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Coluna Vertebral

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No adulto, as vértebras sacrais estão fundidas formando o sacro e 
após os 30 anos, as 4 vértebras coccígeas se fundem para formar 
o cóccix. 
O esqueleto axial é 
composto por: 
 caixa craniana 
 coluna vertebral 
 Caixa torácica. 
 
 
 
 
 
 
 
O esqueleto apendicular é 
formado por: 
 Escápulas e 
clavículas 
 Úmero 
 Rádio 
 Ulna 
 Ossos da mão 
 + pelve, fêmur, 
tíbia, fíbula e 
ossos do pé. 
 
 
Coluna Vertebral 
 
A coluna é o conjunto de vértebras e discos intervertebrais. 
Sendo algo que deve ser trabalhado diariamente (postura etc). 
 
 1. Protege a medula espinal e os nervos espinais. 
 2. Sustenta o peso do corpo superior ao nível da pelve. 
 3. Garante um eixo parcialmente rígido e flexível para o 
corpo e uma base alargada sobre a qual a cabeça está 
posicionada e gira. 
 4. Tem um papel importante na postura e locomoção. 
 
Vértebras 
 No adulto: 33 vértebras, sendo 7 vértebras cervicais (lordose 
cervical); 12 vértebras torácicas (sifose torácica ) 5 
vértebras lombares (lordose lombar); 5 vértebras sacrais; 4 
vértebras coccígeas (sifose) 
 
 Essas curvaturas fisiológicas tem a função de aumentar a 
flexibilidade e a capacidade de absorver impacto e manter a 
tensão e a estabilidade adequada das articulações 
intervertebrais 
 
 Quando o travesseiro é colocado na cabeça, a lordose cervical 
retifica ou pode ser invertida. Então, usar um travesseiro na 
cabeça em decúbito dorsal é o mesmo que fazer uma “flexão” 
da lordose. O correto é usar ou um travesseiro pequeno e 
colocá-lo na lordose ou utilizar travesseiro ergométrico na 
cabeça. 
 
 As vértebras aumentam de tamanho à medida que descem 
até o sacro e depois tornam a diminuir em direção ao ápice do 
cóccix. Essa mudança de tamanho se relaciona com o suporte 
do peso corporal. 
 
 
 A flexibilidade da coluna vertebral é dada pelas 25 primeiras 
vértebras, que vão até o nível da primeira vértebra sacral. 
 
 A movimentação entre vértebras adjacentes é pequena, 
porém o conjunto de vértebras com os discos intervertebrais 
promove uma certa movimentação, porém, de estrutura 
bastante sólida. 
 
 A estrutura básica de uma vértebra consiste em corpo, arco e 
sete processos. 
 
 
 
 
Vértebras Cervicais 
 
 Formam o esqueleto do pescoço. 
 São as menores das 24 vértebras móveis. 
 Estão localizadas entre o crânio e as vértebras torácicas. 
 Discos intervertebrais muito finos, porém espessos em 
comparação ao tamanho dos corpos vertebrais que unem. 
 Possuem, dentre todas as vértebras, maior amplitude e 
variedade de movimento, devido à espessura dos discos, a 
orientação quase horizontal das faces articulares e à 
pequena massa corporal (porém larga laterolateralmente do 
que anteroposteriormente). 
 
 Possuem um forame transversário oval no processo 
transverso. Em CVII, esses forames são menores e, 
algumas vezes, ausentes. 
 
 CI e CII são diferentes entre si e das outras vértebras 
cervicais. São denominadas Atlas e Áxis, respectivamente e 
são atípicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CIII a CVII são vértebras cervicais típicas, possuindo 
grandes forames cervicais triangulares. 
 
 O processo espinhoso é curto (CIII a CV) e bífico (CIII-CVI) – 
se divide em dois. 
1. Atlas: não tem corpo, nem processo espinhoso. A mais larga das vértebras cervicais – maior 
alavanca para os músculos. 
 
Áxis: a mais forte das vértebras cervicais; gira sobre CII (“não” com a cabeça); possui o dente rombo, 
que se projeta do seu corpo para cima e serve como eixo para a rotação da cabeça. 
 
 
 Os movimentos realizados pelas vértebras cervicais incluem: 
rotação, lateralização da cabeça, flexão e extensão. 
 
