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MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 1 ANIMAIS DOMÉSTICOS INTRODUÇÃO Os microrganismos estão envolvidos em grande parte dos sistemas do corpo • Microrganismos ✓ Sistemas • Relação tecidos e animais • Presença de bactérias boas e ruins ✓ Bactérias boas são aquelas que estão nesses sistemas causando algum be- nefício, ocupando o espaço para que bactérias ruins não venham a se insta- lar • Pele • Digestório • Urinário • Respiratório MICROBIOTA CUTÂNEA • Local ✓ Camadas epidérmicas ✓ Porções distais dos ductos glandula- res ✓ Porções distais dos folículos pilosos ✓ Não encontramos microrganismos na derme e nem no interior das glândulas, porque se isso acontecesse iriamos ter um processo infeccioso. • Concentração de bactérias em lugares sombreados e que uma maior quanti- dade de nutrientes. ✓ Axilas ✓ Interdigitais ✓ Inguinal ✓ Dobras cutâneas MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 2 CONCENTRAÇÃO Para cada cm², há 100 bactérias. • 105/ cm² - Regiões mais concentradas • 103/ cm² MICRORGANISMOS Geralmente, tanto as GRAM (+) quanto as GRAM (-) não vão causar problemas. Elas só vão causar problemas quando o animal estiver com o sistema imunológico deficitário. Por exemplo, quando o sistema imunológico está com alguma doença viral que esteja diminuindo a quantidade de leu- cócitos. • GRAM (+) ✓ Staphylococcus coagulase negativa ✓ Corynebacterium spp. ✓ Propioniobacterium spp. ✓ Micrococcus sp; ✓ Estreptococcus do grupo viridans • GRAM (-) ✓ Acinetobacter spp. ✓ Leveduras ✓ Melassezia pachydermatis PROPRIEDADE ANTIBACTERIANAS A bactérias estão sobre os animais, em vários sistemas. Esses microrganismos po- dem causar problemas aos animais, mas só se esse animal possuir um fator primário agravante, como por exemplo, o sistema imune deficiente. • Pele desidratada ✓ Modifica a atuação do microclima da pele diminuindo a umidade, assim es- sas bactérias não tem a capacidade de sobreviver de uma maneira boa. • Tensão CO2 ✓ Onde tem uma quantidade de CO2 mais elevada, como por exemplo, o pavilhão auricular, tem uma maior ca- pacidade dos microrganismos sobrevi- verem (aqueles que estão adaptados ao CO2. Aqueles que não estão vão ser inativados). • pH ✓ Regiões onde a acidez é mais alta, ou seja, < que 6,0, pode ter bactérias que não vão sobreviver • Descamação ✓ A pele está se livrando de bactérias ruins nesse momento. MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 3 • Secreções e excreções ✓ Glândulas sebáceas que produzem li- pídeos • Glândulas sudoríparas produzindo: ✓ Lactato ✓ Propionato ✓ Acetato ✓ Cloreto de sódio Todas essas substâncias conseguem inati- vas/diminuir a quantidade de bactérias que es- tão sobre a pele, ou seja, deixa-las em um nível adequado para que não cause problemas. ESTERILIZAÇÃO CUTÂNEA • Inacessibilidade a maior parte cutânea • Clorexidine a 0,5% • Álcool a 70% • Destrói as bactérias boas que estão na pele, porém, por serem muito importan- tes, elas recolonizam. MICROBIOTA DIGESTÓRIO MICROBIOTA DA BOCA • Aeróbios facultativos e obrigatórios • Estreptococos não hemolítico ✓ Hemolítico – não causam problemas aos eritrócitos • Actomyces sp. • Pasteurella multocida ✓ Se encontra na cavidade oral dos bo- vinos. ✓ Quando o bovino se estressa por al- gum motivo (falta de água, calor), ela se multiplica e causa uma doença res- piratória, a febre dos transportes. • Escherichia coli ✓ Se encontra Causa infecções na cavi- dade oral dos cães MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 4 ESÔFAGO • Não tem microrganismos no esôfago • Só há bactérias se estiver acontecendo um processo infeccioso. ESTÔMAGO E INTESTINO Importância muito marcante fisiologica- mente: • Estômago dos ruminantes ✓ Contém uma série de bactérias que produzem nitrogênio não proteico a partir de compostos nitrogenados não proteicos, como a ureia e a amônia ✓ Conversão de nitrogênio não proteico • Intestino ✓ As bactérias boas ocupam receptores na superfície do epitélio do intestino fa- zendo com que as bactérias ruins como a Escherichia Colli e a Salmo- nela, se afastem ✓ Ocupação de sítios ativos ✓ Conversão de metabólitos ✓ Cerca de 2% da energia que os mono- gástricos, como os suínos e os equi- nos utilizam advém dessas bactérias que estão no instestino PROPRIEDADES BACTERIANAS O que que as bactérias possuem que faz com que elas ajudem os animais no dia a dia . • Adesinas e fímbrias ✓ Adesão ✓ Escherichia coli tem o pili que se liga a receptores do monócito e a célula epi- telial e ocupando esses espaços, não permite com que a bactéria ruim o ocupe. • Bacteriocinas ✓ São substâncias com atividade antimi- crobiana, de natureza proteica e pro- duzida por bactérias, que podem ser empregadas de diferentes formas no alimento para inibir o crescimento de microrganismos indesejáveis. ✓ Na imagem mostrasão as bacterioci- nas produzidas pelas bactérias MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 