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Dor: Experiência Pessoal e Multidimensional

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A dor é uma experiência pessoal e
que pode ser modificada pelas
experiências de vida.
Estado psicológico.
Pode variar quanto à intensidade,
qualidade e duração.
 Possui vários mecanismos.
fisiopatológicos e significados. 
Possui aspectos multidimensionais.
adversos na função e no bem-estar
social e psicológico. 
6. A descrição verbal é apenas um dos
vários comportamentos para expressar
a dor; a incapacidade de comunicação
não invalida a possibilidade de um ser
humano ou um animal sentir dor.
No senso comum, a dor é o sintoma
que faz com que muitas pessoas
busquem um profissional da saúde para
que possam ter o alívio desejado.
No entanto, pode se inferir que:
Pessoas que declaram dor quando não
há uma lesão tecidual ou causa
fisiopatológica, é de razão psicológica.
Pelo relato subjetivo e por se tratar de
uma experiência e se a pessoa relatar
como se fosse da maneira da dor
causada por uma lesão, a dor dessa
pessoa deve ser aceita como tal.
A Declaração de Montreal, documento
desenvolvido durante o Primeiro
Encontro Internacional de Dor em 3 de
setembro de 2010, declara que o
“acesso ao tratamento da dor é um
direito humano fundamental.” 
Dor
Inglês Médio, do anglo-francês peine
(dor, sofrimento), 
do latim poena (pena, punição), 
e do grego poin-e (pagamento, pena,
recompensa). 
Definição: A Diretoria da Sociedade
Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), fez
uma publicação da tradução oficial para a
língua portuguesa da definição revisada
(em 2020) e suas notas complementares que
foram publicadas pela Associação
Internacional para o Estudo da Dor (IASP,
do inglês International Association for the
Study of Pain). Em 2018, a IASP formou uma
Força Tarefa Presidencial multinacional,
com 14 membros.
Etimologia: 
Dor :“Uma experiência sensitiva e emocional
desagradável associada, ou semelhante
àquela associada, a uma lesão tecidual real
ou potencial”. 
Seis notas explicativas que compõem a
definição:
1. A dor é sempre uma experiência pessoal
que é influenciada, em graus variáveis, por
fatores biológicos, psicológicos e sociais.
2. Dor e nocicepção são fenômenos
diferentes. A dor não pode ser determinada
exclusivamente pela atividade dos
neurônios sensitivos.
3. Através das suas experiências de vida,
as pessoas aprendem o conceito de dor. 
4. O relato de uma pessoa sobre uma
experiência de dor deve ser respeitado. 
5. Embora a dor geralmente cumpra um
papel adaptativo, ela pode ter efeitos
cefaléia, 
hérnia de disco lombar,
lombalgias, 
reumatismo, 
fibromialgia, 
e outras.
vegetatismo, 
o distúrbio do sono, 
a anorexia, 
a libido diminuída, 
a constipação, 
a preocupação somática, 
a mudança de personalidade, 
e a inibição para o trabalho.
A dor crônica é, geralmente, causada
por processos patológicos crônicos nas
estruturas somáticas ou viscerais ,ou
por disfunção prolongada dos
componentes do SNP, e/ou do SNC .
Pode também decorrer de fatores
ambientais ou psicopatológicos. Em sua
forma crônica, a dor não possui a
função biológica do alerta. (Teixeira,
1995).
Algumas patologias que podem ser
consideradas como dor crônica:
 Concomitante a isso, a pessoa pode
apresentar: 
Maneiras de visar o manejo da dor
crônica devem ser consideradas não
apenas para o alívio sintomático, mas
visando uma mudança no
comportamento, englobando os
componentes cognitivos e afetivos.
irritabilidade,
 insônia, 
depressão mental, 
preocupação, 
estresse, desinteresse pelas atividades
diárias,
 e outras alterações psicológicas que
afetam seu cotidiano e suas relações
sociais.
Segundo Silva (1994), como todo sintoma
orgânico, a dor é também uma forma de
expressar sofrimento, pedir ajuda e atenuar
a angústia interior . (p. 167).
