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TUMORES DA PELE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
ALAN R F PAZ JÚNIOR 
PASSO FUNDO 2021 
 
TUMORES DA PELE 
 
➔ Câncer de pele não melanoma: 
A incidência de câncer de pele e sua morbidade estão aumentando a uma taxa 
de 4% ao ano, estima-se que aproximadamente 50% dos brancos com mais de 
60 anos desenvolverão algum tipo de neoplasia cutânea. Desconfia-se que tal 
elevação esteja relacionada a um aumento da conscientização através de 
campanhas de prevenção (maior procura médica), maior atenção no diagnóstico, 
maior exposição a raios UV (maior tempo disponível para o lazer desprotegido, 
cultura da pele bronzeada) e pelo aumento da longevidade e da proporção de 
idosos na população geral. 
Fatores de risco: presença de sardas antes dos 15 anos de idade, pele clara 
que tem dificuldade de bronzear e que queima com facilidade, olhos claros, 
cabelos loiros ou ruivos, queimadura solar e história de períodos de férias na 
praia anualmente (exposição aguda ao sol). 
Os cânceres de pele não melanoma englobam, principalmente, os Carcinomas 
Basocelulares (CBC) e os Carcinomas Espinocelulares (CEC), sendo o tipo de 
neoplasia mais comum em humanos e sendo causado primariamente pela 
exposição à radiação solar ultravioleta tipo A e tipo B. 20% destes são CEC 
(maiores taxas de mortalidade absoluta) e o restante apresenta-se como CBC. 
Apresentam, ainda, variabilidade de cor, morfologia e textura, podendo dificultar 
o diagnóstico e terapia precoces. A associação mais claramente estabelecida é 
entre a radiação UVB, mas existem cada vez mais evidências sugestivas de que 
a UVA seja também provavelmente carcinogênica (mais associada a casos de 
melanoma) 
Lesões pré-malignas: 
1. Ceratose Actínica: Lesão potencialmente maligna mais comum, 
ocorrendo sobre a pele que foi cronicamente exposta ao sol, 
predominantemente na face, couro cabeludo, antebraços, colo e dorso das 
mãos. As lesões podem regredir, permanecer inalteradas ou progredir 
para CEC invasivo, mas comumente se manifestam como placas 
eritematosas, descamativas, mais palpáveis do que visíveis e medindo de 
2 a 10 mm. Pacientes com múltiplas ceratoses actínicas têm um risco de 
6 a 10% de desenvolver CA de pele. Histologicamente, são lesões 
cutâneas pré-malignas que advêm da proliferação de queratinócitos 
aberrantes que surgem em resposta à exposição aos raios UV. 
2. Quelite actínica: Corresponde a uma ceratose actínica que acomete os 
lábios, geralmente o inferior (recebe quantidade maior de exposição 
solar), e que tem uma possibilidade de metastização maior. Pode haver 
uma perda da diferenciação do vermelhidão do lábio e pode preceder o 
surgimento do CEC labial. 
3. Corno cutâneo: Designação morfológica para um nódulo hiperceratótico 
denso e cônico que se assemelha a um chifre de um animal, sendo o 
resultado de uma aderência incomum de material ceratinizado (queratina 
compacta). Geralmente advém de uma ceratose actínca, embora possa 
ser originado a partir de outras patologias, e são encontrados na face, 
couro cabeludo, dorso das mãos e hélice da orelha. A base da lesão pode 
ser maligna, geralmente CEC ou uma CA. 
 