5 • Liberação de ácidos graxos por anae- róbios ✓ Bactérias que estão no intestino grosso de alguns animais que produ- zem ácido acético. Esses ácidos são produzidos pelas bactérias Acetobac- ter e outras, e conseguem inibir bacté- rias ruins que podem se instalar no trato digestório dos animais e causar problemas. PROPRIEDADES DO HOSPEDEIRO Em relação aos animais, eles possuem algumas propriedades que facilitam com que as bactérias ruins não se instalem. • Contribuição para o estabelecimento de bactérias • Os animais vão ter receptores para adesinas • Peristaltismo ✓ Área que empurra o bolo alimentar para frente. Nesse sentido, bactérias que não tem uma ação no trato diges- tório (ruins) serão eliminadas. MICROBIOTA RESPIRATÓRIA • Só vai ter bactérias nas narinas e fa- ringe (trato respiratório alto) ✓ Não tem bactérias na traqueia, nem nos brônquios e bronquíolos ✓ Só vai existir bactérias nessas locais se estiver acontecendo um processo infeccioso MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 6 MICROBIOTA RESIDENTE São bactérias que possuem receptores para estar em um determinado local. Se não possuir os receptores, podem causam doenças. • Estreptococcus e Stafilococcus coagu- lase negativa MICROBIOTA NÃO – RESIDENTE Não possuem receptores para estarem em determinado local. • Patógenos e saprófitas transitórios DEFESA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO • Naso-faríngeo ✓ Vibrissas o Estruturas que possuem uma função sensorial e que também apreendem partículas inaladas maiores - 15u • Tecido linfóide ✓ Sistema MALT o Tecido linfóide associado as muco- sas. Possuem células M que recolhem os antígenos que passam direcionados para as células dendríticas e depois para os linfócitos T e B, que vão servir de monitoramento para a defesa do trato entérico e respiratório. • Microbiota residente ✓ Estreptococcus e Stafilococcus fazem um papel importantíssimo para não permitir que outras bactérias ruins ve- nham a causar problemas naquela re- gião. TRAQUEOBRONQUIAL Região composta por Laringe, faringe e brônquios possuem alguns artifícios para impedir que microrgranismos se instalem. ✓ Tosse ✓ MALT MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 7 ✓ Lisozima e Lactoferrina ✓ Proteínas produzidas por células da superfície do sistema respiratório que tem a capacidade delisar a parede celular de algumas bactérias, tanto as gram (+), quanto as gram (-). ✓ Secreção mucóide MICROBIOTA URINÁRIA • Locais de colonização ✓ Parte distal da uretra ✓ Genitália externa ✓ Não tem bactérias no ureter, na be- xiga, nem nos rins. Se tiver, está acon- tecendo um processo infeccioso de bactérias que estavam presentes na parte distal da uretra e na genitália ex- terna. BACTÉRIAS RESIDENTES • Gram negativo não formadores de es- poros ✓ Mycoplasma sp. ✓ Estreptococos sp; ✓ Lactobacilos ✓ Corinebacterias ✓ Estafilococos coagulase negativa BACTÉRIAS TRANSITÓRIAS Podem causar problemas nos animais, porque estão no local de forma temporária. • Escherichia coli • Proteus • Enterococos DEFESA Quando as bactérias chegam no trato urinário vão para a ureter e para bexiga e o corpo do animal irá se defender delas de di- versas formas: MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 8 • Fluxo da urina ✓ Não é favorável a permanência da bactéria naquele local. Ele tende a jo- gar a bactéria para o lado externo, mas mesmo assim tem bactéria que se fi- xam junto das células do trato urinário • Microbiota residente ✓ Favorece com que as bactérias pa- togênicas não se liguem as células epiteliais pelos receptores, porque os receptores já estão ocupados por elas • Muco ✓ Proteção mecânica • Descamação epitelial ✓ A pele está se livrando de bactérias ruins nesse momento. • Alta osmolaridade ✓ Quando a urina tem uma concentração de soluto muito alta, ou seja, quando a urina está densa. Isso faz com que a bactéria perca água para o meio e morra • Ureia ✓ Uma série de animais excreta a ureia como metabólito secundário dos pro- dutos nitrogenados que são produzi- dos no animal. Ou seja, o que advém dos rins e do fígado será excretado em forma de ureia. ✓ A ureia é um composto bacterioes- tático, composto que para a multi- plicação das bactérias. • IgA ✓ Imunoglobulina que auxilia as mu- cosas Porque apesar de todas essas barreiras e di- ficuldades as doenças ocorrem? Por conta da li- nha de patogenicidade, parte do DNA que tem um gene responsável por causar a doença no animal. A bactéria dribla o sistema imunológico, consegue passar do muco, destrói as bactérias residentes e causa a doença. ESTRÓGENO • Liberação de estrógeno • Estrutura para recebimento do embrião • Presença de PMNs • Produção de mieloperoxidase • Fagocitose de bactérias FATORES EXTERNOS E MICROBIOTA MICROBIOLOGIA GERAL (A12) – PROF. FRANCISCO MARLON - UFERSA/ @_vitalmd 9 • Antimicrobianos • Estresse • Doenças crônicas • Alimentação
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