Vertebras Torácicas 
 
 Localizadas na parte superior do dorso. 
 As costelas se fixam nelas, portanto, possuem fóveas costais 
para essa articulação. 
 As 4 vértebras intermediárias – TV a TVIII – têm todos os 
elementos típicos das vértebras torácicas. 
 Os processos articulares estendem-se verticalmente. 
 TI a TIV possuem algumas características em comum com as 
vértebras cervicais. 
 
 TI é atípica porque possui um processo espinhoso longo, quase 
horizontal. 
 
 TIX a TXII possuem algumas características das vértebras lombares
O corpo vertebral dessas vértebras possui formato de coração, com 
uma ou duas fóveas costais para articulação com a cabeça da 
costela. 
 
 Os processos transversos são longos e fortes. 
 Os movimentos de extensão e flexão são limitados nessas 
vértebras por conta dos processos espinhosos e gradil costal, 
respectivamente. 
 Os movimentos realizados por essas vértebras são o de flexão 
lateral e rotação. 
 
 
Vértebras Lombares 
 
 Localizadas na região lombar, entre o tórax e o sacro. 
 Possuem corpos grandes (sustentam grande peso), forame vertebral 
reduzido e triangular (maior que nas vértebras torácicas e menor que 
nas vértebras cervicais), processo espinhoso caracteristicamente 
curto e voltado para trás, processos articulares estendido 
verticalmente. e processos transversos longos e delgados. 
 Os movimentos realizados por essas vértebras são, principalmente, 
os de flexão e extensão. A flexão lateral também é permitida. 
 A LV é a maior de todas as vértebras móveis, uma vez que tem que 
sustentar o peso de toda a parte superior do corpo. O corpo é bem 
mais alto anteriormente. 
 O peso do corpo é transmitido da LV para a base do sacro, formada 
pela face superior da vértebra SI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sacro: 
 Formado por 5 vértebras fundidas em 
adultos. 
 Situado entre os ossos do quadril. o 
Formato triangular. 
 A metade inferior não sustenta o peso, 
portanto seu volume é bem menor. 
 Resistência e estabilidade à pelve. o 
Transmite o peso do corpo ao cíngulo do 
membro inferior – o anel ósseo formado 
pelos ossos do quadril e o sacro, aos 
quais estão fixados os membros 
inferiores. 
 Canal sacral: continuação do canal 
vertebral no sacro. 
Cóccix: 
 Pequeno osso triangular 
formado pela fusão das 4 
vértebras coccígeas. 
 Não participa da sustentação 
do peso do corpo na posição 
ortostática, entretanto, na 
posição sentada, pode sofrer 
alguma flexão anterior, 
indicando que está recebendo 
algum peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hérnia de disco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método Mckenzie 
Método de avaliação e tratamento 
da dor na coluna, pescoço e 
extremidades. 
 O paciente pode aplicar 
esse método em si mesmo, 
sozinho. 
 
 Herniação é um termo utilizado para 
designar toda estrutura que está saindo 
do seu local próprio. 
 Hérnia de disco, portanto, refere-se à 
saída do material discal, causada pela 
degeneração do disco intervertebral, que 
leva à formação de fissuras no anel 
fibroso. Estruturas adjacentes são 
comprimidas, gerando dor devido à 
compressão de nervos espinhais. 
 
 
Você tem desgaste do disco a 
partir do momento em que vc tem 
alguma alteração no disco, resta 
saber o nível de desgaste. Nosso 
dia a dia é mais cheio de flexão do 
que extensão. 
Não sentar em cima do sacro, pois 
causa Sacroilite. 
 O paciente cursa com dor lombar e/ou dor cervical. 
 A hérnia de disco é uma radiculopatia sintomática, caracterizando-se 
por uma dor que começa nas costas e irradia para os membros 
inferiores. 
 
Fatores de risco: 
 Estilo de vida e ocupação. Sedentarismo e trabalho noturno 
aumentam as chances de o paciente apresentar esse quadro. 
 Obesidade também é um associado, uma vez que provoca 
desequilíbrio biomecânico. 
 Fatores genéticos e psicológicos. 
 Tabagismo. 
 Movimentos torcionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os níveis mais frequentemente afetados na regiãocervical, são: 
entre CV e CVII. 
 Os níveis mais frequentemente afetados na região lombar, são: 
entre LIV e LV e LV a SI. Estas últimas, por serem mais flexíveis 
e, portanto, mais sujeitas ao desgaste e ruptura. 
 Pela mesma lógica, a hérnia nos discos torácicos, exceto aos 
níveis torácicos inferiores, não está associada aos movimentos, 
uma vez que essas vértebras dão estabilidade e não estão tão 
associadas à movimentação. 
 