Carcinoma basocelular (CBC): Neoplasia derivada das células não 
queratinizadas que originam a camada basal da epiderme, sendo o câncer mais 
comum em humanos e correspondendo a 75% de todos os tipos de CA de pele 
(predomínio em idosos do sexo masculino). É o menos agressivo dos tumores 
malignos de pele, apresentando raramente metástases e tendo a invasão local 
como seu maior perigo, pela capacidade de invadir e destruir tecidos adjacentes 
(ossos e cartilagens). 5 CBCs para cada CEC e 10 CBCs para cada melanoma 
 Acredita-se que se originam a partir de células pluripotentes imaturas da 
epiderme interfolicular e células presentes na bainha externa do folículo 
piloso. 
 Malignidade local, necessita do estroma para o seu desenvolvimento, por 
isso raramente metastatizam. 
Em sua suma maioria ocorrem em áreas expostas ao sol, como face, pescoço, 
orelhas, couro cabeludo e braços, sendo o nariz o local mais comum. O CBC típico 
aparece na forma de pápula de crescimento lento, brilhante, da cor da pele ou 
róseas, com telangiectasias e bordas peroladas elevadas. Com o crescimento do 
tumor, o centro pode ulcerar e sangrar, embora não exista dor ou sensibilidade 
associadas. 
 
Quanto aos subtipos, são classificados conforme sua morfologia, sendo 
divididos em: 
− CBC nodular: tipo mais comum, ocorre em geral de forma isolada no 
pescoço ou cabeça, apresentando-se como uma pápula perolada com 
telangiectasias e eventualmente ulcerado 
− CBC superficial: segundo tipo mais frequente, correspondendo a 15 a 25% 
dos CBCs. Placa rósea ou eritematosa, descamativa e bem delimitada. A 
lesão apresenta crescimento lento e é o tipo menos agressivo, 
permanecendo inalterada por meses ou anos. Diagnóstico diferencial com 
eczema, psoríase, Bowen, Paget e ceratose actínica 
− CBC pigmentado: diagnóstico diferencial com melanoma, evolução 
semelhante ao nódulo-ulcerativo. 
− CBC esclerodermiforme: forma de pior prognóstico, com crescimento 
subclínico e diagnóstico tardio, com margens difíceis de serem 
distinguidas. Na maioria das vezes surge na face na forma de placas 
escleróticas (semelhantes a cicatrizes) brancas, rosas ou amareladas. As 
células turmas induzem à proliferação fibroblástica dérmica e deposição 
de colágeno: ESCLEROSE 
O diagnóstico é confirmado pela biópsia e o tratamento vai depender da 
localização, tamanho e profundidade da lesão. As opções incluem curetagem, 
eletrocoagulação, criocirurgia ou imiquimod, 5-fluoracil, para lesões primárias, 
pequenas e superficiais, e exérese cirúrgica convencional (margem de 4mm além 
das bordas visíveis da lesão) ou cirurgia micrográfica de Mohs (método mais 
eficaz) para lesões maiores. O índice de cura com a terapêutica adequada é de 
mais de 90% e as recidivas estão associadas a restos tumorais remanescentes. 
O prognóstico melhora quanto mais precoce e corretamente o CBC for 
diagnosticado e tratado. 
Câncer espinocelular – CEC: O carcinoma espinocelular, carcinoma de células 
escamosas ou carcinoma epidermoide representa 15 a 20% das neoplasias 
malignas da pele e é derivado dos queratinócitos suprabasais (camada 
espinhosa) da pele. Apresenta uma incidência maior em homens acima dos 40 
anos de idade, com fatores de risco associados a fotoexposição, exposição ao 
arsênico ou hidrocarbonetos aromáticos, lesões percursoras (ceratose actínica, 
doença de Bowen, eritroplasia de Queyrat, líquen escleroatrófico genital, 
cicatrizes de queimaduras-úlcera de Marjolin, úlceras e fístulas crônicas), HPV 16 
e 18, imunossupressão e genodermatoses como o albinismo ou xeroderma 
pigmentoso. 
Manifesta-se clinicamente na pele como placa eritematosa ceratósica 
que, segundo o grau de proliferação da camada córnea, pode evoluir 
para um corno cutâneo, ou pode apresentar-se como pápula ou nódulo 
com diversos graus de ulceração e infiltração de acordo com o tempo 
de evolução. No caso dos CECs localizados em mucosas, apresentam-se como 
placas de leucoplasia ou como lesões infiltrativo-vegetantes. As metástases 
ocorrem em 0,5 a 6% dos casos (lesões recorrentes ou que invadem estruturas 
profundas), geralmente em linfonodos regionais e em regiões de mucosas, dorso 
de mãos e cicatrizes de queimaduras. 
 
