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Etiologia das maloclusões SEMINÁRIO DE ORTODONTIA I- 2020/2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO DE ODONTOLOGIA FATORES GERAIS ABRAÃO, AMY, ANA MARIA, ARTHUR, BRUNA CAROLINA, BRUNA BISSOLI, ESTER, FERNANDO, ISABELA TRANNIN, LIZ, LORRAYNE, MANUELLA, MATHEUS E TIEMI Sumário 1 INTRODUÇÃO 2 FATORES HEREDITÁRIOS 3 FATORES CONGÊNITOS 4 FATORES AMBIENTAIS 5 FATORES METABÓLICOS 6 FATORES NUTRICIONAIS 7 HÁBITOS ANORMAIS 2 1 INTRODUÇÃO: origem dos termos termo utilizado para designar qualquer desvio da oclusão normalMALOCLUSÃO MOYERS, R. E., 1979 3 ETIOLOGIA investigação das causas de um determinado fenômeno IMPORTÂNCIA: diagnóstico preciso, plano de tratamento adequado e eficaz! INTRODUÇÃO MALOCLUSÃO ORIGEM MULTIFATORIAL NÃO TEM UMA ÚNICA CAUSA ESPECÍFICA COMBINAÇÃO DE VÁRIOS FATORES AGINDO NO SISTEMA MAXILOMANDIBULAR PODE RESULTAR NAS MALOCLUSÕES ALMEIDA, R. R. et al, 2000 4 INTRODUÇÃO ETIOLOGIA DAS MALOCLUSÕESGRABER, 1996 fatores locais fatores gerais Afetam o metabolismo geral, com direta influência no desenvolvimento dos maxilares, dentes e demais tecidos que formam a cavidade bucal fatores hereditários fatores congênitos fatores ambientais fatores metabólicos fatores nutricionais hábitos anormais GRABER, 1996 5 2 FATORES HEREDITÁRIOS FERREIRA, F. V., 2002; PROFFIT, W. R; FIELDS JN., H. W., 2007 o crescimento e desenvolvimento da face sofre alta influência hereditária PADRÃO NORMAL DE CRESCIMENTO Relações esqueléticas harmônicas Favorece a chave de oclusão ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS Deficiência mandibular / Protrusão maxilar Protrusão mandibular / Retrusão maxilar CLASSE II CLASSE III Influência hereditária no padrão de crescimento e desenvolvimento ósseo 6 FATORES HEREDITÁRIOS Também destaca-se, dentro da hereditariedade: Influência racial hereditária Influência genética dos tipos faciais FERREIRA, F. V., 2002; PROFFIT, W. R; FIELDS JN., H. W., 2007 BRAQUIFACIAL DOLICOFACIAL MESOFACIAL Homogênea menor índice de maloclusão Miscigenação das raças aumenta a frequência de discrepâncias entre o tamanho dos maxilares e dos dentes 7 FATORES HEREDITÁRIOS Padrões raciais diversos com diferentes padrões de normalidade ou maloclusão característica melanodermas leucodermas asiáticos Prevalência de Classe I com biprotrusão dentária com descendência europeia: prevalência de Classe II Prevalência de Classe III FERREIRA, F. V., 2002; PROFFIT, W. R; FIELDS JN., H. W., 2007 8 3 FATORES CONGÊNITOS FISSURA LABIOPALATINA falha na fusão dos processos faciais embrionários etiologia multifatorial, sendo a relação de fatores genéticos e ambientais (tabagismo, anticonvulsivantes, uso de drogas, uso de esteroides, retinóides, diabetes e deficiências nutricionais) fundamentais para seu desenvolvimento PEDRO, et al, 2010; TAIB et al., 2015; LIMA et al., 2019 pode gerar alterações no desenvolvimento dentário decorrente da alteração morfológica óssea agenesia do incisivo lateral superior inclinação axial alterada nos incisivos supranumerários microdontia erupções ectópicas hipoplasia do esmalte 9 FATORES CONGÊNITOS FISSURA LABIOPALATINA ANTUNES et al., 2014; BANERJEE, M.; DHAKAR, A.S, 2013; SPINA, 1972 fissuras pré-forame incisivo fissuras pós-forame incisivo fissuras transforame incisivo classificação das fissuras fissuras raras da face 10 FATORES CONGÊNITOS FISSURA LABIOPALATINA RIBEIRO, A.A.; LEAL, L.; THUIN, R, 2007; CAMPBELL et al., 2010; SANTOS et al., 2017 MORDIDA CRUZADA MALOCLUSÕES FREQUENTES Labiorrinoplastia e palatoplastia realizadas em crianças resultam em faces retrognáticas e maxilas atrésicas por inferirem no crescimento da maxila TRATAMENTO exige uma equipe multidisciplinar, envolvendo