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Gabarito das Autoatividades de Fundamentos Epistemológicos da Geografia

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Gabarito das Autoatividades
FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS DA GEOGRAFIA
(GEOGRAFIA)
2011/2
Módulo III
3UNIASSELVI
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE 
FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS DA GEOGRAFIA
UNIDADE 1
TÓPICO 1 
Questão Única: No decorrer do texto argumentamos que uma vez que os 
temas da Geografia acompanham e fazem parte do cotidiano das pessoas, 
inscrevendo-se nas suas condições de existência, tal fato parece justificar 
sua popularidade. Aponte dois exemplos do seu cotidiano que serviriam para 
identificar e exemplificar os saberes da Geografia.
R.: Esta autoatividade tem por objetivo identificar alguns temas da Geografia 
presente no cotidiano de cada pessoa. Neste sentido a resposta será 
pessoal e poderá levar em conta situações como: população, censo, políticas 
regionais, movimentos ecológicos, questões de saneamento, infraestrutura, 
telecomunicações, relevo da região em que vive, características climáticas, 
poluição e outros mais. Neste sentido, oriente para que cada acadêmico(a) 
exemplifique ou descreva as características do tema que elegeu. Saliente 
que o mesmo pode ser feito com os alunos do Ensino Fundamental e Médio 
para melhor significar o estudo dos conhecimentos geográficos.
TÓPICO 2 
1 Apresente as diversas modalidades de estudo da Geografia e explique 
cada uma delas.
R.: a) Geografia descritiva: é o estudo do espaço da superfície terrestre em 
sua totalidade e em seus aspectos físicos. Esta é uma forma tradicional de 
estudo da Geografia, por apenas descrever os diferentes lugares adquirindo 
um sentido único e universal, ou seja, a preocupação é em descrever os 
continentes, o país, o estado e o município.
b) Geografia geral: é uma das formas de encarar o estudo sobre o conjunto 
de fenômenos e processos pelos quais se manifesta na vida da superfície 
terrestre e da atividade humana. Faz parte desta modalidade a Geografia 
física, que compreende o estudo da superfície terrestre, o relevo, as massas 
de água (oceanos, rios e lagos), a atmosfera (climas). Além disso, a Geografia 
humana aborda a demografia, a política e a economia.
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c) Geografia sistêmica: aborda os aspectos particulares da realidade terrestre 
e que são estritamente específicos, mas a partir da interação e de elementos 
que configuram uma unidade, formando um sistema. Os elementos de um 
sistema estão organizados para o adequado funcionamento do conjunto.
2 Uma das discussões da Geografia é em torno do seu objeto de estudo. 
Entre os autores não há unanimidade, visto que cada um segue concepções 
epistemológicas diferentes. Explique cada um dos objetos de estudos da 
Geografia:
a) Estudo da superfície terrestre.
R.: Esta definição do objeto se apoia no próprio significado etimológico do 
termo geografia – descrição da Terra. Assim, caberia ao estudo geográfico 
descrever todos os fenômenos manifestados na superfície do planeta Terra, 
sendo uma espécie de síntese de todas as ciências.
b) Estudo da paisagem.
R.: O estudo da paisagem é visto a partir da associação de vários elementos. 
Estes elementos podem ser analisados a partir de duas situações distintas, 
que são: a morfologia e a fisiologia. A primeira vertente procura descrever 
as manifestações dos fenômenos, a enumeração dos elementos e o 
reconhecimento das formas que estão relacionados com a natureza. Enquanto 
que a segunda perspectiva, a fisiológica, ressalta a relação entre os elementos 
e a sua dinâmica, ou seja, dá a ideia de organismo com elementos que estão 
em constante interação. O papel da Geografia, neste caso, é de buscar 
compreender os fenômenos e os grupos de fenômenos em suas interações.
c) Estudo da individualidade dos lugares.
R.: O estudo geográfico deveria abarcar todos os fenômenos que estão 
presentes numa dada área, tendo por meta compreender o caráter singular 
de cada porção do planeta. Alguns geógrafos vão buscar esta meta através da 
descrição exaustiva dos elementos, outros pela visão ecológica, encontrando, 
no próprio inter-relacionamento, um elemento de singularização.
d) Estudo da diferenciação de áreas.
R.: Tal perspectiva traz uma visão comparativa para o universo da análise 
geográfica. Busca individualizar as áreas, tendo em vista que deseja 
compará-la com outras; daí a tônica nos dados que diferenciam cada uma. 
