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Embriologia do Sistema Nervoso

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Embriologia do sistema nervoso 
 
 
• Durante a evolução, os primeiros neurônios surgiram na 
superfície externa dos organismos, fato esse significativo, 
tendo em vista a função primordial do sistema nervoso de 
relacionar o animal ao meio ambiente 
• Dos três folhetos embrionários é o ectoderma aquele que 
está em contato com o meio externo e é deste folheto que 
se origina o sistema nervoso 
• O primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste 
em um espessamento do ectoderma, situado acima da 
notocorda, formando a chamada placa neural 
• Sabe-se que a para a formação desta placa e a 
subsequente formação e desenvolvimento do tubo neural, 
tem importante papel a ação indutora da notocorda e do 
mesoderma 
• A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais 
espessa e adquire um sulco longitudinal denominado sulco 
neural que se aprofunda para formar a goteira neural 
• Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo 
neural 
• O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o 
tubo neural, isolando-o assim do meio externo 
• No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da 
goteira neural, desenvolve-se células que formam de cada 
lado uma lâmina longitudinal denominada crista neural 
• O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso 
central, enquanto a crista dá origem a elementos do 
sistema nervoso periférico, além de elementos não 
pertencentes ao sistema nervoso. 
• Após a sua formação, as cristas neurais, são contínuas no 
sentido craniocaudal 
• Se divide, dando origem a diversos fragmentos que vão 
formar os gânglios espinhais, situados na raiz dorsal dos 
nervos espinhais 
• Neles se diferenciam os neurônios sensitivos, pseudo-
unipolares, cujos prolongamentos centrais se ligam ao tubo 
neural, enquanto os prolongamentos periféricos se ligam 
aos dermátomos dos somitos 
• Os elementos derivados da crista neural são os seguintes: 
gânglios do sistema nervoso autônomo (viscerais); medula 
da glândula supra-renal; paragânglios; melanócitos; células 
de Schwann; anfícitos; células C da tireóide; odontoblastos 
• Pesquisas mais recentes demonstraram que algumas 
estruturas tidas como derivadas do ectoderma na realidade 
se originam da crista neural, como a dura-máter, a 
aracnoide e algumas partes do crânio 
• O fechamento da goteira neural e, concomitantemente, a 
fusão do ectoderma não diferenciado é um processo que 
se inicia no meio da goteira neural e é mais lento nas suas 
extremidades. Assim, em uma determinada idade temos 
tubo neural no meio do embrião e a goteira nas 
extremidades. 
• Mesmo em fases mais adiantadas, permanecem nas 
extremidades cranial e caudal do embrião dois pequenos 
orifícios, que são denominados, respectivamente, 
neuróporostral e neuróporo caudal. Estas são as últimas 
partes do sistema nervoso a se fecharem 
 
 - Paredes do tubo neural 
• O crescimento das paredes do tubo neural não é 
uniforme, dando origem às seguintes formações 
a) Duas lâminas alares 
b) Duas lâminas basais 
c) Uma lâmina do assoalho 
d) Uma lâmina do tecto 
• Separando, de cada lado, as lâminas alares das lâminas 
basais há o chamado sulco limitante 
• Assim, das lâminas alares e basais derivam neurônios e 
grupos de neurônios (núcleos) ligados, respectivamente, à 
sensibilidade e à motricidade, situados na medula e no 
tronco encefálico. 
• Nas lâminas basais diferenciam-se os neurônios motores, 
e nas lâminas alares fazem conexão com os 
prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos 
situados nos gânglios espinhais. 
• O suco limitante pode ser identificado mesmo no sistema 
nervoso do adulto e separa formações motoras de 
formações sensitivas 
• A lâmina de tecto, em algumas áreas do sistema nervoso, 
permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela 
corióide e dos plexos corióides 
• A lâmina do assoalho, em algumas áreas, permanece no 
adulto, formando um sulco, como o sulco mediano do 
assoalho do IV ventrículo 
 
- Dilatações do tubo neural 
• A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, 
torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou 
arquencéfalo; a parte caudal; que dá origem a medula do 
adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a 
medula primitiva do embrião 
• No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três 
dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais 
denominadas prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo 
• Com o subsequente desenvolvimento do embrião, o 
prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e 
diencéfalo 
• O mesencéfalo não se modifica, e o rombencéfalo origina 
o metencéfalo e o mielencéfalo 
 
• O telencéfalo compreende uma parte mediana da qual se 
evaginam duas porções laterais, as vesículas 
telencéfalicas laterais. A parte mediana é fechada 
anteriormente por uma lâmina que constitui a porção 
mais cranial do sistema nervoso e se denomina lâmina 
terminal 
• As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para 
formar os hemisférios cerebrais e escondem quase 
completamente a parte mediana e o diencéfalo. 
• O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois 
laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um 
dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o 
infundíbulo, que forma a neuro-hipófise 
 
- Cavidade do tubo neural 
• A luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do 
adulto, sofrendo, em algumas partes, várias modificações 
• A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central 
da medula, ou canal do epêndima que no homem é muito 
estreito e parcialmente obliterado 
• A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV 
ventrículo 
• A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o 
arqueduto cerebral (ou Sylvius), que une o III ventrículo 
 
• A luz das vesículas telencéfalicas lateais forma, de cada 
lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos 
dois forames interventriculares 
• Todas essas cavidades são revestidas por um epitélio 
cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal 
central da medula, contêm um líquido denominado líquido 
cérebro-espinhal, ou líquor 
 - Flexuras 
• Durante o desenvolvimento das diversas partes do 
arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu 
teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de 
crescimento diferentes. 
• A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que 
surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo 
• Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, 
uma segunda flexura, denominada flexura cervical. Ela é 
determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do 
embrião na região do futuro pescoço. 
• Aparece a terceira flexura, de direção contrária às duas 
primeiras flexuras, no ponto de união entre a mete e o 
mielencéfalo: a flexura pontinha 
• Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se 
desfazem e praticamente desaparecem. 
• A flexura cefálica permanece, determinando, no encéfalo 
do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivado 
do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo

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