otorrinolaringologia, pediatria, psicologia, genética, cirurgias plásticas, além de cirurgiões dentistas gerais e especialistas em cirurgia bucomaxilofacial, prótese, implantodontia, odontopediatria e ortodontia 11 FATORES CONGÊNITOS DISOSTOSE CLEIDOCRANINA BUTTERWORTH, 1999; JÚNIOR, 2007 anomalias do crânio, dentes, maxilares e cintura escapular, bem como parada ocasional do crescimento dos ossos longos RARA DISPLASIA ESQUELÉTICA CONGÊNITA proeminência frontal e parietal, atraso no fechamento da fontanela anterior, seios paranasais subdesenvolvidos e estreitos, nariz largo com ponte nasal deprimida, hipertelorismo ocular e cabeça braquicéfala CARACTERÍSTICAS CRANIOFACIAIS aplasia ou hipoplasia clavicular, com a ausência uni ou bilateral CARACTERÍSTICA MARCANTE 12 FATORES CONGÊNITOS DISOSTOSE CLEIDOCRANINA BUTTERWORTH, 1999; ALVES, 2008 CARACTERÍSTICAS ODONTOLÓGICAS Palato estreito e profundo, maxila pode ser pouco desenvolvida causando prognatismo mandibular, dentes supranumerários, impactados e ectópicos, apresentando anomalias de coroa e raiz, erupção dentária é retardada e pode ser observada ausência de reabsorção radicular nos dentes decíduos Tratamento cirúrgico ortodôntico: extração dos supranumerários e decíduos e tracionamento dos permanentes. Diagnóstico precoce importante para as forças ortodônticas atuarem no momento biológico apropriado. Em alguns casos, cirurgia ortognática é recomendada. TRATAMENTO 13 FATORES CONGÊNITOS SÍFILIS CONGÊNITA NEVILLE et al, 2009; PESSOA, L., GALVÃO, V., 2011; KALININ, 2015 Doença infecciosa bacteriana que tem como agente etiológico a espiroqueta Treponema pallidum e quando transmitida pela mãe infectada para o feto recente tardia até 2 anos de vida. sem interesse ortodôntico após 2 anos de vida, apresentação da tríade de Hutchinson ceratite intersticialsurdezdentes de Hutchinson bordas incisais com lesão hipoplásica forma de meia lua incisivos em barril molares em amora projeções globulares ao invés de cúspides atresia da maxila palato ogival nariz em sela 14 FATORES CONGÊNITOS TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO anomalia musculoesquelética, de etiologia incerta, comum em crianças, definido como uma contratura unilateral do músculo esternocleidomastóideo, que leva à inclinação e à rotação limitada da cabeçaocorrem assimetrias faciais decorrentes de alterações no desenvolvimento mandibular e acentuado desvio da linha média dental tratamento fisioterápico e se necessário recorrer ao cirúrgico antes dos 12 anos para evitar deformidades faciais FERREIRA, F. V., 2008; AVANZI, O. et al, 2009; LEE, S. et al., 2011 15 FATORES CONGÊNITOS PARALISIA CEREBRAL Nenhuma anomalia intraoral é exclusiva de portadores da paralisia cerebral, contudo algumas condições são mais comuns ou mais severas nestes pacientes do que na população em geral, como periodontite, bruxismo e cárie por falta de higienização - protrusão dos dentes anterossuperiores, - sobremordida (overbite) - transpasse horizontal (overjet) exagerado, - mordida aberta - mordidas cruzadas unilaterais MALOCLUSÕES FREQUENTES devido a relação desarmônica entre músculos intraorais e periorais Tashiro, B.A.F. et al, 2012; ARRUDA, M., 2011; SANTOS, A.; COUTO, G., 2008 16 FATORES CONGÊNITOS DISPLASIA ECTODÉRMICA grande grupo de cerca de 170 síndromes de características que afetam as estruturas de origem ectodérmica, incluindo dentes, pele, glândulas sudoríparas e o cabelo identificadas classicamente por: hipoidrose hipotricose hipodontia As principais características intrabucais e faciais encontradas na displasia ectodérmica são: - ausência total (agenesia) dos dentes - ausência parcial (oligodontia) dos dentes - dimensão vertical reduzida - terço inferior da face reduzido - ausência de osso alveolar - maxilares