Dor aguda (rápida) e Dor
crônica (lenta) 
 A dor aguda funciona no organismo como
um mecanismo de defesa, assumindo papel
fundamental para a sobrevivência e
integridade humana. 
Para evitar que a dor perpetue, os sinais
que chegam ao cérebro, quando se tornam
conscientes, estimulam a fabricação de
substâncias que inibem a dor. Este
mecanismo de inibição é tão importante
para a homeostase do organismo quanto o
responsável pela percepção da dor. 
Quando um desses sistemas ou ambos
falham, a dor é crônica. 
A dor crônica é uma doença altamente
debilitante e com consequências
significativas para as condições físicas,
emocionais e comportamentais do sujeito.
Uma pessoa com dor crônica pode
apresentar: 
temperatura,
circulação, 
respiração, 
eliminação intestinal e urinária, 
nutrição, 
entre outros.
redução do uso excessivo de
medicamento e de comportamentos
inadequados.
substituição de procedimentos
passivos de enfretamento para
ativos.
proteção) . (p. 35). Mas também,
segundo Murta (1999) , inclui a
utilização de formas profissionais de
observação direta e sistemática do
próprio comportamento do sujeito,
objetivando o registro continuado, em
amostragem de tempo e de tipos de
estímulos responsáveis pela resposta
de dor. Este método é, geralmente
utilizado em situação de intensa dor,
independente da idade do sujeito.
Para medir características biológicas
utilizam-se instrumentos apropriados
para mensuração dos sinais vitais, tais
como:
O objetivo do tratamento é a melhora
do sujeito, em sua funcionalidade e
reabilitação física e psicossocial.
Nem sempre o diagnóstico e a
terapêutica será claro se a avaliação
também não for clara. 
Mesmo assim, há instrumentos que
permitem avaliar e mensurar a dor, 
características peculiares, 
fatores agravantes e atenuantes da
dor,
nível de conhecimento que o paciente
possui sobre sua doença e tratamento,
avaliação das inabilidades e
incapacidades na vida diária,
fatores psicossociais. 
Autorrelato: Método de pesquisa em
que o paciente, com ou sem a ajuda de
um profissional, elabora um relato de
sua própria condição. é sugerido para
indivíduos que apresentam uma boa
capacidade de expressão, e facilidade
de compreensão verbal. Inclui o uso de
entrevistas, diários e escalas.
Na observação do comportamento
Pimenta (1999) descreve como:
vocalização (choro, gemido), expressão
facial (contração muscular), e
movimento corporal (postura de 
Avaliando a Dor
 Para avaliação da dor são necessários 
 dados sobre: 
Conhecer o sofrimento existente, e quais os
recursos utilizados pelo doente no
enfrentamento da dor, também ajudam na
avaliação da mesma.
Os métodos de avaliação de dor são
basicamente inferências e estão baseados
no autorrelato (descrição minuciosa da dor
e como ela interfere no cotidiano do
indivíduo), assim como na observação dos
comportamentos de dor e em medidas das
respostas biológicas. 
e) escala quantitativa não numérica ou
analógica visual - baseia-se nas
expressões faciais de sofrimento
crescente, que variam da expressão
sem dor até a dor insuportável, como a
escala analógica visual de faces de
McGrath e a escala de faces adaptada
por Claro.
A observação de comportamento
avalia respostas de comportamento de
dor por meio de check-list, onde o
paciente deve indicar quais
comportamentos, como irritabilidade,
isolamento social, choro, distúrbio do
sono, expressão facial, redução do
apetite, do lazer ou da atenção, estão
presentes e quais estão ausentes
(Torritesi & Vendrúsculo, 1998).
O Questionário de Wisconsin, na forma
reduzida, avalia a utilidade dos
tratamentos e medicações, como
também a intensidade e o impacto da
dor nas atividades da vida diária:
atividade geral; humor; trabalho;
relacionamento com outras pessoas;
sono; apreciar a vida; e, por fim,
habilidade de caminhar.
