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Doença demielinizante inflamatória do SNC mais comum e degenerativa. Principal causa de incapacidade neurológica adquirida em adultos jovens, depois do trauma. Etiologia não totalmente esclarecida, mas com forte componente auto-imune. Interação de genética com fator ambiental (gatilho): Virus Epstein- Barr(mononucleose) é o maior suspeito Sorologia positiva na maioria dos pacientes (< que no geral) ESCLEROSE MULTIPLA FISIOPATOLOGIA Marlinton Waldorf Infecção por mononucleose <18 anos aumenta em 8x o risco da doença. A recorrência familiar é muito rara mas: Concordância em gemeos monozigóticos é 6x maior do que em dizigóticos (31% vs 5%) O risco absoluto em parente de primeiro grau é menor que 5% A presença do alelo HLA-DR2 aumenta o risco. EPIDEMIOLOGIA Rara na infância e acima de 50 anos Mais comum em mulheres (3:1), adultos jovens (média:30 anos) e caucasianos Mais comum em climas temperados (100.000/habitantes) 140,0: America do Norte 108,0: Europa 2,1 Africa equatorial e Ásia oriental 0,7 Equador 38,2 Buenos Aires(Argentina) 26,4: Passo Fundo - RS FORMAS CLÍNICAS SINTOMAS SUBAGUDOS : PICO <4 SEMANAS Deficit Visual Unilateral + Dor: Neurite ópitica Parestesias - Hemi/ Para - Paresia Hemi/Para Incordenação motora (ataxia) de membros/ marcha Descontrole esfincteriano / vertigens refratárias Sinal/ Sintoma de Lhermitte SINTOMAS Diplopia / neurite óptica Testes neurologicos - marcha/ força e sensibilidade Sindrome piramidal - sinal de babinski+ Sintomas são constantes durante o surto e duram mais que 24H Evoluem com piora x gradual em poucos dias Melhora parcial ou total ao fim de algumas semanas(acelera se iniciar corticoterapia intensa) Podem ser exacerbados(recidivados) por: Calor Febre Infecção Sx de Uhthoff EXAME DE IMAGEM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) Encéfalo 95% positiva no surto (neurite óptica pode não ser vista) Medula 80-90% pisitiva no surto (especialmente cervical) RM de 3 tesla tem maior poder de detecção Extensão de 1 a 2 corpor vertebrais e excêntricas AGUDAS ANTIGAS Lesões hiperintensas em T2/difusão e com impregnação pelo contraste (gadolíneo) Focos de gliose e ''black holes'' Localizações típicas no encéfalo: Periventriculares (corpo caloso; caloso-marginais) Justacorticais Infratentoriais <1 cm (raramente pseudo-tumorais) >2cm : edema EXAMES COMPLEMENTARES LIQUOR : Bandas oligoclonais (BOC) + em até 90% (no surto; menos na síndrome clínica isolada) Acúmulo de imunoglobulina G intratectal NEUROFISIOLÓGICOS Lentidão inespecífica de condução Potencial evocado auditivo (positivo em 47%) Potencial evocado visual padrão reverso (+75 a 100%) Potencial evocado somatossensitivo (condução medular) EXAMES COMPLEMENTARES DIAGNÓSTICO DE EM Critérios de McDonald modificados (2017): ais sensíveis e específicos que os antigos critérios de Poser. Evidência de disseminação: No tempo (surtos diferentes) No espaço (lugares diferentes) EXAMES COMPLEMENTARES AUXILIAM NA DETERMINAÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO DE LESÕES Síndrome Clínica Isolada (CIS) Caracteriza-se por apenas 1 surto (afetando 1 ou mais lugares) e lesão/ lesões agudas e/ou antigas. Pode ser: Neurite óptica Mielite(risco p/EM: 14% se completa; 70% incompleta) Encefálica(mais comum tronco: diplopia, ataxia, vertigem) Taxa de evolução para EMRR em 20 anos 21% se RM de encéfalo normal 82% se RM de encéfalo com lesão antiga/atual RM encéfalo com lesão em mais de 80% e de medula em até 50% (especialmente na cervical), em mulheres. + Apresentação inicial da EM em 80% dos casos Síndrome Radiologica Isolada (RIS) Paciente faz RM de encéfalo ou de medula por motivo que não é sintoma de EM Nunca teve surto(então, achado incidental) Importante diferenciar a lesão daquelas de doença cerebrovascular e de achados inespecífico de migrânea 1/3 dos pacientes irá desenvolver sintomas de EM no decorrer de 5 anos. Jovens, Homens Lesão encefálica cortical, lesão medular e impregnação pelo gadolíneo possuem mais chances RIS CIS REMITENTERECORRENTE SECUNDARIAMENTE PROGRESSIVA ESCALA EDSS A EDSS é formada por um conjunto de fatores que leva em consideração a capacidade visual da pessoa, sintomas motores ou de perda de força, capacidade de coordenação, graus de perda de sensibilidade, capacidade de controlar urina e fezes, fadiga, sintomas cognitivos e autonomia de marcha e deslocamento. A escala transforma objetivamente em um número de zero a dez as alterações do exame neurológico da pessoa com EM, onde zero significa um exame neurológico normal; três, dificuldades moderadas; seis, dependência de um apoio unilateral (bengala); seis e meio, uso de andador; sete, cadeira de rodas; e dez, falecimento decorrente de EM. TRATAMENTO DO SURTO Corticoide: acelara a melhora, mas não muda o curso da doença. Metilprednisolona (Pulsoterapia) 0,5-1g, IV, correr em 4-5h com SF 0,9% - 250 ml Associar Ivermectina no primeiro dia (raro risco de estrongiloidiase sistemica/ choque séptico/ morte) Plasmaferese : para casos refratários à corticoterapia TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO DA EM Para prevenção de surtos/lesões - EMRR Para diminuir progressão (EMPP) Para diminuir sintomas: Amantadina para fadiga Para aumentar performance de marcha: Fampridina Para tratamento de sequelas: Espasticidade Incontinência urinária Dor neuropática Baclofeno, Tizanidina, Toxina Botulínica Mevatyl( tetraidrocanabidiol + canabidiol) spray TRATAMENTO PREVENTIVO Objetivo NEDA (No Evidence of Disease Activity) Evitar surtos Evitar novas lesões na RM Evitar des. ou prog. da incapacidade Todos tratamentos levam 4-6 meses para efeito Existem 2 tipos de abordagens no Brasil: Sequencial : CONITEC - PCDT - Ministério da saúde Interferons beta-1a ou beta-1b Teriflunomida Se falha terapeutica por ineficácia = 2º linha Se falha por intolerância = outro de 1º linha Agressiva: BCTRIMS Tratamento mais agressivo desde o início para o paciente com a doença ativa Segunda linha: Fingolimode, Dimetil fumarato) 3º linha = Natalizumabe 1° linha 2° linha 3° linha 4° linha Interferon, acetato de glatirâmer, teriflunomida, azatioprina Interferon, acetato de glatirâmer, teriflunomida, flumarato de dimetila, fingolimode Fingolimode Natalizumabe Critérios de tratamento PCDT 2018 **Nas apresentações do Force, ele traz o Natalizumabe como terceira linha. *Vit D não é tratamento para EM
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