pouco desenvolvidos - lábios protuberantes - xerostomia/hipossalivação KERE et al., 1996; ALMEIDA, R. R. et al, 2000; PRIOLO, 2001; WHIGHT, et al., 2017 17 FATORES CONGÊNITOS SÍNDROME DE BLOCHSULZBERGER Alterações no desenvolvimento dos tecidos ectodérmicos e mesodérmicos, podendo ocorrer manifestações neurológicas, na pele, nos olhos, dentese unha. As características dentárias e faciais mais frequentes são: - dentes cônicos - dentes malformados - agenesia dentária - atraso na erupção dentária - fissura labial e palatina - dentes supranumerários - freio labial baixo - assimetria facial ALMEIDA et al., 2000; DIFFINI; MARIA, 2014; REGIS; FILHO, 2019 18 FATORES CONGÊNITOS SÍNDROME DE RIEGER condição caracterizada por anomalias oculares, dentárias, craniofaciais, periumbilicais e sistêmicas. Acredita-se que origina-se de um defeito do tecido ectodérmico causada por distúrbios de desenvolvimento do tecido da crista neural As anormalidades dentárias e faciais incluem: - hipodontia das dentições decídua e/ou permanente, principalmente nos incisivos superiores, caninos e segundos pré-molares - dentes em forma de cavilha ou cônica - microdontia - taurodontia - hipoplasia do esmalte - raízes dentárias encurtadas - inserção gengival reduzida. - hipoplasia maxilar com uma mandíbula prognata e um perfil côncavo - lábio inferior protrusivo e lábio superior recessivo SKOGEDAL, N., 2007, PIRIH, 2019 19 4 FATORES AMBIENTAIS PRÉ-NATAIS CONFORMAÇÃO INTRAUTERINA A pressão contra a face em desenvolvimento intrauterino pode provocar distorções nas áreas de crescimento rápido BRAÇO PRESSIONANDO A FACE pode resultar em deficiência maxilar severa DIMINUIÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO permite que o feto flexione a cabeça contra o tórax, impedindo que a mandíbula cresça mandíbula pequena, que não se deslocou, empurra a língua para cima, impedindo o fechamento dos processos palatinos síndrome de pierre-robin CONFORMAÇÃO FINAL NO ÚTERO danos neurológicos, deformações na face e mandíbula PROFFIT, W. R; FIELDS JN., H. W., 2007 20 FATORES AMBIENTAIS PRÉ-NATAIS DIETA MATERNA A gravidez provoca modificações fisiológicas no organismo materno, que geram necessidade aumentada de nutrientes essenciais, e se houver inadequado aporte energético da gestante, pode levar a uma competição entre a mãe e o feto, limitando a disponibilidade dos nutrientes necessários ao adequado crescimento fetal 2° E 3° TRIMESTRE 1° TRIMESTRE desenvolvimento e diferenciação dos órgãos fetais otimização do crescimento e desenvolvimento cerebral a dieta influencia a dieta materna deve conter: cálcio ferro ácido fólico zinco vit. A vit. C vit. D MELO et al., 2007; DREHMER, 2008; BRASIL, 2005 21 DIETA MATERNA vitamina D reduz a homeostase e mineralização óssea e aumento do risco de fratura DEFICIÊNCIA DESSES NUTRIENTES DA FORMAÇÃO FETAL ACARRETA EM: Ca e P compromete a formação dos germes dentários e esqueleto fetal Durante o período de desenvolvimento dentário, o cálcio atravessa a barreira placentária depositando-se sob a forma de uma matriz tecidual de esmalte e dentina. Caso exista alguma disfunção metabólica materna ou mesmo uma deficiência nutricional, esta poderá provocar distúrbios na formação dentária MCDONALD, R.E et al, 2001; MERCADANTE, M.M.N. 2002; FREITAS et al., 2010 22 MICROCEFALIA: ZIKA VÍRUS E RUBÉOLA FATORES AMBIENTAIS PRÉ-NATAIS É considerado microcefalia quando um recém nascido possui o perímetro cefálico abaixo do padrão das curvas apropriadas para idade e sexo forte associação de microcefalia e outras anomalias fetais com zika vírus. outras causas relatadas de microcefalia são: - alterações vasculares, - desordens sistêmicas e metabólicas, - exposição a drogas durante a gravidez - desnutrição grave na