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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Disciplina: Análise de alimentos – 1° semestre – Ensino remoto Aula prática – Faculdade de Farmácia Prof. Dr. Eduardo Ramirez Asquieri DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNA PELO MÉTODO DE MICRO KJELDAHL 1. Fundamento Esse método determina o N orgânico total, isto é, o N protéico e não protéico orgânico. O procedimento do método se baseia no aquecimento da amostra com ácido sulfúrico para digestão até que o carbono e hidrogênio sejam oxidados. O nitrogênio da proteína é reduzido e transformado em sulfato de amônia. Adiciona-se NaOH concentrado e aquece-se para a liberação da amônia dentro de um volume conhecido de uma solução de ácido bórico, formando borato de amônia. O borato de amônia formado é dosado com uma solução ácida (HCl) padronizada. 2. Reagentes • Ácido bórico 4% • Ácido clorídrico 0,1N • Ácido sulfúrico concentrado • Hidróxido de sódio 50% • Indicador de Peterson: misturar 10 mL de sol. A com 70 mL de sol. B Solução A – 100mg de vermelho de metila diluído em 60mL de etanol e completar para 100mL com água destilada Solução B – 125mg de azul de metileno diluído em 250mL de etanol • Mistura catalítica: misturar no graal sulfato de cobre e sulfato de sódio na proporção de 1:10. Triturar com pistilo até obter uma mistura fina e homogênea 3. Materiais • Béquer • Bloco digestor • Bureta • Destilador de proteína • Erlenmeyer • Luva térmica • Papel manteiga • Pipetas • Pisseta • Tubos para digestão de proteína 4. Procedimento • Amostra: farinha de soja 4.1 Digestão • Pesar 0,5g de amostra em papel manteiga, dobrar bem e transferir para um tubo de digestão previamente identificado. Preparar 1 tubo apenas com papel manteiga (Branco). • Adicionar 2,5g de mistura catalítica e 7mL de H2SO4 concentrado encostando a pipeta nas paredes do tubo. • Levar os tubos para bloco digestor e aquecer lentamente, mantendo a temperatura a 50ºC por 1 hora. Elevar a temperatura gradativamente em intervalos de 50°C a cada 15 minutos até atingir 400ºC observando quando o líquido se tornar límpido e de tonalidade azul esverdeada. • Desligar o bloco e aproximadamente após 1 hora retirar os tubos do bloco com luva térmica ou pinça, aguardar 10 minutos e adicionar 10 mL de água. Agitar os tubos. 4.2 Destilação • Ligar o destilador, abrir a torneira e verificar o fluxo de água na mangueira de saída de água do destilador. Verificar o nível de água da caldeira. • Ligar o aquecimento e quando a água da caldeira estiver borbulhando, desligar o aquecimento • Acoplar o erlenmeyer contendo 20 mL de ácido bórico 4% com 4 ou 5 gotas de solução de indicador mergulhando a ponta do condensador nessa solução. Adaptar o tubo de kjeldahl ao destilador. • Adicionar de 20 a 25 mL de solução de NaOH 50% até aparecimento de coloração preta no conteúdo do tubo. Fechar a torneira da solução de NaOH, ligar o aquecimento (na escala do destilador posicionar entre 6 e 7) e destilar até o volume do erlenmeyer atingir aproximadamente 125mL. Desligar o aquecimento. • Em seguida, retirar o erlenmeyer e o tubo de proteína com auxílio de luva ou pinça. 4.3 Titulação • O destilado será titulado com solução de HCl 0,1 N até ponto de viragem. 5. Cálculos Para determinar a % de nitrogênio total da amostra: % Nitrogênio = (𝑉𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 − 𝑉𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑜)𝑥 0,014 𝑥 100 𝑥 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑥 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 (𝑔) % Proteína = % Nitrogênio x fator de conversão Fatores de conversão (IAL) 6. Referências • AOAC - ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis. 8. ed. Washington: AOAC, 2005. • INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3. ed. São Paulo: IMESP, 1985. p. 44-45. DADOS PARA RELATÓRIO: Fator de correção da solução de HCl 0,1N = 0,98 Peso amostra (g) Volume Branco (mL) Volume Amostra (mL) 1 0,5000 0,40 20,46 2 0,5056 0,40 21,90 3 0,5014 0,40 21,54
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