Das definições vistas, esta é a primeira a propor uma perspectiva mais 
generalizadora e explicativa. São buscadas as regularidades da distribuição 
e das inter-relações dos fenômenos. Tal concepção é mais restritiva, em 
termos de abrangência, do pensamento geográfico.
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e) Estudo do espaço.
R.: Podem-se apontar três possibilidades mais usuais no trato desta questão:
1) O espaço pode ser concebido como uma categoria do entendimento, isto é, 
toda forma de conhecimento efetivar-se-ia através de categorias, como tempo, 
grau, gênero, espaço etc. Nesta concepção, o espaço, além de ser destituído 
de sua existência empírica, seria um dado de toda forma de conhecimento, 
não podendo qualificar a especificidade da Geografia. 
2) O espaço também pode ser concebido como um atributo dos seres, no 
sentido de que nada existiria sem ocupar um determinado espaço. Nesta 
concepção, o estudo do atributo espacial de qualquer fenômeno se daria na 
própria análise sistemática deste. Assim, não seria possível propô-lo como 
um estudo particular, logo, como objeto da Geografia.
3) O espaço pode ser concebido como um ser específico do real, com 
características e com uma dinâmica própria. Aqui haveria a possibilidade 
de pensá-lo como objeto da Geografia, porém, só depois de demonstrar a 
afirmação efetuada. Esta perspectiva da Geografia, como estudo do espaço, 
enfatiza a busca da lógica da distribuição e da localização dos fenômenos, a 
qual seria a essência da dimensão espacial. Entretanto, esta Geografia, que 
propõe a dedução, só conseguiu se efetivar à custa de artifícios estatísticos 
e da quantificação. É um campo atual da discussão geográfica.
f) Estudo das relações entre o homem e o meio.
R.: São três as visões distintas do objeto de estudo das relações entre o 
homem e o meio ou, posto de outra forma, entre a sociedade e a natureza: 
1) Alguns autores vão apreendê-lo como as influências da natureza sobre o 
desenvolvimento da humanidade. Caberia à Geografia explicar as formas e 
os mecanismos pelos quais essa ação se manifesta.
2) Outros autores, mantendo a ideia da Geografia, como estudo da relação 
entre o homem e a natureza, vão definir-lhe o objeto como a ação do homem 
na transformação desse meio. Assim invertem totalmente a concepção 
anterior, dando o peso da explicação aos fenômenos humanos. Caberia 
estudar como o homem se apropriaria dos recursos oferecidos pela natureza 
e os transforma, como resultado de sua ação.
3) Há ainda aqueles autores que concebem o objeto como a relação em si, 
com os dados humanos e os naturais possuindo o mesmo peso. Para esses, 
o estudo buscaria compreender o estabelecimento, a manutenção e a ruptura 
do equilíbrio entre o homem e a natureza.
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TÓPICO 3 
1 Defina o método proposto por Humboldt, que é denominado de “empirismo 
raciocinado”:
R.: No método de Humboldt definido como “empirismo raciocinado entende-
se que:
• O objeto da geografia é a contemplação da universalidade das coisas.
• Prevê uma simultaneidade dos seres materiais que coexistem na terra.
• Reconhece a unidade na imensa variedade dos fenômenos.
• O empirismo raciocinado é fruto da intuição a partir da observação.
2 Caracterize o método proposto por Ritter, que é denominado de “antropocêntrico”.R.: A partir da leitura do tópico e da leitura complementar, identifica-se que 
Ritter define o conceito de “sistema natural”, isto é, uma área delimitada 
dotada de uma individualidade. A Geografia deveria estudar esses arranjos 
individuais e compará-los. Cada arranjo abarcaria um conjunto de elementos, 
representando uma totalidade, no qual o homem seria o principal elemento. 
Nesse sentido, afirma-se que a proposta de Ritter é, por essas razões, 
antropocêntrica (o homem é o sujeito da natureza), regional (aponta para o 
estudo de individualidades), valorizar a relação homem-natureza.