OBS: Invasão neural ocorre em até 14% dos CEC, sendo os nervos facial e 
trigêmeo os mais frequentemente envolvidos. Características que sugerem o 
acometimento do são a dor local, amortecimento, espasmos ou fraquezas 
musculares e alterações visuais. 
− Doença de Bowen: CEC in situ, placa eritematosa a rósea, bem 
delimitada e pouco descamativa ou placa hiperceratótica fina semelhante 
a ceratose actínica. 
− Eritroplasia de Queirat: Considerado um CEC in situ, acomete a mucosa 
do pênis e apresenta-se como uma placa eritematosa brilhante, 
aveludada, com granulaçãofina e pouco infiltrada 
− Úlcera de Marjolin: CEC que se desenvolve sobre uma área de cicatriz 
de queimadura, tendo comportamento mais agressivo (metástases). 
O diagnóstico também é confirmado pela biópsia e a escolha terapêutica deve 
se basear no tamanho, tempo de evolução e localização da lesão, assim como na 
idade e estado imunológico do paciente. Opções são a exérese cirúrgica (margem 
de 4 mm), crioterapia (CEC superficial de até 2 cm), curetagem + 
eletrocoagulação (bons resultados para tumores menores que 1 a 2 cm em áreas 
planas do corpo), radioterapia, Imiquimode (usada para CEC in situ com 
resultados favoráveis) e 5-fluoracil. 
Placa eritematosa descamativa, que pode apresentar ulceração, crostas ou 
hiperceratose localizada, em área fotexposta, assintomática, de crescimento 
lento e silencioso. Lesão neoplásica não regride, se vai progredindo/regredindo 
é ceratose. 
ESTADIAMENTO: Depende do maior diâmetro da lesão, do comprometimento 
de tecidos adjacentes e da disseminação sistêmica. Estágio I – Lesão < 2 cm e 
restrita à pele. Estágio II – Lesão > 2 cm restrita à pele e subcutâneo. Estágio 
III – Invasão de tecidos subjacentes (músculo, cartilagem e osso) ou 
disseminação linfática. Estágio IV – Disseminação para órgãos distantes, como 
pulmão e ossos. 
 