Medicação
O primeiro plano é desvendar a causa
da dor. No entanto, pode não ser
possível perceber a origem clara do
incômodo e a alternativa é então
atacar os sintomas. Além do uso de
medicação, recorre-se também a 
investigar de que forma ela interfere no dia
a dia do sujeito, como ele lida com essa
condição e de que forma seu modo de vida
ou estado emocional contribuem para o
aumento de sua percepção dolorosa.
Os instrumentos mais
utilizados são:
a) escala numérica ou linear analógica não
visual – é realizada através da
quantificaçãoda dor por escores que
variam de 0 a 10, onde 0 é ausência de dor
e 10 a pior dor possível; 
b) escala de categorias de palavras - inclui
uma linha reta com as seguintes palavras
escritas: sem dor, leve, moderada, intensa
e insuportável; 
c) escala de cores - é a junção de uma
escala de palavras com cores. Este tipo de
escala se adequa melhor a crianças, onde
estas podem utilizar mais a intuição do que
a cognição , às vezes nem tão desenvolvida
ainda ( Torritesi & Vendrúsculo ,1998); 
d) escala quantitativa não numérica ou
linear analógica visual - deve localizar, ao
longo da escala, o grau da intensidade da
sensação dolorosa .Uma linha reta tendo
numa das pontas um rosto alegre escrito
ausência de dor, e em outra ponta um rosto
triste, escrito dor severa. Outra forma de
apresentação da escala linear analógica
visual é através de uma linha reta onde nas
extremidades estão escritos sem dor e pior
dor imaginável; 
várias práticas na tentativa de reforçar o
tratamento.
Automedicação
O quadro álgico, produz no indivíduo uma
urgência, que muitas das vezes faz com que
ocorra uma demanda pela área da
automedicação.
A automedicação é um comportamento
perigoso de ingerir medicamentos por conta
própria, sem que ocorra orientação médica.
O uso abusivo pode acarretar em
intoxicação, aumento da resistência de
microorganismos, reações alérgicas,
dependência e até a morte.
O uso de tratamentos alternativos também
fazem, muita das vezes, com que pacientes
desistam de tratamentos clínicos eficazes
comprovadamente e adiem intervenções
cirúrgicas, causando assim um maior
sofrimento desnecessário não só para ele
como para a família, e também um gasto ao
cofre público com internações hospitalares
que poderiam ter sido evitadas.
 
O processo de adoecer é uma experiência
muitas vezes traumática, e com
repercussões na personalidade do paciente
e, não é incomum , que venha
acompanhado de algumas dores.
A forma como o paciente lida e sente essas
dores, produz nele sentimentos e emoções
que podem influenciar diretamente no
processo de recuperação da patologia.
Referências
Jornal Dor (Publicação da Sociedade Brasileira para o
Estudo da Dor - Ano XVIII - 2° Trimestre de 2020 -
edição 74, 11-8.
DeSantana, Josimari Melo et al. Revised definition of
pain after four decades. BrJP [online]. 2020, v. 3, n. 3
[Acessado 22 Junho 2021] , pp. 197-198. Disponível em:
<https://doi.org/10.5935/2595-0118.20200191>. Epub 21
Set 2020. ISSN 2595-3192.
https://doi.org/10.5935/2595-0118.20200191.
BASTOS, Daniela Freitas et al . Dor. Rev. SBPH, Rio de
Janeiro , v. 10, n. 1, p. 85-96, jun. 2007 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-
08582007000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 23
jun. 2021.
Observação: O relato de dor é mais
aceitável socialmente que o de ansiedade
ou de depressão.
Para a Escala de Dor Funcional, os
examinadores devem explicar com clareza ao
paciente que as limitações funcionais serão
relevantes para a avaliação somente se
decorrerem da dor que está sendo avaliada; o
tratamento visa ao máximo alívio possível da
dor, pelo menos até o nível tolerável (0–2).
A Escala de Dor Funcional foi validada e pode
ser utilizada em pacientes em casas de repouso
que têm escore do Miniexame do Estado
Mental≥ 17.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/abordagem-ao-paciente-com-sintomas-mentais/avalia%C3%A7%C3%A3o-psiqui%C3%A1trica-de-rotina#v1024618_pt

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