfaz os oito axiomas que o definem. Subespaços Vetoriais Para mostrar que S é Subespaço Vetorial de V, deveríamos testar os oito axiomas do Espaço Vetorial. Porém, como S é parte de V, não há necessidade da verificação de certos axiomas em S. Exemplo: A2 : u + v = v + u, u, v V Se a propriedade acima (comutativa) é válida para todos os vetores de V, logicamente será válida para todos os vetores de S. Subespaços Vetoriais Teorema: Um subconjunto S, não vazio, de uma espaço vetorial V, é um subespaço vetorial de V se forem satisfeitas as seguintes condições: u, v S, u + v S IR, u S, u S Sendo válidas essas duas condições em S, os oito axiomas de espaço vetorial também se verificam. Subespaços Vetoriais Todo espaço vetorial V admite pelo menos dois subespaços: O conjunto {0}, chamado de subespaço zero ou nulo, O próprio espaço vetorial V, Esses dois são os subespaços triviais de V, os demais são denominados subespaços próprios de V. Para V = IR2, os subespaços triviais são: {(0,0)} e IR2, enquanto os subespaços próprios são as retas que passam pela origem. Subespaços Vetoriais Exemplos: Sejam V = IR2 e S = {(x, y) IR2/ y = 2x} ou S = {(x, 2x); x IR}. Evidentemente S ≠ pois (0,0) S. Verificando as condições I e II: Para u = (x1, 2x1) S e v= (x2, 2x2) S tem-se: I) u + v = (x1 + x2, 2x1 + 2x2) = (x1 + x2, 2(x1 + x2)) S II) u = (x1, 2x1) = ( x1, 2( x1)) S As duas condições são satisfeitas pois a segunda componente do vetor continua sendo o dobro da primeira. Subespaços Vetoriais Portanto S é um Subespaço Vetorial de IR2 e, representa uma reta que passa pela origem. Se somarmos dois vetores que estão sobre a reta, a resultante é um vetor que está sobre a reta. Se multiplicarmos um vetor da reta por um número real, teremos como resultante um vetor que está sobre a reta. Subespaços Vetoriais O mesmo não ocorre quando a reta não passa pela origem, por exemplo: S = {(x, 4 - 2x); x R}, não é um espaço vetorial do IR2. Se somarmos os vetores u = (1,2) e v = (2,0), obteremos u + v = (3,2) S Ainda se ≠ 1, u S Por exemplo = 2, u = 2 (1,2) = (2,4) S Subespaços Vetoriais Para qualquer subconjunto S de um espaço vetorial V, sempre que 0 S, S não é subespaço vetorial de V. No entanto, se 0 S, S pode ser ou não um subespaço vetorial. Ex.: S = {(x, |x|), x R} Se u =(3,3) e v = (-2,2) u + v = (1,5) S Ainda se < 0, u S, -1(3,3) = (-3,-3) S. Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais S é subespaço vetorial de IR3. Subespaços Vetoriais Sejam e: IR ba, ; 0 b 0 a S IR dc,b,a, ; d b c a )2,2( MV Subespaços Vetoriais S 00 ba 11 IR e S 00 ba 22 Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Logo S é subespaço de M(n, n) Subespaços Vetoriais Logo S é subespaço de M(2, 2) Subespaços Vetoriais Sejam V = M(3, 1) e S o conjunto-solução de um sistema linear homogêneo a três variáveis. Consideremos o sistema homogêneo. 