 
➔ Câncer de pele – Melanoma: 
Câncer dos melanócitos (células que dão cor à pele), sua única característica 
em comum com o CEC e CBC é o acometimento da pele. Aparência melanótica, 
tumor de coloração escura – nódulo enegrecido na região malar de um região 
de 60 anos é o clássico, com crescimento lento e indolor. Como o melanócito está 
na camada basal da pele seu risco de metastização é significativamente maior 
que o CEC e CBC. 
 Dentre os fatores de risco para o surgimento do melanoma incluímos: 
 Exposição solar a UVA e UVB 
 Nevo atípico familiar ou adquirido (ao nascimento, em gestantes e na 
adolescência são comum, em indivíduos mais velhos devem ser avaliados), 
40 nevos são o normal, mais disso deve ser investigado. Síndromes 
familiares podem estar presentes, com nevos atípicos vistos em toda a 
família e com características por vezes variáveis. 
 Fototipos I e II, Olhos e cabelos claros 
 Melanoses solares (mancha marrom que aparece no rosto após exposição 
solar) 
 Alterações actínicas (dano solar, casquinhas) 
 Histórico pessoal de melanoma 
 Histórico familiar de melanoma (alto fator de risco) 
 Alto risco deve fazer mapeamento de nevos – fotografia, localização e 
mensuração, com acompanhamento frequente. Ao modificar suas 
características pode possibilitar o diagnóstico do melanoma. 
O Nevo displásico pode ser considerado uma lesão pré-maligna do melanoma, 
com presença de displasia celular na análise histopatológica. Negros e brancos 
apresentam a mesma quantia de melanócitos, o que varia é a funcionalidade e a 
produção de melanina por cada um. Quanto maior a presença de melanina 
(pigmentos), maior a proteção contra o sol e maior a proteção contra o 
surgimento de neoplasias de pele. Todo nevo que surge a partir dos 40 anos 
deve levar à suspeita de melanoma, assim como aqueles indivíduos mais novos 
com mais de 40 nevos (atenção quanto a assimetrias, coloração irregular e 
presença em familiares próximos). ABCDE - Assimetria, Bordas irregulares, 
Coloração irregular (do marrom claro ao escuro, inclusive com áreas pretas ou 
róseas), Diâmetro (maior que 6 mm) e Extensão (diâmetro maior do que a 
largura) → Melanoma. 
Os NEVOS representam a neoplasia benigna cutânea mais comum, 
caracterizando-se como uma proliferação localizada de melanócitos na pele, 
geralmente na junção dermoepidérmica (nevo juncional), embora possa estar 
localizada na pele. Clinicamente são manchas hipercrômicas, quase sempre de 
cor homogênea, acastanhada ou enegrecida, planas ou elevadas. O nevo mais 
comum é o nevo melanocítico, geralmente múltiplos, pequenos e predominando 
em regiões fotoexpostas. Uma grande profusão desses nevos indica risco para 
melanoma (acima de 40 ou 50 nevos), é muito rara a sua transformação em 
melanoma mas são marcadores de risco indireto. 
Os nevos displásicos caracterizam-se por um tamanho um pouco maior 
que os melanocítico, pela variação de cor (geralmente duas cores, variando 
do róseo ao acastanhado-enegrecido) e pelas bordas irregulares, além da 
presença de atipias celulares no HP. O risco de melanoma é baixo mas o grande 
problema é a confusão diagnóstica com melanoma, necessitando geralmente de 
biópsia. Existe uma Síndrome do Nevo Displásico Familiar, que apresenta alto 
risco de melanoma, especialmente em adolescentes e adultos jovens, sendo 
definida pela presença de mais de 75-100 nevos, com pelo menos um deles maior 
do que 8 mm e pelo menos dois familiares com este fenótipo ou histórico de 
melanoma. 
MELANOMA: 
É o tumor maligno com origem nos melanócitos (camada basal da epiderme), 
que geralmente tem a pele como local primário (embora possa acometer outros 
tecidos), sendo considerado o mais agressivo dos tipos de CA de pele devido ao 
seu alto potencial para produzir metástases. O risco de desenvolvimento está 
associado a fatores genéticos, ambientais e individuais, com a exposição solar 
como maior vilã (a exposição intermitente em relação à exposição crônica pode 
remeter a um maior risco, diferentemente do CEC, que depende da exposição 
cumulativa). As lesões costumam cursar com sinais que se baseiam em uma lesão 
pigmentada e em uma modificação no formato, cor ou superfície de um nevo 
preexistente no local onde incide o melanoma. 
 