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UNIDADE 2
TÓPICO 1 
1 A Grécia, segundo Silveira (2006), torna-se o berço da Geografia ocidental. 
Apresentava várias correntes interpretativas, como a Geografia matemática, 
a Geografia física e história dos vegetais. Assinale a alternativa que relaciona 
cada corrente com sua atividade ou por quem foi estudada:
a) Geografia matemática estuda a esfericidade da Terra, coordenadas 
geográficas etc.; a geografia física estuda marés, vulcões, fenômenos 
meteorológicos e processos erosivos, e a história dos vegetais foi 
estudada por Teófrates – 270 a.C. – discípulo de Aristóteles.
b) Geografia matemática foi estudada por Teófrates – 270 a.C. –, discípulo 
de Aristóteles, a geografia física estuda marés, vulcões, fenômenos 
meteorológicos e processos erosivos, a história dos vegetais, estuda a 
esfericidade da Terra, e as coordenadas geográficas etc.
c) Geografia física estuda a esfericidade da Terra, coordenadas geográficas 
etc.; a geografia matemática estuda marés, vulcões, fenômenos 
meteorológicos e processos erosivos, e a história dos vegetais foi estudada 
por Teófrates – 270 a.C. – discípulo de Aristóteles.
d) História da Geografia estuda a esfericidade da Terra, coordenadas 
geográficas etc., a Geografia física estuda marés, vulcões, fenômenos 
meteorológicos e processos erosivos e a matemática dos vegetais foi 
estudada por Teófrates – 270 a.C. – discípulo de Aristóteles.
2 Ptolomeu elaborou um compêndio de astronomia, que foi adotado pela 
Igreja, na Idade Média, pois sua tese defendia que:
a) A Terra ocupava o centro do universo.
b) O sol ocupava o centro do universo.
c) Deus ocupava o centro do universo.
d) O universo não possui um centro.
TÓPICO 2 
1 Apesar de o conhecimento geográfico entrar em decadência na Idade 
Média, quais eram os dois modos de representação do mundo? Explique-os.
R.: Nesse período, dois modos de representação gráfica do mundo 
predominavam: o modelo chorográfico, desenvolvido por Estrabão, 
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que enfatiza a descrição do mundo habitado; e o modelo cosmográfico, 
desenvolvido por Ptolomeu, que privilegia a representação gráfica do mundo. 
Esses dois modelos também se conflitam com a ideia da Terra ser plana ou 
esférica.
2 Qual era o pensamento da Igreja Católica sobre o formato da Terra? 
Apresente as principais ideias.
R.: O pensamento da Igreja Católica é que determinava os caminhos e 
as ideias do pensamento geográfico, que se baseava em Aristóteles, que 
considerava a Terra como o centro do universo. Naquela época, a Bíblia é 
que orientava as discussões da forma da Terra.
3 Em que sentido a Geografia se desenvolve com as viagens dos navegadores 
e exploradores?
R.: No século XV, os portugueses começaram a explorar a costa da África e 
se tornaram um dos principais estudiosos da Geografia. As viagens e estudos 
que se realizaram naquele período provaram que, sem sombra de dúvida, a 
Terra é redonda. Antes disso, muitas pessoas do mundo cristão acreditavam 
que a Terra era plana.
4 Destaque algumas ideias que marcaram o pensamento da Geografia na 
Renascença.
R.: Esta questão pode ter a seguinte resposta: 
a) O geógrafo alemão Bernard Varenius, que fez a distinção entre geografia 
geral e regional.
b) No Renascimento a cartografia recebeu um estímulo significativo, 
impulsionado pelas novas descobertas da imprensa, pelo aperfeiçoamento 
dos instrumentos astronômicos (bússola, astrolábio, quadrante etc), pela 
criação da Escola de Sagres e pela redescoberta da Geografia de Ptolomeu.
c) Uma das contribuições importantes para a Geografia, naquele período, 
foi de Gerard Mercator (1512-1594), considerado o pai da cartografia, que 
conseguiu sobreviver ao período da Reforma e Contrarreforma. Suas principais 
contribuições foram: a “Projeção de Mercator”, que é uma representação da 
esfera terrestre sobre uma superfície bidimensional.
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TÓPICO 3 
1 Como era pensada a Geografia antes e depois do século XVIII?
R.: Antes do século XVIII a Geografia era pensada a partir de algumas 
personalidades e de maneira isolada. Porém, a partir do século XVIII, a 
Geografia começa a se desenvolver a partir de “escolas”. De um lado, vamos 
ter a escola alemã com o determinismo; do outro, a escola francesa com o 
possibilismo.