gestação - as infecções maternas de transmissão no período pré-natal e perinatal: rubéola, toxoplasmose - maloclusão - problemas periodontais - alterações no palato - obstrução das vias aéreas - maxila e mandíbula diminuídas - apinhamento dentário - macroglossia ALTERAÇÕES ODONTOLÓGICAS MARINHO J.V.M., et al., 2020; SOUZA A.S.R., et al., 2016 23 FATORES AMBIENTAIS PÓS-NATAIS TRAUMAS DO NASCIMENTO E INJÚRIAS NA ATM Traumatismos na infância ou durante o parto, principalmente pelo uso de fórceps obstétrico, podem danificar a articulação temporomandibular, uni ou bilateralmente hemorragia interna → fibrose → perda de tecido cartilaginoso → anquilose da articulação assimetria facial, micrognatia, limitação dos movimentos mandibulares SUBDESENVOLVIMENTO DA MANDÍBULA E MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Vogelgesicht Nome dado a inibição do crescimento da mandíbula devido a anquilose da ATM e além dos problemas funcionais, também traz distúrbios estéticos, nutricionais, psicológicos e sociais. Apesar disso, crianças com deformidades mandibulares são muito mais propensos a terem uma síndrome congênita do que ter injúrias como essas durante o parto ou dentro do útero. MOYERS, R.E., 1979; PROFFIT, W. R; FIELDS JN., H. W., 2007 24 FATORES AMBIENTAIS DOENÇAS INFECCIOSAS rubéola catapora sarampo A febre elevada, que é causada por essas infecções, altera os tecidos de origem ectodérmica, gerando sulcos no esmalte. Dessa forma, podem causar hipoplasia, aplasia parcial ou total do esmalte dos dentes decíduos e erupção tardia dos dentes poliomielite Doença causada pelo vírus poliovírus que afeta o sistema nervoso causando distúrbios na função muscular, gerando sequelas, por exemplo, a maloclusão como um efeito secundário dessa paralisia muscular. FERREIRA, 2008 25 Como o sistema estomatognático está relacionado ao controle endócrino da glândula tireóide, distúrbios na secreção dos hormônios T3 e T4 podem levar a alterações na cavidade oral, sendo elas mais frequentes na forma congênita da doença. - alterações na formação de dentina e hipoplasia do esmalte - macroglossia e mordida aberta - retardo na erupção dentária e taurodontia - hipoplasia condilar - atresia maxilar ou mandibular - hipodesenvolvimento da mandíbula e prognatismo maxilar 5 FATORES METABÓLICOS DUDHIA, 2014; SANTOS, et al. 2012; FERREIRA, 2008 Em geral, os distúrbios endócrinos podem causar hipoplasia dos dentes, distúrbios no fechamento das suturas, na erupção e na reabsorção dos dentes decíduos, além de retardar ou acelerar o crescimento facial. Hipotireoidismo hipotireoidismo infantil - cretinismo lábios grossos macroglossia mordida aberta 26 6 FATORES NUTRICIONAIS A mastigação apresenta papel fundamental no desenvolvimento e crescimento dento-facial, atuando tanto no estímulo de erupção dentária quanto no aumento das dimensões dos arcos osteodentários. ALIMENTOS MAIS FIBROSOS aumentam a carga da função sobre os dentes, estimulando maior trabalho muscular, gerando maior largura dos arcos dentais desgaste intenso das faces oclusais dos dentes ALIMENTOS MAIS PROCESSADOS LÍQUIDOS E PASTOSOS pouco desgaste oclusal estimula de forma insuficiente a função dentária resultando em uma contração dos arcos dentais resulta em maloclusão MOYERS et al, 1991; BIANCHINI et al, 1995; ALMEIDA et al, 2000. 