 A hérnia de disco é dividida em 4 fases: 
 
1. 1ª fase: abaulamento; sinais de envelhecimento; fissuras no anel 
fibroso; disco com formato de arco. 
 
2. 2ª fase: protrusão; abaulamento maior; pode atingir nervos, 
medula e saco dural. 
 
 
3. 3ª fase: hérnia de disco; núcleo pulposo do disco; estruturas 
nervosas comprometidas. 
4. 4ª fase: sequestro da porção extrusa; rara; ruptura da parte herniada 
com o disco intervertebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manifestações clínicas: 
Síndromes de raízes individuais: mais comuns na região lombar. 
Síndromes radiculares: pode se restringir às costas ou seguir uma distribuição radicular em 
uma das pernas ou em ambas; a dor pode agravar com tosse, espirro ou esforço para 
defecação (manobra de vassalva). 
Tumor intrarraquiano: a dor não melhora e pode piorar quando em repouso. 
Hérnia de disco lombar: perda da lordose lombar; elevação passiva da perna estendida 
apresenta amplitude reduzida e aumenta as dores nas costas e na perna; atrofia fraqueza 
muscular; hipersensibilidade; desconforto no ciático à pressão direta. 
Hérnias torácicas: transtornos clínicos mais raros; compressão da medula mais crítica. 
Hérnia de disco cervical: acomete tanto a raiz,quanto a medula espinhal; CV e CVI e CVI e 
CVII; rigidez de nuca; imobilização reativa dos músculos eretores da cabeça; desconforto na 
borda medial da escápula. 
 
Diagnóstico: História bem colhida, focando na evolução,situação laboral, 
hábitos de vida e aspectos psicológicos. 
 
 
Exames complementares: RM, TC, Mielogragia e RX. 
 
 
Hipercifose Torácica 
 Acentuação anormal da curvatura torácica; a coluna vertebral curva-se 
posteriormente. 
 Essa anormalidade pode resultar da erosão (causada po osteoporose) da 
parte anterior de uma ou mais vértebras. Pode ser congênita, postural ou 
Scheurmann. 
 Corcova de viúva é um nome coloquial para a hipercifose torácica em 
mulheres idosas resultante da osteoporose. No entanto, esse tipo de 
cifose também ocorre em homens idosos 
 
Escoliose 
 A escoliose é caracterizada por curvatura lateral anormal 
Para detectar uma curvatura 
anormal da coluna vertebral, 
coloque o indivíduo em posição 
anatômica. Examine o perfil da 
coluna vertebral com a pessoa de 
lado e depois de costas.. Com a 
pessoa inclinada para a frente, 
observe a capacidade de flexão 
direta para a frente e se o dorso 
está todo no mesmo nível na 
posição fletida. 
 
Em algumas pessoas, essas 
curvaturas 
anormais são fruto de anomalias 
congênitas 
e em outras de processos 
patológicos. 
acompanhada por rotação das vértebras. 
 As deformidades da coluna vertebral, como a ausência de 
desenvolvimento de metade de uma vértebra (hemivértebra), são 
causas de escoliose estrutural. Às vezes a escoliose estrutural está 
associada a hipercifose torácica — cifoescoliose. 
 Cerca de 80% dos casos de escoliose estrutural são idiopáticos, 
ocorrendo sem que haja outros problemas de saúde associados nem 
uma causa identificável. A escoliose idiopática surge em meninas 
entre 10 e 14 anos e em meninos entre 12 e 15 anos. É mais comum 
e acentuada no sexo feminino. 
Espondilolistese 
Escorregamento para frente de um corpo vertebral na coluna. O problema é mais 
comum na região lombar (parte inferior da coluna). Pacientes 
com espondilolistese podem ter dor nas costas, desvios posturais ou sintomas de 
compressão de nervo, como dor na perna, choque ou formigamento. 
 
