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TICS - DIU

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Como funciona este método contraceptivo (DIU)? Quais as pacientes que 
possuem riscos ou contraindicações a este método contraceptivo? 
O DIU, pela eficácia e boa aceitação como método contraceptivo, evidenciado pela 
satisfação e continuidade é atualmente a segunda alternativa de planejamento 
familiar depois da esterilização cirúrgica, havendo controvérsias sobre qual 
dispositivo é considerado o melhor. 
Para alguns autores, o DIU contendo cobre parece ser mais eficaz do que os 
demais; entretanto, segundo outros, o DIU contendo levonorgestrel apresenta 
melhores resultados em comparação aos que contêm cobre, quanto ao risco menor 
de complicações, descontinuação de uso e ineficácia 
O dispositivo intrauterino de cobre (DIU) é utilizado há anos como método 
contraceptivo de longo prazo. É método que não necessita de uso ou lembrança 
diária pela mulher e apresenta poucos efeitos adversos. É bem tolerado pela maioria 
das usuárias com baixo índice de descontinuidade. 
Atua basicamente no útero (endométrio e muco cervical) sendo especialmente 
indicado nos casos onde não se deve administrar hormônios pelos efeitos sistêmicos 
O mecanismo de ação principal deve-se à produção de uma reação inflamatória, 
citotóxica, que é espermicida, determinando especificamente alterações 
endometriais, que comprometem a qualidade e a viabilidade dos espermatozoides. 
Por outro lado, as alterações endometriais hostis ao óvulo, dificultam sua 
implantação. Essas mudanças parecem ser a principal forma contraceptiva do DIU. 
O DIU contendo cobre ainda inibe a mobilidade espermática, pela alta concentração 
desse metal no muco cervical 
São consideradas cinco categorias restritas de contraindicações: infecção uterina 
em atividade, gravidez confirmada, fatores uterinos, câncer ginecológico do corpo e 
colo do útero e reações adversas aos componentes do DIU, geralmente ao cobre. 
Estima-se que anomalias uterinas ocorrem em aproximadamente 4% das mulheres 
em idade reprodutiva. Anormalidades uterinas como estenose cervical, miomas 
grandes ou septo uterino, podem tornar a inserção mais difícil e aumentar o risco de 
expulsão. 
No entanto, se a cavidade uterina puder ser abordada com segurança, a inserção 
poderá ser feita. Enfatiza-se, por fim, que uma determinada condição só deve ser 
listada como contraindicação: apenas se o risco do uso do DIU exceder o risco de 
uma gravidez indesejada. 
O DIU é um excelente método contraceptivo de longo prazo com poucos efeitos 
colaterais, desprovido de ação sistêmica e bem tolerado pelas mulheres 
O dispositivo intrauterino de cobre (DIU) é bastante eficaz no controle da natalidade 
e possui ação por até 12 anos. 
O preciso mecanismo de ação do DIU de cobre ainda é desconhecido, sugerindo a 
presença de vários fatores. Admite-se que o cobre promova mudanças bioquímicas 
e morfológicas no endométrio e muco cervical (citocinas, como aumento das 
prostaglandinas endometriais). 
Com isso o DIU afetará adversamente a ascensão dos espermatozoides. O 
processo ovulatório não é inibido pelo DIU, mas o cobre na cavidade endometrial 
pode provocar danos aos oócitos. 
O DIU de cobre pode ser utilizado na contracepção de emergência. Ainda tem a 
vantagem de manter seu efeito contraceptivo após a inserção/ administração. 
São poucas as situações que contraindicam o uso do DIU de cobre. Anormalidades 
dos ductos de Muller como útero bicorno, septado ou intensa estenose cervical 
impedem o uso do DIU. Miomas uterinos submucosos com relevante distorção da 
cavidade endometrial contraindicam o uso do DIU pela dificuldade na inserção e 
maior risco de expulsão. Miomas que não distorcem a cavidade uterina não são 
contraindicação ao método. Processos inflamatórios pélvicos agudos (endometrite, 
cervicite mucopurulenta, tuberculose pélvica) contraindicam a manipulação uterina e 
a inserção de dispositivo intrauterino. Este pode impedir a resolução do quadro 
infeccioso. Nas mulheres com história de doença inflamatória pélvica (DIP) (há pelo 
menos três meses) e adequadamente tratadas, a inserção do DIU pode ser 
efetuada. Mulheres em anticoagulação ou com distúrbios da coagulação não irão se 
beneficiar do uso do DIU de cobre pelo provável aumento do fluxo menstrual 
observado. 
 
 
REFERÊNCIAS 
HOLANDA, Antônio Arildo Reginaldo de et al. Controvérsias acerca do dispositivo 
intrauterino: uma revisão. Femina, v. 41, n. 3, 2013. 
GIORDANO, Mario Vicente; GIORDANO, Luiz Augusto; PANISSET, Karen Soto. 
Dispositivo intrauterino de cobre. Femina, p. 15-20, 2015. 
1. Curtis KM, Jatlaoui TC, Tepper NK, et al: U.S. Selected Practice 
Recommendations for Contraceptive Use, 2016. MMWR Recomm Rep 65 (4):1–66, 
2016. doi: 10.15585/mmwr.rr6504a1. 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27467319

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