2 Quais as principais contribuições de Kant para a Geografia?
R.: A Geografia é uma disciplina sinóptica, que procura sintetizar os achados 
de outras ciências por meio do conceito de 'Raum' [área ou espaço]. Ela pode 
ser dividida em geografia física e mais cinco modalidades que são: 
a) a geografia matemática, que estuda a forma, tamanho e movimentos da 
Terra, assim como as suas relações com o sistema solar;
b) a geografia moral, que explica os diversos costumes e características dos 
povos de diferentes regiões;
c) a geografia política, que relaciona a organização política de um Estado 
com a sua geografia física [seu território];
d) a geografia comercial, que se ocupa dos intercâmbios mercantis;
e) a geografia teológica, que estuda as transformações dos princípios 
teológicos em virtude do terreno.
Além disso, no pensamento de Kant, a Geografia é a descrição geral da 
natureza e dos seus efeitos. O homem é somente um efeito dessa natureza, 
enquanto a geografia física é a base dos demais assuntos.
3 Como Humboldt entendia a Geografia?
R.: A Geografia é uma ciência sintetizadora, que conecta o geral com o 
especial através do levantamento, do mapeamento e da ênfase no regional. 
Ela se ocupa da influência que o meio físico exerce sobre o Homem e procura 
interligar o estudo da natureza física com o estudo da natureza moral para 
se chegar a uma visão harmonizante [entre a humanidade e o meio físico]. 
4 Segundo Karl Ritter, qual é o objetivo da Geografia? Explique.
R.: O objetivo não é o de simplesmente reunir e elaborar uma massa de 
informações [sobre a Terra ou as regiões], como faziam os predecessores, 
e sim assinalar as “leis gerais” que explicam a diversidade natural, mostrar a 
sua conexão com qualquer fato singular e indicar numa perspectiva histórica 
a perfeita unidade e harmonia que existe, por trás da aparente diversidade e 
capricho que prevalece no planeta, entre a natureza e o Homem.
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5 A partir das ideias de Ratzel, explique a seguinte expressão: “a influência das 
forças naturais é que determinará a distribuição das pessoas na sociedade”.
R.: Essa questão requer a interpretação do aluno a partir das ideias de Ratzel. 
Eis uma ideia para a resposta dessa questão. As coisas e os fenômenos são 
encadeados ou se influenciam mutuamente, que existem causas – mesmo 
que muitas vezes probabilísticas – e efeitos, razões e consequências.
6 Estabeleça as principais diferenças entre a escola francesa e a escola 
anglo-saxônica.
R.:
a) Escola francesa 
• a natureza cria as regiões, enquanto que o homem modifica o espaço físico 
de acordo com suas necessidades locais e regionais;
• a interdependência dos fenômenos terrestres; 
• o reconhecimentoda influência do meio ambiente e sua relação com o 
homem;
• a necessidade de um método científico para classificar e definir os 
fenômenos;
• a interferência do homem em seu espaço geográfico.
b) Escola anglo-saxônica
• segue o método quantitativo e teórico, impulsionando o desenvolvimento e 
a mundialização do capitalismo;
• adotando o positivismo como método de investigação, essa escola aplicou 
a matemática como base, pois acreditava que a Geografia seria mais precisa;
• o uso de técnicas estatísticas, se corretamente utilizadas, permite uma 
maior precisão [...] os problemas práticos e metodológicos da Geografia são 
de tal natureza que a utilização das técnicas estatísticas é adequada para 
exercer uma forte atração.
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UNIDADE 3
TÓPICO 1 
Questão Única: Primeiro vamos recordar um trecho da música “País Tropical”, 
de Jorge Ben Jor, e depois registre seus argumentos acerca da teoria de 
Huntington, para quem as dificuldades do meio fariam com que houvesse 
um maior ou menor desenvolvimento de uma sociedade.
País Tropical
Jorge Ben Jor
Composição: Jorge Benjor
Moro...
Num país tropical,
Abençoado por Deus
E bonito por natureza (Mas que beleza!)
Em fevereiro (Em fevereiro)
Tem carnaval (Tem carnaval)
Eu tenho um fusca e um violão,
Sou Flamengo e tenho uma nêga chamada Tereza
“Sambaby”, “Sambaby”
Sou um menino de mentalidade mediana (Pois é)
Mas assim mesmo, feliz da vida, pois eu não devo nada a ninguém (Pois é)
Pois eu sou feliz, muito feliz comigo mesmo...
R.: Esta questão pretende estimular a reflexão pessoal de cada acadêmico(a), 
sugerindo uma observação em contestação ao pensamento de Huntington. 
Para esse, uma sociedade que enfrenta maiores adversidades climáticas 
é mais desenvolvida, ao passo que as de clima tropical seriam menos 
organizadas. Trata-se de uma teoria determinista.