27 7 HÁBITOS DELETÉRIOS DE SUCÇÃO AMAMENTAÇÃO vs MAMADEIRA O aleitamento materno é um dos estímulos externos necessários à evolução da maturidade neural, adequação das funções orais no exercício da ordenha e no desenvolvimento craniofacial pt. lateral pt. medial masseter temporal digástrico genio-hioideo milo-hioideo DESENVOLVIMENTO MUSCULAR NA SUCÇÃO permite a abertura, protrusão, fechamento e retrusão adequadosno movimento de ordenha correto da amamentação durante a ordenha os lábios estão bem acoplados ao seio, impedindo a entrada de ar, há um posicionamento adequado da língua e o ponto de sucção se encontra na junção do palato duro com o mole BERVIAN; FONTANA; CAUS, 2008; GOMES, 2008 28 A língua recebe o leite materno em concha e o encaminha para o palato, onde é exercitada a deglutição. AMAMENTAÇÃO vs MAMADEIRA A amamentação funciona também como exercício respiratório, sendo extremamente importante quando o bebê precisa sincronizar a atividade muscular com a respiratória, respirando apenas pelo nariz, atividade essa, responsável pelo desenvolvimento do terço médioda face 1 – respiração exclusiva pelo nariz, auxiliando no desenvolvimento do sistema respiratório 2 – trabalho muscular que propicia o tônus muscular adequado dos músculos da mastigação 3 – movimentos de protrusão e retrusão mandibulares exercitam partes adequadas da ATM, favorecendo o crescimento póstero-anterior dos ramos mandibulares e modulam o ângulo mandibular, deixando a mandíbula em neutro-oclusão e favorável à erupção dos dentes decíduos ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL CORRETO TUDO PROPORCIONADO PELA AMAMENTAÇÃO PLANAS, 1988; VINHA, 2002; GOMES, 2008; CASAGRANDE, 2008 29 AMAMENTAÇÃO vs MAMADEIRA A falta dos movimentos de protrusão e retrusão na amamentação artificial, leva ao retrognatismo mandibular fisiológico, uma vez que a mandíbula não possui estímulo para o desenvolvimento. O movimento de sucção leva, além da redução dos movimentos mandibulares, à sobrecarga do músculo bucinador, provocando estreitamento maxilar, aprofundamento do palato e cruzamento de mordida, além de posteriorização, flacidez e hipotonicidade lingual. O aleitamento artificial pela mamadeira pode substituir o aleitamento natural por diversos motivos, como interrupção da produção de leite por causas psicoemocionais e razões específicas que comprometem a saúde da mãe e da criança, por exemplo. VINHA, 2002; NEIVA, F.C.B. et al, 2003; GOMES, 2008; CASAGRANDE, 2008 30 Para compensar a pressão negativa criada dentro da mamadeira, a qual impede a saída do leite, o bebê afrouxa os lábios, permitindo que o ar entre na mamadeira. AMAMENTAÇÃO vs MAMADEIRA VINHA, 2002; NEIVA, F.C.B. et al, 2003; GOMES, 2008; CASAGRANDE, 2008 atresia maxilar palato profundo mordida cruzada respiração bucal 31 HÁBITOS DELETÉRIOS DE SUCÇÃO SUCÇÃO DO POLEGAR E OUTROS DEDOS A sucção é um reflexo inato, sendo um impulso presente desde a vida pré-natal. Dessa forma, é comum que esse hábito seja constantemente encontrado nas crianças. problemas na alimentação/amamentação desmame precoce tensões emocionais MOYERS,1991; TANAKA, et al, 2004 ORIGEM MULTIVARIADA diagnóstico criterioso e observacional O simples obstáculo mecânico representado pelo dedo pode causar algumas alterações. restringe desenvolvimento vertical dos incisivos retira a língua da sua posição normal modifica o desenvolvimento normal do palato causa maior protrusão dos dentes superiores anteriores causa maior inclinação para lingual dos dentes anteriores inferiores 32 SUCÇÃO DO POLEGAR E OUTROS DEDOS O tipo de maloclusão que pode se desenvolver com o hábito de sucção digital vai depender de algumas variáveis, como: a duração da sucção da intensidade e frequência a morfologia esquelética facial a posição da mandíbula durante a sucção a posição do dedo as contrações musculares associadas POLEGAR APOIADO NO PALATO projeção dos dentes anteriores superiores mordida aberta, língua projetada para anterior peso da mão leva a retração mandibular estreitamento do arco maxilar, palato profundo, assoalho nasal estreito lábio superior hipotônico lábio inferior hiperativo MOYERS,1991; TANAKA, et al, 2004 33 HÁBITOS DELETÉRIOS DE