1. Melanoma extensivo superficial: Mais frequente em pacientes de pele 
clara, com uma fase inicial de crescimento radial (horizontal lento) que 
pode durar anos e uma fase de crescimento vertical com invasão dérmica 
e início do componente nodular (predisposição à metastização). É mais 
comum no dorso em homens e nos MMII em mulheres. 
2. Melanoma nodular: Segundo tipo mais frequente em brancos, com 
prognóstico muito pior (associado ao crescimento vertical predominante). 
Corresponde a 10 a 15% dos melanomas e os locais mais frequentes são 
no tronco, cabeça e região cervical. Pode ocorrer em qualquer idade, mas 
é mais frequente após os 40 anos de idade. Evolução rápida, nodular 
desde o início, com invasão dérmica. 70% dos melanomas já iniciam como 
melanomas e 30% iniciam como lesão precursora. 
3. Melanoma acral lentiginoso: Tipo de melanoma mais frequente em 
negros, hispânicos e asiáticos, correspondendo a 2 a 8% dos melanomas 
em pacientes com pele clara. Acomete palmas, plantas e regiões 
sububungueais, idade média de aparecimento em torno dos 55 a 65 anos 
de idade. Lesões assimétricas, cor marrom escura ou preto-azulado. Sinal 
de Rudison: Quando o melanoma ultrapassa os limites do leito ungueal e 
chega à pele do dedo 
4. Lentigo maligno melanoma – predisposição por faces e pessoas idosas 
→ Corresponde a 5% dos casos de melanoma em pessoas de pele clara. 
Média de idade de 70 anos, ocorre mais em áreas fotoexpostas, 
principalmente na face (predisposição por faces e pessoas idosas). Tem o 
lentigo maligno como lesão percursora, sendo esta uma lesão in situ. Ao 
evoluir para lentigo maligno melanoma, por outro lado, deixa de ser 
superficial e passa a ter características malignas. 
 Lentigo maligno: Melanoma in situ, crescimento lento e radial, 
restrito à epiderme. O diagnóstico pode ser difícil por ser muito 
semelhante a outras lesões benignas (lentigo solar e ceratose 
seborreica). 
 
5. Melanoma amelanótico: Lesão rósea ou vermelha, muitas vezes de 
difícil diagnóstico e que pode simular um granuloma piogênico ou CEC. 
Neoplasia grave sem produção de pigmento, com raros diagnósticos 
precoces. Se não sabe o que a lesão é, faz-se a biópsia. 
DIAGNÓSTICO: 
Exame físico de toda a pele, mucosas e palpação de cadeias linfonodais. Deve 
incluir dermatoscopia e o diagnóstico definitivo será dadopela biópsia excisional 
(margem de 2mm acompanhada de alguma gordura subcutânea, margens 
maiores que 1cm podem modificar a drenagem linfática e dificultar a pesquisa do 
linfonodo-sentinela) com análise histopatológica. A biópsia deve ser sempre 
excisional e com bordas mínimas, evitando atrapalhar no estadiamento do tumor 
e pesquisa do linfonodo sentinela. Após a análise histopatológica, pode ser 
necessária a ampliação das margens da lesão. 
Índice de Braslow: Apresenta a espessura do tumor em mm, sua profundidade 
na derme e tecido subcutâneo. Índice de Clark: Nível de invasão, se o melanoma 
está na epiderme é nível 1, se está na derme é nível 2 e de acordo com seu nível 
vai dando um número. 
Prognóstico → Marcadores de pior prognóstico são: 
− Melanomas tipo nodular (crescimento vertical desde o início, invasão 
dérmica) 
− Melanomas do tipo acral, com diagnóstico tardio 
− Lesões com ulceração, sinal de crescimento rápido 
− Satelitose – Até 2cm da lesão. Metástase em trânsito ou a distância - mais 
de 2cm da lesão inicial, em direção à cadeia linfonodal 
− LDH elevada 
Tratamento: 
− Exérese cirúrgica, com margens cirúrgicas mínimas e ampliação das 
margens após confirmação diagnóstico (2 a 3 cm). Pesquisa de 
linfonodos sentinelas em casos avançados e, em outros, 
linfadenectomia, quimioterapia e radioterapia (tumores inoperáveis ou 
pacientes sem condições cirúrgicas). 
− Acompanhamento: Se sem metástase, LDH, função hepática e RX de 
tórax. Se com metástase, TC de tórax, abdômen e pelve, RMN de crânio. 
PROFILAXIA E PREVENÇÃO: A queimadura solar é um fator de impacto 
importante na etiologia do CBC, CEC e melanoma. A fotoproteção é essencial, 
indicando o uso de roupas adequadas e chapéus durante a exposição solar 
intencional, preferência por áreas com sombra sempre que possível, evitar 
atividades ao ar livre nos horários de pico de insolação e uso de filtros solares.

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