 
 
 
 
 
 
Revisando: 
A coluna é formada por 33 vértebras que se dispõem de modo a formar um 
canal para a passagem da medula espinhal, componente do SNC, que liga 
o encéfalo ao SNP, por meio dos nervos espinhais periféricos que saem 
através dos forames intervertebrais. 
 
O par de nervos C1 sai entre o crânio e o atlas, e os pares subsequentes 
saem pelos forames intervertebrais acima das vértebras de mesmo 
número (par C2 – vértebra CII etc.) Essa organização é seguida até os 
pares de nervos C8, que saem do forame intervertebral acima da 
vértebra T1, logo, todos os nervos torácicos, lombares e sacrais sairão 
pelos forames intervertebrais abaixo das vértebras de mesmo número. 
 
A informação chega do sistema nervoso periférico pela raiz dorsal, faz 
conexão na substância cinzenta, e daí ascende pela substância branca ao 
redor para o encéfalo ou retorna ao SNP para realizar um ato motor ou um 
ato reflexo. 
 
 
 
 
Musculuatura 
Existem alguns grupos musculares que são necessários para uma boa estabilização da coluna, 
como por exemplo o peitoral, serratil anterior, transverso, reto e oblíquo do abdômen. 
O sobrepeso gera uma compressão na lombar. 
 
Pilar são linhas imaginarias. Pilar anterior responsável pela carga, e o pilar 
posterior pelo movimento, ou seja, o corpo da vertebra e o disco, são 
responsáveis por absorver impacto. 
O processo transverso e o espinhoso é o que gera o movimento. Ex: torácica, ele 
não permite o movimento de extensão da coluna tão grande assim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre os métodos de Williams e McKenzie: Robin McKenzie acreditava que as lombalgias 
tinham três mecanismos responsáveis pela causa da dor: • Síndrome de Postura, causada por 
uma deformação mecânica dos tecidos moles adjacentes aos segmentos vertebrais; • Síndrome 
de Disfunção, causada por um encurtamento ou aderência tecidual, devido a má postura ou por 
contratura do tecido fibrosocolágeno, desenvolvido após um trauma; • Síndrome de Desarranjo, 
causada por um deslocamento do disco intervertebral. O tratamento é desenvolvido em grande 
parte pela extensão, sendo que a flexão também poderia ser incorporada, de acordo com o 
mecanismo da lombalgia e com a fase do tratamento. O método tem como principal explicação 
as desordens biomecânicas causadas por posturas, exercícios ou atividades inadequadas, 
causando, posteriormente, alterações estruturais da coluna lombar. McKenzie possui vários 
subsídios científicos em seu método, nos quais apresenta alguns fatores predisponentes a 
lombalgia. O primeiro fator, a postura sentada, que durante poucos minutos leva a uma 
retificação lombar, relaxando a musculatura, sendo que o peso será mantido pelos estruturas 
ligamentares. A pressão intradiscal também aumenta nesta posição, assim como a lombar 
cifosa, diminuindo logo que volta a lordose fisiológica. O segundo fator é a perda da extensão. 
Estudos em 1972 e 1979 indicaram, respectivamente, que 75% e 86% dos pacientes com dor 
lombar apresentavam perda da extensão. O terceiro fator refere-se ao número de flexões. De 
acordo com o estilo de vida ocidental e as adaptações dos ambientes humanizados, o ser 
humano está perdendo o hábito de fazer extensões perfazendo as flexões. Com outra visão, 
Paul Williams desenvolveu seu método observando que a maioria dos pacientes que 
apresentavam dores lombares crônicas possuíam alterações degenerativas esqueléticas 
secundárias a lesões dos discos intervertebrais. Também acreditava que o homem forçava seu 
corpo para se manter ereto, levando a uma deformação da coluna, redistribuindo o peso pelo 
corpo nas proximidades dos discos intervertebrais da coluna cervical e lombar. Essa 
permanência do homem em pé, aumentaria a lordose lombar, comprimindo a parte posterior do 
disco (L1 a S1), acelerando o processo degenerativo. O método utiliza como princípio do 
tratamento exercícios de flexão da coluna e quadril. Com o propósito de reduzir a dor e 
estabilizar otronco, desenvolve ativamente os músculos flexores e alonga passivamente os 
músculos extensores lombosacrais. Williams dá muito enfoque na questão da inclinação 
posterior da pelve, sendo essencial para obter ótimos resultados no tratamento.

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