SUCÇÃO PRESSIONAMENTO LINGUAL ATÍPICO É a interposição da língua entre os arcos dentários durante a fonação, deglutição e até mesmo durante o repouso. causa primária causa secundária Quando a interposição causa a maloclusão, por exemplo, quando há hipertrofia de amígdala ou em casos de macroglossia, por exemplo. Quando a interposição ocorre por conta da maloclusão já existente (mordida aberta anterior), por isso a língua busca uma posição mais para anterior, promovendo o selamento anterior. PROFFIT, 2009; PROFFIT, 2007; ALMEIDA et. al. 1998; MOYERS, 1991 34 HÁBITOS ANORMAIS SUCÇÃO, MORDIDA E INTERPOSIÇÃO LABIAL Geralmente é o lábio inferior que está envolvido. Quando isso acontece, o resultado é a vestibuloversão dos dentes anteriores superiores e retroinclinação dos incisivos inferiores (aumento no trespasse horizontal).. ALMEIDA et. al. 1998; MOYERS, 1991 Assim como a interposição lingual, a sucção do lábio também pode atuar secundariamente a uma alteração morfológica, sendo executada com o objetivo de permitir o selamento labial durante a deglutição 35 HÁBITOS ANORMAIS ONICOFAGIA Hábito de roer as unhas associado à ansiedade, estresse, solidão, tanto no adulto como na criança. Funciona como uma transferência de um hábito (como a sucção de polegar) para outro. - intrusão de elementos dentais, principalmente de incisivos superiores - contribui com o avanço de doenças periodontais. - alterações oclusais e incisais, principalmente nos incisivos - onicofagia durante o tratamento ortodôntico aumenta a reabsorção radicular, em alguns casos pode levar a perda do dente EFEITOS ODONTOLÓGICOS VASCONCELOS et. al. 2012; MOYERS, 1991 36 HÁBITOS ANORMAIS DEGLUTIÇÃO ANORMAL Para que a deglutição se proceda de maneira normal, faz-se necessário o equilíbrio entre os músculos periorais, mastigatórios e a língua. Qualquer ruptura desse equilíbrio pode dar origem a deglutições atípicas, as quais, por sua vez, poderão atuar como fatores etiológicos de má oclusão, visto que o osso é um tecido extremamente plástico, com capacidade de se moldar às pressões musculares - desarmonias entre as bases ósseas - aprofundamento do palato - supraerupção dos dentes posteriores - vestibuloversão dos dentes anteriores - mordida cruzada - mordida aberta EFEITOS ODONTOLÓGICOS- amígdalas hipertrofiadas - anquiloglossia/macroglossia - bico de mamadeira - rugosidade palatina grossa - hábito de sucção - padrão neurológico determinado - perda dentária - pressão atípica do lábio POSSÍVEIS CAUSAS TRATAMENTO associação ortodontista (alterar a disposição dos arcos dentários com aparelhos ortopédicos e ortodônticos) e fonoaudiólogo (reabilitação miofuncional orofacial) FERNANDES, L. F. T. et al., 2010; NAKAO, T. H. et al., 2016 37 HÁBITOS ANORMAIS DEFEITOS NA FONAÇÃO Para uma adequada produção da fala, é importante que o sistema estomatognático esteja anatômica e funcionalmente equilibrado. São muitos os fatores que interferem na produção dos sons da fala, sendo os problemas de dentição e oclusão, as alterações orofaciais e a respiração oral, alguns dos mais apontados como possíveis causas odontológicas de risco de interferência. MARTINELLI, R. L., 2011 Mordida aberta: as letras F e V surgem deficientes pela dificuldade do lábio inferior atingir os incisivos superiores. As bilabiais (m, p, b) são difíceis de pronunciar, por incompetência labial. Retrusão mandibular: condiciona uma dificuldade no inter-relacionamento dos lábios e da língua, podendo promover certa deficiência na pronúncia dos sons dependentes da harmonia dessas estruturas. Protrusão mandibular: chama-se atenção para o F e o V, cuja válvula articulatória vai ser feita com o lábio superior e incisivos inferiores, ao invés da situação inversa, que seria a correta. 