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Cultivo de Repolho


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REPOLHO 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A característica mais geral e marcante da olericultura é o fato de ser uma atividade 
agroeconômica altamente intensiva, em seus mais variados aspectos, em contraste com outras 
atividades agrícolas, extensivas, como a produção de grãos. (FILGUEIRA, 2000). O ciclo cultural 
das hortaliças é bem curto, na maioria dos casos, em relação as demais culturas. A exploração de 
hortaliças também se caracteriza pelo menor tamanho de area ocupada, em relação a outros tipos de 
culturas. Isso contribui para o aprimoramento dos tratos culturais, que são muito intensivos 
(FILGUEIRA, 1981). 
A espécie Brassica oleracea var. capitata também originou-se da couve - silvestre. A planta, 
herbácea, apresenta folhas arredondadas e cerosas, havendo superposição das folhas centrais, 
formando uma “cabeça” compacta (FILGUEIRA, 2000). 
O repolho é uma planta bienal, em que a temperatura afeta sobremaneira a cultura. Sob 
temperatura adequadamente baixa, há emissão do pendão floral. Entretanto, comporta-se como uma 
planta indiferente à variação fotoperiódica. Temperaturas mais elevadas ocasionam a formação de 
cabeças pouco compactas, ou a total ausência de cabeça, nas cultivares de outono-inverno. Ao longo 
do tempo, pelo melhoramento genético, foi obtido cultivares adaptadas a temperaturas elevadas, 
ampliando conseqüentemente os períodos de plantio e de colheita (FILGUEIRA, 2000). 
O transplante de mudas é uma prática muito utilizada no cultivo da maioria das hortaliças, 
particularmente daquelas com sementes muito pequenas e/ou de alto custo. A maioria dos 
produtores de repolho usa bandejas para a produção de mudas (Magro et al., 2011). 
É necessária boa adubação no cultivo do repolho. Mesmo em solos medianamente ricos, a 
adubação química é aconselhável para que haja bom desenvolvimento das plantas e formação de 
cabeças maiores, compactas e de bom valor comercial. A adubação química, sempre que possível, 
deve ser baseada em uma análise prévia da fertilidade do solo (POLTRONIERI et al., 1990). 
Os macronutrientes P e N são aqueles que resultam em maiores respostas em produtividade 
nos experimentos. 
A adubação orgânica compreende o uso de resíduos orgânicos de origem animal, vegetal, 
agro-industrial e outros, com a finalidade de aumentar a produtividade das culturas (RIBEIRO et 
al., 1999); além de melhorar as propriedades físicas como estrutura, aeração, armazenamento de 
água e drenagem; físico-químicas, melhoria na absorção de nutrientes, e aumento da CTC; e 
biológicas, aumento da biodiversidade de microrganismos (TRANI et al., 2003). 
O nitrogênio favorece no crescimento vegetativo, expande a área fotossintética e eleva a 
produtividade da cultura. Todas as espécies são beneficiadas, porém as hortaliças herbáceas são 
aquelas que apresentam efeitos direto na produtividade já que o produto é composto por folhas, 
hastes tenras e inflorescências (FILGUEIRA, 2000). Em excesso o N em plantas novas pode causar 
a queima das folhas, aumentar a suscetibilidade a certas doenças fúngicas e bacterianas, promover 
vegetativo exagerado, prolongar o ciclo cultural retardando a colheita, dificultar absorção de outros 
nutrientes, tornar tecidos mais frágeis sujeitos a danos mecânicos e prejudicar a qualidade de certos 
produtos. Já a carência de N é manifestada pela coloração verde clara das folhas ou clorose nas 
folhas baixeiras (FILGUEIRA, 2000). 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
FILGUEIRA, F. A. R. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e 
comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, 2000. 402 p. 
 MAGRO, F. O. et al. Produção de repolho em função da idade das mudas . Revista 
Agro@mbiente On-line, v. 5, n. 2, p.119-123, maio-agosto, 2011. Disponível em: 
http://revista.ufrr.br/index.php/agroambiente/article/viewFile/416/583. Acessado em: 13 fev. 2015. 
POLTRONIERI, M.C. et al. Repolho para o município de Altamira. Centro de pesquisa 
agropecuária do trópico úmido. EMBRAPA. (Recomendações básicas,17). Belém. Fevereiro, 1990. 
Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/42835/1/CPATU-
RecBas17.pdf. Acesso em: 26 fev.2015. 
RIBEIRO, A. C; GUIMARÃES, P. T. G.; ALVAREZ, V. H. (Ed.) Recomendações para o uso de 
corretivos e fertilizantes em Mina Gerais. 5ª Aproximação. Viçosa: UFV, 1999. 359 p. 
TRANI, P. E. et al. Adubação orgânica de hortaliças e frutíferas. Campinas: São Paulo, 2003. 16 
p. 
 
http://revista.ufrr.br/index.php/agroambiente/article/viewFile/416/583
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/42835/1/CPATU-RecBas17.pdf
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/42835/1/CPATU-RecBas17.pdf

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