0z3yx 0zyx2 0z2y4x3 Subespaços Vetoriais Fazendo: O sistema, em notação matricial, será dado por AX = 0, sendo X elemento do conjunto solução S. Se: 0 0 0 0 e z y x X , 311 112 243 A 2 2 2 2 1 1 1 1 z y x X ve z y x Xu Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Assim, o conjunto solução S do sistema linear homogêneo é um subespaço vetorial de M(3, 1). Subespaços Vetoriais Observações: Esse conjunto solução S pode ser também considerado subespaço de IR3, pois um vetor (x, y, z) IR3 tem notação matricial: Esse subespaço S é também chamado espaço solução do sistema AX = 0. Se tivermos um sistema homogêneo de m equações com n variáveis, o espaço solução será um subespaço de IRn. Se um sistema linear é não homogêneo, o seu conjunto solução S não é um subespaço vetorial. z y x Subespaços Vetoriais Interseção de dois Subespaços Vetoriais Sejam S1 e S2 dois subespaços vetoriais de V: S é a interseção de S1 e S2 (S = S1 S2), ou seja é o conjunto de todos os vetores v V tais que v S1 e S2. Subespaços Vetoriais Teorema: A interseção S de dois subespaços vetoriais S1 e S2 de V é um subespaço vetorial de V. De fato: I) Se u, v S1, então u + v S1; se u, v S2, então u + v S2. Logo: u + v S1 S2 = S Subespaços Vetoriais II) Para qualquer IR: se v S1, então v S1; se v S2, então v S2. Logo: v S1 S2 = S Subespaços Vetoriais Exemplos: IR ca, ; 0 0 c a S IR ba, ; 0 b 0 a S IR dc,b,a, ; d b c a V 21 1) Seja V o espaço vetorial das matrizes quadradas de ordem 2: Sejam S1 e S2 subespaços vetoriais de V: Subespaços Vetoriais 2) Seja o espaço vetorial IR3 = {(a,b,c); a,b,c IR} e os subespaços vetoriais S1 = {(a,b,0); a,b IR} e S2 = {(0,0,c); c IR}. A interseção S1 S2 é o subespaço vetorial S = {(0,0,0)} = {0}. A interseção S = S1 S2 é um espaço vetorial de V: IR a ; 0 0 0 a S Subespaços Vetoriais Soma de dois Subespaços Vetoriais Sejam S1 e S2 dois subespaços vetoriais de V: S é a soma de S1 e S2 (S = S1+ S2), ou seja é o conjunto de todos os vetores u + v de V tais que u S1 e v S2. Subespaços Vetoriais Teorema: A soma S de dois subespaços vetoriais S1 e S2 de V é um subespaço vetorial de V. De fato: I) Se u1, u2 S1, então u1 + u2 S1; se v1, v2 S2, então v1 + v2 S2. Por outro lado: u1 + v1 S u2 + v2 S Logo: (u1 + v1) + (u2 + v2) = (u1 + u2) + (v1 + v2) S1 + S2 = S Subespaços Vetoriais II) Para qualquer IR: se u1 S1, então u1 S1; se v1 S2, então v1 S2. Por outro lado: u1 + v1 S logo: (u1 + v1) = u1 + v1 S1 + S2 = S Subespaços Vetoriais Exemplos: A soma S dos subespaços vetorias S1 e S2 referidas no exemplo anterior é um subespaço vetorial de V: IR c b,a, ; 0 b c a S IR ba, ; 0 b 0 a S1 IR ca, ; 0 0 c a S2 Subespaços Vetoriais Subespaços Vetoriais Soma Direta de dois Subespaços Vetoriais Sejam S1 e S2 dois subespaços vetoriais de V. Diz-se que V é a soma direta de S1 e S2, e se representa por V = S1 S2, se V = S1 + S2 e c S2 = {0}. Subespaços Vetoriais Teorema: Se V é a soma direta de S1 e S2, todo vetor v V se escreve de modo único, na forma: v = u + w onde u S1 e w S2 De fato, de V = S1 S2, temos que, para qualquer v V: v = u + w, onde u S1 e w S2 Suponhamos que v pode ser expresso também por: v = u’ + w’, onde u’ S1 e w’ S2 (1) (2) Subespaços Vetoriais Das equações (1) e (2) temos que: u + w = u’ + w’ ou u – u’ = w’– w onde u – u’ S1 e w’ – w S2 Lembrando que S1 S2 = {0}: u – u’ = w’ – w = 0 isto é: u = u’ e w’ = w . Subespaços Vetoriais Exemplo:
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