38 HÁBITOS ANORMAIS ANOMALIAS RESPIRATÓRIAS: RESPIRAÇÃO BUCAL A associação entre respiração nasal insuficiente e morfologia dentofacial tem sido estudada extensivamente e muitos autores acreditam que o padrão de crescimento craniofacial pode ser afetado pela função muscular desequilibrada típica de uma respiração bucal. Esse desequilíbrio das pressões musculares, por sua vez, podem afetar o crescimento de ambos os maxilares e o posicionamento dos dentes Na normalidade fisiológica, a respiração deve ser realizada predominantemente via nasal, para que o ar inspirado chegue aos pulmões umedecido, aquecido e filtrado, no entanto, por algum motivo, a via aérea obstruída impede esse tipo de respiração e o indivíduo recorre pela respiração bucal. ALMEIDA, R. R. et al, 2000; PROFFIT, W. R. et al., 2012; GRIPPAUDO, C. et al, 2016 39 ANOMALIAS RESPIRATÓRIAS: RESPIRAÇÃO BUCAL RESPIRAÇÃO NASAL RESPIRAÇÃO BUCAL via aérea de tamanho reduzido classeII de Angle mordida aberta anterior e overjet acentuado língua abaixada falta de selamento labial face longa olheiras sorriso gengival narinas estreitas palato arqueado e deformação transversal da maxila ALMEIDA, R. R. et al, 2000; PROFFIT, W. R. et al., 2012; GRIPPAUDO, C. et al, 2016 40 HÁBITOS ANORMAIS ANOMALIAS RESPIRATÓRIAS: ANOMALIAS DE SEPTO Uma respiração nasal inadequada é responsável pelo hábito de respiração bucal, que já foi descrito como deletéria para o desenvolvimento dos maxilares Crianças com respiração oral obrigatória secundária a desvios de septo nasal apresentam um aumento da altura facial anterior, um ângulo goníaco maior, uma posição retrognática significante da maxila e da mandíbula e maior presença de Classe II de Angle em comparação aos respiradores nasais da mesma idade. Então, basicamente, as anomalias no septo nasal, impedem a respiração nasal adequada, favorecendo a respiração bucal. D’ASCANIO, L. et al, 2010; RODRIGUES, M. M. et al, 2012; 41 HÁBITOS ANORMAIS INFLAMAÇÃO DAS TONSILAS FARÍNGEA, PALATINA E RINITE ALÉRGICA Inflamação na tonsila faríngea faz com que a língua saia de sua posição de repouso tocando no palato e abaixe. Da mesma forma, inflamação na tonsila palatina faz com que a língua fique protruída. A rinite alérgica causa constante obstrução nasal. Essas características descritas propiciam uma respiração bucal pelo paciente. Dessa forma, há a tendência que os dentes anteriores fiquem vestibularizados, a mandíbula atresie e o palato se torne ogival, caracterizando um clássico caso de mordida aberta anterior GÓIS, E.G.O., 2010 42 HÁBITOS ANORMAIS BRUXISMO É uma desordem do sistema mastigatório que se caracteriza pelo ranger ou apertamento dos dentes, de forma automática e inconsciente, durante o dia ou a noite. Algumas das consequências são: - desgaste dentário - alteração da mordida - hipertrofia dos músculos da mastigação - fratura de restaurações - disfunções temporomandibulares Todas essas consequências podem ser relacionadas a propensão ao desenvolvimento de maloclusões. RODRIGUEZ-MONTERO, M.P, 2014 43 Conclusão O Conhecimento da etiologia das maloclusões é fundamental no trabalho ortodôntico, pois na maioria das vezes há necessidade de conhecer e eliminar as causas para se obter sucesso no tratamento. 44 Referências Introdução ALMEIDA, R. R. et al. Etiologia das Más Oclusões: Causas Hereditárias e Congênitas, Adquiridas Gerais, Locais e Proximais (Hábitos Bucais). Dental Press, Maringá, v. 5, n. 6, p. 107-129, 2000. MOYERS, R. E. Ortodontia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1979. Disostose cleidocraniana ALVES, N.; OLIVEIRA, R., Cleidocranial Dysplasia – A case report. International Journal of Morphology; v.26, n.4, p.1065-1068, 2008. BUTTERWORTH, C. 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