TÓPICO 2 
1 Qual o fator principal que levou ao surgimento do possibilismo na França?
R.: A rivalidade entre França e Alemanha levou cada país a desenvolver seu 
próprio sistema geográfico. A França adotou uma série de medidas para 
reconquistar a confiança da população, pois estava abalada após a derrota 
na guerra contra a Alemanha.
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2 Estabeleça a diferença entre determinismo e possibilismo.
R.: Um indivíduo geográfico não resulta somente das condições geológicas 
e climáticas. Não é completamente livre das mãos da natureza, mas é um 
homem que revela a sua individualidade, moldando um território para o seu 
próprio uso. A Geografia tem como missão investigar como as leis físicas ou 
biológicas que regem o globo se combinam e se modificam ao se aplicarem às 
diversas partes da superfície terrestre. A Geografia tem como missão especial 
estudar as expressões cambiantes que existem nos diversos lugares [...].
3 Vidal de La Blache propõe algumas ideias que servem de base para a 
compreensão do possibilismo. Apresente-as.
R.: Ratzel defendeu o componente criativo (a liberdade) contido na ação 
humana, que não seria apenas uma resposta às imposições do meio e 
valorizou a História, valendo-se de sua formação acadêmica de historiador. 
Aqui, residiu, sem dúvida, a contribuição mais importante de Vidal de La 
Blache para o desenvolvimento do pensamento geográfico. Entretanto, apesar 
de aumentar a carga humana do estudo geográfico, esse autor não rompeu 
totalmente com a visão naturalista, pois diz explicitamente: “a Geografia é 
uma ciência dos lugares, não dos homens”. Dessa forma, o que interessaria 
à análise seria o resultado da ação humana na paisagem e não essa em si 
mesma.
4 Para Vidal, os contatos com outras pessoas gerariam novos hábitos e novas 
técnicas. Deste modo, os gêneros de vida se difundiriam pelo globo, num 
processo de enriquecimento mútuo, que levaria inexoravelmente ao fim dos 
localismos. À área abrangida por um gênero de vida comum, englobando 
várias comunidades, Vidal de La Blache denominou “domínios de civilização”. 
A partir destas ideias de La Blache, qual seria o papel da Geografia?
R.: À Geografia caberia estudar os gêneros de vida, os motivos de sua 
manutenção ou transformação e sua difusão com a formação de domínios 
de civilização. Tudo isso tendo em vista as obras humanas sobre o espaço, 
isto é, as formas visíveis, criadas pelas sociedades, na sua relação histórica 
e cumulativa com os diferentes meios naturais.
TÓPICO 3 
1 Faça um resumo, sem fazer cópia literal dos textos, sobre o que você 
compreendeu sobre a Geografia Crítica.
R.: Essa atividade pode ser acompanhada pelo próprio texto do tópico, 
considerando cono critério de verificação a capacidade de síntese.
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2 Onde surgiu a Geografia radical e qual a base de ideias em que se apoiavam 
para fundamentar sua posição?
R.: Surgiu na Grã-Bretanha e principalmente nos Estados Unidos. A Geografia 
radical buscou subsídios tanto nos movimentos populares e sociais quanto 
nas correntes radicais do pensamento, em especial o marxismo.
3 Entre as vertentes atuais da Geografia, com qual ou quais delas você mais 
se identificou e por quê?
R.: Essa é uma resposta pessoal e é interessante perceber com que vertente 
os acadêmicos se identificaram e quais as razões.
TÓPICO 4 
1 Por que enfrentamos a atual crise ambiental?
R.: Para essa resposta, pode-se formular argumentos como:
• consequência de uma visão fragmentada da realidade;
• prioridade no desenvolvimento econômico;
• crise nos valores humanos;
• desenvolvimento tecnológico em detrimento do desenvolvimento humano;
• crise na percepção ambiental.
2 Por que estamos destruindo aquilo que deveríamos estar protegendo, 
movidos pela lei natural da sobrevivência?
R.: Para essa pergunta, os acadêmicos poderão apresentar argumentos 
concordando com a afirmativa implícita na pergunta, como, também, poderão 
argumentar que há motivos muito mais ligados à ambição humana do que 
motivos dados pela lei natural da sobrevivência.
3 Qual a origem do conceito de que podemos explorar a natureza indefinidamente?
R.: A origem desse conceito de exploração da natureza se alinha aos 
primórdios da humanidade quando o ser humano passa a se entender como 
superior e a ver a natureza como um instrumento a seu serviço.

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